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trabalho individual contabilidade 3º semestre cont empresarial

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO ciências contábeis
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Alta Floresta 2014
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
CONTABILIDADE EMPRESARIAL
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas do 3º semestre. 
Orientador: Equipe de Professores do 3º semestre.
Alta Floresta 2014
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO.....................................................................................................03
2.0 DESENVOLVIMENTO..........................................................................................04
	
2.1 Contabilidade Empresarial...................................................................................	04
2.1.1 Diferença Entre as Sociedades e a Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada – Eireli............................................................................	04
2.1.2 Constituição de uma Empresa e sua Documentação.......................................10
2.1.3 Contrato Social..................................................................................................	11
3.0 CONCLUSÃO.......................................................................................................	16
REFERÊNCIAS..........................................................................................................	17
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1.0 INTRODUÇÃO
		No trabalho que vamos apresentar a seguir trataremos de vários tópicos que foram relacionados no material de apoio, e atraves da apresentação desses tópicos colocaremos em pratica as teorias que nos foram apresentadas em sala de aula, buscando assim entendimento e o aprendizado mais profundo sobre cada um deles. 
Para responder o problema da pesquisa, será necessária a divisão do presente artigo em dois itens. No primeiro abordar-se-á o conceito de EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - e suas diferenças com relação ao empresário individual e o empreendedor individual, bem como serão verificadas as características da EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - em especial as inovações trazidas com sua criação.
		Abordar os questionamentos sobre a vedação de o único titular da EIRELI ser pessoa jurídica, quando a atividade for empresária, e a obrigatoriedade de um elevado capital inicial mínimo, quando já existe o instituto da desconsideração da personalidade jurídica, demonstrarão a importância de uma interpretação mais ética deste instituto inovador. 
		A importância desta pesquisa se encontra no fato da relevância da criação da EIRELIpara o direito empresarial, possibilitando a proteção do patrimônio pessoal de quem quer empreender sozinho.
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2.0 DESENVOLVIMENTO
Desenvolvemos o trabalho conforme os tópicos apresentados na atividade.
2.1 Contabilidade Empresarial
2.1.1 Diferença Entre as Sociedades e a Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada – Eireli
		O artigo 966 do Código Civil de 2002 conceitua empresário como sendo aquele que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”, no entanto como bem estabelece André Luiz Santa Cruz Ramos, o legislador não quiz simplesmente se referir “à pessoa física que explora a atividade econômica, mas também à pessoa jurídica”, desta forma tanto o empresário individual, ou seja, aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada, quanto uma sociedade empresária, são considerados empresários, ressaltando que no caso da sociedade empresária, não serão os sócios os empresários e sim a Sociedade, tendo em vista, que devido ao fato de possuir personalidade jurídica, possui “consequentemente, capacidade para adquirir direitos e contrair obrigações”.
		A principal diferença entre essas duas espécies de empresário, é que no caso do empresário individual, o seu patrimônio pessoal confundia-se com o utilizado no empreendimento, consequentemente no caso de execução por dívidas gerada pela empresa, seus bens pessoais podiam ser alienados para cobrir o passivo da empresa, é o que tipifica Ramos como sendo uma responsabilidade “direta”, já o que tange a sociedade empresária, sua responsabilidade é subsidiária, tendo em vista, que por possuir personalidade jurídica, possui patrimônio próprio, distinto do patrimônio dos sócios, desta forma, havendo algum risco primeiro serão executados os bens da própria sociedade. 
		O empresário individual, que antes da vigência do Código Civil de 2002 chamava-se firma individual, é pessoa física que exerce pessoalmente atividade de empresário, assume responsabilidade ilimitada e em caso de falência responde com seus bens pessoais. O empresário individual não tem personalidade jurídica, ou seja, mesmo tendo registro no CNPJ, não é considerado pessoa jurídica. 
