Buscar

Caprinocultura e ovinocultura p1 APLICADA EM MEDICINA VETERINARIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Caprinocultura e ovinocultura
Introdução
Grande parte das atividades relacionadas à exploração de caprinos e ovinos é executada por mão-de-obra familiar principalmente de mulheres e crianças.
Em explorações maiores o foco é nos mercados e uso de tecnologias sendo importante gerador de empregos e renda.
Via direta: Assegura o sustento de parte da população através do trabalho assalariado no sistema de exploração.
Via indireta: Gera empregos e renda em fábricas de rações e medicamentos, usinas de beneficiamento de leite, abatedouros-frigoríficos, curtumes, etc.
Pra que criar caprinos e ovinos em Goiás?
 podem ser criados tanto em grandes como em pequenas áreas 
 áreas de assentamento 
 áreas de reserva indígena 
 pequenas propriedades 
 grandes propriedades
 há viabilidade econômica na sua exploração 
 há mercado para os produtos: lácteos (leite, queijo, iogurte, sorvete), carnes e peles 
 são animais dóceis e fáceis de criação 
 apresentam um acelerado crescimento do rebanho em função dos partos múltiplos e período de gestação (5 meses)
Para iniciar uma criação é necessário: 
 ter uma área disponível para instalação 
 adquirir animais de boa procedência 
 ter água e alimento de boa qualidade 
 possuir instalações funcionais e bom controle sanitário 
 adquirir informações e conhecimentos que permitam um manejo adequado às condições
Caprinos
Rusticidade e adaptabilidade, tem papel social importante para populações de baixa renda: leite, carne, pele e esterco .
 O leite apresenta uma ótima composição nutricional e é de fácil digestão, sendo um excelente alimento particularmente para crianças e idosos. 
 A carne apresenta proteína de alto valor biológico e baixos níveis de gorduras totais
Rebanho caprino no Brasil
No Brasil 90% do efetivo está no nordeste 
9º maior rebanho do mundo 
Produção média 
Raças leiteiras: 1,5 kg de leite/dia/animal havendo casos de produção média entre 3 a 4 kg de leite/dia/animal.
Animais para corte: 30 kg de peso vivo por animal até 6 meses de idade.
Ovinos
Rusticidade e adaptabilidade, tem papel social importante para populações de baixa renda: carne, pele, lã, esterco. 
 A carne possui proteína de alto valor biológico e valor energético em torno de 2.740 calorias/kg praticamente o mesmo da carne bovina;
Não são explorados para produção de leite.
Para corte: 25 kg de carcaça por animal até 1 ano de idade.
Rebanho ovino no Brasil
Em torno de 50% do efetivo esta no nordeste 
8º maior rebanho do mundo 
Nomenclatura
Caprinos - Cabra é a fêmea do bode e o filhote deles é chamado cabrito.
Ovinos - carneiro é o macho da ovelha e juntos geram os cordeiros. Borrego – cordeiro jovem, Borrega – cordeira jovem. 
Sistema de produção
Extensivo - à campo, delimitado por cercas.
Semi extensivo – o animal fica parcialmente preso e parcialmente solto.
Ultra extensivo – animal preso todo tempo.
Semi intensivo - são aqueles em que os animais recebem algum tipo de suplemento alimentar na pastagem.
Intensivos - são aqueles em que se tem um grande número de animais por hectare, em pastagens com alta capacidade de suporte ou em confinamento.
Diferenças entre caprinos e ovinos
Ovinos
Glândulas interdigitais – proteção, lubrificação e odor característico (biungulados).
Glândula inguinal – ferômonio e lubrificam a lã (pele).
Divertículo infra-orbitário - melhora pontos de visão e aguça o olfato.
Possuem a cauda comprida.
Podem ter chifres ou não, os chifres são espiralados na transversal.
Possuem o perfil nasal convexo. 
As ovelhas quase não demonstram sinais de cio.
Caprinos
Não possuem glândula interdigital e inguinal.
Perfil nasal plano e curto, não é convexo.
O chifre não é transversal, cresce para cima ou para trás acompanhando o pescoço. São ovalados ou achatados para trás.
Possui barba.
Possui odor hircino. Característico proveniente da Glandula de Schietzel (Glândula dos cornos).
Cauda curta.
As cabras tem sinais característicos no cio (levantam o rabo).
Ovinos
Classificação Zootécnica
Especializadas na produção de lãs finas 
Mistas para produção de carne e lã 
Próprias para produção de pele 
Produção de leite 
Características gerais dos ovinos
Grande potencial fisiológico para produção de carne e pele.
Curto período de gestação (5 meses) e prolificidade (crias nascidas por fêmea).
Tamanho variável. Animais adultos pode pesar de 30 a 180Kg dependendo da raça. 
A temperatura tem influência na lã.
Altas temperaturas contribuem para as fibras se tornarem finas e curtas.
Com frio permanente, as fibras tornam-se mais grossas e longas.
Temperatura ideal entre 10ºC a 26,5ºC.
Frequência respiratória e cardíaca
Batimentos cardíacos e respiração são mais acelerados nos animais jovens e diminuem gradativamente com a maturidade.
Características digestivas
Animais ruminantes com capacidade de consumir grandes quantidades de forrageiras. 
Relação volumoso/ concentrado deve ser bem equilibrada para evitar distúrbios metabólicos como a acidose, causada por excesso de concentrados.
Cabeça
Deve ser bem posicionada, relativamente curta, fronte larga, mandíbulas fortes, chanfro côncavo.
Cabeça alongada, chata, demonstra animais fracos de tórax pouco desenvolvidos.
Chifres quando presentes são espiralados.
Quanto a lã, a cabeça pode ser totalmente descoberta, lisa, coberta até a fronte, ou até perto do nariz, tais características, quando presente, constituem um caráter racial.
Tronco
Partes mais importantes: cernelha, dorso, garupa, peito, ventre, flanco e cauda.
Dorso deve ser largo, cheio e reto, assim como a garupa, sem saliências.
Peito deve ser amplo, largo, com costelas bem arqueadas, a qual demonstra um animal com boa capacidade respiratória.
Ventre cilíndrico, sem amplitude exagerada.
Flanco curto e grosso, recoberto de carne.
Membros
Braço e antebraço, espáduas, perna, coxa, jarrete, joelho e pé.
