Buscar

Unidade 4 O Método Epidemiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 33 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O método 
epidemiológico 
Prof.ª Célia Corrêa 
• Unidade IV – O MÉTODO EPIDEMIOLÓGICO. 
• 4.1 - Tipos de estudos epidemiológicos: analíticos e descritivos 
• 4.2 - Estudos Transversais 
• 4.3 - Estudos Longitudinais 
• 4.4 - Desenhos: caso-controle, corte, experimental 
 
Estudo transversal 
• Objetivo 
• Estimar prevalência do agravo na população 
• Mediadas calculadas 
• Razão de prevalência 
 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Delineamento de um estudo transversal 
• 1. Seleção da população 
• 2. Verificação simultânea da exposição e da doença 
• 3. Análises de dados 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
• 2. Estudo Transversal - (seccional, corte, corte-
transversal,vertical, pontual ou prevalência) 
• [causa e efeito] ou [exposição ao fator e doença] são 
investigados ao mesmo tempo. 
• Na análise de dados é que se saberá quem são os “expostos” e 
“não-expostos” e quem são os “doentes” e sadios”. 
• Exemplo clássico: migração e doença mental 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 Estrutura de um Estudo Transversal 
 
 
 
 
 
 
População 
Expostos 
doentes 
 (a) 
Expostos 
 n-doentes 
(b) 
N-expostos 
doentes 
 (c) 
N-expostos 
n-doentes 
(d) 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Estudo Transversal: Migração e doença mental em adultos de meia idade 
_______________________________________________________ 
Exposição Doença Mental 
 ao fator Sim Não Total Tx. 
 Prev.(%) 
 
 Migrant 18 282 300 6 
 N-Migr. 21 679 700 3 
_____________________________________________ 
 Total 39 961 1000 4 
_____________________________________________ 
Razão de Prevalência: 2; Fonte: Pereira, 2012 
Cálculo de risco: Razão de prevalência = 6/3 = 2 
OR ₌ (18x679) / ( 282x 21) = 3 
Risco relativo ou ODDS RATIO 
 
 
• Risco relativo é uma razão de dois coeficientes de incidência 
 
• Ex: coeficiente de doença mental entre o migrante e o não 
migrante 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
3. Estudos Ecológicos 
 
• avaliam correlações ou tendências baseadas em 
informações derivadas de outros grupos; 
 
• áreas geográficas são geralmente as unidades de análise; 
 
• servem para levantar hipóteses; 
 
• são pesquisas estatísticas; 
 
• Exemplo: associação entre álcool e Ca estômago 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
comparações geográficas 
Área 1 Tabelas dos Estudos Ecológicos 
 Doença 
 Presente Ausente Total 
Exposição Presente a1=? b1=? a1+b1 
 Ausente c1=? d1=? c1+d1 
 Total a1+c1 b1+d1 a1+b1+c1+d1 
Área 2 
 Doença 
 Presente Ausente Total 
Exposição Presente a2=? b2=? a2+b2 
 Ausente c2=? d2=? c2+d2 
 Total a2+c2 b2+d2 a2+b2+c2+d2 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
4. Estudos de Caso-Controle - a investigação parte do 
“efeito” para chegar às “causas” 
• pesquisa etiológica, retrospectiva, de trás para frente, após o 
fato consumado; 
 
• as pessoas são escolhidas porque tem uma doença (os casos) 
e as pessoas comparáveis sem a doença (os controles) são 
investigadas para saber se foram expostas aos fatores de 
risco. 
 
