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ÉTICA EMPRESARIAL: UM INVESTIMENTO RENTÁVEL
						GONÇALVES, Barbara Caroline[1: Graduada em Gestão de Recursos Humanos e cursando MBA em Administração e Qualidade na UNINTER.]
MAKIOSZEK, Jessica Cristina[2: Graduada em Pedagogia e Especialista em Pedagogia Empresarial e Educação Corporativa, professora e orientadora do Centro Universitário UNINTER.]
RESUMO
O presente artigo objetiva evidenciar a ética como alavanca impulsionadora para o sucesso dos negócios, tendo em vista que a preservação da imagem empresarial é fator decisivo de sucesso em uma organização. A ética inserida como cultura organizacional facilita esta permanência, transmitindo um conceito sólido no mercado. Todavia, quando não existe um contexto ético como parte dos princípios organizacionais, é necessário o desenvolvimento de ferramentas e estratégias para tal desígnio. As organizações a fim de se manterem competitivas, assegurar índices econômicos e serem capazes de satisfazer os interesses de investidores, tem adquirido novas estratégias e para que tal objetivo seja alcançado, são necessários novos atributos, afinal, oferecer produtos de qualidade não é o suficiente em um mercado cada vez mais globalizado, o nível de exigência dos consumidores que por sua vez, acompanha as transformações, é cada vez maior. O presente estudo foi realizado través de pesquisa bibliográficas objetivando apresentar os conceitos da ética, ética empresarial, cultura organizacional e as práticas desenvolvidas pelas organizações com o desígnio de concretizar a ética como cultura empresarial.
Palavras-chave: Ética Empresarial.Rentabilidade e Respeito.
 INTRODUÇÃO
Com o passar do tempo as organizações vem sofrendo mudanças significativas em diversos aspectos, principalmente em sua forma de administrar, grande parte destas mudanças deve-se ao mercado que se encontra cada dia mais competitivo e aos consumidores cada vez mais exigentes.
A comercialização global vem rompendo barreiras, deixando as organizações mais vulneráveis, aumentando a concorrência e a busca incansável por um diferencial que conquiste e fidelize clientes. 
Muitos gestores já têm apresentado uma nova maneira de administrar, já que vem percebendo que uma organização para se manter estável e se tornar bem sucedida não é aquela que apenas busca melhores resultados econômicos, mas, que utiliza dos princípios éticos dentro dos valores e da moral. Tornando assim, a ética empresarial um investimento mais rentável, a cada dia.
Verifica-se que questões relativas Ética Empresarial em grande parte das empresas são buscadas somente o cumprimento das normas vigentes exigidas e não para a melhoria contínua do ambiente, a padronização de atividades e tomada de decisão, mesmo quando à possibilidade de em pequenos atos ou intervenções resolverem grandes situações e aperfeiçoar a produção da empresa e sua imagem perante a sociedade.
Sempre que refletimos contextos éticos, demostramos um julgamento de uma ação e até uma avaliação sobre suas consequências. A ética é evidenciada como uma tábua de valores ou um código de conduta que padroniza nossas ações. A ética empresarial pode ser considerada como um conjunto de padrões e princípios que norteiam a conduta e as relações no universo dos negócios, a fim de esclarecer o correto ou o errado, que no contexto empresarial são avaliados por clientes, investidores e funcionários ao qual estão ligadas as empresas.
O contexto atual do mercado provocou a necessidade de uma nova ética, constituída na conservação de ações que acompanhem a sociedade e contribuam para transformar as realidades humanas. Avaliar a conduta ética empresarial, a maneira que o funcionário compreende, interpreta e executa suas atividades é fundamental para a qualidade do trabalho.
A ética, enfim, deve servir de referência para o bom senso crítico dos atos das pessoas na sociedade bem como a capacidade de tomar como princípio os valores humanos. Sendo capaz de condicionar a moral, tomando como princípio, costumes e tradições para definir o que é certo ou errado, lícito ou ilícito. 
A ética representa a conduta do ser, que age de acordo com seus valores. No que se refere à ética empresarial deve-se, portanto, levar em consideração os valores da organização. Mais do que isso, a ética deve integrar os princípios de toda organização que pretende alcançar a excelência.
A ética representa os valores; compõe o encontro do conhecimento e da consciência.