		O empresário individual poderá optar por se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte, se atendido as exigências contidas em lei,
o empresário individual pode transformar-se em sociedade empresária limitada, atendendo aos requisitos estabelecidos as sociedades limitadas, o que, após levado a registro, passará a ter personalidade jurídica.
		Ou seja, o empresário individual nada mais é do que aquele que exerce em nome próprio, atividade empresarial. Trata-se de uma empresa que é titulada apenas por uma só pessoa física, que integraliza bens próprios à exploração do seu negócio. Um empresário em nome individual atua sem separação jurídica entre os seus bens pessoais e os seus negócios, ou seja, não vigora o princípio da separação do patrimônio.
		O proprietário responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no exercício da sua atividade perante os seus credores, com todos os bens pessoais que integram o seu patrimônio (casas, automóveis, terrenos etc.) e os do seu cônjuge (se for casado num regime de comunhão de bens). O inverso também acontece, ou seja, o patrimônio integralizado para a exploração da atividade comercial também responde pelas dívidas pessoais do empresário e do cônjuge, a responsabilidade é, portanto, ilimitada nos dois sentidos.
SOCIEDADES LIMITADAS
		Com relação à sociedade limitada, basicamente, é aquela que reúne dois empresários ou mais para a exploração de uma ou mais atividades. Tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito ao registro, independentemente de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado. (CC art. 982 e parágrafo único).
		Isto é, sociedade empresária é aquela onde se exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, constituindo elemento de empresa. Desta forma, podemos dizer que sociedade empresária é a reunião de dois empresários ou mais, para a exploração, em conjunto, de atividade (s) econômica (s). Os sócios respondem de forma limitada ao capital social da empresa, pelas dívidas contraídas no exercício da sua atividade perante os seus credores.
		Para se abrir uma sociedade limitada é necessário ter pelo menos um sócio. Em caso de dívidas, os sócios responderão também com seus bens pessoais, dentro da sua parcela na sociedade. Por exemplo: se há dois sócios e cada um deles responde com 50% na sociedade, em caso de dívidas, eles dividirão ao meio a responsabilidade de pagamento.
		Portanto, em se tratando especificamente da aplicação da falência nas sociedades limitadas, o Código Civil dispõe sobre tal responsabilidade, partindo-se do pressuposto que, como regra geral, os sócios não respondem com seus patrimônios pessoais pelas obrigações da sociedade, em razão do princípio da autonomia patrimonial.
		EIRELI - A partir da promulgação da Lei 12.441/11, foi instituído em nosso ordenamento jurídico a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, EIRELI, por meio do inciso IV do artigo 44 do Código Civil,no entanto, doutrinadores como Ramos consideram que a nomenclatura estabelecida pelo Legislador não condiz com o instituto, tendo em vista, que empresa seria a atividade exercida, desta forma a denominação correta seria “empresário individual de responsabilidade limitada”. 
		Com o acréscimo do artigo 980-A, foi regulamentada a forma de organização da EIRELI, devido as diversas polêmicas que rodeiam o assunto, foram editados diversos enunciados na V jornada de Direito Civil do CJF, onde ficou estabelecido que essa empresa só pode ser constituída por pessoa natural (pessoal física), é considerada um ente jurídico personalizado e não uma sociedade, o patrimônio da EIRELI que responde pelas dívidas da pessoa jurídica e não será confundido com o patrimônio da pessoa natural que a constitui, vedado o risco de desconsideração da personalidade jurídica, garantindo-lhe uma autonomia patrimonial.
		A EIRELI é nova espécie de pessoa jurídica, de titularidade unipessoal, e tem como discussão sobre a natureza, ganhando relevância em razão do artigo 2º. da Lei n°12.441/11, que determina a inclusão no rol de pessoas jurídicas de direito privado previsto no artigo 44 do Código Civil, do inciso VI que preverá justamente “as empresas individuais de responsabilidade limitada”. Note-se que o termo adotado pelo legislador denotou curiosa confusão com a atividade de empresa, preferindo-se atribuir a denominação “empresa individual” ao invés de empresário individual.
