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26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia Antonio Carlos Maia Jr. antonio.maia@fleury.com.br 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia • Não existe conflitos de interesse nesta apresentação 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia INTRODUÇÃO • Lesões nodulares da tiroide são extremamente comuns • Prevalência de até 68% da população adulta Ann Inter Med 1997;126(3): 226-31 • Evolução tecnológica e disponibilidade do método (USG) • Exames de USPESC e USPESCD (Grupo Fleury) – 1837 pacientes na semana passada • PAAFs são procedimentos simples e resolutivos Endocrine 2016;53: 651-61 • Maioria dos nódulos são benignos • 6-13% tem citologia maligna (literatura) • Fleury: 6,1% (B-IV e B-V) • Procedimentos PUNCTIR (Grupo Fleury): 765 pacientes no mês passado • Clinical Endocrinology & Metabolism. 2002;87(5):1941-46 • Thyroid. 2004;14(11):953-8 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia SELEÇÃO DE PACIENTES PARA PUNÇÃO • Nem todo nódulo detectado necessita de PAAF • Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia • Nódulos > 1,0 cm (sólido/hipoecogênico) • 0,5 - 1,0 cm nos pacientes com alto risco de malignidade ou com achados ecográficos suspeitos http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27302013000400002 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE TIROIDE • Aumento progressivo da incidência • Risco estimado de 1,08/100 mil homens e 5,70 /100 mil mulheres http://www.inca.gov.br • Padrão de crescimento das taxas de incidência na maioria dos países (cerca de 1% ao ano) • Diferenças na incidência em populações com diferentes níveis socioeconômicos 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia INCIDÊNCIA DE CÂNCER DE TIROIDE N Engl J Med. 2016 Aug 18;375(7):614-7 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia PAPEL DOS ESTUDOS DE USG • Guidelines da American Thyroid Association • Há realmente nódulo que corresponda à palpação? • Qual o padrão ecográfico do nódulo? • Há linfonodomegalias suspeitas? • Orientar a investigação do nódulo com características suspeitas 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia PARÂMETROS DE RISCO PARA MALIGNIDADE Ultrassonográficos Presença de microcalcificações Contornos irregulares e mal definidos Hipoecogenicidade Halo irregular e incompleto Grandes dimensões / Crescimento vertical Hipervascularização ao estudo Doppler Grandes lesões císticas com vegetações Linfonodomegalia ipsilateral Clínicos História familiar de câncer de tiroide Homem < 40 anos / Criança Rápido crescimento Fixo, endurecido e irregular à palpação Linfonodomegalias palpáveis ipsilateral Rouquidão – paralisia de corda vocal História de tratamento RT Polipose colônica, NEM Tipo II 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia PARÂMETROS DE RISCO PARA MALIGNIDADE 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CLASSIFICAÇÃO DE LESÕES NODULARES • Medicina baseada em evidências • Estratificação de parâmetros e a unificação de critérios • Orientação de conduta Parâmetros ecográficos Definir benignidade Diagnosticar neoplasias / lesões foliculares 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CLASSIFICAÇÃO DE LESÕES NODULARES • Estruturação de critérios ecográficos para classificação de lesões nodulares • Benignos / não benignos • Não pretende substituir a análise citológica / histológica • Válida para manejo de patologias em geral • Avaliações pré e pós-operatória • Seguimento de lesões • Adaptação do BI-RADS* à patologia tireoidiana 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CLASSIFICAÇÃO BI-RADS Categoria % Malignidade Achados Mamográficos BI-RADS 1 0% Exame normal BI-RADS 2 0% Benignos BI-RADS 3 2% Provavelmente benígnos BI-RADS 4 30% Suspeitos BI-RADS 5 90% Sugestivos de Malignidade BI-RADS 6 100% Malignos Seguimento Biópsia Cirurgia 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia • Thyroid Imaging, Reporting and Data System • Sistema de classificação dos nódulos de tiroide baseada em critérios USG 1. Frates MC, et al. Radiology 2005;237: 794-800 2. Horvath E, et al. AJ Clin Endocrinol Metab 2009;94:1748-51 3. Park JY, et al. Thyroid 2009;19:1257-64 4. Kwak JY, et al. Radiology 2011;260: 892-9 5. Grant EG, et al. J Am Coll Radiol 2015;12: 1272-9 6. Hoang JK, et al. J Am Coll Radiol 2015;12: 143-50 7. Seo H, et al. Eur Radiol 2015;25:2153-62 8. Russ G. Ultrasonography 2016;35:25-38 9. Shin JH, et al. Korean J Radiol 2016;17:370-95 10. Na DG, et al. Thyroid 2016;26:562-72 11. Zayadeen AR, et al. AJR Am J Roentgenol 2016;207:460-9 12. Haugen BR, et al. Thyroid 2016;26:1-133 TI-RADS 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia TI-RADS Horvath E e cols. J Clin Endocrinol Metab. 