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Roteiro de necropsia 1. O animal deve estar em decúbito dorsal com a cabeça voltada para o lado esquerdo (direito, se a pessoa for canhota) da pessoa que vai fazer a necropsia. 2. Faça uma incisão longitudinal na linha média desde o mento (músculo mentoniano) até a região pélvica inferior. 3. Rebata, lateralmente, a pele e os membros. No caso de machos, rebata a genitália. Desarticule as articulações dos membros superiores e articulações coxofemorais (rompimento do ligamento redondo da cabeça do fêmur). Dessa forma, os membros ficam estendidos lateralmente e o cadáver fica numa posição estável, em decúbito dorsal. 4. A partir da região próxima à cartilagem xifóide, faça uma incisão na parede abdominal, e estenda lateralmente acompanhando a última costela. 5. Examine as vísceras abdominais e torácicas in situ e faça a colheita de material encaminhado para cultura microbiológica (se necessário). 6. Remova o omento e baço juntos, dissecando suas inserções. 7. Examine o aspecto dorsal e ventral do pâncreas. 8. Realizar a ligadura do reto na cavidade pélvica e parte do intestino delgado (logo caudal ao pâncreas), segurando-os, disseque os ligamentos mesentéricos e destaque juntos o reto, o ceco e o intestino delgado. Abra o intestino ao longo de sua inserção mesentérica, após terem sido desfeitas essas inserções e examine-o (avalie a mucosa, natureza do conteúdo, espessura da parede, presença de parasitos e corpos estranhos) 9. Com o estômago ainda no lugar, observe (ou abra longitudinalmente) a parte anterior do duodeno e examine os locais onde o ducto colédoco e o ducto pancreático se inserem no duodeno. Aplique pressão à vesícula biliar para verificar se os ductos biliares estão permeáveis. Se estiverem permeáveis, a bile fluirá facilmente pelo esfíncter de Oddi (teste do colédoco). 10. Seccione o esôfago abdominal na altura da cárdia, e remova o estômago com parte do duodeno e pâncreas. Abra o estômago ao longo da curvatura maior e examine-o. 11. Remova juntos o fígado e examine-o. 12. Corte os rins longitudinalmente em duas partes iguais e retire a cápsula, usando uma pinça. Abra a bexiga, a uretra e ureteres. Remova as adrenais e examine-as. 13. Remova a parte ventral da bacia (púbis) com um alicate ou costótomo e cortar na parte anterior e posterior ao forame obturador. Em seguida, retire o sistema genitourinário como um monobloco. Abra e examine a genitália e o reto. 14. Em seguida, verifique a pressão negativa na cavidade torácica por meio de uma pequena incisão no diafragma (dorsalmente possui um ânulo (anel) fibroso que forma o hiato aórtico, por onde passa a aorta, veias ázigos e ducto torácico, um pouco à esquerda há o hiato esofágico e ligeiramente à direita há o forame da veia cava caudal). Com a tesoura de poda (costótomo) ou alicate, seccione as costelas à altura da metade do comprimento dessas (de preferência na junção costo-condral). Em seguida, usando uma faca, remova o plastrão (na técnica de necropsia, esse termo é usado para denominar a parte compreendida pelo osso esterno e parte das costelas a ele ligadas). 15. Iniciando na língua, disseque e remova, como um monobloco, a língua, laringe, traquéia, esôfago, pulmão e coração. O esôfago é examinado por meio de secção longitudinal, onde se avalia a mucosa. A traquéia é avaliada em seguida, seccionando a cartilagem cricóide da laringe, e seguindo longitudinalmente por meio do músculo traqueal. Na região da Carina, continua-se a secção, verificando presença de espumas, coágulos e outras alterações da mucosa. O coração é avaliado abrindo o saco pericárdico (verificar presença de líquido) e removendo-o do bloco respiratório por meio da secção dos grandes vasos na base do coração. A tesoura é inserida na artéria pulmonar e segue, acompanhando o septo interventricular até o átrio direito, para verificação do lado direito do coração. No lado esquerdo há a secção do ventrículo e átrio por meio de uma faca, até a abertura da artéria aorta. Deve avaliar presença de coágulos (indicatido de ICC se estiver no ventrículo esquerdo), hipertrofias (o lado esquerdo é cerca de 3x maior que o direito) e avaliação das válvulas e encocárdio. 16. Disseque a pele e músculos da cabeça e desfaça a articulação atlanto-occipital, removendo a cabeça. Remova o encéfalo e a medula espinhal. 17. Músculos, ossos e articulações são examinados após a remoção da pele que os recobre e da dissecção da parte a ser examinada. 18. Registre os achados de necropsia por escrito.
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