		 Assim, reitera ser incorreto afirmar que a lei nº 12.441/11 criou nova espécie de empresário individual, posto que verifica-se verdadeira instituição de nova pessoa jurídica.
		A Lei nº 12.441, de 2011, instituiu a empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), acrescentou novos dispositivos ao Código Civil, passando a considerar pessoa jurídica de direito privado as empresas individuais de responsabilidade limitada, constituídas por uma única pessoa (física ou jurídica) titular da totalidade do capital social integralizado. Este tipo empresarial pode adotar firma ou denominação social, e deve acrescer obrigatoriamente a frente de seu nome a expressão EIRELI. 
		A empresa individual de responsabilidade limitada poderá optar por se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte, se atendido as exigências contidas em lei.
		Com a instituição da EIRELI tornou-se possível a constituição de Empresa Individual e transformação de Sociedade Limitada, com a concentração de todas as cotas em um único sócio, em Empresa Individual de Responsabilidade Limitada.
		Sua constituição e funcionamento obedecem às normas gerais do Código Civil para as Sociedades Empresárias, e mais especificamente a quatro requisitos básicos, tais sejam: a) unipessoalidade no quadro social; b) o capital social de pelo menos 100 salários mínimos integralizados quando da constituição; c) a utilização da expressão “EIRELI” no nome empresarial (denominação ou firma); d) a limitação na participação da EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada de uma única pessoa.
		Esta nova forma empresarial trouxe ao âmbito societário a possibilidade de uma única pessoa ser titular de 100% do capital social e, diferentemente do empresário individual, ter sua responsabilidade limitada ao patrimônio da empresa que constitui.
		 Tal limitação de responsabilidade se fez possível porque o artigo 980-A do Código Civil determinou que o capital social da EIRELI não pode ser inferior a 100 (cem) salários mínimos vigentes no país, ou seja, estabeleceu  que a pessoa que tem o intuito de criar uma EIRELI, deve integralizar o capital social em um valor razoável (atualmente R$72.400,00), pois futuramente tal valor é que servirá de garantia aos credores.
		Todavia, há de se frisar que, embora haja esta limitação, a responsabilização da pessoa titular da EIRELI se faz possível, pois havendo abuso de poder ou desvio de finalidade, necessária se faz a desconsideração da personalidade jurídica (artigo 50 do Código Civil), fato que possibilitará que o patrimônio da pessoa titular da empresa individual também venha ser atingido.
		Contudo, não é somente o instituto de desconsideração de personalidade jurídica que é aplicável à EIRELI, pois sendo ela uma nova espécie de pessoa jurídica, também lhe são aplicáveis os institutos da Falência e da Recuperação Judicial.
		Desta forma, o titular da EIRELI somente será atingido em casos excepcionais, ou seja, caso haja desconsideração da personalidade jurídica ou extensão dos efeitos da falência. Assim, não havendo nenhuma das situações supramencionadas, haverá a completa liberação do titular da EIRELI, sendo que este só poderá ser responsabilizado se identificados eventuais atos ilícitos e crimes falimentares através da propositura de ação de responsabilidade, conforme previsão do artigo 82 da Lei nº. 11.101/2005, pois caso contrário poderá exercer outra profissão ou mesmo titularizar quotas ou ações em outras sociedades empresárias, e, ainda realizar nova inscrição de empresário individual na Junta Comercial,tendo como impedimento apenas a criação de nova EIRELI, haja vista que, conforme previsão do §2º do artigo 980- A do Código Civil, a pessoa natural só poderá figurar em uma única empresa individual de responsabilidade limitada.
		Por fim, constata-se que a decretação da falência da EIRELI segue os mesmos moldes da falência das sociedades empresárias, apresentando como peculiaridade apenas o fato de que o impedimento do exercício da atividade empresarial não atingirá o seu titular, o qual poderá continuar a atividade como empresário individual ou sócio em sociedade empresária, mesmo antes do encerramento do processo falimentar.
		ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DA EIRELI
		ASPECTOS POSITIVOS DA EIRELI
		A EIRELI possui diversos pontos positivos, como a “redução do número de sociedades limitadas fictícias, que são constituídas por dois sócios apenas para limitar a responsabilidade ambos, mas na verdade administradas por uma só pessoa”, ou seja, o que ocorria antes da promulgação da Lei 12.441/11 era a criação de diversas sociedades empresariais com dois sócios, só que somente um deles administrava o empreendimento, ao outro cabia simplesmente figurar como integrante para evitar que o patrimônio do sócio administrador fosse confundido com o do empreendimento no caso de dívidas, eram as chamadas “sociedades laranjas”. 
		Outro ponto positivo é o fato de que quando ocorria da sociedade se desfazer, aquele que desejasse mantê-la, teria um prazo de no máximo 180 dias para encontrar um novo sócio, caso não conseguisse essa sociedade seria liquidada, com o advento da referida Lei, trouxe a possibilidade de conversão da sociedade em EIRELI, o que resulta em um maior estímulo ao empreendedorismo.
		Vale ressaltar que a EIRELI trouxe para o empresário individual uma proteção ao seu patrimônio pessoal, com as devidas limitações da lei, tendo em vista, que com o advento da Lei 12.441/11, garantiu ao empresário a separação patrimonial entre seus bens pessoais e os bens da empresa, neste sentido salienta Ramos que o objetivo da EIRELI é “permitir que um determinado empreendedor, individualmente, exercesse atividade empresarial limitando a sua responsabilidade, em princípio ao capital investido no empreendimento, ficando os seus bens particulares resguardados”. 
		ASPECTOS NEGATIVOS 
	 	Pode-se definir como aspecto negativo o problema da nomenclatura, o Legislador ao inserir o inciso IV do artigo 44 do CC, criou uma nova pessoa jurídica, a Empresa individual de responsabilidade limitada, para muitos doutrinadores como André Luiz Santa Cruz Ramos essa denominação seria equivocada, baseado na distinção existente entre empresa que é uma “atividade econômica organizada” e o empresário, cujo conceito é “pessoa que exerce atividade econômica organizada”, a nomenclatura adequada seria a de “Empresário Individual de Responsabilidade Limitada”. 
 “Se o intuito dele era criar um “empresário individual de responsabilidade limitada”, não precisavatê-lo colocado no rol de pessoas jurídicas de direito privado do art. 44 do CC. O empresário individual de responsabilidade limitada pode perfeitamente ser uma pessoa física, e a limitação de sua responsabilidade seria feita por meio de constituição de um patrimônio especial, formado pelos bens e dívidas afetados ao exercício de sua atividade econômica”.
 		Existe ainda um ponto negativo a ser destacado que é a polêmica existente sobre a restrição do capital social mínimo exigido, que seria de 100 vezes o valor do maior salário vigente no país. É importante ressaltar que divergências surgem pois como bem prevê Ramos “não existe regra legal de capital mínimo para a constituição de qualquer sociedade”, assim essa exigência acaba por se tornar questionável, além de que o conceito de capital inicial se restringe, uma vez que, na EIRELI não existe uma sociedade e sim parte de um patrimônio de uma pessoa física ou jurídica, utilizado no empreendedorismo, nesse sentido estabelece Pinheiro que “melhor seria que o Legislador tivesse optado por 'capital separado', 'capital afetado', 'capital integralizado', 'capital inicial' ou algo semelhante”.
A FALÊNCIA DO ANTIGO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Assim previu o artigo 2º. da lei 11.101 de 02 de fevereiro de 2005 a aplicação do benefício da recuperação de empresas e falências às sociedades empresárias[18], inclusive ao empresário individual. 
Sobre o empresário individual, sempre se criticou que a eventual declaração de falência deste se resumiria à verdadeira constrição e alienação da integralidade de seu patrimônio, respeitando-se somente os bens absolutamente impenhoráveis do art.649 do Código de Processo Civil e os bens de família protegidos pela lei nº 8.009/90, conforme preceitua o art.108, §4º da lei de falências.