Os braços devem ser carnudos, bem musculosos e recobertos de lã.
Antebraço cheio e musculoso.
Espáduas e coxas devem ser cheias de carne e espessas.
Joelho com uma articulação bem larga, assim como os jarretes, que quando largos denotam elasticidade.
Aprumos
Quando os membros são bem aprumados, estão bem separados do outro na mesma linha dão ao animal o máximo de equilíbrio e boa movimentação no andar. Maus aprumos denotam sempre animais de constituição fraca e má conformação;
Cobertura – Velo
Velo: conjunto de pelos que recobrem a pele dos ovinos.
Constituído de duas naturezas: Lã formada por pelos finos, macios e ondulados.
Pelos cabruns, duros e grosseiros, que não tem valor comercial como os dos primeiros.
Mecha: são curtas ou longas, de conformidade com a raça.
Mechas cilíndricas: mechas iguais, de um só tamanho.
Mecha cônica ou pontuada: quando os fios que compõe a mecha são de comprimento desiguais.
Velo fechado: quando as mechas, sempre de tipo cilíndrico, se unem umas as outras, não deixando espaços vazios.
Velo aberto: quando as mechas não são juntas umas das outras, apresentando um número grande de fendas.
Nos animais doentes, fracos, o velo é sempre aberto.
O bom velo abre-se com facilidade, deixando ver mechas bem uniformes, quando repartidas com as mãos em qualquer lugar.
Conforme a raça, o velo recobre todo o corpo do animal, como nos Merinos, ou deixam a cara e as pernas nuas, como no Leicester.
No Brasil, há ovinos deslanados, com o corpo revestido de pelos cabruns, totalmente desprovidos de lã.
Em relação à coloração, podem ser brancas, pretas ou pardas. As lãs brancas são de maior preferencia devido ao seu valor, e em todas as raças, a seleção de animais é baseada naqueles de velo claro.
Suarda
Secreção das glândulas sudoríparas e sebáceas.
Unta as mechas de lã, conferindo suavidade, brilho e elasticidade.
É de coloração amarelo-clara ou branco-esverdeada em animais de saúde perfeita, tornando-se esbranquiçada em ovinos doentes.
Deve ser fluída. Se apresentar pastosa é indicio de anormalidade no estadosanitário do animal.
Pouca quantidade de suarda denota lã fraca, quebradiça.
Características da lã
Mais avaliada: elasticidade, flexibilidade, resistência, suavidade e higroscopicidade (capacidade de absorver água).
Finura: Representada pelo diâmetro médio das fibras de lã. A uniformidade de finura de um velo está condicionada a pureza racial do animal.
Comprimento: Está relacionado à espessura. Fibras finas são geralmente mais curtas do que as grossas.
Comprimento relativo ou natural: é o comprimento que a fibra apresenta ao ser estendida normalmente.
Comprimento absoluto ou efetivo: comprimento que a fibra tem ao ser estendida até desaparecerem as ondulações.
Maior comprimento absoluto quanto maior o número de ondulações.
Tosquia
Retirada periódica de lã dos ovinos. Resultante de diversos fatores: raça, clima da região e estágio de maturação de sementes que possam aderir a lã, depreciando-a.
A idade dos ovinos e sua determinação
Os ovinos possuem 32 dentes, sendo 24 molares e 8 incisivos.
Os incisivos é que determinam a idade dos animais.
Os dentes são de duas naturezas: caducos ou de leite, definitivos ou permanentes.
Somente o maxilar inferior apresenta incisivos que possuem as seguintes denominações: pinças, primeiros médios, segundos médios e externos ou cantos.
Os cordeiros ao nascer não possuem incisivos.
Com 1 mês, os incisivos já estão crescidos, permitindo que o cordeiro possa pastar naturalmente.
Do 4º ao 12º mês ocorre o rasamento dos dentes caducos.
2º período: período da queda ou substituição dos dentes de leite pelos dentes incisivos. Época de muda, variável entre as raças. Os ovinos tem a boca cheia aos 5 anos, época em que se inicia o rasamento.
3º período: caracterizado pelo rasamento dos dentes definitivos. Após 6 anos.
A medida que a idade avança outros caracteres se apresentam no exterior dos ovinos, como as rugas ou pregas na cara do animal.
Características reprodutivas
Ovelhas são poliéstricas estacionais: cio outono/ inverno. Parto primavera/verão.
As deslanadas são poliéstricas não estacionais. Apresentam uma estação reprodutiva definida numa determinada estação do ano, quando ocorrem os ciclos reprodutivos e as femêas mostram os sinais do cio. O fator que controla o início e o término da estação de reprodução é o fotoperíodo.
A estação reprodutiva natural ocorre no outono e no inverno, entretanto, a época de duração da estação de monta não seguem um padrão e variam com as diferentes raças.
Formação do rebanho
A época de aquisição tem importância econômica e zootécnica.
Em termos econômicos, a melhor época é logo após a tosquia, ou seja, em novembro e dezembro. Nesta época consegue-se os animais por um menor preço, pois os mesmos já produziram a lã de um ano. Avaliação quanto à formação e constituição do animal quando já tosquiado não se pode verificar as qualidades da lã.
Rebanho ovino compreende:
Ovelhas: destinam-se a procriação e a produção de lã.
Carneiros: funcionam como melhoradores e reprodutores integrando-se ao rebanho durante 2 ou 3 meses de serviço de cobertura, pensando o restante do ano a parte, recebendo cuidados especiais.
Borregas – são mantidas para substituir o numero de ovelhas velhas consumidas no estabelecimento ou vendidas.
Capões – são destinados a produção de lã durante duas ou três safras, ficando para eles a maior produção de lã e depois são vendidos ao comércio de carne.
Cordeiros – são comercializados com a idade de 5 ou 6 meses, ou mantidos para substituição dos capões vendidos/ consumidos.
Escolha dos reprodutores: 
O criador deverá fazer um exame geral dos ovinos, verificando se há presença de defeitos que os desqualifiquem a reprodução.
Deverá procurar um carneiro de constituição robusta e sã, apresentando talhe bem proporcionado, caracteres de masculinidade evidentes, nobreza de porte, linhas perfeitas da raça. É dele que dependerá em grande parte o sucesso da criação, melhoramento do rebanho, conservação da raça em sua pureza, qualidade da lã e aumento das qualidades.
