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Aula 10FUNDAMENTOS III

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
AULA 10: BALANÇO CRÍTICO SOBRE A VERTENTE DE INTENÇÃO DE RUPTURA E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL. 
 
Tema da Apresentação
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
 
 
BALANÇO CRÍTICO SOBRE A VERTENTE DE INTENÇÃO DE RUPTURA 
As transformações societárias, reconfigurando as necessidades sociais dadas e criando novas (Heller, 1978), ao metamorfosear a produção e reprodução da sociedade, atingem a divisão sócio-técnica do trabalho, envolvendo modificações no referencial teórico, nas metodologias e nos objetos da produção de conhecimentos, nas propostas de formação profissional em sincronia com as demandas postas à profissão, na articulação e desarticulação do aparato legal e institucional que dá sustentação e legitimidade às práticas profissionais. 
Tema da Apresentação
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
	As profissões não podem ser tomadas apenas como resultados dos processos sociais macroscópicos- devem também ser tratadas como um arsenal teórico-metodológico e instrumental que, condensando projetos políticos e ideológicos, articulam respostas aos mesmos processos sociais. 
Tema da Apresentação
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
O tensionamento das estruturas sociais do mundo capitalista gestou um quadro favorável para a mobilização das classes sociais subalternas em defesa dos seus interesses imediatos. Registram-se amplos movimentos para direcionar as cargas de desaceleração do crescimento econômico, mediante as lutas dos trabalhadores e as táticas de reordenamento dos recursos das políticas sociais dos Estados burgueses. 
Tema da Apresentação
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Em tais movimentos, o conteúdo das demandas econômicas entrecuza-se com demandas sociais e culturais: começam a emergir reivindicações diferenciadas por categorias específicas ( negros, mulheres, jovens), à ambiência social e natural ( a cidade, o equipamento coletivo, a defesa dos ecossistemas), a direitos emergentes ( ao lazer, à educação permanente, ao prazer), etc. 
Tema da Apresentação
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Esses movimentos põem em questão a racionalidade do Estado burguês e suas instituições, e nas suas expressões mais radicais, negam a ordem burguesa e seu estilo de vida. Recolocam em pauta as ambivalências da cidadania fundada na propriedade e redimensionam a atividade política, multiplicando seus sujeitos e suas arenas. 
Tema da Apresentação
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Segundo Netto, é no marco da Reconceituação que pela primeira vez, de forma aberta, o Serviço Social vai recorrer à tradição marxista, valendo-se de manuais de divulgação de qualidade muito discutível, por vezes com versões deformadas pelo neopositivismo. A partir daí, mesmo com alguns equívocos, foi possível uma aproximação com a tradição marxista, que marca um dado da modernidade profissional. 
Tema da Apresentação
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Três circunstâncias marcam o caráter eclético das formulações propostas:
. A recusa à importação de teorias, como resposta num primeiro momento, ao hegemonismo do Serviço Social norte-americano, levou a uma postura de relativização da universalidade teórica. 
. O confucionismo ideológico que procurou sintetizar as inquietudes da esquerda cristã e as novas gerações revolucionárias não ortodoxas e não tradicionais sobre a base teórica do marxismo mais dogmático.
. O reducionismo próprio ao ativismo político, que obscureceu as fronteiras entre a profissão e o militantismo, com a consequente minimização da função da teoria 
Tema da Apresentação
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Essa situação vai se modificando aos poucos com o desenvolvimento do debate e da produção intelectual do Serviço Social brasileiro, que resulta na explicitação das seguintes vertentes que emergiram no bojo do Movimento de Reconceituação: 
A vertente Modernizadora - caracterizada pela incorporação de abordagens funcionalistas, estruturalistas e mais tarde sistêmicas ( matriz positivista), voltadas a uma modernização conservadora e à melhoria do sistema pela mediação do desenvolvimento social e do enfrentamento da marginalidade e da pobreza na perspectiva de integração da sociedade. 
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Os recursos para alcançar estes objetivos são buscados na modernização tecnológica e em processos e relacionamentos interpessoais. Estas opções configuram um projeto renovador tecnocrático fundado na busca da eficiência e da eficácia, e devem nortear a produção do conhecimento e a intervenção profissional.
A construção dessa perspectiva recebe apoio do CBCISS. Os profissionais ligados à esse órgão promovem cursos de Aperfeiçoamento para Docentes de Serviço Social articulados pela ABESS. O profissional que serve de referência como intelectual de ponta dessa perspectiva é José Lucena Dantas. 
