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Exames Complementares – Cardiologia (05/10/2010) Eletrocardiograma: É um exame barato e que não causa nenhum malefício ao paciente se for realizado várias vezes, em um curto espaço de tempo. Avalia: Ritmo, FC, sobrecargas atriais e ventriculares, além de distúrbios eletrolíticos. Exame: R$ 10 – 20,00 Eletrocardiógrafo: R$ 3000 – 4000,00 Indicação: “Paciente de primeira consulta; em avaliação após infarto do miocárdio (IM), após angioplastia e revascularização miocárdica, complicada ou não, a cada 30 dias e por 6 meses; em avaliação prognóstica, evolutiva ou pré-operatória de coronariopatia, três meses após o último ECG; em avaliação evolutiva e ou terapêutica de arritmia cardíaca; em paciente com mais de 70 anos, a cada ano; em avaliação de paciente com insuficiência cardíaca, cor pulmonale, cardiopatia congênita, valvular ou miocardiopatia, a cada 6 meses”. Teste de Esforço: Pode ser feito na esteira (tem custo elevado, ocupa muito espaço, porém exige maior uso da musculatura acessória, durante a realização do exame), na bicicleta (recruta uso de menos grupos musculares, podendo levar à obtenção de uma FC menor do que aquela verificada quando se utiliza a esteira, porém, é mais confortável para os idosos) e com manivelas (utilizada em pacientes com DM, por exemplo, que fizeram amputações e utilizam-se de próteses para caminhar – tais pacientes necessitam de uma reserva cardíaca para suportar as próteses). Durante a realização do TE, obtêm-se a PA e o ECG do paciente a cada minuto. Caso o paciente sinta dor, cansaço ou qualquer outro desconforto deve referir ao médico. O TE tem como variáveis o ângulo de incremento da esteira (quanto maior o ângulo maior a resistência) e a velocidade da mesma. O jovem suporta melhor uma inclinação maior da esteira. A velocidade e as inclinações da esteira são individualizadas (não há um padrão fixo para todos os pacientes). O dado mais específico obtido é clínico: dor durante o TE pode indicar doença coronariana (DAC). O infra desnível do segmento ST também tem a mesma indicação. Supra de ST pode indicar um aneurisma de VE. Mulheres com TE normal, provavelmente, NÃO tem DAC, mesmo que apresentem dor precordial e fatores de risco. Indicação: Avaliação para prática desportiva e da PA (se o paciente apresentar hipertensão durante a realização do teste, em cinco anos, tem grandes chances de se tornar um hipertenso, caso não se cuide). “Na doença arterial coronária: avaliação de homem assintomático, com fatores de risco; avaliação de mulher com dor torácica sugestiva de coronariopatia; avaliação de terapêutica farmacológica... Na Hipertensão Arterial: avaliação de hipertenso com dois ou mais fatores de risco para doença arterial coronária... Nas arritmias: estudo da reprodutibilidade e comportamento das arritmias frente ao esforço; estabelecimento de correlação entre sintomas e arritmias desencadeadas pelo esforço...”. Durante o TE espera-se obter ↑ da FC, ↑ da PAS (relacionada ao VS e ao DC), ↓ PAD (relacionada à RVP). Se a FC não aumentar: há um déficit cronotrópico, indicando DAC. Radiografia de Tórax: Avalia a área cardíaca e os campos pleuropulmonares. Pode ser feita à beira do leito e diariamente, no paciente. MAPA: Vem ganhando importância pela maior atenção à HAS. Monitora a PA durante 24 horas. Durante atividades cotidianas, fica-se com um manguito, preferencialmente no braço que não é utilizado para a escrita. Tal dispositivo grava todas as medições durante as 24 horas. Durante o dia, as medições ocorrem a cada 20 minutos e, pela noite, a cada 30 minutos (período durante o qual há um descenso normal tanto da FC quanto da PA). Se a FC e a PA não diminuírem à noite, pode indicar que o paciente tem maiores chances de ter lesões em órgãos-alvo. Indicação: Hipertensão do jaleco branco e avaliação terapêutica dos pacientes hipertensos. “Avaliação de sintomas que podem ser causados por HA: a) Palpitação, cefaléia suboccipital, vista escura, dispnéia paroxística; b) fadiga, prostração, dispnéia paroxística (ou não) mal-estar geral indefinido (com ou sem palidez), pré-síncope ou síncope. Variações abruptas da HA, especialmente em paciente em uso de medicamento, idoso, diabético e mulher em período de menopausa ou gravidez...”