Defeitos: Prognatismo, resulta na falta de concordância entre os incisivos e a saliência existente no maxilar superior. Prejudica para pastar, tornando a alimentação deficiente.
Aos dezoito meses se inicia o emprego do carneiro como reprodutor, sendo aconselhável não mais que 15 a 20 ovelhas. No ano seguinte, quando seu crescimento estiver acabado pode-se aumentar o numero de ovelhas, mas não deve passar de 60.
Reprodutora:
A ovelha também é aproveitada somente com dezoito meses, apesar do cio aparecer no 6º mês de vida.
O estro dura de 24 a 48 horas, e a ovulação ocorre no final do período. O cio reaparece 15 a 20 dias depois se não for fecundada. Desde que não tenha sido coberta, continua apresentando-se periodicamente em cio durante cerca de 4 meses.
Sistemas de cobertura:
Monta livre – mais utilizada.
Monta orientada.
Inseminação artificial.
Gestação:
150 dias (5meses).
Parto: naturalmente, com peso ao nascimento de 1,36 a 11,4kg dependendo da raça.
Desmama: progressivamente, aos 4 meses. 
Ovinos
	Raça
	Lã
	Carne
	Pele
	Leite
	Observações
	Merino Australiano
	x
	-
	-
	-
	-
	Ideal
	x
	-
	-
	-
	às vezes utiliza-se a carne
	Corridale
	x
	-
	-
	-
	-
	Romney Marsh
	x
	x
	-
	-
	lã de qualidade inferior
	Suffolk
	-
	x
	x
	-
	Pele para tecidos rusticos
	Hampshire Dow
	-
	x
	-
	-
	-
	Ile de France
	-
	x
	-
	-
	-
	Texel
	-
	x
	-
	-
	-
	Dorper 
	-
	x
	-
	-
	Bom rendimento de carcaça
	Polypay
	-
	x
	-
	-
	Boa prolificidade
	Border Leicester
	-
	x
	-
	-
	-
	Dorset
	-
	x
	-
	-
	60% rendimento de carcaça
	Karakul
	-
	x
	x
	-
	pele mais utilizada
	Morada Nova
	-
	x
	x
	-
	Carne mais utilizada. Rústica.
	Santa Inês
	-
	x
	x
	-
	Cruzamento Morada Nova e Bergamácia
	Somalis
	-
	x
	x
	-
	Rústicos, prolíferos.
	Cariri
	-
	x
	x
	-
	-
	Rabo Largo
	-
	x
	x
	-
	-
	Crioula
	x
	x
	x
	-
	-
	Bergamácia
	x
	x
	-
	x
	carcaça de baixa qualidade
	Lacaune
	-
	x
	-
	x
	-
	Ingazeira
	-
	x
	x
	x
	-
	Serra da Estrela
	-
	x
	 
	x
	-
x produz
- não produz 
Caprinos
	Raça
	Lã
	Carne
	Pele
	Leite
	Observações
	Cariri
	-
	-
	x
	-
	-
	Rabo Largo
	-
	x
	x
	-
	-
	Crioulo
	x
	-
	x
	-
	Resistente a endoparasitas
	Bergamácia
	-
	-
	-
	x
	Cruzamento de Morada nova com Santa Inês
	Lacaune
	-
	x
	-
	x
	Bem adaptada a ordenha mecânica
	Ingazeira
	-
	x
	x
	x
	-
	Serra da estrela
	-
	x
	-
	x
	Carne de borrego ainda não desmamado
	Murciana
	-
	-
	-
	x
	Animal de estimação
	Lamancha
	-
	-
	-
	x
	-
	Anglo-nubiana
	-
	x
	-
	x
	-
	Pygmy
	-
	-
	-
	x
	Animal de estimação
	Toggenburg
	-
	-
	-
	x
	-
	Parda Alpina
	-
	-
	-
	x
	-
	Alpina
	-
	-
	-
	x
	-
	Saanen 
	-
	-
	-
	x
	-
	Jamnapari
	-
	-
	-
	x
	-
	Oberhasli
	-
	-
	-
	x
	-
	Alpina do Reino Unido
	-
	-
	-
	x
	-
	Serrana
	-
	-
	-
	x
	-
	Bravia
	-
	x
	-
	-
	-
	Kiko
	-
	x
	-
	-
	-
	Moxotó
	-
	x
	x
	-
	-
	Boer
	-
	x
	-
	-
	-
	Savana
	-
	x
	-
	-
	-
	Kalahari
	-
	x
	x
	-
	-
	Serpentina
	-
	x
	x
	x
	-
	Algarvia
	-
	x
	x
	x
	-
	Angora
	-
	x
	x
	-
	Pêlos são utilizados na pele
	Bagot
	-
	-
	x
	-
	Pêlos são utilizados na pele
	Charnequeira
	-
	x
	-
	x
	-
	Marota
	-
	-
	x
	x
	-
	Mambrina
	-
	x
	x
	x
	-
	Gurgéia
	-
	x
	x
	-
	-
	Cabra azul
	-
	x
	x
	-
	-
	Canindé
	-
	x
	x
	x
	-
	Repartida
	-
	-
	x
	-
	-
	Cabra-anã
	-
	x
	x
	x
	-
SISTEMAS DE CRIAÇÃO E INSTALAÇÕES PARA CAPRINOS E OVINOS
Extensivo
Animais criados soltos. Adotado em grandes propriedades, conta com pasto e pode ter alojamento. Mais utilizado em produção de carne e pele. Característico no Norte e Nordeste.
Vantagens:Água natural, sombreamento, baixa mão de obra e baixos custos.
Desvantagens: Sofrem com variações do clima, baixa quantidade e qualidade dos alimentos, sem controle reprodutivo, baixa produtividade, alta mortalidade (não há proteção de predadores), demanda de área extensa. 
SEMI-INTENSIVO 
Animais criados soltos e presos. Conta com piquetes, currais, cercados e alojamento. Mais utilizado para produção de carne e leite. Os animais recebem suplementação (mineral, concentrado e volumoso) principalmente em épocas do ano em que somente o pasto não supre suas necessidades. 
Vantagens: melhora o controle zootécnico, maior manejo sanitário.