Pacífica é a possibilidade de recuperação de crédito pelo empresário individual, benefício correntemente utilizado, tanto para a recuperação judicial ordinária (arts.47 a 69 da Lei 11.101/05) quanto para a recuperação judicial especial de empresários individuais optantes pelo Simples Nacional (arts.70 a 72 da Lei 11.101/05). 
2.1.2 Constituição de uma Empresa e sua Documentação 
Ressalta-se que a Sociedade comporta algumas espécies diferentes, como: Sociedade Limitada, Sociedade Anônima, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade em Comandita por Ações e Sociedade em Nome Coletivo, já a EIRELI não. A EIRELI caracteriza-se por não possuir tipos diferentes, sempre necessita possuir personalidade jurídica, constituída por apenas uma pessoa física e há normas que há norteiam específicas dessa espécie de Pessoa Jurídica no Código Civil sendo ela subsidiariamente regida pelas normas referente às sociedades limitadas conforme estabelece o artigo 980- A § 6º, que diz: § 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas (Código Civil, 2002).
Após pesquisarem e conversarem entre si os irmãos decidiu que teriam de abrir a empresa em nome dos dois sócios, uma vez que os dois sócios irão investir uma quantia para formação do capital social da empresa, optando assim por abrir uma Sociedade Por Quotas de Responsabilidade Limitada, ou seja, uma Sociedade
Limitada.
Restando esclarecer os passos para constituição da empresa e relacionar a
documentação exigida para constituição da empresa, nos órgãos competentes: 
Junta Comercial, Receita Federal do Brasil e Prefeitura, destacando a importância da empresa ser arquivada em cada um desses órgãos.
- Junta Comercial: Fazer o registro de sociedade limitada e o seu enquadramento como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP). Ocasião em que se deve apresentar para arquivamento (registro) o Requerimento de Empresário e o enquadramento como ME ou EPP na Junta Comercial, desde que atenda ao disposto na Lei Complementar 123/2006. Recomenda-se a realização de pesquisa prévia de nome empresarial e consulta prévia de endereço para evitar colidência de nome empresarial e pendências junto à Prefeitura Municipal e aos demais órgãos envolvidos. 
- Receita Federal do Brasil: Faça a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Em quase todas as Juntas Comerciais essa inscrição pode ser feita
juntamente com o arquivamento do Requerimento de Empresário. Caso o sistema da sua cidade ou estado não esteja integrado, essa inscrição deve ser efetuada após o registro na Junta Comercial.
- Prefeitura Municipal: Se a empresa exercer atividade de serviços, providencie a inscrição na Secretaria de Finanças ou de Fazenda da Prefeitura, em vários municípios essa solicitação se dá simultaneamente com a solicitação do Alvará de Funcionamento. Depois de efetuar o registro e as inscrições fiscais da empresa, assim como as exigências para emissão do Alvará, solicite à Prefeitura Municipal a emissão do Alvará de Funcionamento. 
O Alvará de Funcionamento é o documento hábil para que os estabelecimentos possam funcionar. Respeitadas ainda as normas relativas ao horário de funcionamento, zoneamento, edificação, higiene sanitária, segurança pública e segurança e higiene do trabalho e meio ambiente. A expedição o alvará é de competência da Prefeitura Municipal.