Este artigo tem como objetivo evidenciar a ética como alavanca impulsionadora para o sucesso dos negócios. E assim demonstrar o caminho percorrido pelas organizações que tem o propósito de garantir seu espaço no mercado. E evidenciar se as organizações que possuem preocupação com seu desempenho ético são capazes de obter sucesso não somente em nível de satisfação entre os envolvidos no processo, mas também para proporcionar melhores resultados econômicos em médio e longo prazo.
Dentro deste contexto como será que os administradores utilizam aética dentro do exercício de suas funções para se manter no mercado cada vez mais competitivo? Como satisfazem seus interesses e de seus investidores? E como se utilizam de novas estratégicas para alcançarem seus objetivos? Suas responsabilidades vão além da busca pelo aumento de capital?
Essas questões serão respondidas através da pesquisa bibliográfica no decorrer do artigo.
ÉTICA EMPRESARIAL: UM INVESTIMENTO RENTÁVEL
Neste capítulo serão apresentadas questões referentes à ética empresarial, com foco na definição, conceitos, história e aplicabilidade, apresentando a possibilidade de ganhos na produção com a implantação de um uma cultura ética.
DEFINIÇÃO DE ÉTICA
A palavra ‘ética’ tem origem no termo grego ‘ethos’, que se refere “aos usos e costumes vigentes numa sociedade e também, secundariamente, aos hábitos individuais” (COMPARATO, 2006, p. 96). 
Conforme Ferreira (2010, p. 145) ética é um “estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal seja relativamente à determinada sociedade do modo absoluto”.
Atualmente, muitas empresas já estabeleceram um código formado por princípios éticos, todavia, outras ainda não visualizaram a probabilidade de aliança entre ética e lucro. Multas, baixa motivação dos colaboradores, dificuldades no recrutamento e seleção, são imagens negativas passadas ao mercado de hoje que podem gerar seriam perdas para as organizações que não promovem a cultura ética. Entretanto, como definir ética nos negócios?
Ética dos negócios é o estudo da forma pela qual normas morais pessoais se aplicam às atividades e aos objetivos da empresa comercial. Não se trata de um padrão moral separado, mas do estudo de como o contexto dos negócios cria seus problemas próprios e exclusivos à pessoa moral que atua como um gerente desse sistema. (NASH, 2001: 6)
 
A ética é mais que um simples modelo de como se portar diante da sociedade em que vivemos. De acordo com Glock e Goldim (2003), ética é um estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou injusto, adequado ou inadequado, objetivando a busca de uma sociedade mais pacífica e igualitária, tornando-se assim mais fácil de viver.
Já na visão de Vazquez (1998), a ética constitui “a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade” ocupando “o setor da realidade humana que chamamos moral” (p. 12).
Dentro deste contexto Cenci (2002, p.90) diz: “a ética nasce amparada no ideal grego da justa medida, do equilíbrio às ações”.
2.2 CONCEITO DE ÉTICA EMPRESARIAL
Segundo Pedroso (2006), durante um longo período, a Ética Empresarial é vista como utilitarista que tem o objetivo focado apenas em proporcionar o bem estar dos acionistas, tendo como compromisso junto à sociedade elevar sua lucratividade.
Com as mudanças que vêm ocorrendo nos últimos tempos dentro das organizações e com o mercado cada vez mais competitivo, o mundo empresarial precisa a cada dia modificar suavisão em relação ao seu objetivo, transformando a cultura corporativa, na qual a ética passou a ser introduzida nas decisões empresariais. 
Para uma melhor compreensão do que vem a ser ética empresarial, faz-se necessário destacar alguns conceitos atribuídos por autores. 
Como podemos perceber, o autor tem buscado demonstrar em seu estudo que a ética não é utilizada pelos gestores apenas como um investimento para se obter bons resultados financeiros, mas é também utilizada em sua postura diante de seus funcionários, clientes, fornecedores, concorrentes e perante a sociedade de maneira geral.
2.3 ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES
Em decorrência as desordens sociais, a ética começou a ser discutida. Esta discussão tomou o espaço empresarial devido ao surgimento de conflitos dentro do ambiente organizacional. 