Desvantagens: tecnificação e custo maior.
INTENSIVO
Adotado em pequenas e médias propriedades. Maior produção de caprinos leiteiros e carne precoce. Os animais ficam em confinamento total e recebem alimentação balanceada (proteico e volumoso). Característico no Sul e Sudeste.
Vantagens: Maior produtividade, baixa mortalidade, controle zootécnico e sanitário, proteção de sol, chuva, vento, frio e melhor qualidade de produtos.
Desvantagens: Próximo às cidades, valor imobilizado (valor do imóvel), requer maior investimento e mão de obra especializada.
INSTALAÇÕES 
Função de abrigar os animais, dar conforto e segurança. Ser prática e funcional, espaçosa e racionalmente dividida, arejada e bem drenada, livre de correntes de ar e umidade.
Deve ser de fácil acesso, próximo a água e energia, e fácil higienização. Na produção de leite com qualidade, viável economicamente e baixa manutenção.
Os ajustes devem ser feitos conforme: poder aquisitivo, condições climáticas do local, o sistema de produção que será implantado, aspectos comportamentais dos animais, materiais disponíveis próximos à propriedade, instalações já existentes, segurança dos animais e do tratador e orientação solar.
CAPRINOS
Cabrito: filhote do bode e da cabra. Alimentam-se de folhas de árvores e pasto. São sociáveis, porém andam só. Possuem corpo longilíneo, cabeça alongada, em geral, possuem orelhas caídas e maiores que as do cordeiro, ossos finos e arredondados, rabo ereto e presença de barbicha. O leite é de excelente qualidade, por ter pouca gordura a carne é mais firme e mais clara.
DIVISÕES NECESSÁRIAS NO CAPRIL
Baias divididas em:
Fêmeas (secas e em lactação) 
Maternidade 
Creche 
Recria - Cabriteiro 
Reprodutor - Bodeiro 
*O bode deve ficar a pelo menos 12 metros da fêmea lactante, para não dar cheiro no leite.
OVINOS (APRISCO)
Cordeiro: filhote do carneiro e da ovelha. Alimentam-se de pasto, estão sempre em grupo. Possuem corpo robusto, cabeça arredondada, com orelhas menores e não pendentes, por ter porte maior e ossos mais grossos, os cortes costumam ser maiores, rabo pendurado, carne de coloração mais clara e rica em gordura, por isso mais macia.
DIVISÕES NECESSÁRIAS NO APRISCO
Baias divididas em: 
Fêmeas (secas e em lactação) 
Maternidade 
Creche 
Recria 
Reprodutores
INSTALAÇÕES PARA CAPRINOS E OVINOS
Curral de manejo – no centro da propriedade para evitar que os animais andem muito.
Deve conter: Seringa ou funil, bretes ou troncos (tipo de jaulas para conter os animais), pedilúvios – Piscina de água rasa com solvente para higienizar os cascos dos animais.
Tombador – utilizado para virar os animais de “barriga para cima”, balança, embarcadouros – subir/descer dos caminhões, banheiras sarnicidas (eliminação de sarna/ piolhos), farmácia, escritório, depósitos de alimentos, piquetes – pasto, abrigos, solários e esterqueiras – dejetos. 
CURRAL DE MANEJO
Localizado próximo aos abrigos
Construção racional – 1m²/animal 
Atender os trabalhos: pesagem e identificação, vacinação e vermifugação, banho sarnicida, 
tosquia, casqueamento, corte de cauda e apartação (partos). 
Mangueira – 60m² a 90m² 
Área que antecede o curral.
Currais de apartação - Dividido em lotes.
Curral de espera - Para entrar na seringa (corredor muito estreito onde são transportados os animais em fila, um atrás do outro).
CERCAS
As cercas devem ser feitas com tábuas de madeira de 10cm. Os intervalos de uma tábua para outra devem ser: 5 cm, 5 cm, 10 cm, 15 cm e 15 cm. 
Total de 100cm (1 metro) cm lanados/ 130cm (1,3 metro) deslanados.
SERINGA OU FUNIL 
O funil começa no curral e vai até o tronco, sendo um estreitamento que liga as duas instalações. 
Sua função é facilitar a entrada dos animais, que estão no curral para o tronco. 
A parte do funil que esta próxima ao tronco deve ter as laterais fechadas para evitar acidente com os animais. 
Sua altura é a mesma da cerca do curral. Deve ser redonda, assim o animal sempre caminhará sem obstáculos. Suas laterais devem ser sem frestas para que o animal só olhe para frente. 
TRONCOS E BRETES 
Utilizado para contenção. O tronco não deve possuir frestas entre as ripas de madeira, para evitar que o animal se machuque ou mesmo quebre a perna. O chão deve ser de cimento.
Seu comprimento deve ser em torno de 6m a 12 m (dependendo do número de animais que vão entrar no tronco), sua altura de 90 cm, a largura inferior de 25 cm e a largura superior de 35 cm (para ovinos lanados a largura inferior de 30 cm e a largura superior de 50 cm). 
A balança e o pedilúvio podem estar acoplados ao tronco para facilitar o manejo.
PEDILÚVIO 
Utilizado para combater problemas nos cascos dos animais. Pode estar acoplado ao tronco (no início) para facilitar o manejo. Contudo, não há impedimento de ter pedilúvio separado do tronco. Deve ser coberto para evitar que a água da chuva dilua a solução usada no pedilúvio.
O dimensionamento mais usado é: 5cm (caprinos) a 10cm (ovinos) de profundidade, 2m de comprimento e largura igual a do tronco. 
Deve ser feito em cimento e possuir sistema de esgotamento para  troca da solução. Pode ser portátil ou fixo.
Sulfato de zinco – 500 g 
Sulfato de cobre – 1 kg 
TOMBADOR 
O Tronco tombador para ovinos e caprinos é utilizado para facilitar no manejo, realizando um trabalho ágil sem causar danos aos animais. Ideal para casqueamento e outros manejos onde seja necessário virar o animal. Fazendo a imobilização e o tombamento, diminuindo o estresse.
Pode ser usado para reprodução: inseminação artificial, ultrassom e transferência de embriões.
