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Ortodontia A1

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Oclusão normal da dentição decídua, mista e permanente
Dentição decídua
1)Introdução.
- período pré-dental.
- período da dentição decídua.
- período da dentição mista.
- período da dentição permanente.
2)O que é odontogênese? Processo fisiológico e continuo no qual as modificações histológicas e bioquímicas ocorrem de forma simultânea e progressiva. Mc Donald, 1986. 
- na sexta semana de vida intrauterina duas intensas proliferações se aprofundam no mesênquima.
Sequência de calcificação:
- incisivos centrais: 14 semanas.
- primeiros molares: 15 semanas e meia.
- incisivos laterais: 16 semanas.
- caninos: 17 semanas.
- segundos molares: 18 semanas.
3)Período pré-dental.
- espaço mesial anterior: os roletes gengivais contactam-se na região posterior, apresentando espaço na região anterior.
- postura neo-natal da língua: roletes estão separados e a língua sobressai entre os lábios.
- sucking pad: projeções vilosas no lábio superior.
- presença de roletes gengivais.
- rolete gengival inferior localizado de 5 a 6mm distalmente ao superior.
- movimento mandibular ântero-posterior e de abertura e fechamento.
4)Período pré-dental: importância da lactação natal.
- desenvolvimento ósseo muscular e articular.
- resistência imunológica.
- equilíbrio das funções estomacais.
5)Período da dentição decídua.
Cronologia:
- ordem na qual os dentes erupcionam na cavidade bucal.
- normalmente os inferiores precedem os superiores.
 
 IC IL C 1º M 2º M
	Superior
	9 meses
	9 meses
	18 meses
	14 meses
	24 meses
	Inferior
	7 meses
	7 meses
	16 meses
	14 meses
	20 meses
Arcos dentais:
- Número de dentes: são 20, divididos em grupos – incisivos, caninos e molares.
- Forma dos arcos:
Apresentam menos variabilidade em sua conformação do que os permanentes.
Segundo Barrow e White, os arcos decíduos podem ser classificados em: cônicos, trapezoidais ou ovais.
- Relação entre os dentes:
Plano terminal reto: representa 76% dos casos.
Degrau mesial: representa 14% dos casos.
Degrau distal: representa 10% dos casos.
Inclinações axiais
- ausência de curvas de Spee e Wilson: dentes verticalizados nas bases ósseas.
- paralelismo entre as raízes.
Sobremordida:
- é o transpasse vertical dos incisivos superiores sobre os incisivos inferiores, quando as arcadas estão cerradas.
- há sobremordida profunda, com a erupção dos incisivos centrais e laterais, superiores e inferiores.
- com erupção dos primeiros molares decíduos superiores e inferiores ocorre o levante da mordida (mordida em topo). Moyers, 1989.
Espaçamento:
- Espaços primatas:
São espaços encontrados entre os incisivos laterais e caninos na arcada superior e entre caninos e primeiros molares na arcada inferior.
- Espaços interdentais:
Arco tipo I de Baume: as arcadas apresentam diastemas generalizados (mais favorável a um bom alinhamento dos dentes permanentes) – 63 a 70% das crianças.
Arco tipo II de Baume: as arcadas apresentam diastemas (tendência maior de apinhamento na região anterior).
Dentição decídua x permanente
1)Dentição decídua:
- arco com perímetro e comprimento menores. 
- não tem pré-molares.
- 20 dentes, permanentes 32 dentes.
- dentes menores que o permanentes, apresentam raízes menores, mais delgadas e mais divergentes.
- dentes apresentam coloração branco-leitosa enquanto os permanentes coloração mais amarelada.
- molares dispostos de forma crescente enquanto os molares permanentes estão dispostos de forma decrescente.
- constrição cervical mais acentuada nos molares.
- cornos pulpares e câmaras maiores que os permanentes.
- superfície oclusal mais estreita.
- espessura de esmalte dos tecidos é menor.
- dentes formados em tempo menor.
2)Distúrbios na dentição decídua.
Bruxismo:
- maloclusão funcional.
- encontrado em menos de 10% de todas as crianças.