Para Camargo (1999) a ética parte do pressuposto do dever, que pode ser aplicado a todas as coisas. O homem diferencia-se dos outros seres pela essência que o caracteriza, a racionalidade, então alguém somente será antiético se não cumprir o seu dever, ou seja, não sendo racional. Em paralelo a um administrador, ele somente será antiético se agir de forma a não cumprir seu dever, mas antes de sua profissão, ele é um homem e deve realizar-se como tal primeiramente.
No contexto atual uma organização que não trabalha com conceitos éticos dificilmente se manterá no mercado.
Camargo (1999, p. 31) ressalta ainda que “a ética profissional é a aplicação da ética geral no campo das atividades profissionais; a pessoa tem que estar imbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivência nas suas atividades de trabalho”.
Em Srour (1998, p. 291) “Uma vez que as empresas competitivas não operam num horizonte de curto prazo, a ganância ou a sedução por vantagens imediatas pode ser fatal”. As organizações devem estar atentas e aliar as decisões empresariais com ética de acordo com as novas exigências do mercado. Este está cada vez mais exigente e disposto a boicotar empresas onde existem práticas e profissionais sem credibilidade. A reflexão ética antecipa o que poderia ser prejudicial à empresa, evitando atitudes que resultariam em grandes prejuízos.
Segundo Arruda (2002) empresas no mundo todo buscam cada vez mais desenvolver se com sustentabilidade, buscando o lucro, mas não a qualquer preço, ponderando suas reponsabilidades sociais, proporcionando um ambiente em que as pessoas possam desenvolver as virtudes e o conhecimento, esta é uma retomada aristotélica nos negócios.
Para Camargo (1999, p. 31) “a ética profissional é a aplicação da ética geral no campo das atividades profissionais; a pessoa tem que estar imbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivência nas suas atividades de trabalho”. Ainda segundo o autor, um profissional faz parte de um grupo de pessoas que trabalham para a realização de um mesmo bem ou serviço, é papel de cada um seguir determinada conduta que permita o desenvolvimento harmonioso do trabalho, fazendo o bem para todos aqueles envolvidos no processo, sendo colaborador, cliente ou fornecedor. 
O desenvolvimento do contexto ético em uma organização possui relação direta com as pessoas que fazem parte dela e possuem o mesmo objetivo, baseado nos mesmos valores.
Em Carmona (2008, p.84) “se você não atuar de maneira íntegra, ecologicamente correta, socialmente aceitável, provavelmente sua marca não sobreviverá. As pessoas, hoje, esperam muito mais do que preço e qualidade, elas querem utilizar uma marca que seja respeitada e admirada no mercado. Daí a importância que se tem dado à ética nas organizações”. A marca de uma empresa é o seu bem mais importante, por este motivo é que a ética está cada vez mais difundida dentre as grandes corporações. A alta tecnologia da informação faz com que as notícias atravessem fronteiras rapidamente, levar uma má conduta a público pode transformar a visão que o mercado tem de uma marca, causando grandes prejuízos.
Em Arruda (2009, p. 57) “a empresa necessita desenvolver-se de tal forma que a ética, a conduta ética, os valores e convicções primários da organização tornem-se parte da cultura da empresa”.
2.4 A ÉTICA EMPRESARIAL NO BRASIL
Conforme BALIEIRO (1998), o brasileiro tem a tendência de respeitar as leis, desde que elas não atrapalhem seus interesses particulares, pois neste caso, haverá uma tentativa de torná-las mais “flexíveis”.
Segundo Barros (2010), na década de 90, Herbet de Souza através do Instituto Brasileiro de Análises Social e Econômico – IBASE divulgou um trabalho que buscou demonstrar à sociedade as relações que as organizações possuem com a ética, a valorização do ser humano dentro da sociedade e com o meio ambiente e principalmente suas atitudes baseadas nos princípios éticos. 
Outro ponto importante que Barros (2010) relata, é a contribuição para com a Sociedade Brasileira, demonstrando diversas experiências, pontos de vistas, sugestões e demais contribuições para o desenvolvimento da ética no meio empresarial, através do I Simpósio Internacional sobre A Ética no Mundo da Empresa.
Arruda (2003) relata que no Brasil, a grande maioria dos códigos de ética foi publicada a partir da década de 1990, revelando quão recente é a questão em nosso ambiente empresarial.