• Exemplo - Surto de diarréia em General Salgado e via de 
transmissão - Água da rede pública e o agente etiológico - 
Cyclospora cayetanensis 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Delineamento de um estudo de Caso-Controle 
 
• 1. Seleção da população com as características que possibilitem a 
investigação exposição-doença; 
 
• 2. Escolha rigorosa dos casos e controles 
 
• 3. Verificação do nível de exposição de cada participante 
 
• 4. Análise dos dados 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Estrutura de um Estudo de Caso-Controle (Casos) 
 
 
 
Análise 
de 
Dados 
 
 
 
Expostos 
Não - 
Expostos 
Expostos 
Não - 
Expostos 
Doentes 
Grupos de 
Casos 
Não-Doentes 
Grupo de 
Controles 
a 
b 
c 
d 
População 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Caso-controle: Associação toxoplasmose e debilidade mental em crianças 
_______________________________________________________ 
Sorologia Deficiência mental 
para Toxo Sim (casos) Não (controles) 
 
Sim 45 15 
Não 255 285 
 
Total 300 300 
______________________________________________ 
OR = (45x285)/(15x255)=3,35 Fonte: Pereira, 2012 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
5. Estudos de Coorte - parte-se da “causa” em direção ao 
“efeito” 
 
• observam-se situações na vida real - por exemplo - exercício físico 
e coronariopatia; dieta e coronariopatia, etc.. 
 
• os grupos são acompanhadas por um determinado período de 
vida 
 
• Estudos prospectivos (dieta e coronariopatia) e retrospectivos 
(investigação de surtos) 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 Exposição Doença 
Estudo de Coorte 
Estudo de Caso-
Controle 
Estudo Transversal 
Fonte:Pereira, 2012 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Coorte: Associação exercício físico e mortalidade por coronariopatia 
_______________________________________________________ 
Atividade Óbitos 
física Sim Não Total Tx. Mort. 
 por mil 
Sedentário 400 4.600 5.000 80 
Não-sedentário 80 1.920 2.000 40 
 
Total 480 6.520 7.000 69 
______________________________________________ 
RR= 80/40=2 Fonte:Pereira, 2012 
x= 400x1000/5000= 80 
 x= 80000/2000=40 
 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
• Estrutura de um Estudo de Coorte (amostra) 
 
 
 
 
 
 
Análise 
de 
Dados 
 
 
 
Doentes 
Expostos 
a 
b 
Não-doentes 
Doentes 
Não-doentes 
Não-Expostos 
c 
d 
Casos 
Controle 
 Observação/medição da 
 exposição 
População 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
6. Estudos Experimentais - ensaios clínicos randomizados 
 
• parte da “causa” para o “efeito”, os participantes são 
colocados aleatoriamente nos grupos - de estudo e de 
controle; 
 
• realiza-se a intervenção em apenas 1 dos grupos (vacina, 
medicamentos, dietas, etc..- o outro grupo recebe placebo); 
 
• compara-se o RR nos dois grupos 
 
OBS: São estudo de intervenção - os participantes são 
submetidos à condições artificiais 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Estrutura dos Estudos clínicos randomizados: 
 
 
Participantes 
Expostos 
Não-expostos 
Grupos por 
randomização 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Ensaio clínico randomizado: eficácia de vacina e placebo 
_______________________________________________________ 
Grupos Casos de Doenças 
 Sim Não Total Taxa 
 Incidência 
Vacinados 20 980 1.000 2 
Não-vacinados 100 900 1.000 10 
 
Total 120 1.880 2.000 6 
______________________________________________ 
RR= 2/10=0,2 Fonte:Pereira, 2012 
Vacinados = vacina - fator de proteção 
TIPOS DE ESTUDOSEPIDEMIOLÓGICOS 
Validade de uma investigação - grau de correção das 
conclusões alcançadas 
 
• validade interna - conclusões são corretas para a amostra 
investigada 
 
• validade externa - pode extrapolar para a população de onde veio 
a amostra ou para outras populações 
 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Viés Metodológico - sinônimo de erro sistemático, vício, 
tendenciosidade, desvio, bias (do inglês) 
 
• Viés de seleção - erros referentes à escolha da 
população/pessoas. 
 
• Viés de aferição - erros na coleta, nos formulários, nas 
perguntas, despreparo dos entrevistadores. 
 