2009; 94(5):1748-51 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia TI-RADS Horvath E e cols. J Clin Endocrinol Metab. 2009; 94(5):1748-51 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia TI-RADS Radiology. 2011 Sep;260(3):892-9 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia TI-RADS J Am Coll Radiol 2015;12: 1272-9 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia TI-RADS - ACR • Atributos para algoritmo de classificação de risco • Baseado nas características ecográficas definidas no léxico publicado • De fácil aplicação / reprodutível • Capaz de classificar todos os nódulos tireoidianos J Am Coll Radiol. 2017 May;14(5):587-595 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia TI-RADS - ACR • Orientação no manejo de adultos com nódulos tireoidianos • A decisão de executar PAAF também deve explicar a preferência do médico assistente, os fatores de risco do paciente para câncer de tiroide, ansiedade, comorbilidades, expectativa de vida e outras considerações relevantes. J Am Coll Radiol. 2017 May;14(5):587-595 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia TI-RADS - ACR • Sistema de pontuação baseado em critérios ecográficos descritivos J Am Coll Radiol. 2017 May;14(5):587-595 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia COMPOSIÇÃO • Definição: descrição do componente tissular do nódulo • Sólido 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia COMPOSIÇÃO • Definição: descrição do componente tissular do nódulo • Sólido • Predominantemente sólido 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia COMPOSIÇÃO • Definição: descrição do componente tissular do nódulo • Sólido • Predominantemente sólido • Predominantemente cístico 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia COMPOSIÇÃO • Definição: descrição do componente tissular do nódulo • Sólido • Predominantemente sólido • Predominantemente cístico • Cístico 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia COMPOSIÇÃO • Definição: descrição do componente tissular do nódulo • Sólido • Predominantemente sólido • Predominantemente cístico • Cístico • Espongiforme Pontuação: 0 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia COMPOSIÇÃO • Doppler colorido pode ser útil para diferenciar entre nódulo sólido e cístico de conteúdo espesso (hemorrágico) 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia COMPOSIÇÃO • Doppler colorido pode ser útil para diferenciar entre nódulo sólido e cístico de conteúdo espesso (hemorrágico) • Carcinomas são mais frequentemente sólidos • Nódulos sólidos 15 a 27 % de serem neopásicos Radiology 2005;237: 794-800 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia COMPOSIÇÃO • Doppler colorido pode ser útil para diferenciar entre nódulo sólido e cístico de conteúdo espesso (hemorrágico) • Carcinomas são mais frequentementesólidos • Em nódulos mistos classificar pela porção sólida 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia COMPOSIÇÃO • Sólido: 2 pontos • Predominantemente sólido: 1 ponto • Predominantemente cístico 1 ponto • Cístico: 0 pontos • Espongiforme: 0 pontos 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia ECOTEXTURA • Ecogenicidade do componente sólido (não calcificado) do nódulo em relação ao tecido da tiroide adjacente • Hiperecogênico 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia ECOTEXTURA • Ecogenicidade do componente sólido (não calcificado) do nódulo em relação ao tecido da tiroide adjacente • Hiperecogênico • Isoecogênico 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia ECOTEXTURA • Ecogenicidade do componente sólido (não calcificado) do nódulo em relação ao tecido da tiroide adjacente • Hiperecogênico • Isoecogênico • Hipoecogênico 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia ECOTEXTURA • Ecogenicidade do componente sólido (não calcificado) do nódulo em relação ao tecido da tiroide adjacente • Hiperecogênico • Isoecogênico • Hipoecogênico • Acentuada hipoecogenicidade 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia ECOTEXTURA • Hipocogenicidade está associada a lesões malignas. • Os nódulos muito hipoecóicos são suspeitos, critério de baixa sensibilidade, mas especificidade muito alta. • Hipoecogenicidade é mais sensível, mas não tem alta especificidade Radiology. 