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AULA 1 HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO atualizada 1

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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO 
 
Profa. Me. Ana Cláudia Spessotto 
ana.spessotto@estacio.br 
Nesta aula... 
• Objetivos e como a disciplina será 
ministrada no decorrer do 
semestre; 
• As raízes romano-germânicas do 
direito luso-brasileiro; 
• O contexto histórico que 
circunstancia o fenômeno das 
grandes navegações. 
História do Direito 
• Disciplina jurídica autônoma que se 
destina a estudar as diferentes 
dimensões culturais assumidas pelo 
fenômeno jurídico através dos tempos, 
investigando o significado da gênese e 
do descredito das instituições jurídicas 
fundamentais entre os seus inúmeros 
artífices. 
História do Direito 
• Avaliar as múltiplas transformações 
ocorridas no seio das sociedades 
segundo o viés do Direito. 
• Fazer compreender como é que o direito 
atual se formou e se desenvolveu, bem 
como de que maneira evoluiu no decurso 
dos séculos. 
História do Direito 
• O Direito não surgiu espontaneamente, 
mas sempre esteve condicionado a 
intocáveis ordens da realidade, nunca 
estáticas, mas dinâmicas, e que se 
alternam conforme igualmente se 
modificam outros inúmeros fatores que a 
vida continuiamente proporciona. 
EXPANSÃO MARÍTIMA 
PORTUGUESA 
A expansão marítima Portuguesa 
Portugal nasceu como um condado de Castilha 
(antigo reino). 
Condado – local onde o chefe político é um 
Conde (título concedido pelo Rei). 
Reinos – Terra de um Rei que da terras para 
quem ele quer – forma os condados. 
Vassalagem – relação entre quem tem poder e 
seus servos. 
A expansão marítima Portuguesa 
1086 – acontecia o processo português da 
construção do Estado Português. 
Galegos – portugueses (galícia). 
Os portugueses que vieram para o Brasil eram 
do norte de Portugal e tinham várias 
nacionalidades: galícios, madrilhenos e 
castelhanos. 
A expansão marítima Portuguesa 
Período medieval – Leon, Castilha e Navarro – 
reinos que vão se unindo com o casamento. 
A Europa vai se fragmentando em vários 
poderes. 
O Rei torna-se um cargo sem grande 
significação e os Condes, em suas terras 
tinham um certo poder. 
A expansão marítima Portuguesa 
Portugal vai crescendo por meio de 
casamentos entre Leon e Castela, formando-
se, assim, laços de poder. 
Portugueses tentam tomar a Península Ibérica 
que era dominada pelos muçulmanos 
(Mouros) – Califado de Gordoba. 
Assim, o Condado de Portugal nasce da 
guerra. 
A expansão marítima Portuguesa 
O Rei Afonso VI pede ajuda a outros nobres de 
Borgonha. 
Henrique de Borgonha recebe um condado e 
se casa com Tereza (filha de Afonso VI). 
O Condado Portucalense, após o casamento 
junta-se ao condado de Coimbra e se torna 
Reino de Portugal. 
Dá-se a Independência na forma de gestão. 
A expansão marítima Portuguesa 
Com a morte de Henrique, Tereza se liga a 
família de Castela e o filho (Afonso Henriques) 
é criado por outros familiares. 
Ao mesmo tempo em que Castela tenta reaver 
o controle, Afonso Henriques retoma o poder 
em 1139, ganhando a guerra contra os 
mouros e declarando-se rei de Portugal. 
Castela e outros são a Espanha. 
A expansão marítima Portuguesa 
Só após 4 anos, Catela reconhece o reino de 
Portugal. 
Afonso Henriques presta vassalagem ao Papa 
e Portugal começa a ganhar força. 
Alrgarves – região das praias, de férias – eram 
dominadas pelos mouros que foram 
dominadas por Afonso Henriques, tornando-
se assim, rei de Algarves também. (E depois, 
rei do Brasil) 
 
A expansão marítima Portuguesa 
A navegação - importante aos portugueses, 
pois, apesar de ser um país pequeno, 
conseguiu, simultaneamente, estimular o 
comércio marítimo e, ao mesmo tempo a 
reconquista das terras ocupadas pelo mouros 
na Península Ibérica. 
E dessa forma conseguiu firmar-se 
politicamente em torno da monarquia. 
 
A expansão marítima Portuguesa 
 1143 – Portugal já tem seu território e quer 
ampliar. 
1385 – Depois de uma grande situação de 
grau de luto entre Portugal e Espanha. 
Portugal ganha uma ascensão com uma nova 
dinastia (linhagem – linha sucessória). 
A luta sucessória acaba colocando Castela no 
caminho de Portugal e tenta reaver seu poder 
sobre as terras portuguesas. 
A expansão marítima Portuguesa 
O início da dinastia de Avis – um filho fora do 
casamento (João - mestre de Avis) consegue 
reunificar a nobreza de seu nome e das forças 
portuguesas. 
Época áurea em que os portugueses passam a 
ter preponderância no mundo. 
João – Mestre de Avis – é um grande 
guerreiro/religioso. 
A expansão marítima Portuguesa 
Os portugueses passam a ter 
preponderância no mundo 
impulsionando pelos mares, reunificando 
forças de uma classe mercantil, com uma 
classe nobre e com a igreja. 
 