2.1.3 Contrato Social 
ALT TAB MANUTENÇÃO EM PRODUTOS DE INFORMATICA LTDA
CONTRATO SOCIAL
xxxxxxxxxxxxx, brasileiro, casado pelo regime do casamento, em
28/01/1986, administrador, residente e domiciliado na cidade Rural-PR, à Rua
Alecrim, 100 – Jardim Hortaliça – CEP 86000-000, portador do documento de
identidade civil RG sob nº 123.456-78, expedido pelo SSP-MG em 22/07/1973 e
inscrito no CPF/MF sob nº 300.400.500-00, nascido em 15/01/1955, e 
xxxxxxxxxxxxxxxxxx, brasileiro, casado pelo regime de comunhão parcial de bens, em 08/02/1988, técnico de informática, residente e domiciliado na cidade Rural-PR, à Rua Alfazema, 1000 - Jardim Hortaliça – CEP 86050-000, portador do documento de identidade civil RG sob nº 222.333.44, expedido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná (SSP/PR) em 29/08/1982 e
inscrito no CPF/MF sob nº 000.111.222-33, nascido em 31/08/1966. Resolvem
por este instrumento particular de contrato social, constituir uma sociedade
simples por quotas de responsabilidade limitada conforme as cláusulas e
condições a seguir:
CLÁUSULA PRIMEIRA: A sociedade girará sob o nome comercial de ALT
TAB MANUTENÇÃO EM PRODUTOS DE INFORMATICA LTDA, com sua sede
e foro na Cidade Rural, estado do Paraná, sito a Rua Joaquim Távora, nº 1000,
Jardim da Poesia, CEP. 86.000-000.
CLÁUSULA SEGUNDA: O objeto social da empresa será de: Manutenção em Produtos de Informática.
CLÁUSULA TERCEIRA: A sociedade iniciará suas atividades 24/10/2014 e seu
prazo de duração é por tempo indeterminado.
CLÁUSULA QUARTA: O capital social da empresa será de R$ 120.000,00,
(cento e vinte mil reais), divido em 120.000 (cento e vinte mil) quotas, no valor de
cada quota em R$ 1,00 (um real) cada uma, integralizado e distribuído entre
os sócios da seguinte forma: O sócio JULIO CESAR DA SILVA possui na sociedade 30.000 (trinta mil) quotas no valor de R$ 1,00 (um real) cada uma totalizando o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) cada, integralizado em moeda corrente do país no presente ato. O sócio MARCOS VINICIUS DA SILVA possui na sociedade 90.000 (noventa mil) quotas no valor de R$ 1,00 (um real) cada uma, totalizando o valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) cada uma integralizadas em moeda·corrente do país no presente ato.
PARÁGRAFO ÚNICO: O capital social da empresa totalmente integralizado fica assim composto e distribuído:
SÓCIOS 				CAPITAL EM QT 			CAPITAL EM R$
JULIO CESAR DA SILVA 		 30.000 				 30.000,00
MARCOS VINICIUS DA SILVA 	 	 90.000 				 90.000,00
TOTAL					120.000				120.000,00
CLÁUSULA QUINTA: As quotas são indivisíveis e não poderão ser cedidas ou
transferidas a terceiros sem o consentimento dos demais sócios, a quem fica
assegurado, em igualdade de condições e preço, o direito de preferência para a
sua aquisição.No caso de venda, o direito de preferência será exercido
mediante prévia notificação aos sócios remanescentes com o prazo de 30
(Trinta) dias para a manifestação sobre o interesse. Qualquer cessão de
quotas deverá ser efetivada através de Alteração Contratual e devidamente
arquivada na junta comercial.
CLÁUSULA SEXTA: A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital
social.
CLÁUSULA SÉTIMA: A administração da sociedade caberá ao sócio JULIO
CESAR DA SILVA OU MARCOS VINICIUS DA SILVA, ao qual compete o uso
da firma individualmente ou em conjunto, ficando dispensado de caução
para a administração, com poderes e atribuições de administrador autorizado o
uso do nome empresarial, vetado, no entanto, em atividades estranhas ao
interesse social, ou assumir obrigações seja em favor de qualquer dos quotistas
ou de terceiros, bem como onerar ou alienar bens móveis e imóveis da
sociedade, sem autorização dos demais sócios. Com exceção daqueles que
constituem a atividade fim da empresa.
CLÁUSULA OITAVA: Os sócios poderão de comum acordo fixar, uma retirada
mensal, a título de “pro labore”, observadas as disposições regulamentares
pertinentes.