- etiologia: fator genético, problemas psicológicos e alergias.
Anquilose:
- mais propensos que os permanentes e os inferiores duas vezes mais que os superiores.
- traumatismo ou pressão excessiva, comumente são as causas mencionadas.
- geralmente bilateral.
- presença de mordida aberta posterior.
Cárie:
- perde de dentes decíduos prematuramente -------- impacto na posição dos permanentes, que poderão tornar-se apinhados ou mal-alinhados na época da erupção.
Maloclusões – problemas:
- mordida cruzada anterior.
- mordida cruzada posterior.
- problemas verticais e ântero-posteriores.
- alinhamento.
3)Conclusão.
- o êxito no diagnóstico, no plano de tratamento e dos nos procedimentos, exigem um conhecimento da forma e estrutura dentária e da dinâmica do crescimento e desenvolvimento.
- a prevenção, interceptação e correção das deformidades faciais é de grande importância no desenvolvimento da criança.
Dentição mista
1)Reabsorção dos dentes decíduos.
- mecanismo fisiológico.
- o dente em erupção dita o padrão de reabsorção do dente decíduo.
- processo intermitente.
2)O que é estágio de Nolla?
3)Erupção. 
- processo que inicia-se na odontogênese com o rompimento do pedículo da lâmina do germe, passando pela oclusão funcional até a perda do dente.
- movimento dentário pré-eruptivo: crescimento dos arcos maxilar e mandibular, preparatórios para o posicionamento dos dentes em suas respectivas criptas.
- movimento dentário eruptivo: movimento intra-ósseo até a posição funcional em oclusão.
- movimento dentário pós-eruptivo: movimento que mantém os dentes, já em oclusão, em suas posições.
Envolve vários eventos simultaneamente:
- alongamento da raiz do permanente.
- rizólise do decíduo.
- movimento através do osso.
- crescimento vertical do processo alveolar.
- crescimento da borda inferior da mandíbula.
4)Inter-relação calcificação/erupção.
- os dentes passam pela crista do processo alveolar em diferentes estágios do desenvolvimento radicular (calcificação).
5)Cronologia de erupção.
- a variabilidade na cronologia de erupção é muito grande.
- ocorre em média, 5 meses mais precocemente nas meninas.
Arco superior
 Dente Erupção Dente Erupção 
	Incisivo central inferior
	6 - 7 anos
	Incisivo central superior
	7 – 8 anos
	Incisivo lateral inferior
	7 - 8 anos
	Incisivo lateral superior
	8 – 9 anos
	Canino
	9 – 11 anos
	Canino
	11 – 12 anos
	1º pré-molar
	10 – 11 anos
	1º pré-molar
	10 – 11 anos
	2º pré-molar
	11 - 12 anos
	2º pré-molar
	10 – 12 anos
	1º molar
	6 – 7 anos
	1º molar
	6 – 7 anos
	2º molar
	11 - 13 anos
	2º molar
	12 – 13 anos
	3º molar
	17 – 21 anos
	3º molar
	17 – 21 anos
6)Sequência de erupção.
- representa a ordem na qual os dentes erupcionam na cavidade bucal.
As sequências mais favoráveis são:
- arco superior: 
Canino(6) , 1º molar(1), incisivo central(2), 1º pré-molar(4), 2º pré-molar(5), incisivo lateral(3) e 2º molar(7). 
canino, 1º molar, incisivo central, 1º pré-molar, incisivo lateral, 2º pré-molar e 2º molar.
- arco inferior: 
(2º pré-molar(6), 1 º molar(1)), incisivo central(2), incisivo lateral(3), canino(4), 2 º pré-molar(5) e 2º molar(7). 
(2º pré-molar, 1 º molar), incisivo central, canino, 1º pré-molar, incisivo lateral e 2º molar.
- na maxila é desejável que: 
O 1º pré-molar erupcione antes do 2º pré-molar. A perda precoce de molares decíduos irá permitir que o 1º molar migre mesialmente e bloqueie a erupção do canino.
O canino erupcione antes do 2º molar permanente superior.