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Segundo Netto, a concepção científica da prática profissional defendida por Lucena é “efetivamente reduzida ao estabelecimento de conexões superficiais entre dados empíricos da vida social e à intervenção metódica sobre eles; uma pauta interventiva cujo andamento pode ser objeto de acompanhamento, vigilância e avaliação por parte das hierarquias institucional-organizacionais de corte tecno-burocrático.
A vertente da Reatualização do Conservadorismo - perspectiva assumida por profissionais que resistem ao processo de laicização da profissão, e que repudia a visão positivista trazida pela perspectiva modernizadora, e a influência do pensamento crítico dialético
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Essa tendência, que difundiu a Fenomenologia no Serviço Social brasileiro, vai priorizar as concepções de pessoa, diálogo e transformação social ( dos sujeitos) é analisada por Netto como uma forma de reatualização do conservadorismo presente no pensamento inicial da profissão.
Destaca-se a dimensão da subjetividade, com uma demanda fortemente psicologizante de ajuda psicossocial. Há nessa argumentação uma dissolução das determinações de classe nos processos societários, promovendo o regresso ao que há mais tradicional e consagrado na herança conservadora da profissão. 
Tema da Apresentação
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A Vertente de Intenção de Ruptura 
	Essa perspectiva remete a profissão à consciência de sua inserção na sociedade de classes, e que no Brasil vai configurar-se em um primeiro momento, como uma aproximação ao marxismo sem o recurso ao pensamento de Marx, através de abordagens reducionistas dos marxismos de manual, quer pela influência do cientificismo e do formalismo metodológico estruturalista presente no marxismo althusseriano ( referência a Louis Althusser, filósofo francês cuja leitura da obra de Marx vai influenciar a proposta marxista do Serviço Social dos anos 60;70, e particularmente o Método BH.) .
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
	Para Netto, trata-se de um marxismo equivocado, que recusou a via institucional e as determinações sócio-históricas da profissão. No entanto, é com este referencial precário do ponto de vista teórico, mas posicionado do ponto de vista sócio-político que a profissão questiona sua prática institucional e seus objetivos de adaptação social, ao mesmo tempo em que se aproxima dos movimentos sociais.
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Nesta fase a categoria avança para elaborações crítico-históricas mais abrangentes, apoiadas em concepções teórico-metodológicas baseadas em fontes originais, a partir da produção de IAMAMOTO sobre as relações sociais da ordem burguesa, e sobre as particularidades do Serviço Social na formação social brasileira.
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
IAMAMOTO e CARVALHO inscrevem a prática profissional no terreno das intermediações entre as classes sociais fundamentais, e afirma que é só nesse campo mediador que o Serviço Social vai existir como profissão e tem determinadas as suas alternativas de ação. Apreendem dialeticamente a realidade em seu movimento contraditório, e identificam que a profissão é um componente da organização da sociedade, inserida nas relações sociais de produção, participando do processo de reprodução dessas relações ( IAMAMOTO, 1982)
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
O esclarecimento cuidadoso da inserção profissional na divisão sócio-técnica do trabalho, sua localização na estrutura sócio-ocupacional e a compreensão histórica da sua funcionalidade no espaço de mediações entre classes e Estado, redimensionam amplamente o alcance e os limites da sua intervenção, bem como o estatuto das suas técnicas, objetos e objetivos. 
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DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL. 
As transformações societárias, reconfiguram as necessidades sociais existentes e criam novas necessidades, que repercutem nos meios de produção e reprodução da sociedade, e na divisão sócio-técnica do trabalho, envolvendo modificações em todos os seus níveis ( parâmetros de conhecimento, modalidades de formação e de práticas, sistemas institucional-organizacionais, etc). 
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	No mundo contemporâneo as profissões são marcadas por diversidade de concepções, tensões e confrontos internos. Elas não podem ser tomadas apenas como resultado dos processos sociais macrossociais, devem também ser tratadas cada qual como corpus teórico e práticos que, condensando projetos sociais, articulam respostas aos processos sociais. 
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TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO
Em 1974-1975 o mundo enfrenta a primeira recessão generalizada da economia capitalista internacional, desde a II Guerra Mundial. Chegava ao fim o padrão de crescimento das três décadas de expansão do capitalismo monopolista, baseado no padrão de acumulação “fordista-keynesiano”, e no pacto de classes expresso no Welfare State . 
Tema da Apresentação
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 Este novo padrão que Mandel caracterizou como “capitalismo tardio”, baseado num regime de acumulação flexível. A “flexibilização” provocou um aumento excessivo das atividades de natureza financeira (resultado da superacumulação e da especulação desenfreada), cada vez mais independentes de de controles dos governos nacionais. Também foi fortemente impactado pelas novas tecnologias da comunicação, que aumentaram extraordinariamente a mobilidade e agilidade nas informações e tomadas de decisões. 
