Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/4 Potencial de Ação Cardíaco – Parte II DEMONSTRAR DIFERENÇAS GRÁFICAS NO REGISTRO DO POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO. Apesar de não se registrar um único perfil gráfico do potencial de ação gerado no coração, podemos afirmar que a principal diferença que se observa nele é o platô. O platô corresponde ao período refratário do potencial de ação cardíaco, ou seja, durante esse intervalo de tempo, as células cardíacas não geram outros potenciais de ação. Esse evento ocorre porque imediatamente após o início do potencial de ação, a permeabilidade da membrana aos íons potássio é diminuída em cerca de cinco vezes, efeito que não se observa em fibras musculares esqueléticas. Essa permeabilidade reduzida faz com que o efluxo de íons potássio durante o platô do potencial de ação diminua acentuadamente, impedindo o retorno precoce da voltagem do potencial de ação para o seu valor de repouso. Vamos analisar o que ocorre nas células cardíacas para que ocorra a geração desta representação gráfica: 01 / 03 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/4 Conforme a figura acima, podemos ver inicialmente (número 4), que por diferença de concentração, ocorre influxo de Na+ e efluxo de K+, lembrando que anteriormente já estudamos que nesse momento a movimentação de íons é constantemente controlada pela bomba de Na+/K+, de forma que o Na+ estará constantemente sendo bombeado para o meio externo e o K+ para o meio interno. Logo após a fase 1, há abertura dos canais de cálcio e, assim, há influxo de cálcio. O aumento da contração intracelular de cálcio nas células cardíacas estimula o retículo sarcoplasmático a liberar mais cálcio. Esse fenômeno culmina com a contração do músculo cardíaco. Não somente há influxo de cálcio durante o platô, mas também de sódio (número 2). Isso acontece porque nem todos os canais de sódio foram inativados, de tal forma que existe uma pequena corrente despolarizante originada pelo sódio, sendo que ao mesmo tempo em que há o influxo de sódio e cálcio, há também efluxo de potássio. Quando a célula retorna ao potencial de repouso, a fibra cardíaca já está relaxada. E como já falamos anteriormente durante o platô, as células cardíacas não geram outros potenciais de ação. Dessa forma, o músculo cardíaco não sofre contração tetânica (contração muscular mantida sem períodos de relaxamento). Muito bem, até aqui aprendemos vários conceitos de Eletrobiologia Cardíaca. Contudo, vocês ainda podem se perguntar por que devem saber tudo isso. Pois bem, vejamos a importância desses conceitos. Todos nós já ouvimos falar de Eletrocardiograma (ECG), um exame muito solicitado para se fazer o diagnóstico e o acompanhamento de pessoas com problemas cardíacos, para avaliação de atletas ou daqueles que se submeterão a intervenções cirúrgicas. E você sabe como que se obtêm os registros gráficos obtidos no ECG? É muito simples, esse exame registra, na superfície da pele, as atividades elétricas do coração, resultado da propagação do potencial de ação por toda a estrutura cardíaca. Dessa maneira, quando o coração sofre um infarto, é possível fazer o diagnóstico pelo ECG, porque a propagação do potencial de ação é alterada, como exemplificado na figura a seguir. 02 / 03 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/4 Agora que você já estudou este tema, resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida-a com seus colegas e professor. EXERCÍCIOS (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/biofenf68/a11ex01_biofenf68.htm) Procure o significado das palavras utilizadas neste tema, descritas a seguir: 1. infarto 2. período refratário 3. platô REFERÊNCIA FOX, Stuart Ira. Fisiologia Humana. 7. ed. Barueri: Manole, 2007. COSTANZO, Linda S. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana - uma abordagem integrada. 2. ed. Barueri: Manole, 2003. MOURÃO JÚNIOR, Carlos Alberto. Curso de Biofísica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 03 / 03 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/4
Compartilhar