2.5 TEORIA DA ÉTICA
Surour (2008) aborda a ética como um saber científico que se enquadra no campo das ciências sociais, ou seja, é uma disciplina teórica, um sistema conceitual, algo que torna inteligível os fatos morais. Que entendem-se como fatos sociais que dizem respeito a coisas boas ou más, juízos, condutas, convenções, justo injusto, entre outros conceitos.
O autor ainda cita o fato de quem define o que é certo e errado como a sociedade em sua coletividade que formula e adota seus padrões morais mais convenientes, que podem sofrer mutação, pois são relativos a tempo e espaço.
Segundo o dicionário Michaelis a palavra Ética quer dizer:  1 Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que serve de base à filosofia prática. 2 Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão. Vemos que existem duas pontas e/ou raciocínios que se ligam ao final, uma fala sobre os valores morais que o indivíduo deve seguir em sua vida para um convívio social e outra para um convívio empresarial (Luna 2012).
A ética então é um conjunto de valores nos quais a sociedade sente-se confortável em conviver da maneira mais justa possível em comunidade. Para as empresas, pode-se entender como conjuntos de crenças, valores ou práticas julgados pelos seus gestores ou dirigentes como algo mais justo e transparente em suas relações seja com funcionários, acionistas ou com o mercado.
3 A ADOÇÃO DE PRÁTICAS ÉTICAS
De acordo com MOREIRA (1999), a população exige comportamentos éticos das empresas e o lucro, normalmente, deve ser obtido através de ações éticas, mas existem outras razões para as organizações agirem com ética: menores custos; precisa avaliação de desempenho das áreas operacionais, ao não utilizar práticas de suborno; estabelecimento e prática de regras éticas e, consequentemente, imposição da mesma conduta aos seus empregados; geração de lucros livres de problemas futuros, como condenações por comportamentos antiéticos; solidificação de alianças estratégicas.
Segundo Arruda (2002), a elaboração de um Código de Ética se dá a partir da definição da base de princípios e valores esperados dos funcionários de determinada organização. Para se chegar a isto, o ideal é que se proceda a um relatório que irá agregar as práticas e políticas específicas da organização, o qual deverá ser discutido e criticado por todos os funcionários em todos os níveis. Este relatório, aprimorado pelas críticas e sugestões, irá servir de base para a definição de padrões de comportamento e responsabilidades que nortearão a elaboração dos artigos do Código de Ética.
Ainda segundo Arruda (2009, p.53) o programa de ética é “um processoque envolve todos os integrantes da empresa e que passa pelas etapas de sensibilização, conscientização, motivação, capacitação e finalmente, adoção de um código de conduta baseado em princípios e valores perenes”.
Investir na priorização dos valores éticos dentro as organizações conforme a citação acima faz com que os colaboradores construam uma boa imagem no exercício de suas atividades. Dessa forma, a ética será utilizada como um diferencial ou vantagem competitiva à frente de outros concorrentes, além de trazer uma cultura mais sólida para o mercado através da ‘boa imagem’ e trazer mais interesse aos sócios e acionistas.
3.1 ÉTICA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Souza (2009) cita que a fim de assegurar a sustentabilidade, as empresas estão investindo em ações que são destinadas à preservação do ambiente de trabalho. Tais investimentos não são abordados apenas para a área de marketing, como também em ações internas, comitês e códigos de ética.
Mas a autora ainda afirma que falta investir no segmento mais precioso: Os colaboradores. 
É preciso investir no desenvolvimento da consciência ética junto às pessoas que trabalham na empresa e que são, portanto, as pessoas que a representam. Uma empresa só será realmente ética se contar com o trabalho de pessoas comprometidas com a ética. Afinal, são as decisões e atitudes de cada colaborador que constroem a história e que dão vida à empresa (Souza, 2009).
A autora defende a ideia de que ainda é preciso investir mais na ética das pessoas, pois é o comportamento delas que construirão a imagem e história da empresa. Condutas inadequadas, atitudes impensadas e antiéticas interferem na lucratividade, crescimento nos negócios, a reputação da empresa e até mesmo a carreira do funcionário.
	Para isso, é recomendável que as empresas tentem reduzir tal risco dando oportunidades de os colaboradores conhecerem melhor a cultura da empresa em sua admissão, defende Souza (2009).
Para Luna (2012) a ética é o quanto vale a marca ou o nome de uma empresa, o custo de se perder a credibilidade da mesma, entre outros fatores. Pois questões como estas, são cada vez mais comuns dentro das organizações, devido à mudança de mentalidade dos gestores e empresários em geral.