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Simultaneamente, a produção segmentada, horizontalizada e descentralizada, a fabricação de produtos assume novas feições, sendo os “parques industriais” descentralizados, a produção fracionada, a mão de obra fragmentada, terceirizada, propiciam uma “mobilidade” ou “desterritorialização” dos pólos produtivos, que se articulam em redes internacionais, em conglomerados supranacionais, passíveis de rápida reconversão. 
. 
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	A globalização econômica vincula-se a essa financeirização do capitalismo ( Harvey, 1993; Mattoso, 1995), e à articulação supranacional das unidades produtivas, que vem implicando uma ampla desregulamentação da economia mundial. 
	A flexibilização vem sendo favorecida pela revolução tecnológica, que desde os anos 50 afeta as forças produtivas: é a substituição da eletromecânica pela eletrônica. Uma crescente informatização do processo de automação, o desenvolvimento de novos materiais alteram profundamente o processo produtivo, produzindo modificações no processo de trabalho
Tema da Apresentação
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
O “capitalismo tardio”, transitando para um modelo de acumulação flexível, reestrutura radicalmente o mercado de trabalho, altera a relação entre incluídos e excluídos, introduz novas modalidades de contratação, cria novas estratificações e novas discriminações entre os que trabalham (de sexo, idade, etnia). 
No nível social, o que se verifica é que a estrutura de classes vem sofrendo profundas modificações, com o desaparecimento de antigas classes sociais, como é o caso do campesinato. A classe operária que fixou sua identidade classista (sindical e política) transforma-se rapidamente, afetada por diferenciações, perde sua grandeza estatística.Tema da Apresentação
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
O que se registra são mutações, que Antunes(1995) chama de metamorfoses no mundo do trabalho. O proletariado perde a centralidade objetiva que exercia na fase anterior do capitalismo
A PÓS-MODERNIDADE 
O fim da era da “Modernidade”, orientada pelas propostas do Iluminismo, pode ser identificado a partir da construção de novos referenciais teóricos, que inauguram uma nova era, com novas concepções e fundamentos “ a Pós Modernidade”. 
Tema da Apresentação
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
	Pode-se afirmar que o pensamento, a teorização pós-moderna, são funcionais à lógica capitalista, cuja racionalidade reduz à instrumentalidade, abrindo a via para os mais diversos irracionalismos.
	No plano político, as transformações no Estado e Sociedade Civil se dão tanto no seu interior como nas suas relações. Na sociedade civil, as tradicionais expressões e representações das classes e camadas subalternas experimentam crises visíveis: a redução do índice de sindicalização dos trabalhadores e o consequente enfraquecimento do poder de organização e luta dos sindicatos; os impasses dos partidos políticos populares e ou operários, ao mesmo tempo que emergem “novos sujeitos coletivos”, dos quais os “novos movimentos sociais” são os mais significativos. Tais movimentos demandam “novos direitos” e a ampliação do debate e das dimensões concretas de exercício da cidadania.
Tema da Apresentação
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Com relação às funções do Estado, verifica-se uma diminuição de sua ação reguladora, o encolhimento de suas funções legitimadoras. A crise do modelo do Welfare State manifesta-se, entre outros aspectos, na retirada das coberturas sociais públicas, no corte dos direitos sociais, em um processo de “ajuste” que visa diminuir o ônus do capital com a reprodução da força de trabalho.
As atividades econômicas em escala planetária, das corporações monopolistas, extrapola os controles estatais, tornando limitada a intervenção estatal e a soberania dos Estados nacionais. A desqualificação do Estado tem sido a idéia que move a proposta de privatizações difundida pela ideologia neoliberal. Desenvolve-se hoje uma cultura política anti-Estado, visando a liquidação dos direitos sociais, do patrimônio e do fundo público, com desregulação; a transferência para a sociedade civil, a título de iniciativa autônoma, de responsabilidades anteriormente do Estado; minimização de lutas democráticas dirigidas a afetar instituições estatais.