- na mandíbula é desejável que:
O canino erupcione antes dos pré-molares, de forma a preservar o comprimento do arco e prevenirque os incisivos inferiores lingualizem.
O 2º pré-molar erupcione antes do 2º molar permanente.
7)Etapas da dentição mista.
- primeiro período transicional: erupção dos primeiros molares e incisivos.
- período intertransicional: repouso – poucas alterações intra-bucais.
- segundo período transicional: erupção dos caninos e pré-molares.
8)1º período transicional.
Erupção dos primeiros molares:
- ocorre aos 6 – 7 anos.
- inferiores precedem os superiores.
- movimento em “S”.
- formação das curvas de Spee e Wilson.
Erupção dos incisivos inferiores:
- centrais 6 – 7 anos.
- laterais: 7 - 8 anos em posicionamento mais lingual.
Erupção dos incisivos superiores:
- irrompem logo após os inferiores.
- centrais: 7 – 8 anos.
- laterais: 8 -9 anos.
- pouca variação na erupção dos centrais.
- laterais encontram dificuldades devido aos caninos.
- inclinação labial.
9)Período inter-transicional.
Repouso: poucas alterações intra-orais.
- fase estável.
- extensa reabsorção de caninos, primeiros e segundos molares decíduos.
- formação das raízes dos incisivos e primeiros molares permanentes.
10)2º período transicional.
Erupção dos caninos e pré-molares: o desenvolvimento favorável da oclusão nesta região depende de:
- sequencia favorável da erupção.
- espaço disponível satisfatório.
- obtenção de relação molar com diminuição mínima de espaço disponível para os prés.
- relação vestíbulo-lingual favorável ao processo alveolar.
Erupção dos caninos e pré-molares inferiores:
- a sequência mais favorável é: 3-4-5-7.
- é importante que o canino erupcione primeiro.
- a erupção do 2º molar fora de sequência pode tornar-se um problema grave. 
Erupção dos caninos e pré-molares superiores:
- as sequências mais favoráveis são: 4-5-3-7 ou 4-3-5-7 
- o canino deve seguir imediatamente a erupção do 2º pré.
- a erupção do 2º molar fora de sequencia é tão grave quanto na mandíbula.
Erupção dos 2º molares:
- ocorre em torno dos 12 anos.
- inferiores precedem superiores.
- caso erupcionem antes de caninos e pré-molares poderá ocorrer falta de espaço.
Características da dentição mista
1)Inclinações axiais.
- dentição decídua: verticalizados.
- dentição mista: inclinações labiais.
- na dentição permanente estas inclinações tendem a ficar mais suaves.
2)Como dá-se a formação da curva de Spee?
- inicia-se com a erupção dos primeiros molares.
- vai sendo definida pela substituição dos dentes decíduos pelos permanentes até a sua definição completa.
3)Como dá-se a formação da curva de Wilson? Forma-se com a erupção dos primeiros molares permanentes inferiores devido a inclinação lingual destes dentes.
4)O que é sobremordida (overbite)?Trespasse dos incisivos superiores sobre os inferiores no plano vertical (aumenta durante a dentição mista se estendendo até a adolescência).
5)O que é sobressaliência (overjet)? Trespasse dos incisivos superiores sobre os inferiores, no plano horizontal, devido a protrusão dos incisivos, corrigindo-se com a maturação.
6)Fase do patinho feio.
- sobremordida e sobressaliência exagerada.
- presença de vários diastemas.
- inclinação labial dos incisivos.
- incisivos com inclinação distal exagerada das coroas.
Auto-correção:
Erupção dos caninos corrige:
- inclinação distal.
- diastemas.
Erupção dos posteriores corrige:
- inclinação labial exagerada.
- sobremordida exagerada.
7)Alterações na ATM.
- o remodelamento é mais significativo no início da dentição mista (aos 6 anos).
- a medida que a criança cresce, a profundidade da fossa aumenta.
- dentes permanentes estimulam mudança na anatomia condilar.
8)Aproveitamento fisiológico do espaço.
