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Micoses pulmonares: Microorganismos patogênicos: Paracoccidioides braziliensis, Histoplasma capsulatum, Coccidioides immitis, Blastomyces dermatitidis, Cryptococcus neoformans. Microorganismos oportunistas: Aspergillus, Candida (rara a pulmonar). *passos de exame micológico: exame direto, cultura, exame histopatológico, exame imunológico, inoculação em cobaia. Paracoccidioidomicose (doença de Lutz): Doença gerada pelo fungo Paracoccidioides braziliensis, muito prevalente no BRA. Apresenta um predomínio pela zonal rural (ex.: no RJ é comum em Campo Grande, Santa Cruz, Volta Redonda). Apresenta predileção elevada pelo sexo masculino (na mulher, o estriol inibe a transferência do fungo para a forma leveduriforme, que causa doença). É transmitido por via inalatória e pode acometer todos os órgãos, mas tem predileção por pele, mucosa e pulmão (a imunidade humoral tende a deixar a infecção localizada). Apresenta associação com DPOC ou após cura fibrosante com sintomas semelhantes a DPOC. Exame físico: Tosse, expectoração, adenomegalia, lesões de orofaringe (causa odinofagia), estomatite moriforme (lesão elevada, puntiforme na boca, pele, mucosas), lábio em tapira (edemaciado e duro). Diagnóstico: Exame direto extremamente efetivo (no catarro), sorologia muito boa. Parasita apresenta aspecto em “roda de leme”. O RX pode ser muito diverso, mas o aspecto em asa de borboleta (polpa ápices e bases - 30 a 35% dos casos) é bastante sugestivo. A lesão cavita com freqüência (em qualquer região do pulmão). Tratamento: SMZ+TMP de 12/12hrs até melhora radiológica, clínica e laboratorial (de 2 a 3 meses); depois cai a dose e continua o tratamento até completar 2 anos. Cetoconazol e Anfotericina B também são boa opção. Histoplasmose: É uma micose urbana, causa pelo Histoplasma capsulatum. Este fungo está presente no solo rico em nitrogênio (ambiente com morcego e galinheiro = fezes). Aguda: A história epidemiológica é muito importante. Varia desde sintomas semelhantes a uma gripe (sem imagem radiológica) até casos muito graves com diferentes graus de dispnéia. Apresenta fisiopatologia semelhante a da tuberculose (inalação → pulmão → nódulo...). No RX, imagens nodulares difusas com ou sem linfonodomegalia (semelhante a TB miliar ou re-infecção). A imagem radiológico só é semelhante à tuberculose com paciente que tenha DPOC prévio. PENSAR TB = PENSAR HISTOPLASMOSE!!! Diagnóstico: Difícil vizualização no exame direto, mas a sorologia auxilia muito. Tratamento: Derivados azólicos (melhor Itraconazol); Anfotericina B; SMZ ajuda. / Cura calcificando. Criptococose: 2 variantes: neoformans – faz doença no imunodeprimido; gattii – faz doença no não-imunodeprimido. Tem tropismo grande pelo SNC, gerando uma meningoencefalite (com sinais de irritação meníngea). Diagnóstico: Apresenta característica morfo-tinturial peculiar = fungo com cápsula grande ao redor. Pode ser observado em exame do líquor ou biópsia pulmonar. RX: massas múltiplas ou únicas, normalmente próximas às pleuras. Tratamento: SMZ age pouco. Fluconazol agem bem; Itraconazol Aspergilose: Associação com: Asma; Pneumonia de hipersensibilidade: Trata-se a pneumonia e tirar-se a exposição. Aspergilose broncopulmonar alérgica: Em paciente com asma que faz intenso uso de corticóide. Trata com dose mais alta de corticóide e derivados azólicos. Aspergiloma (bola fúngica): O fungo pega uma cavidade curada de outra doença (no BRA, tuberculose), faz um atapetamento e pode sangrar. Apresenta 2 possíveis sinais radiográficos: “sinal do guizo” e “sinal do crescente”. Se o paciente for assintomático, observa-se; se o paciente expectora sangue, deve-se