BALANÇA 
Existem balanças individuais e coletivas. Podem ser colocadas no tronco, antes do embarcador ou em outro ponto do curral, dependendo do tipo de manejo empregado na propriedade. Contudo é importante que o local escolhido seja coberto para aumentar a durabilidade da balança, pois é um material caro. 
EMBARCADOUROS – área final de embarque e desembarque dos animais. Sai do curral de manejo. O piso deve ser de cimento.
BANHEIRA SARNICIDA 
Usada em áreas específicas para evitar infestação de ectoparasitas. É bastante eficaz, porém possui custo elevado. Em rebanhos pequenos usa-se caixa d’água ou tambor. A pulverização é utilizada como uma alternativa.
FARMÁCIA 
Local protegido contendo materiais de primeiros socorros e remédios. Próximo a uma área reservada para animais em tratamento.
Os medicamentos controlados devem ficar em armários trancados
DEPÓSITOS DE ALIMENTOS - Galpões para armazenar feno, ração, silos.
O silo é um alimento volumoso fermentado, fechado em local à vácuo (por exemplo a trincheira). Não podem ficar expostos ao ar e à chuva, pois apodrecem.
O feno é um alimento desidratado.
Esses alimentos devem ficar em um galpão longe de animais como ratos, gatos e parasitas, pois seus dejetos intoxicam os alimentos. A umidade aumenta a proliferação de fungos, causando micotoxinas.
PASTOS E PIQUETES 
Devem conter bebedouros (naturais ou artificiais) com água fresca à vontade, forragem (capim), cochos (comedouros com feno, silagem, sal mineral), sombra (árvores ou telhados) e cercas.
CERCAS 
Características fundamentais: durabilidade, resistência, economia e funcionalidade. Podem ser de arame, madeira, bambu, elétricas, convencionais e teladas.
O arame liso tem melhor custo benefício quando construídonas medidas corretas.
Medidas:
5, 10, 15, 15, 20 25 = 90 cm.
COCHOS 
Reservatório feito de madeira, em que comem ou bebem os animais. Tamanho de 35cm por animal, cobertos, utilizados para alimentos de suplementação.
ABRIGOS 
Capril - caprinos 
Bodil - reprodutor 
Aprisco – ovinos
Podem ser suspensos. Medidas: 0,80cm a 1,2cm, 1m²/cabeça. Deve ser em declive 
para facilitar a limpeza, de piso ripado. Ripas: 5cm e espaçamento: 1,5cm. 
Parede de alvenaria e telhas de barro, metal ou fibrocimento. Deve conter comedouros e bebedouros.
Os comedouros podem ser: manjedoura, cocho contínuo ou canzil.
Cercas para abrigos: 
Tela de arame, como nos piquetes, podendo acrescentar 2 fios de arame farpado.
SALEIRO
Cocho para suplementação de sal mineral de caprinos e ovinos em forma de balanço. Suspensos de 20cm a 30cm do chão, com 20cm de profundidade, 30 cm de largura e 2m de comprimento.
SOLÁRIOS 
Área para exercícios, banho de sol, cobertura ou monta. Cerca de 4m² por animal, com piso de cimento ou terra.
ESTERQUEIRAS 
Permite a fermentação dos dejetos (60 a 90 dias), protegido da chuva e do calor. Deve ficar a 50m do abrigo e 30m das margens dos rios, em terreno inclinado, com piso e parede de concreto (espessura 10 cm), parede de concreto ou tijolo.
O Chorume fica no reservatório em nível inferior.
Os dejetos podem ser vendidos ou usados na propriedade como adubo.
Controle Integrado da Verminose em Caprinos e Ovinos
O uso de vermífugos sem orientação técnica acelera a resistência do parasito ao grupo químico do vermífugo.
Resistência anti-helmintica: Fenômeno pelo qual uma droga não consegue manter a mesma eficácia contra os parasitos, se utilizada nas mesmas condições após um determinado período de tempo.
Nematódeos do intestino delgado 
• Trichostrongylus colubriformis 
• Strongyloides papillosus 
• Cooperia pectinata 
• Cooperia curticei 
• Cooperia punctata 
• Nematodirus spathiger 
• Bunostomum trigonocephalum
Nematódeos do intestino grosso 
• Oesophagostomum columbianum 
• Oesophagostomum velunosum 
• Oesophagostomum asperum 
• Chabertia ovina 
• Trichuris ovis 
• Trichuris globulosa
• Skrjabinema sp.
Nematódeos do abomaso
• Haemonchus contortus 
• Trichostrongylus axei 
• Ostertagia circuncincta 
• Ostertagia trifurcata 
• Ostertagia ostertagi 
• Ostertagia lyrata
O que é verminose?
• Tipo de parasitismo realizado por vermes no trato gastrointestinal (rúmen,reticulo, abomaso e intestinos). 
Qual o verme de maior impacto na criação de caprinos e ovinos a pasto? 
• Haemoncus contortus, causador da haemoncose ovina. Possui alta patogenicidade: se alimenta de sangue, causa espoliação e anemia por hematofagia direta na mucosa do abomaso.
Sinais clínicos da verminose
Impactos da verminose na criação de caprinos e ovinos a pasto
Causas de baixo desempenho de cordeiros, parasitismo clínico ou sub-clínico, baixo desempenho produtivo (crescimento ganho/peso/dia), retardo no tempo de terminação, perda de peso corporal, alto custo de tratamento, alta taxa de morte e morbidade (doenças) e prejuízos econômicos para o produtor.
Controle: Para atuar é preciso conhecer tudo sobre a vida do parasito (verme), por exemplo como o animal se infecta na pastagem? 
• Ingerindo as larvas (L3 – 3ª fase larva) presente nas gotas d’água da folha do capim
• Os vermes são encontrados no abomaso, intestino delgado e intestino grosso 
•O Haemonchus contortus fica na mucosa do abomaso realizando hematofagia (se alimenta de sangue).
• Fatores que influenciam a sobrevivência/resistência de ovos e larvas L1, L2 e L3 infectante nas pastagens:
● Físicos - radiação solar (pasto baixo, solo bem drenado e seco), diminui sobrevivência (resseca)
● Condições Climáticas: depende da região do Brasil .
● Período de chuva (umidade): maior sobrevivência .
● Período de seca: menor sobrevivência.
● Temperatura (Cº): alta ou baixa menor sobrevivência 20 e 30º C maior sobrevivência.