Conceitos errados em relação às mudanças normais e a utilização do espaço fisiológico do arco dentário, provavelmente causam mais fracassos clínicos na terapia da dentição mista do que qualquer outro fator.
9)Alinhamento dos incisivos inferiores.
Os incisivos conseguem espaço para um correto alinhamento através de:
- pequeno aumento da largura do arco.
- espaços interdentais.
- posicionamento mais labial dos incisivos permanentes.
- espaços primatas.
- Baume (1950): a erupção do 2º molar ocasiona movimento mesial dos molares decíduos fechando o espaço primata.
- Clinch e Maher: com a erupção dos laterais os espaços primatas são fechados de frente para trás.
10)Alinhamento dos incisivos superiores.
- a situação é menos crítica no arco inferior.
- os incisivos superiores se posicionam mais labialmente.
- o perímetro do arco não apresenta tendência à redução.
11)Espaço para caninos e pré-molares.
- normalmente erupcionam sem grandes problemas quando não há alteração na sequência de erupção (Leeway Space).
- arcada superior: x + 0,8mm ---- 0,8 x 2= 1,6mm.
- arcada inferior: y + 1,7mm ---- 1,7 x 2= 3,4mm.
12)Ajuste da oclusão de molares.
- é obtido através do “Leeway space” associado ao crescimento diferenciado maxilo-mandibular.
- plano terminal reto:
Classe I: cúspide mesio-lingual do molar superior ocluindo no meio do molar inferior.
Classe II: cúspide disto-lingual do molar superior ocluindo no meio do molar inferior.
Em topo: cúspides encontrando em cúspide.
- degrau mesial:
Classe III: cúspide disto-lingual do molar superior ocluindo na cúspide mesio-vestibular do molar inferior.
Classe I: cúspide disto-lingual do molar superior ocluindo no meio do molar inferior.
- degrau distal:
Classe II: cúspide mesio-lingual do molar superior ocluindo no meio do molar inferior.
13)Conclusão.
- é preciso que se tenha em mente a cronologia e sequencia normais da erupção dos dentes permanentes.
- o “leeway space” e o crescimento diferencial maxilo-mandibular são os principais fatores para estabelecimento da chave dos molares.
- deve-se ter conhecimento dos mecanismos de desenvolvimento da oclusão na fase de dentição mista para que se possa determinar o momento correto de intervir.
Dentição permanente
1)Introdução.
A oclusão dental é, inegavelmente, o mais vasto e importante capítulo da odontologia constituindo-se no alicerce sobre o qual edifica a ortodontia.
2)Desenvolvimento do conceito de oclusão.
- período fictício (até 1900): relações anatômicas e morfológicas.
- período hipotético (1900 a 1930): Angle (1899) – relação normal dos planos inclinados oclusais dos dentes quando as arcadas estão cerradas (oclusão do ponto de vista estático).
- período verídico (após 1930): Broadbent (1931) – ideia dinâmica da oclusão dentária= tríade (dente, músculo e articulação).
- complexo estrutural constituído fundamentalmente pelos dentes e ossos maxilares caracterizado pela relação normal dos planos inclinados oclusais dos dentes que se encontram situados individual e coletivamente em harmonia arquitetônica com os ossos basais e com a anatomia craniana, que apresenta pontos de contato proximais e inclinações axiais corretas e acompanhado de crescimento, desenvolvimento, posição e correlações normais com todos os tecidos e estruturas circunvizinhas.
- complexo estrutural constituído fundamentalmente pelos dentes e ossos maxilares, caracterizado por:
Relação normal de planos inclinados.
Relação normal dos dentes.
Harmonia com ossos basais.
Contatos proximais.
Inclinações axiais.
Normalidade de estruturas vizinhas.
3)Arcos dentais.
Número de dentes:
- 32.
Forma dos arcos:
- 
-
-
- a individualidade da forma do arco dentário do paciente deve ser respeitada, se desejarmos alcançar sucesso no tratamento obter resultado permanente após o mesmo.
4)O que é chave de oclusão?
5)Relações oclusais.
Equilíbrio dental= forças funcionais oriundas dos:
- dentes.