FATORES 
SÓCIO-ECONÔMICOS: 
 
• Busca de metais preciosos; 
• Necessidade de mercados consumidores 
- Burguesia “endinheirada”; 
• Busca de novas terras/ colônias. 
 
SÓCIO-POLÍTICOS: 
• Precoce centralização política; 
• Formação do Estado Nacional (Rev. de 
Avis); 
• A aliança do Rei com a Burguesia (nova 
camada social); 
• - Situação de Paz interna. 
 
CULTURAL: 
 
• Aperfeiçoamento das artes náuticas 
(escola de Sagres). 
 
RELIGIOSO: 
• Expansão da Fé Católica; 
• Espírito das Cruzadas. 
 
 
 
GEOGRÁFICO: 
• Localização privilegiada/ Península 
Ibérica. 
 
As raízes romano-germânicas do 
direito luso-brasileiro 
• Observar como se estrutura o sistema jurídico 
português a partir dessa perspectiva romano-
germânica (civil law), tendo por referência as 
Ordenações portuguesas (Afonsinas, 
Manuelinas e Filipinas). 
Civil Law 
• É a estrutura jurídica oficialmente adotada no 
Brasil. O que basicamente significa que as 
principais fontes do Direito adotadas aqui são 
a Lei, o texto. 
Common Law 
• É uma estrutura mais utilizada por países de 
origem anglo-saxônica como Estados Unidos e 
Inglaterra. Uma simples diferença é que lá o 
Direito se baseia mais na Jurisprudência que 
no texto da lei. 
• Nos países de Common Law também existe a 
lei, mas o caso é analisado principalmente de 
acordo com outros semelhantes. 
 
Common Law 
• Exemplo: Se lá nos EUA dois homens desejam 
realizar uma adoção, eles procuram outros 
casos em que outros homossexuais tenham 
conseguido adoções e defendem suas idéias 
em cima disso. 
• Aqui no Brasil, isso pode ocorrer, mas a regra é 
usar o texto da lei, seguindo a vontade do 
legislador. 
Ordenações 
• Sistema jurídico que vigorou durante todo o 
período do Brasil Colônia foi o mesmo que existia 
em Portugal – Ordenações Reais 
• Ordenações Afonsinas (1446), Ordenações 
Manuelinas (1521) e, por último, fruto da união 
das Ordenações Manuelinas com as leis 
extravagantes em vigência, as Ordenações 
Filipinas, que surgiram como resultado do 
domínio castelhano. 
• Ficaram prontas ainda durante o reinado de Filipe 
I, em 1595, mas entraram efetivamente em vigor 
em 1603, no período de governo de Filipe II. 
Ordenação Filipina 
• Não houve inovação legislativa por ocasião da 
promulgação da Ordenação Filipina, apenas a 
consolidação das leis então em vigor. 
• Legislação estava muito distante do tipo de 
consolidação que se deu na França no início do 
século XIX, como consequência da Revolução 
Francesa, na qual se baseiam os nossos atuais 
códigos, que buscam sanar as contradições, 
repetições e lacunas - as consolidações da época 
mal tinham uma parte geral, com regras 
abstratas. 
Ordenação Filipina 
• Sem correção das contradições e lacunas 
anteriormente existentes. 
• A norma editada seguia a estrutura dos 
Decretais de Gregório IX, dividindo-seem 
cinco livros que continham títulos e 
parágrafos: (I) Direito Administrativo e 
Organização Judiciária; (II) Direito dos 
Eclesiásticos, do Rei, dos Fidalgos e dos 
Estrangeiros; (III) Processo Civil; (IV) Direito 
Civil e Direito Comercial; (V) Direito Penal e 
Processo Penal. 
Ordenação Filipina 
• Destaca-se o livro II, que demonstra a 
principal característica dos direitos do 
Antigo Regime, ou seja, a existência de 
normas especiais para cada uma das 
castas que compunham a sociedade 
daquele período. 
Ordenação Filipina 
• Penas previstas nas Ordenações Filipinas eram 
consideradas severas e bastante variadas; 
• O confisco de bens, o desterro, o banimento, os 
açoites, morte atroz (esquartejamento) e morte 
natural (forca). 
• Não poderiam ser submetidos às penas 
infamantes ou vis os que gozassem de privilégios, 
como os fidalgos, os cavaleiros, os doutores em 
cânones ou leis, os médicos, os juízes e os 
vereadores. 
Ordenação Filipina 
• Como os costumes que imperavam à época eram muito 
variados e locais, a regra que vigorava nos julgamentos 
era, sempre que possível, seguir a jurisprudência do mais 
alto tribunal do Reino - a Casa de Suplicação. 
• Forma de buscar uniformidade nas decisões e, em última 
instância, fortalecer o poder central em detrimento dos 
vários poderes locais. 
• Nos casos a serem julgados e que não estivessem 
previstos nas Ordenações Filipinas, casos omissos da 
legislação nacional, aplicavam-se subsidiariamente (i) o 
direito romano (Código de Justiniano), a partir das glosas 
(interpretações) de Acúrsio e das opiniões de Bártolo ou 
(ii) o direito canônico. 
Ordenação Filipina 
• Direito Canônico: invocado quando estivesse em 
voga o pecado, como nos casos de crimes de heresia 
ou sexuais. Portanto, para julgar os casos que a eles 
chegassem, os tribunais deveriam ter à sua 
disposição o texto das Ordenações, o Corpus Iuris 
Civilis de Justiniano (glosas de Acúrsio) e os textos de 
Bártolo. 
• Na falta de qualquer solução a partir dessas fontes, e 
não fosse o caso passível de ser avaliado pelos 
tribunais eclesiásticos, deveria ser remetido ao rei. A 
decisão proferida pelo rei passava a valer como lei 
para outros feitos semelhantes. 
Ordenação Filipina 
• O livro que ficou mais tempo em voga foi o IV, 
vigorando durante toda a época do Brasil Império 
e parte do período republicano, com profundas 
influências no nosso atual sistema jurídico. 
• As Ordenações, portanto, tiveram aplicabilidade 
no Brasil por longo período e impuseram aos 
brasileiros enorme tradição jurídica, sendo que as 
normas relativas ao direito civil só foram 
definitivamente revogadas com o advento do 
Código Civil de 1916 
Ordenação Filipina 
• A aplicação do direito no vasto espaço territorial do 
Brasil Colônia não fazia parte das preocupações 
portuguesas, já que o objetivo da Metrópole era 
principalmente assegurar o pagamento dos impostos 
e tributos aduaneiros. 
• Mesmo assim as Ordenações Filipinas foram a base 
do direito no período colonial e também durante a 
época do império no Brasil. 
• Foi a partir da nossa Independência, em 1822, que os 
textos das Ordenações Filipinas foram sendo 
paulatinamente revogados. 
Atividades 
 1. Flávio e Aline, dois alunos iniciantes do 
curso do nosso Direito, entusiasmados com os 
estudos jurídicos, discutiam sobre a forma como 
os diversos países organizavam suas justiças a 
fim de obterem solução aos conflitos sociais 
que, inevitavelmente, surgem todos os dias. 
 Flávio defende a tese de que um sistema 
de direito tem que se basear na vontade de 
quem faz a lei (legisladores) prevendo situações 
futuras, sendo que ao juiz caberia tão somente 
aplicar as regras produzidas por estes. 
Atividades 
 Já Aline, por outro lado, entende que só 
diante do caso concreto é possível construir as 
regras, ou seja, a posteriori pois cada caso tem 
suas particularidades. 
 Além do mais, Aline entende que os juízes 
são mais confiáveis, enquanto Flávio defende 
a tese de que o legislador democraticamente 
escolhido pelo povo é que deve produzir as 
normas. 
 