Fatores climáticos e ambientais que influenciam a contaminação das pastagens, a infecção e a reinfecção diária dos animais
Altas temperaturas e umidade -> facilita a sobrevivência do parasito. O ovino se infecta ingerindo o parasito na fase larva.
A fase ovo nas fezes do animal preserva a vida do parasito e infecta a pastagem.
Tempo muito seco e quente mata-o por ressecamento.
Nos períodos de inverno há maior incidência de larvas (Haemonchus e Trichostrongylus) no pasto.
Fase de vida parasitária: 5% da população de parasitos (vermes) no hospedeiro (caprino e ovino)
Fatores: 
– Hospedeiro (capacidade desenvolver resposta imune – grau de resistência à ação do parasito.); 
– Parasito (capacidade de desenvolver resistência anti-helmíntica = grupos químicos);
– Manejo dos animas (nascimento e desmame, superlotação, introdução de novos animais no rebanho – rotação de pastagem), também é utilizada a introdução de outros animais, por exemplo os equinos, que podem ingerir este parasita e não serão contaminados.
•Queda da ovopostura 
• Eliminação de adultos 
• Resistência a reinfecção 
• Desenvolvimento de hipobiose (é um estado manifestado por larvas de parasitos que consiste na diminuição da atividade de uma larva no organismo de seu hospedeiro).
Medidas de controle tradicional
• Tratamento curativo: vermifugação de animais com sinais clínicos de verminose. 
• Supressivo: vermifugar em curto período de tempo (errado).
• Tático: compra de animais, mudança de pastagens.
• Estratégico: depende do conhecimento da epidemiologia dos parasitos, das interações com os hospedeiros no ambiente e sistema produtivo (certo).
Controle integrado da verminose
Atacar a doença de diferentes formas e reduzir ao máximo o uso de vermífugos
- Escolher corretamente o grupo químico do vermífugo; 
- Implantar na propriedade o método FAMACHA e o descarte orientado dos animais que receberam 8 ou mais doses de vermífugo no período de 6 meses;
- Adotar as práticas de redução da contaminação das pastagens
*O método famacha consiste em um exame que se avalia as mucosas dos animais e é utilizado um cartão com cores. A mucosa dos animais deve ser comparada as cores do cartão, e os animais que apresentarem mucosas muito brancas devem ser vermifugados. O método consiste em:
• Identificar animais clinicamente infectados
• Implantar na rotina da propriedade realizando avaliações com intervalo regulares
• Tratar os animais antes do aparecimento de complicações clínicas
• Melhorar a seleção de animais: susceptíveis - resilientes - resistentes
• Reduzir o número de tratamentos antiparasitários
• Reduzir a quantidade de compostos químicos lançados ao meio ambiente
• Aumentar a relação custo-benefício na produção
• Treinar mão de obra técnica especializada
• Facilitar a inserção de produtores em programas de certificação fiscalizada/orgânica 
1ª DECISÃO: escolher corretamente o grupo químico do vermífugo utilizado no rebanho
2ª DECISÃO: Implantar a rotina de aplicação do método FAMACHA no rebanho da fazenda. 
• Frequência de aplicação do cartão FAMACHA: – Pastagem nativa ou caatinga 
● Período seco a cada 30 dias.
● Período de chuva a cada 15 dias; – Pastagem cultivada e irrigada 
● Toda semana, com aplicação de outra dose do vermífugo somente após 15 dias;
Como realizar a aplicação do método FAMACHA e a vermifugação dos animais?
Meta do Produtor: descarte de animais que receberam 8 ou mais doses em 6 meses
Na tabela acima foi utilizado quatro parâmetros, sendo 1,2, 3 e 4. Os animais que apresentaram mucosa na cor 3 e 4 do cartão foram vermifugados.
A avaliação foi feita em um período de 9 meses, e a cada 15 dias (mais ou menos). Os animais que foram vermifugados mais de oito vezes neste período foram descartados.
Isso quer dizer que foram eliminados animais muito susceptíveis a reinfecção parasitária. 
A tabela acima mostra que a vermifugação foi feita de 15 em 15 dias no período chuvoso e no período seco de 30 em 30 dias. 
Os animais 1122e 1114 foram descartados.
Orientação ao uso de vermifugação tática:
Vermifugue emergencialmente os animais que apresentam sinais visíveis da verminose (emagrecimento, anemia, papeira, diarreia, queda na produção de carne ou leite); 
• Vermifugue os animais de compra antes de incorporá-los no rebanho; 
• Vermifugue as fêmeas gestantes 15 dias antes do parto; 
• Vermifugue as fêmeas 15 dias antes da estação de monta, evitando vermifuga-las no terço inicial da prenhez (primeiros 45 dias) para evitar problemas com a cria.
Adote as práticas de redução da contaminação das pastagens
• Cabritos e borregos devem entrar na aplicação do método FAMACHA na terceira semana de pastejo; 
• Evite a superlotação de animais nas pastagens (evita estresse); 
• Faça a limpeza regular das instalações, coloque o esterco nas esterqueiras por um período mínimo de 60 dias (fermentação) antes de aplicar nas pastagens; A fermentação elimina os ovos e as larvas. 
• Realize o pastoreio com animais resistentes (adultos), e dê preferência ao confinamento de animais jovens (sensíveis);
•Utilize o descanso de pastagens, ou alterne com culturas, pastejo de restolhos ou palhadas (restos de pasto); Fazer cultivo em uma época e na outra época deixar o pasto liso. 