- ligamentos.
- músculos mastigatórios e da mímica.
- língua.
- palato.
- faringe.
(Asseguram estabilidade das diferentes posições dos dentes nos ossos maxilares).
6)Pontos de contato.
Duas funções primordiais:
- são partes que atuam eficientemente na estabilidade de uma arcada, permitindo um perfeito equilíbrio entre as várias peças dentárias.
- são formaçõesque servem pata proteger papila gengival ou dentária contra os impactos dos alimentos durante os atos mastigatórios.
OBS: a linha dos pontos não é reta, e sim, seguindo o contorno e tamanho dos dentes.
7)Curva de Spee.
- estabelecer a quantidade correta de overjet e overbite no seguimento anterior.
- proporcionar poder de corte aos incisivos.
- determinar uma separação paralela e uniforme dos planos oclusais maxilares e mandibulares durante as excursões laterais da mandíbula.
- permitir a manutenção de superfícies uniformes quando a mandíbula desliza levemente para frente.
8)Curva de Wilson.
Há duas razões para essa inclinação dos dentes posteriores:
- resistência a carga mastigatória.
- função mastigatória.
9)Oclusão normal x ideal.
- a palavra normal implica variações em torno de um valor médio, enquanto ideal denota um conceito hipotético ou objetivo.
- a natureza, por si só, raramente apresenta uma oclusão ideal, mas perfeitamente razoável, quando se planeja um tratamento ortodôntico, ter em mente imagem de uma intercuspidação ideal.
10)Conclusões.
- o ortodontista deve manter em mente o conceito de oclusão ideal, 100% pura e perfeita, entretanto, deve estar apto a reconhecer as oclusões normais, as quais apresentam variações dentro dos limites individuais.
- a oclusão dentária da espécie humana sofre modificações com a maturação do indivíduo mesmo não havendo crescimento ativo.
- o objetivo da ortodontia é obter contato oclusal e proximal dos dentes (oclusão) dentro do quadro da função normal e adaptação fisiológica estética dentofacial aceitável e estabilidade razoável.
Classificação das maloclusões
1)Introdução.
A organização em sistemas é a busca de um padrão de agrupamento por similaridade organizacional. Facilita a manipulação, a discussão dos casos e a forma de referência. Proffit, 1995.
2)Quais são os tipos de maloclusão? Esquelética e dentária.
3)Quais são os objetivos e qualidades da classificação das maloclusões?
Objetivos:
- poder juntas um número grande de casos e agrupá-los em números menores.
- facilitar o tratamento dos casos agrupados (orientação para o plano de tratamento).
- facilitar as conclusões: etiologia, prognostico, contenção e prevenção.
- fornecer meios de comunicação.
Qualidades:
- ser completa, ser simples, ser precisa, ser prática e ser lógica.
4)Quais são as causas de uma maloclusão? Apinhamentos, diastemas, mordida aberta, mordida profunda ou sobremordida, cruzamentos ou biprotrusões dentárias.
5)Quais são as classificações?
Classificações empíricas:
- Fox (1803): anomalia dos maxilares.
- Schange (1841): anomalias de número, forma e posição, migração, transposição e direção.
- Carabelli (1842): mordida normal, bordo a bordo, aberta, protruída, retruída ou cruzada.
- Guilford (1905): oclusão bucal normal ou anormal e retrusão ou protrusão das arcadas.
- Case (1908): má posições dentárias, protrusão ou retrusão e mordida aberta.
Classificação de Angle
Princípio:
- o melhor equilíbrio, a melhor harmonia, as melhores proporções da boca nas suas múltiplas relações, requerem a presença de todos os dentes e que cada dente ocupe uma posição normal.
- dentição permanente com todos os dentes presentes.
1. O corpo da mandíbula e seu corresponde arco dental deve ocupar na anatomia craniana, uma posição normal mésio distal.
2. Os 1º molares superiores ocupam uma posição fica e definida em relação à anatomia craniana.
3. Se há modificação na posição dos 1º molares superiores, esta se evidencia pela mudança das inclinações axiais dos dentes desde mesmo arco, principalmente os caninos.