realizar tratamento cirúrgico; no caso do paciente estar entre essas duas situações, tenta-se antifúngico e se piorar opera. Aspergilose pulmonar invasiva: É muito grave e está associada a paciente neutropênico. Trata-se com Anfotericina B. Choque: É hipotensão com hipoperfusão (o principal elemento – a questão é a queda da PA). Classificação: cardiogênico; (2) hipovolêmico; (3) distributivo; (4) obstrutivo. Diagnóstico: O principal é o clínico: História: objetiva; define etiologia; voltada para causas principais. Exame físico: rim – oligúria (menos 400ml/24hrs ou menos 0,5ml/kg/h); cérebro – alteração na orientação; pele – vasoconstrição periférica (pele fria, palidez, sudorese, extremidades cianóticas). Laboratório: lactato (indica metabolismo anaeróbio = marca de hipoperfusão); dependente da origem. ECG: sempre solicitado; mesmo que não seja de origem cardiogênica, pois pode haver desenvolvimento de isquemia, pela hipoperfusão. RX: monitorar o pulmão. Pulmão branco = pulmão de choque. Monitoração hemodinâmica invasiva: cateter de Swan-Ganz posicionado na ateria pulmonar (vem caindo o uso pelo ↑ da morbimortalidade. – Substituído por acesso venoso profundo. Choque cardiogênico: Apresenta mortalidade muito alta. Causas: miocárdicas (IAM e endocardites); valvulares; drogas (β-bloqueadores; bloqueadores dos canais de Ca++; barbitúricos). pelo efeito inotrópico negativo em pessoas com doença prévia. Hemodinâmica: ↑ POAP (pressão de oclusão da artéria pulmonar – representa as pressões das cavidades esquerdas); ↓ DC; ↑ RVS (pela vasoconstrição periférica). Choque hipovolêmico: Mortalidade de 40%. Causas: hemorrágicas; não-hemorráficas (renal –diabetes; vômitos; queimaduras; diarréia; pancreatite; redistribuição do volume intravascular – cirrose). Hemodinâmica: ↓ POAP ↓ DC ↑ RVS Choque distributivo: Tem esse nome porque o volume circulante é o mesmo. Há uma vasodilatação, aumentando o continente,mas com o mesmo conteúdo. Causas: Sepse (toxinas de bactérias, gerando vasodilatação) / anafilático / neurogênico (AVC, edema, trauma) / Insuficiência adrenal aguda. Hemodinâmica: ↓ POAP (no início) ou POAP normal; ↓ DC (fase fria – comprometimento cardíaco), DC normal, ↑ DC (fase quente – hipercinética); ↓ RVS (principal marcador desse choque). Choque obstrutivo: Causas: Tamponamento cardíaco (não precisa ser grande, mas sim de instalação rápida); Pneumotórax (↑ pressão torácica – ↓ retorno venoso e ↓ DC); Embolia pulmonar maciça (> 50% da circulação pulmonar comprometida por trombos). ↑ POAP ou normal (tamponamento – desvio do septo IV para a esquerda = ↑ pVE); ↓ DC; ↑ RVS. Tratamento: Princípios: ↓ Demanda de O₂ – suporte ventilatória mecânico / reduzir fatores que ↑ demanda – febre, dor, agitação. ↑ Oferta de O₂ - DC / ↑ concentração de hemoglobina / ↑saturação de hemoglobina. Cardiogênico: Melhorar a função miocárdica; Arritmias; Otimizar RVS. Hipovolêmico: Restaurar volume intravascular; Normalizar a PA; Favorecer a perfusão tecidual. Distributivo: Restaurar volume intracelular; Reconhecer etiologia (antibioricoterapia); Tratar vasoplegia (inotrópico / vasopressores). Obstrutivo: Eliminar a obstrução (pericardiocentese / drenagem torácica); Manter volume intracelular (evitar diurético); Inotrópicos / vasopressores tem pouco valor. Opções de drogas vasoativas: Dopamina Dobutamina: droga de escolha para cardiogênico, pois é inotrópico positivo; Noaradrenalina: vasoconstritora usada junto com dobutamina; Adrenalina Amrinone: praticamente banida – alto potencial arritmogênico. Solução IV: Cristalóides (Ringer, Salina 0,9%) Colóides (albumina humana 20%; gelatinas; hidroxietilamido)
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