• Mantenha cochos de água e alimentos sempre limpos e colocados fora das baias (evitando contaminação pelos excrementos dos animais); 
• Forneça ração para disponibilizar proteína (creep-feeding – 1% peso/vivo ) a borregos, borregas, cabritos e cabritas até a desmama (categoria mais sensível a verminose); O método creep-feeding corresponde a um lugar no pasto onde somente os animais jovens conseguem entrar. Neste local é disponibilizada ração especial aos filhotes, para maior consumo de proteína, para ganharem peso e imunidade;
• Forneça ração para disponibilizar proteína a cabras e ovelhas em gestação e com crias ao pé (categoria mais sensível a verminose);
• Na formação de pastagens cultivadas, de preferência ao capim que possa ser pastejado com altura superior a 15 cm, pois a maioria das larvas de vermes se encontra até 5 cm do solo; 
• Alterne o pastejo dos animais em áreas de caatinga e capim cultivado; 
• Reserve para feno (desidratado) ou silagem (fermentado) o capim oriundo dos piquetes mais contaminados;
• Separe os animais jovens dos adultos, tanto na baia como no piquete. Animais jovens pastejam sempre antes dos adultos; 
• Use o pastoreio misto ou alternado com espécies animais diferentes: utilizar outras espécies no mesmo pasto faz com que os vermes de ovinos e caprinos sejam reduzidos ao serem ingeridos por esses animais (Ex: ovinos e bovinos no mesmo pasto)
Higienize as instalações
 A higiene é um conjunto de medidas visando preservar a saúde dos animais, sendo constituído de limpeza e desinfecção. 
 A limpeza das instalações deverá ser realizada diariamente ou, pelo, menos a cada dois dias. A desinfecção deve ser feita a cada 30 dias no sistema intensivo, e a cada 60 dias no sistema semi-intensivo. 
 - Faça a limpeza do curral de chão batido. 
 - Limpe o curral usando rodo de madeira.
 - Varra o curral com vassoura.
A DESINFECÇÃO DAS INSTALAÇÕES
A desinfecção consiste na aplicação de produtos químicos para diminuir as chances de ocorrência de doenças. Para desinfetar devem ser utilizados produtos à base de iodo, amônia quaternária, hipoclorito de sódio (água sanitária) ou cresol. Prepare a solução para desinfecção da instalação. 
a) Prepare solução de iodo - Coloque 20 litros de água em um balde. 
- Meça 200 ml de tintura de iodo a 10%. 
- Coloque 200 ml de tintura de iodo no balde. 
- Misture a solução utilizando um agitador de madeira.
b) Prepare a solução de hipoclorito de sódio. 
-Coloque20 litros de água em um balde. 
- Meça 200 ml de hipoclorito de sódio a 10%. 
- Coloque 200 ml de hipoclorito de sódio no balde. 
- Misture a solução. 
c) Prepare a solução de cresol. 
-Coloque20 litros de água em um balde. 
- Meça 20 ml de creolina 
- Coloque 20 ml de creolina no balde 
-Misture a solução. d) Prepare solução de amônia quaternária ( A recomendação do fabricante deve ser seguida.)
RETIRE AS FEZES DO CURRAL:
 A retirada de fezes pode ser feita com carro de mão, balde ou outro recipiente disponível. 
 Coloque as fezes em esterqueira. 
 Quando não houver esterqueira, as fezes devem depositadas em local cercado, para evitar contaminação dos animais. 
 Faça a limpeza do piso ripado. Raspe com espátula as fezes. Limpe o piso ripado com vassoura. As fezes acumuladas abaixo do piso ripado devem ser retiradas periodicamente e levadas para a esterqueira ou para um local cercado.
DESINFETE AS INSTALAÇÕES UTILIZANDO VASSOURA DE FOGO
A vassoura de fogo é um equipamento também conhecido com lança-chamas, que, ligado a um botijão de gás, funciona como um maçarico. A " vassoura " deve ser passada na instalação uma vez por semana no sistema intensivo, e a cada trinta dias no sistema semi-intensivo. A desinfecção das instalações deve ser feita com uma das soluções citadas anteriormente. Pulverize as paredes, as cercas e o piso das instalações.
Reflexão: O controle se torna mais eficiente quando várias dessas medidas são utilizadas de maneira integrada.
Produção animal = reprodução + sanidade + nutrição.
Manejo Sanitário
Preservar e promover a saúde do rebanh. Implica conhecer as doenças. 
> vermífugos
>vacinas
Doenças em ovinos
16,52% - doenças infecciosas (brucelose, carbúnculo sintomático, gangrena, tétano, enterotoxemia, carbúnculo hemático, ectima contagioso, foot root, cerotoconjuntive). 
56,77% - doenças parasitárias (Babesia, Ehrlichia, verminoses, endoparasitas, hemoncose, trichostrongilose, fascícula hepática, miíase, oestrose, piolho, sarna, hidatidose).
26,91% - outras enfermidades (plantas tóxicas, toxemia da prenhez)
Doenças parasitárias
A verminose gastrintestinal é a principal doença em pequenos ruminantes, e a Haemoncus contortus o principal causador. 
A eimeriose é de baixa morbidade, porém determina prejuízos significativos em animais jovens. 
A sarna a partir da década de 80, com a introdução das avermectinas deixou de ser um problema na ovinocultura, inclusive determinou o desuso das banheiras sarnicidas.
A oestrose é de baixa morbidade, apresentando boa resposta a avermectinas e aos organosfosforados (princípios ativos).
Helmintos intestinais em pequenos ruminantes
Haemonchus fica no abomaso e se alimenta de sangue.
Ostertagia fica no abomaso e se alimenta de sangue.
Thrichostrongylus fica no abomaso e se alimenta de sangue.
Cooperia fica no intestino delgado e se alimenta de sangue, muco e quimo (nutrientes da dieta).
Nematodirus fica no intestino delgado e se alimenta de quimo e muco.
Strongyloides fica no intestino delgado e se alimenta de sangue.
Moniezia fica no intestino delgado e se alimenta de quimo
Oesophagostomum fica no intestino grosso e se alimenta de quimo.
Doenças parasitárias
Haemoncose – hipoproteinemia (baixa proteína sanguínea), edema submandibular (acúmulo de linfa), mucosas hipocoradas (brancas), anemia, fase 3 da larva no abomaso.
Eimeriose – Fase 3 da larva do protozoário, diarreia, desidratação e melena (fezes com sangue). Os cistos ficam na mucosa intestinal e destroem os vilos do intestino causando diarreia.
Oestrose – Larva na fase 1 da mosca Oestrus Ovis, falso caminho, causando sinusite / encefalite. Conhecida como doença do verão (tempo quente e úmido).
O tratamento para essas doenças consiste em vermifugação com suplementos, como o antibiótico e o antiprotozoário para melhorar a microbiota do animal. 
Método de vermifugação
*Tempo fixo – cada 28/30 dias.
*Controle pelo OPG (exame de fezes que detecta verminoses) a cada 15/30 dias;
*Dosificações estratégicas.