A ética, a responsabilidade-social, sustentabilidades balanço sociais empresa cidadã, nos tempos atuais, são palavras que fazem parte de um novo dicionário empresarial.
	As empresas estão cada vez mais investindo em valores éticos, responsabilidade social, sustentabilidade e em ter uma relação forte e transparente com todos os envolvidos para a operação da empresa, ocorrendo assim, uma mudança de mentalidade em suas linhas de frente. Com isso, é necessário também, trazer uma mudança na mentalidade de seus colaboradores. 
A conduta das pessoas pode ser controlada a partir da explicação e esclarecimento que a empresa deseja que o funcionário tenha. Daí a importância da comunicação ser feita de maneira clara, contínua e consciente, o que será ou não aceito, impedindo erros por desinformação, desentendimento ou até mesmo desconhecimento das regras.
3.2 AS RAZÕES PARA QUE UMA EMPRESA SEJA ÉTICA
De acordo com Arruda, “os códigos tornam claro o que a organização entende por conduta ética. Procuram especificar o comportamento esperado dos empregados e ajudam a definir marcos básicos de atuação.” (ARRUDA, 2002, p.5)
Luna (2012) ainda cita que não é possível ter sucesso empresarial apenas com produtos competitivos ou estratégias fortes de marketing, mas sim com novos atributos ao negócio.
  Com os consumidores cada vez mais atualizados nos assuntos de políticas sociais e sustentáveis e investidores preocupados com a imagem e ética, o assunto tem se tornado pauta e deve ser cada vez mais incorporado no dia a dia empresarial. A tarefa é árdua e ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas esse caminho que garantirá a sobrevivência da organização e da sociedade no futuro, cita o autor.
Segundo Maximiano (1974, p.371):
A ética é como a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e avaliação de pessoas e organização, e a disciplina que dispõe sobre o comportamento adequado e os meios de implementá-lo levando-se em consideração os entendimentos presentes na sociedade ou em agrupamentos sociais particulares.
Com a citação de Maximiano acima pode-se perceber que é preciso de um bom gestor para o desenvolvimento das atividades dentro das organização, com espírito de liderança que seja capaz de tomar decisões com eficiência, eficácia e produtividade dentro dos princípios éticos e com essa postura seja possível transmitir esses valores aos seus funcionários e através deles posam obter bons resultados econômicos e ser bem quistos e respeitáveis dentro de um mercado cada dia mais competitivo.
Esse mesmo mercado competitivo, ao mesmo tempo está muito ligado em políticas éticas e de responsabilidade social, portanto, é cada vez mais importante que o assunto seja parte da empresa e de seu dia a dia para garantir a sobrevivência não apenas da organização, mas da sociedade onde a empresa está inserida garantindo uma relação ganha-ganha entre sociedade e empresa.
3.3 CÓDIGO DE CONDUTA X CÓDIGO DE ÉTICA 
Muitas empresas utilizam o código de ética como um instrumento para a construção de missão, valores e visão e deixar de forma clara e objetiva como os gestores e funcionários devem agir.
Para Souza (2009) o código é documento formal onde se encontram as obrigações éticas em conformidade com a cultura organizacional, formulado sobre padrões morais. Não existe uma receita, um padrão para elaborá-lo, também não pode ser simplesmente copiado de outra empresa, deve constar caraterística específicas da organização e de seu ramo de atuação.
Segundo Whitaker (2014) o código de ética deve ser elaborado e concebido pela própria empresa e deve demonstrar sua cultura, orientando de forma coerente as ações de seus colaboradores e expressar de maneira clara a postura da empresa perante seus funcionários, colaboradores, fornecedores, clientes e com os demais públicos dos quais se interage.
É um instrumento que serve de inspiração para as pessoas que aderem a ele e se comprometem com seu conteúdo. É imperioso que haja consistência e coerência entre o que está disposto no código de ética e o que se vive na organização. Se o código de conduta de fato cumprir o seu papel, sem dúvida significará um diferencial que agregará valor à empresa.
A PRODSP (Companhia de Processamento de dados do Estado de São Paulo) define o código de conduta como uma contribuição para a criação de um ambiente de trabalho agradável, motivador, produtivo e participativo, com respeito às ideias, opiniões e iniciativas, fortalecendo as relações internas e externas com os diferentes públicos.