CLÁUSULA NONA: Ao término do exercício social, em 31 de Dezembro, o administrador prestará contas justificadas de sua administração, procedendo a elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de resultado econômico, cabendo aos sócios, na proporção de suas quotas, os lucros ou perdas apuradas.
CLÁUSULA DÉCIMA: Nos quatro meses seguintes ao término do exercício
social, os sócios deliberarão sobre as contas, e designarão administradores
quando for o caso.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: A sociedade poderá a qualquer tempo,
abrir ou fechar filial ou outra dependência, mediante alteração contratual assinada
por todos os sócios.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA: Falecendo ou interditado qualquer sócio, a sociedade continuará suas atividades com os herdeiros, sucessores e o incapaz. Não sendo possível ou inexistindo interesse destes ou do(s) sócio(s), remanescente(s), o valor de seus haveres, será(ão) apurado e liquidado com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado. 
PARAGRÁFO ÚNICO: O mesmo procedimento será adotado em outros casos em que a sociedade se resolva em relação a seu sócio.
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA: O administrador declara sob a pena da Lei, de que não está impedido de exercer a administração da sociedade, por Lei especial, ou em virtude de condenação criminal, ou por se encontrar sob os efeitos dela, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargo
público, ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional,
contra normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé
pública ou a propriedade.
CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA: Fica eleito o foro da Comarca de Rural-PR para
o exercício e o cumprimento dos direitos e obrigações resultantes deste
instrumento.
E por estarem justos e contratados, lavram, datam e assinam o presente instrumento e contrato social, em três vias de igual teor e forma, juntamente com duas testemunhas, obrigando-se por si e por seus herdeiros a cumpri-lo fielmente em todos os seus termos. 
Rural (PR), 28 de Outubro de 2014.
___________________________
JULIO CESAR DA SILVA
RG sob nº 123.456-78
CPF/MF sob nº 300.400.500-00
___________________________
MARCOS VINICIUS DA SILVA
RG sob nº 222.333.44
CPF/MF sob nº 000.111.222-33
�
3.0 CONCLUSÃO
O presente artigo teve por objetivo verificar o instituto da EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada por meio de uma abordagem ética, tendo-se em vista a existência do instituto da desconsideração da personalidade jurídica.
No primeiro item, abordou o conceito de EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, e suas diferenças com relação o empresário Individual e o empreendedor individual, bem como as características da EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, em especial nas inovações trazidas com sua criação.
Após ter elencado os questionamentos legais e éticos sobre a vedação de o único titular da EIRELI ser pessoa jurídica, quando a atividade for empresária, e a obrigatoriedade de um elevado capital inicial mínimo, chegou-se à conclusão que diante do instituto da desconsideração da personalidade jurídica, não há necessidade de legislação com tratamentos desiguais, apenas pelo fato da EIRELI ter um único titular de seu patrimônio, bem como que o instituto EIRELI é inovador, mas há necessidade de uma interpretação mais ética quanto a sua funcionalização, para que também atinja o pequeno empreendedor. 
	
�
REFERÊNCIAS
BATISTUTE, Jossan. Direito Empresarial e Tributário: Jossan Batistute – Londrina: UNOPAR, 2014. 
BRASIL. Código Civil (2002). Código civil. In: Vade mecum Saraiva. 12.ed. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 217.
LOMAR, Virginia Carolina de Abreu. Disponível em: <http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=10263>. Acesso em 28 de out. 2014.
PESSOA, Leonardo. A Lei nº 12.441/2011: a empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI). Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 2947, 27 jul. 2011. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/19629>. Acesso em: 28 out. 2014.
BRASIL. Lei nº 11.101 de 09 de fevereiro de 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11101.htm>. Acesso em: 28 out. 2014.
BRASIL, Lei Complementar nº 123, Institui o Estatuto da Microempresa e Empresa e Pequeno Porte. Texto promulgado em 14 de dezembro de 2006.

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