Tema da Apresentação
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Consequências para os trabalhadores:
- desemprego- em meados dos anos 90, chegou-se a 40 milhões de desempregados;
- redução de salários, com aviltamento das condições de vida;
- um forte ataque aos sistemas públicos de seguridade social;
- pauperização absoluta e relativa para a maioria esmagadora da população do planeta;
- crescente alargamento da distância entre o mundo rico e o pobre;
- a ascensão do racismo e da xenofobia;
- a crise ecológica do globo;
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Em meados dos anos 90, o projeto hegemônico burguês executado por Fernando Henrique Cardoso, que incorporou os ajustes econômico-sociais determinados por uma agenda neoliberal, chocam-se com os interesses democrático-populares, colocando a sociedade brasileira em sintonia com os rumos flexibilizadores do capitalismo tardio, através de:
- internacionalização das grandes corporações transnacionais no espaço socioeconômico brasileiro;
- a reestruturação dos conglomerados nacionais;
- o intercâmbio econômico e científico-tecnológico com o mundo globalizado; 
 - as diferenciações na estrutura de classes;
- uma indústria cultural bem estruturada e monopolizada, dotada de mídia eletrônica com cobertura espacial-social inclusiva, 
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
o ingresso no patamar tardio-burgues significa que a “dívida social” vai combinar-se com as implicações altamente negativas que a flexibilização capitalista tem acarretado.
O SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL, NA ENTRADA DOS ANOS 90
Na entrada da década de 90 o Serviço Social se apresenta como uma profissão relativamente consolidada, com cerca de 70 unidades de ensino superior, com um alto grau de associação e com um organismo de pesquisa – Centro de Documentação e Pesquisa em Serviço Social e Políticas Sociais – CEDEPSS, com um dinamismo na área de pesquisas e publicações. 
Tema da Apresentação
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
Verifica-se a presença cada vez maior de profissionais brasileiros em eventos acadêmicos nacionais e no exterior, aumento dos cursos de pós-graduação e da presença de estrangeiros neles. O Serviço Social abriu-se apara amplo diálogo interdisciplinar, promovendo a interlocução com importantes teóricos e intelectuais do país e do exterior. Registra-se também ganhos na representatividade acadêmica e organizacional que demonstram um amadurecimento da profissão.
Os avanços e o acúmulo realizados no Serviço Social foram enormes, porém ainda são débeis. A efetiva existência de um mercado nacional de trabalho crescentemente diferenciado em todos os níveis, tem propiciado experiências inovadoras e fecundas. Na virada da década de 80 para a 90, as bases dessa dominância teórico-cultural começam a ser deslocadas, devido ao impacto, nas esquerdas, do colapso do socialismo real, a ofensiva neoliberal reconversão de numerosos intelectuais ao ideário da ordem, os giros do processo político brasileiro.
Tema da Apresentação
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PERSPECTIVAS IMEDIATAS, MERCADO DE TRABALHO E TENDÊNCIAS DE DESENVOLVIMENTO
A cultura profissional - princípios, valores, objetivos, concepções teóricas, instrumentos operativos, joga um papel importante nesse campo de lutas, em que diferentes segmentos da categoria expressam sua diferenciação ideológica e política, e procuram elaborar uma direção social estratégica para sua profissão. 
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Ao longo da década de 80 e na entrada dos anos 90, o rompimento com o conservadorismo engendrou uma cultura profissional repleta de diversidades, mas que acabou por gestar e formular uma direção social estratégica, explicitada no Código de Ética Profissional que entra em vigência em março de 1993, tendo como valor central a liberdade, e tem como princípios fundamentais a democracia e o pluralismo, posicionando-se em favor da equidade e justiça social, da construção de uma nova ordem social, sem dominação de classe , etnia e gênero. ( CFAS, 1993:11). 
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Para Netto, o desafio atual, contemporâneo, é manter, consolidar e aprofundar a atual direção estratégica ou contê-la, modifica-la ou revertê-la. É exatamente aí que o conservadorismo e as proposições pós-modernas se dão as mãos: o combate e a crítica ao ideal de sociabilidade posto pelo programa da Modernidade jogam no sentido de desqualificar a direção social que se construiu contra o conservadorismo. Cabe lembrar que a profissão nasceu e se desenvolveu como parte do programa anti-modernidade, reagindo à secularização, à laicização, à liberdade de pensamento, à autonomia individual.
As exigências imediatas do mercado de trabalho vão refenciar o debate profissional a curto prazo por três razões principais: 
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. As prioridades dos empregadores públicos e privados de assistentes sociais tenderão a enfatizar ainda mais as resultantes prático operativas do trabalho dos profissionais; 
 
. Aos olhos dos assistentes sociais, as respostas a elas se apresentam como via preferencial para solucionar os impasses da legitimação social da profissão;
Os próprios avanços profissionais dos anos 80 impõem o enfrentamento de questões da prática, senão ao preço de se esgotarem.