Classes:
I: todos os casos de maloclusão nos quais o corpo da mandíbula e a arcada dentária inferior estão em relação correta no sentido antero-posterior (mésio-distal) com as estruturas anatômicas da cabeça.
Perfil facial: reto e equilíbrio nas funções da musculatura peribucal, mastigatória e da língua (Ferreira, 1999).
Perfil facial: em casos de biprotrusão dentária ou de mordida aberta o perfil facial torna-se convexo (Ferreira, 1999). 
II: todos os casos de maloclusão nos quais o corpo da mandíbula e a arcada dentária inferior estão em relação distal com as estruturas anatômicas da cabeça.
1ª divisão: incisivos centrais e laterais superiores apresentam inclinação axial vestibular exagerada.
Perfil facial: convexo na maioria dos pacientes (Ferreira, 1999).
2ª divisão: incisivos centrais superiores apresentam inclinação axial vertical ou lingual.
Perfil facial: os perfis faciais mais comuns são o reto e o levemente convexo, associados respectivamente à musculatura equilibrada ou com suave alteração.
OBS: existe uma tendência de sobremordida excessiva e o arco inferior apresenta frequentemente curva de Spee acentuada.
Classe II subdivisão:
- ocorre quando o corpo da mandíbula e a arcada dentária inferior estão em relação distal com as estruturas anatômicas da cabeça somente em um dos lados.
- subdivisão direita ou esquerda.
Ex: classe II 1ª divisão, subdivisão esquerda.
Classe III: todos os casos de maloclusão nos quais o corpo da mandíbula e a arcada dentária inferior estão em relação mesial com as estruturas anatômicas da cabeça.
Perfil facial: predominantemente côncavo e a musculatura está geralmente desequilibrada (Ferreira, 1999).
Classe III subdivisão:
- ocorre quando o corpo da mandíbula e a arcada dentária inferior estão em relação mesial com as estruturas anatômicas da cabeça somente em um dos lados.
- subdivisão direita ou esquerda.
Ex: classe III, subdivisão esquerda.
Classificação de Lischer:
Princípio:
- má posição dos dentes.
Classificação: má posição dos dentes.
- direção do movimento + sufixo versão:
Mésio-versão, disto-versão, linguo-versão, lábio-versão, infra-versão, supra-versão, axi-versão, giro-versão, trans-versão.
Classificação de Simon
Princípios:
Pontos utilizados
- parte mais inferior da órbita.
- no tragus.
- na rafe palatina.
Planos utilizados
- plano horizontal de Frankfurt.
- plano orbital.
- plano sagital médio.
Material utilizado:
- modelagem.
- modelos gnatostáticos.
- fotografias de perfil em condições cefalométricas.
Classificação:
1.Relação ântero posterior (plano orbital).
- protração.
- retração.
2.Relações médio-laterais (plano sagital médio).
- contração.
- distração.
3.Relações verticais (plano de Frankfurt).
- atração.
- abstração.
6)Quais são as vantagens e desvantagens da classificação de Angle?
Vantagens:
- simples.
- facilidade de comunicação.
- orienta o tratamento em cada classe.
Desvantagens:
- só classifica a maloclusão no sentido antero-posterior.
- é puramente dentária.
- admite o 1º molar permanente superior como ponto fixo.
7)Qual é a importância da classificação de Angle?
- subdividiu os principais tipos de maloclusão.
- primeira definição simples e clara de oclusão normal.
- primeiros molares como chave para a oclusão.
8)Quais são as vantagens e desvantagens da classificação de Lischer?
Vantagens:
- simples.
Desvantagens:
- puramente dentária.
9)Quais são as vantagens e desvantagens da classificação de Simon?
Vantagens: 
- avalia a maloclusão de forma tridimensional.
Desvantagens:
- confusa.
- pouco difundida.
- dificuldade de comunicação.
10)Conclusão.
A necessidade de organização das maloclusões em grupos com características próprias semelhantes exigiu a criação de um método simples e que facilitasse a comunicação e o cotidiano clínico da ortodontia.

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