Portanto, baseado em Whitaker e na PRODSP é possível perceber que o código de conduta diferente do código de ética tem como instrumento orientar de forma clara e objetiva como os seus gestores e funcionários se comportam o que fazem para se comportarem e forma ética dentro da organização.
Oliveira (2012) cita que inserir a conduta ética nas empresas brasileiras, não tem sido tarefa fácil, mas não impossível Tal prática requer um grau de planejamento e esforço maior de seus administradores e líderes, que devem aplicar ações que estimulem a integração dos funcionários, como:
Organizar pequenas palestras com recursos audiovisuais de contexto simples, para atingir todos os níveis sociais e culturais inseridos na empresa; 
Colocar informações importantes em lugares estratégicos do ambiente de trabalho, de forma que todos tenham acesso às informações; 
Disponibilizar caixas de sugestões e proporcionar cursos de especialização para quem se destacar na sua função. (OLIVEIRA, 2012, p.12)
Segundo Moreira (2002, p.33) “a existência do código de ética evita que os julgamentos subjetivos deturpem, impeçam a aplicação dos princípios”.
Os principais assuntos relatados nos código são:
Conflitos de interesse, conduta ilegal, segurançados ativos da empresa, honestidade nas comunicações dos negócios da empresa, denúncias, suborno, entretenimento e viagem, propriedade de informação, contratos governamentais, responsabilidade de cada stakeholder, assédio profissional, assédio moral, uso de drogas e álcool. (ARRUDA, 2009,
p. 54)
Tanto o código de ética e de conduta são extremamente importantes para organização, onde cada uma elabora o seu código conforme suas necessidades, ou seja, ajudam os gestores e funcionários a terem diretrizes seguras de formas éticas, aumentam a interação dentro do ambiente de trabalho e desta forma a empresa pode obter bons resultados.
Uma empresa verdadeiramente ética reconhece e valoriza a sua equipe, fornecendo as ferramentas necessárias e ambiente para desenvolvimento pessoal e profissional em um ambiente saudável, inspirador e compensador.
É impossível ter ética com uma equipe insatisfeita e desvalorizada. A mudança deve vir dos administradores para os colaboradores e o todo deve entender a ética e suas práticas como valores fundamentais para a empresa atingir seus objetivos e sua sobrevivência no mercado com clareza e objetividade. Não apenas o mercado em si deve ser entendido, como os colaboradores e a sociedade.
4 METODOLOGIA
No presente estudo foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica, onde procurou-se demonstrar através de uma revisão bibliográfica a ética adotada pelas empresas.
Segundo Cervo (2007), “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema”.
Também foi utilizada a metodologia de pesquisa exploratória, que contribuiu para estudo a buscar mais informações sobre ética empresarial.
Para atingir o objetivo deste estudo foram realizadas pesquisas através dos bancos de dados eletrônicos das universidades nacionais e livros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As organizações são formadas por pessoas, na qual cada uma desempenha um papel diferente, onde no final todos tem o mesmo objetivo, que é oferecer produtos e/ou serviços de qualidade, porém isso não é o bastante, embora seja primordial, mas é também preciso conquistar credibilidade no mercado. 
Com o objetivo de apresentar os benefícios e ganhos com a implantação de uma cultura ética identificou-se que se trata de um elemento fundamental para se alcançar o êxito de uma empresa. E demonstrar sua responsabilidade social, além de corresponderem às expectativas dos clientes especialmente referentes à produtividade, qualidade, lucratividade e eficiência. 
Para que isso seja possível é preciso que toda organização busque diversidade e identifique como fazem o uso da ética, pois é perceptível que a ética está relacionada com uma conduta do bem e do mal, onde as ações de cada um sejam praticadas com responsabilidade nas tomada de decisões e este é o principal segredo para o sucesso.
Conforme podemos perceber, os administradores estão buscando implantar dentro das organizações o código de conduta e o código de ética e estes estão sendo utilizados como guia para as ações diárias e tomadas de decisões, facilitando o entendimento dos valores das organizações e assim fazendo com que os gestores cumpram o exercício de suas funções para se manter no mercado cada vez mais competitivo.
