Biofísica do sistema respiratório Líquido surfactante e quantidades gasosas alveolares

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Biofísica do sistema respiratório:
Líquido surfactante e quantidades
gasosas alveolares
MOSTRAR COMO A PRESENÇA DE SUBSTÂNCIA TENSOATIVA, PRODUZIDA NOS ALVÉOLOS, IMPEDE A
GERAÇÃO DE DIFERENÇA DE PRESSÃO ENTRE OS DIFERENTES TAMANHOS DE ALVÉOLOS
PULMONARES, FAZENDO COM QUE ELES PERMANEÇAM CONSTANTEMENTE ABERTOS. MOSTRAR
TAMBÉM AS DIFERENÇAS DE QUANTIDADES GASOSAS NOS ALVÉOLOS.
Em nossos pulmões, existem milhares de alvéolos pulmonares, todos de diferentes tamanhos e cheios de ar.
Eles permanecem "abertos" por causa da presença de uma substância tensoativa (substância capaz de
reduzir a tensão superficial), chamada líquido surfactante.
A pressão dentro de um alvéolo está relacionada com o seu raio e com a tensão superficial. Dessa maneira, a
tendência natural nos alvéolos seria o ar se deslocar da região de maior pressão (alvéolos menores) para a
região de menor pressão (alvéolos maiores). Nesse sentido, os alvéolos menores (P ) iriam se esvaziar nos
alvéolos maiores (P ).
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Para que isso não ocorra, nos nossos alvéolos pulmonares é produzida uma substância capaz de reduzir a
tensão superficial e, assim, ser capaz de reduzir a pressão. Em consequência da presença dessa substância,
os alvéolos pulmonares não apresentam diferenças de pressão e, por isso, todos permanecem "abertos".
E qual a relação disso com o recém-nascido prematuro?
Pois bem, o líquido surfactante () só é produzido em quantidade suficiente próximo ao nono mês
gestacional. Dessa maneira, no sétimo ou oitavo mês de gestação, as crianças não apresentam em
quantidade suficiente essa substância, podendo revelar dificuldades para respirar, uma vez que, como já
discutimos é justamente a presença de líquido surfactante que faz com que não ocorra diferença de pressão
entre os alvéolos.
Constituição da mistura gasosa nos alvéolos
Em primeiro lugar, devemos estar conscientes de que a constituição dos gases nos alvéolos é diferente do
gás atmosférico. Na verdade, não que o ar seja diferente, o fato é que a concentração dos gases na mistura é
distinta. Conforme podemos ver na tabela a seguir, a concentração de gás carbônico é maior no alvéolo do
que no ar atmosférico, e a quantidade de gás oxigênio no alvéolo é menor do que na atmosfera.
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Vemos que a pressão parcial de oxigênio é maior no alvéolo pulmonar que no sangue venoso. Novamente
lembramos que, quando há diferença de pressão, há fluxo. Por isso, o gás oxigênio é absorvido pelo nosso
organismo. Já a pressão parcial do gás carbônico é maior no sangue venoso que no alvéolo. Logo, o gás
carbônico é transportado do sangue para o espaço alveolar e, em seguida, eliminado do organismo.
Agora que você já estudou este tema, resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso
fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida-a com seus colegas e professor.
QUIZ (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/biofenf68/a18ex01_biofenf68.htm)
REFERÊNCIA
FOX, Stuart Ira. Fisiologia Humana. 7. ed. Barueri: Manole, 2007.
COSTANZO, Linda S. Fisiologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana - uma abordagem integrada. 2. ed. Barueri: Manole, 2003. 
MOURÃO JÚNIOR, Carlos Alberto. Curso de Biofísica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
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