*Método famacha.
*Supernutrição (uso de proteína na dieta).
Qual é o melhor vermífugo?
*O que se sobressai em teste de resistência.
*Melhor relação custo/ beneficio.
*Baixa toxicidade.
Principais enfermidades
*Necrobacilose podal.
*Ceratoconjuntivite.*Linfadenite caseosa (zoonose infectocontagiose).
*Brucelose (zoonose infectocontagiose).
*Ectima contagioso
*Enterotoxemia.
*Mastite.
*Urolitíase (obstrução).
*Fotossensibilização.
Necrobacilose podal
Conhecida como foot rot, pé podre, manqueira ou broca.
Acomete ovinos, caprinos e bovinos de todas as idades e raças e se caracteriza por inflamação dos tecidos sensíveis dos pés e ocasiona claudicação grave.
Agentes causadores: Fusobacterium necrophorum (hab. Do sistema digestivo), Dichelobacter Nodosus (ovinos), Dichelobacter melaninogenicus (bovinos).
Acontece mais em primavera e períodos chuvosos (umidade).
É uma doença regional de grande importância em pequenos ruminantes.
A transmissão ocorre quando o animal infectado pelo agente fica aglomerado com outros animais no pasto, infectando-os também.
O parasito F. necrophorum presente no espaço interdigital causa lesões iniciais típicas de pododermatite na camada cornificada, casco mole e na epiderme, facilitando o desenvolvimento do parasito D. nodosus. A lesão progride para a parte posterior do casco promovendo o deslocamento, podendo disseminar para cápsulas articulares e osso. 
Sinais clínicos: claudicação grave, crescimento dos talões (achinelamento), hiperplasia interdigital, úlceras de sola ou talão, abcessos de sola, queda da lã, febre, sepse, pneumonia secundária (animal fica com o focinho no chão para não apoiar as patas devido a dor).
Tratamento: Lavar com água e sabão, fazer casqueamento, curetagem profunda, água oxigenada (bactéria vive em anaerobiose), substancia cáustica com sulfato de cobre ou zinco, curativo diário, utilizar botinha de esparadrapo. Se a curetagem for profunda, trocar a cada 2 dias e utilizar loção cicatrizante ao invés de iodo. Antibiótico caso necessário.
Controle e profilaxia: Diminuir contato com excesso de umidade. Comprar animais sadios e fazer quarentena na chegada à propriedade. Tratamento e isolamento dos enfermos. Pedilúvio com sulfato de zinco ou formol. Casqueamento periódico. Melhora em manejos, menos estresse e lesões no animal. Vacinação – footvac (não é muito utilizada).
Ceratoconjuntivite
Também conhecida como queratoconjuntive, mal do olho, doença do olho branco, pink eye.
É uma doença estacional infecciosa contagiosa, regional (cosmopolita), afeta todas as idades, tendo prevalência elevada em confinamentos, mais comum no verão e outono no Brasil e de baixa mortalidade, sendo de grande importância econômica. 
Fatores pré determinantes: fotoexposição dos animais, irritação causada por poeira, ressecamento da superfície corneal (vento excessivo no transporte), ação mecânica dos pastos secos, moscas e outros vetores, superlotação, deficiência de alimentos verdes.
Parasitos: Bactérias: Micoplasma conjuntivae, Moraxella spp, Listéria spp, Clamydia psittacci ovis. Vírus: Herpesvírus. Fungos: Aspergillus. 
Inicialmente começam as lesões traumáticas no olho abrem porta para entrada dos parasitos. As cepas produzem fímbrias e exotoxinas responsáveis pela manifestação patológica. A enfermidade inicia-se quando o agente, componente da microbiota ocular do animal, sintetiza as fímbrias de aderência. Essas fímbrias reconhecem receptores específicos presentes na conjuntiva lacrimal e córnea, fixando-se a eles.
As exotoxinas iniciam a lesão celular desencadeando um processo inflamatório que provoca edema de córnea e migração de células inflamatórias causando opacidade corneal, perda parcial da visão, epífora (lacrimejar), bleforoespasmo (sensibilidade para abrir o olho), endema de conjuntiva, fotofobia e úlcera corneal.
Em casos mais graves causam ruptura do globo ocular com cegueira permanente. 
Causa queda na produção.
Diagnóstico
- Anamnese.
- Verificar os fatores determinantes e pré determinantes.
Laboratorial: Swab estéril e raspagem da conjuntiva
Tratamento de eleição
- Antibiótico de baixo peso molecular subconjuntival com injeção de insulina, repete após 72hs da 1ª aplicação se necessário, com ajuda de colírio anestésico (tetracaína).
- Utilizar corticoides somente na ausência de úlcera córnea.
- Acetilcisteína para combater a colagenase (ausência de colágeno).
- Aplicar vit A e E.
Medidas
-Isolamento dos enfermos.
-Tratar sempre os dois olhos.
-Tratar todo o rebanho como prevenção.
Profilaxia
Diminuir o número de moscas circulantes.
Evitar superlotações.
Alimentação verde (vit A)
Aumentar a granulometria da ração
Vacina Kevac 
Perdas econômicas
Surtos de certatoconjuntivite infecciona ovina e caprina em uma propriedade média, mesmo bem conduzidos em relação as medidas curativas, podem absorver cerca de 30% da mão-de-obra existente, redução no crescimento e desenvolvimento e até 20% e custos de medicação.
Perdas indiretas incalculáveis na reprodução.
Diagnóstico de úlcera de córnea
- Teste de fluoresceína.
- Pingar no olho duas gotas de fluoresceína.
- Massagear as pálpebras por 30 segundos.
- Retirar o excesso com solução fisiológica e observar um pigmento verde na córnea, caso o animal esteja com úlcera.
Diagnóstico diferencial (doenças com sintomas parecidos com ceratoconjuntivite)
- Conjuntivite traumática.
- Carcinoma de células escamosas ou espinocelular.
- Entrópio e ectrópio.
- Fotossensibilização.
- Cegueira cortical – poliencefalomalácia.
Entrópio
- Característica congênita
- Pode afetar até 80% dos cordeiros entre 1 e 3 semanas.
- É frequentemente bilateral e, se não for corrigido resulta em ulceração e vascularização de córnea.

Outros materiais