Com isso satisfazem seus interesses e de seus investidores, através da adoção dos elevados padrões dos códigos de éticas e de conduta, fazendo com que os principais valores como integridade, honestidade, transparência, qualidade de produtos e/ou serviços, respeito aos consumidores e fornecedores sejam demonstrados e que isso só é possível pela atuação de pessoas éticas e que buscam a excelência. 
Debater sobre a ética em todas as dimensões é fundamental. O mercado empresarial já se situou desta realidade, fazer uma contínua reflexão na estrutura das empresas, visto que, entre diferentes cursos de uma ação, há sempre uma escolha atrelada a realidade organizacional, relacionada aos danos e riscos que se pode assumir sem ferir princípios éticos na conduta dos negócios. 
E ainda pode-se concluir que a disseminação de valores éticos nas organizações tem sido feita por meio de um conjunto de mecanismos que tem se mostrado eficaz na implantação dos padrões éticos através da criação de programas que abrangem códigos de conduta, criação de comitês de ética, treinamentos periódicos, apuração de denúncias e medidas de disciplina.
Certamente o mais plausível, é que a ampla concorrência, relacionada às crescentes exigências dos consumidores cada vez mais informados e menos complacentes com descomedimentos, estejam pressionando as organizações a levar em conta este tema, onde, não há no atual cenário organização, com anseio de fortalecimento competitivo que não opte em ter a ética como aliada.
Os conceitos da ética, a ética empresarial e a cultura organizacional como ferramenta de manutenção da ética devem ser práticas desenvolvidas e aplicadas pelas empresas com o intuito de solidificar a ética na cultura empresarial e de seus colaboradores. Onde, a preservação da imagem empresarial é fator crucial para o sucesso organizacional. Toda organização necessita desenvolver-se de tal maneira que a ética, a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e convicções primários da organização se tornem parte de sua cultura. Apresentando-se de diversas maneiras, a ética é um termo atemporal que se faz presente na dinâmica social atual. Tal conceito é causa de grandes discussões e complexas análises, uma vez que estamos presenciando uma crise moral com diversos casos de corrupção tanto na vida pública como na privada, que geram, diversas opiniões e definições divergentes desde a Antiguidade até a Contemporaneidade.
Por fim, é necessário salientar que a ética consagrada à vida organizacional vem conquistando uma ininterrupta ascensão, sendo que sua importância na dinâmica comercial só tende a aumentar e gerar bons hábitos.
REFERÊNCIAS
ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de. Fundamentos de Ética Empresarial e Econômica. 2. Ed. São Paulo: Atlas, 2003.
ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de. Código de Ética: Um instrumento que adiciona valor. São Paulo: Negócio Editora, 2002.
ARRUDA, M.C.C. Código de Ética: Um instrumento que adiciona valor. São Paulo: Negócio, p. 05-26, 2002.
BALIEIRO, Kitty. Cortina de fumaça. Exame, São Paulo, n.93, p.4-7, fev. 1998.
BARROS, Maria Rosiane De Figueiredo. A ÉTICA NO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO CONTÁBIL. Disponível em: http://sinescontabil.com.br/monografias/trab_profissionais/rosiane.pdf.Acesso em 02 Dez. 2015
CAMARGO, Marculino. Fundamentos da ética geral e profissional. Petrópolis: Vozes, 1999.
CARMONA, Rogério. Chega de ser chefe: um caminho rumo à liderança. São Paulo: Meca, 2008.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
CENCI, A. V. O que é ética? Elementos em torno de uma ética geral. 3. ed.
Passo Fundo: A.V. Cenci, 2002
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio: o dicionário da língua 
portuguesa. 8. ed. Curitiba: Positivo, 2010. 895 p. ISBN 97885 -385-4240-7
GLOCK, R.S; GOLDIM, J.R. Ética profissional é compromisso social. 2003. Disponível em: http://docslide.com.br/documents/etica-profissional-e-compromisso-social.html. Acesso em: 06 Out. 2015.
LUNA, Roger Augusto. Ética Empresarial – Um bom negócio. 2012. Disponível em:http://www.eticaempresarial.com.br/. Acesso em 21 de out. 2016.
MATOS, Francisco Gomes de. Ética Empresarial e Responsabilidade Social. Disponível em:http://www.iacat.com/revista/recrearte/recrearte03/etica_soc-empr.htm. Acesso em 02 nov. 2015.
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