• Viés de confundimento - interações entre variáveis, outras 
associações, análise estatística inadequada. 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 
 
• Avaliação dos resultados - testes estatísticos para as 
associações encontradas 
• Y = f (X) 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
Vantagens e desvantagens dos principais desenhos de estudos epidemiológicos 
 
 Tipo Vantagens Desvantagens 
Estudo de caso barato e fácil para não pode ser usado para 
 gerar hipóteses testar hipóteses 
 
Série de casos fornece dados descritivos sem grupo controle, não pode 
 em doenças características ser usado para testar hipóteses 
 
Transversal permite conhecer prevalência, não permite conhecer tempo 
 fácil, pode gerar hipóteses da exposição 
 
 Ecológico respostas rápidas, pode gerar dificuldade para controlar 
 hipóteses confundimentos 
 
 Fonte: Grisso, 1993 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS APLICADOS ÀS 
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS 
 Tipo Vantagens Desvantagens 
 
Caso-controle permite estudos múltiplos de Difícil seleção de controles, 
 exposição e doenças raras, requer possibilidade de bias nos dados 
 poucos sujeitos, logística fácil e de exposição, a incidência não 
 rápida, não tão caro pode ser medida 
 
Coorte Permite estudos múltiplos de Possibilidade de bias nos efeitos, 
 efeitos e exposições raras, menor caro, exige tempo, inadequado 
 possibilidade de bias na seleção e para doenças raras, poucas 
 nos dados de exposição, a incidên- exposições, perda dos sujeitos 
 cia pode ser medida 
 
Ensaios clínicos desenho mais convincente, maior mais caro, artificial, logística 
randomizados controle para evitar confundimento difícil, objeções éticas 
 ou variáveis desconhecidas 
 
 Fonte: Grisso, 1993 
POPULAÇÃO 
EXPOSTOS 
NÃO-EXPOSTOS 
DOENTES 
DOENTES 
NÃO-DOENTES 
NÃO-DOENTES 
Estudo de Coorte Retrospectiva 
a 
b 
c 
d 
DOENTES NÃO-
DOENTES 
POPULAÇÃO 
EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS 
NÃO-
DOENTES 
DOENTES 
Estudo de Coorte 
a b c d 
POPULAÇÃO 
DOENTES 
NÃO-DOENTES 
EXPOSTOS 
NÃO-EXPOSTOS 
EXPOSTOS 
NÃO-EXPOSTOS 
a 
c 
b 
d 
Estudo de Caso-Controle: 
POPULAÇÃO 
EXPOSTOS 
DOENTES 
EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS 
NÃO-DOENTES 
a b c 
d 
Estudo de Caso-Controle: 
Estudo Transversal: 
POPULAÇÃO 
EXPOSTOS 
DOENTES 
EXPOSTOS 
NÃO-
DOENTES 
NÃO-EXPOSTOS NÃO-EXPOSTOS 
DOENTES NÃO-DOENTES 
a b c d 
TIPOS DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
• BIBLIOGRAFIA 
• Gordis, L. Epidemiology. W.B. Daunders Company, Baltimore, Philadelphia, 1996. 
• Newbold, P. Statistics for Business & Economics, Ed. Prentice-Hall, Englewood 
Cliffs, New jersey, 4 th Edition, 1994. 
• Pereira, MG. Epidemiologia - Teoria e Prática. Ed. Guanabara/Koogan, 1995. 
• Veronesi, R. & Focaccia R. Tratado de Infectologia. Ed. Atheneu, 1996. 
• Waldman, EA & Costa Rosa, T. E. Vigilância em Saúde Pública. Coleção Saúde & 
Cidadania. Ed. Peirópolis, Vol. 7, 1998. 
• WHO Global SalmSurv. Estudo de Caso – Febre Tifóide. [material técnico], Set. 
2005. 
REFERÊNCIAS 
• 1. Pereira. M.G., 1995, Epidemiologia: Teoria e Prática. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan. 
 
• 2. Rouquayrol. M.Z.; Filho, N. de ª, 2006. Introdução à 
Epidemiologia Moderna. 1a edição. E atual. Belo Horizonte - 
Salvador - Rio de Janeiro / COOPMED - APCE - ABRASCO. 
 
• 3. Vieira S. Introdução à Bioestatística. 6ª Tiragem revista e 
ampliada em 1998. Rio de Janeiro: editora Campus; 1998.

Outros materiais