Atividades 
a) Quem defendeu a tese usada pelos adeptos 
da Common Law e quem defendeu a tese 
usada pelos adeptos da Civil Law? Por quê? 
b) Por que se usa a denominação "sistema 
romano-germânico“? 
c) Qual dos sistemas se vincula a tradição 
jurídica portuguesa e, por consequência, a 
tradição jurídica brasileira? 
Atividades 
2. (ENADE/ 2012 — questão 8) A globalização é o estágio 
supremo da internacionalização. O processo de 
intercâmbio entre países, que marcou o desenvolvimento 
do capitalismo desde o período mercantil dos séculos XVII 
e XVIII, expande-se com a industrialização, ganha novas 
bases com a grande indústria nos fins do século XIX e, 
agora, adquire mais intensidade, mais amplitude e novas 
feições. O mundo inteiro torna-se envolvido em todo tipo 
de troca: técnica, comercial, financeira e cultural. A 
produção e a informação globalizadas permitem a 
emergência de lucro em escala mundial, buscado pelas 
firmas globais, que constituem o verdadeiro motor da 
atividade econômica (Adaptado de: SANTOS, M. O país 
distorcido. São Paulo: Publifolha, 2002). 
 
Atividades 
 No estágio atual do processo de 
globalização, pautado na integração dos 
mercados e na competitividade em escala 
mundial, as crises econômicas deixaram de ser 
problemas locais e passaram a afligir 
praticamente todo o mundo. 
 A crise recente, iniciada em 2008, é um 
dos exemplos mais significativos da conexão e 
interligação entre os países, suas economias, 
políticas e cidadãos. Considerando esse 
contexto, avalie as seguintes asserções e a 
relação proposta entre elas. 
Atividades 
I. O processo de desregulação dos mercados financeiros 
norte-americano e europeu levou à formação de uma 
bolha de empréstimos especulativos e imobiliários, a 
qual, ao estourar em 2008, acarretou um efeito 
dominó de quebra nos mercados. 
 POR QUE 
 II. As políticas neoliberais marcam o enfraquecimento e 
a dissolução do poder dos Estados nacionais, bem 
como asseguram poder aos aglomerados financeiros 
que não atuam nos limites geográficos dos países de 
origem. 
 A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

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