. Todo hipertenso que faz uso de medicação deve realizar este exame anualmente. Holter 24 horas: Monitora o ECG durante 24 horas, diferente da MAPA, que monitora a PA. Para a realização do mesmo, utilizam-se eletrodos. Indicação: Avaliação de arritmias (pacientes com síncope, tonteiras,...) e isquemia miocárdica silenciosa (ocorre em 50 % dos pacientes hipertensos que parecem estar bem e com a PA controlada). Ecocardiograma: É um exame subjetivo (depende da experiência do examinador). Mostra a anatomia cardíaca, as válvulas, a força de contração, o pericárdio, as hipertrofias e dilatações. As pressões cavitárias também podem ser calculadas com a ajuda do Doppler. O ecodopplercardiograma avalia: a função ventricular, a contratilidade parietal, a espessura do miocárdio, as características das valvas, a aorta e a artéria pulmonar e o pericárdio. Exame: R$ 150 – 200,00 Existe o ECO de repouso e os de estresse físico e farmacológico. No segundo,o paciente primeiro fica um tempo na esteira e depois deita e faz o ECO. No último, mais realizado em idosos, utilizam-se fármacos como a dobutamina, a adenosina, o dipiridamol, que aumentam a FC, para depois se realizar o exame. Este teste avalia a viabilidade miocárdica e também é usado em pacientes que não podem deambular. Indicação: Insuficiência coronariana. “Na avaliação de lesões valvulares, na endocardite infecciosa, nas próteses valvulares, nas cardiomiopatias dilatada, hipertrófica e restritiva, no IAM, na função ventricular, lesões da artéria aórtica, doenças do pericárdio, cardiopatias congênitas...”. Cintilografia Miocárdica: Possui a mesma sensibilidade que o Ecocardiograma de esforço para a avaliação da insuficiência coronariana. Existe a CM de repouso e as de estresse físico e farmacológico. Os miócitos são fotografados em vários eixos e se analisa a captação do traçador pelos mesmos. Se o traçador for pouco captado em uma área, significa que tal região apresenta vascularização deficitária (está isquêmica). Caso o exame seja normal na CM de repouso, não significa que não há áreas isquêmicas no coração desse paciente. Se a captação for baixa durante a realização do teste em repouso, provavelmente, isso se manterá na fase de esforço. Indicação: Isquemia miocárdica. Exame: R$ 2000,00 Coronariografia: Se a Cintilografia Miocárdica apresentar alterações, é recomendado fazer a coronariografia. Em tal exame, usa-se contraste e associa-se o cateterismo. Observa-se a macrocirculação. Caso a CM apresente alterações (isquemia) e o estudo coronário seja normal, a doença coronariana pode ser na microcirculação. Coronariografia para valvuloplastia: gestante com estenose mitral grave. Angioplastia: Insuficiência coronariana (70% de lesão, p. ex.). Cateter passa por dentro da lesão. O balão é inflado e empurra a lesão para a parede. Pode haver reestenose, principalmente, na população diabética. Usa-se stent, que tenta manter a capa de gordura presa na parede. Mas, mesmo assim, pode haver reestenose. Há stents banhados com fármacos anti-mitóticos. ??? Ressonância Cardíaca: É um exame caro e sua realização não é bem aceita pelos claustrofóbicos. Apresenta excelente qualidade de imagem, que mostra-se dinâmica. Analisa áreas normais, hipoperfundidas, mortas, além de cardiopatias congênitas. Indicação: DAC, miocardiopatias, doenças valvares, doenças do pericárdio, tumores cardíacos, cardiopatias congênitas. Duplex Scan: Avalia anatomia cardíaca e fluxo sanguíneo. É excelente para análise das carótidas e vertebrais. Indicação: AVE e pacientes com síncope.
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