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O apelo às iniciativas da sociedade civil, contribuindo para a desresponsabilização do Estado em face das sequelas da questão social, mediante a convocação de parcerias, é perfeitamente compatível com o esvaziamento da cidadania, ao mesmo tempo que desregulam e se flexibilizam direitos sociais consagrados constitucionalmente, a palavra cidadania serve como palavra de ordem. Em nome das iniciativas da chancela tais parcerias e tem levado profissionais a valorizar, quando não priorizar as ONGs como espaço profissional. Apostar nas ONGs como saída profissional é desconhecer os graves risco dos pluriemprego ( várias inserções profissionais) num processo em que a fragmentação do mercado de trabalho pode conduzir a um processo de desagregação profissional.
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A segmentação coloca especialmente desafios instrumental-operativos diversos. Nas instituições da iniciativa privada, o que se altera mais rapidamente são as atribuições e papéis profissionais nas médias e grandes empresas: 
mediar as relações de empresas com segmentos populacionais afetados imediatamente por sua ação;
contribuir na gerência de novas parcerias entre capital e trabalho;
a administração de benefícios sociais;
- a condução de novos métodos de organização do trabalho ( círculos de controle da Qualidade, qualidade total, etc.). 
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Segundo Netto, 
“A questão de fundo não é saber qual a demanda do mercado, e sim “como responder a elas”. Os indicadores empíricos das necessidades do mercado devem ser os determinantes da formação profissional. 
	Já a perspectiva da direção social estratégica formulada nos anos 90 não pode contentar-se com a sinalização do mercado de trabalho: deve conectá-la à análise das tendências societárias macroscópicas( o que supõe investimento na pesquisa da realidade e a apropriação de categorias e procedimentos da teoria social moderna) e aos objetivos e valores do projeto social que privilegia. 
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A segmentação (especialização) no mercado de trabalho tenderá a se adensar progressivamente, com duas implicações incontornáveis:
 a) na categoria profissional, produzirá uma sensível estratificação entre os assistentes sociais ( novas escalas de conhecimento, de prestígio, de remuneração, etc.) . 
b) no campo da formação , reclamará um profundo redimensionamento das relações entre as escolas e os demais segmentos da categoria profissional. 
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Tais exigências recolocam em primeiro plano o problema da formação: será insustentável, já a curto prazo, a atual graduação com seu perfil generalista, para atender as demandas do mercado de trabalho. Neste sentido, dois encaminhamentos são possíveis: 
afunilar a graduação dirigindo a formação desde o início para especializações ( saúde, habitação, relações de trabalho e gestão de recursos humanos nas empresas, poder local, infância e adolescência, terceira idade, etc.).
2) manter o perfil generalista da graduação, institucionalizando a especialização como requisito para o exercício profissional ( conforme o exemplo da residência médica.) 
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Para José Paulo Netto, o primeiro encaminhamento além de abrir o flanco para a redução da formação a um nível meramente técnico-operativo, acabará por alijar da formação os avanços teóricos e analíticos que garantem a compreensão do significado social do Serviço Social na rede de relações sociais concretas, levando o profissional a uma intervenção micro-localizada. O segundo, pode assegurar a qualificação para a intervenção localizada (ação focal) à base de uma compreensão estrutural da problemática focalizada. É nesta segunda alternativa que se pode fundamentar uma formação profissional contínua. 
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Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
A curto prazo, o problema da formação profissional tem que incluir os milhares de assistentes sociais já diplomados. Cursos de reciclagem, de especialização, de atualização que atendam às exigências da intervenção localizada. O trato operativo-instrumental deve ser necessariamente conectado à compreensão da problemática em tela e da ação focal no sistema de relações da sociedade brasileira. 
Em resumo, confrontam-se dois paradigmas de profissionais: o técnico bem adestrado, ou o intelectual com qualificação operativa vai intervir sobre aquelas demandas a partir de sua compreensão teórico-crítica, identificando a significação, os limites e as alternativas de ação focalizada.
Tema da Apresentação
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III
Balanço Crítico sobre a vertente de Intenção de Ruptura e desafios contemporâneos para a formação profissional. 
 Verificar-se-á o desenvolvimento de uma vertente neoconservadora, inspirada fortemente na epistemologia pós-moderna, promovendo uma reentronização das práticas tradicionais , oferecendo-lhes um discurso legitimador, de natureza cultural , com apelo à sociedade civil, e à cidadania , com ações focais no marco de petições solidárias e de parcerias em todos os níveis. 
José Paulo conclui afirmando que somente uma perspectiva teórico-críticavinculada a um projeto social anticapitalista, sem vínculos utópico-românticos, pode assegurar que os componentes sociocêntricos e emancipadores que a cultura profissional recentemente abrigou sejam potencializados e atualizados, podem abrir o Serviço Social a demandas que transcendam o horizonte da ordem do capital. 
Tema da Apresentação

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