2008 Jun;247(3):762-70 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia ECOTEXTURA • A ecogenicidade do componente sólido de um nódulo deve ser comparada com tecido adjacente ao nódulo • No contexto da ecogenicidade anormal do tecido tireoidiano manter a mesma premissa descritiva 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia ECOTEXTURA • A ecogenicidade do componente sólido de um nódulo deve ser comparada com tecido adjacente ao nódulo • Se o nódulo é misto, pode ser descrito como "predominantemente" hiperecoico, isoecogênico ou hipoecoico 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia ECOTEXTURA • Hiperecogênico: 1 ponto • Isoecogênico: 1 ponto • Hipoecogênico: 2 pontos • Acentuada hipoecogenicidade: 3 pontos 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia ECOTEXTURA • Hiperecogênico: 1 ponto • Isoecogênico: 1 ponto • Hipoecogênico: 2 pontos • Acentuada hipoecogenicidade: 3 pontos • Indeterminada: 1 ponto 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia MORFOLOGIA • Avaliação da relação dos maiores diâmetros • Horizontal 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia MORFOLOGIA • Avaliação da relação dos maiores diâmetros • Horizontal • Vertical 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia MORFOLOGIA • Orientação vertical tem correlação com malignidade • Redução da compressibilidade do tecido neoplásico • ACR No plano transverso (axial) do paciente Thyroid. 2011 Nov;21(11):1249-53 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia MORFOLOGIA • Horizontal: 0 pontos • Vertical: 3 pontos 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONTORNOS • Limites do nódulo em relação ao tecido adjacente • Liso / regular 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONTORNOS • Limites do nódulo em relação ao tecido adjacente • Liso / regular 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONTORNOS • Limites do nódulo em relação ao tecido adjacente • Liso / regular • Irregular 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONTORNOS • Limites do nódulo em relação ao tecido adjacente • Liso / regular • Irregular • Lobulado 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONTORNOS • Limites do nódulo em relação ao tecido adjacente • Liso / regular • Irregular • Lobulado 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONTORNOS • Limites do nódulo em relação ao tecido adjacente • Liso / regular • Irregular • Lobulado • Extensão extra-glandular 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONTORNOS • Limites do nódulo em relação ao tecido adjacente • Liso / regular • Irregular • Lobulado • Extensão extra-glandular • Contornos indistintos 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONTORNOS • Critério de maior subjetividade • Análise da literatura desafiadora devido à não uniformidade nas definições e à alta taxa de variabilidade interobservador Radiology. 2008 Jun;247(3):762-70 AJR Am J Roentgenol. 2002 Mar;178(3):687-91 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONTORNOS • Liso / regular / indistintos: 0 PONTOS • Irregular: 2 PONTOS • Lobulado: 2 PONTOS • Extensão extra-glandular: 3 PONTOS 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia FOCOS ECOGÊNICOS • Focos ecogênicos intranodulares • Microcalcificações 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia FOCOS ECOGÊNICOS • Focos ecogênicos intranodulares • Microcalcificações 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia FOCOS ECOGÊNICOS • Focos ecogênicos intranodulares • Microcalcificações 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia FOCOS ECOGÊNICOS • Focos ecogênicos intranodulares • Microcalcificações • Macrocalcificações 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia FOCOS ECOGÊNICOS • Focos ecogênicos intranodulares • Microcalcificações • Macrocalcificações 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia FOCOS ECOGÊNICOS • Focos ecogênicos intranodulares • Microcalcificações • Macrocalcificações • Calcificação anelar 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia FOCOS ECOGÊNICOS • Focos ecogênicos intranodulares • Microcalcificações • Macrocalcificações • Calcificação anelar • Artefatos “cauda de cometa” 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia FOCOS ECOGÊNICOS • Microcalcificações: 3 pontos • Macrocalcificações: 1 ponto • Calcificação anelar: 2 pontos • Artefatos “calda de cometa”: 0 pontos 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia FOCOS ECOGÊNICOS DOI: 10.4236/ojrad.2013.33016 Radiology. 2008 Jun;247(3):762-70 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia TI-RADS - ACR J Am Coll Radiol. 2017 May;14(5):587-595 26/09/2017 – Antonio Maia26/09/2017 – Antonio Maia CONSIDERAÇÕES FINAIS • Sistema de fácil aprendizado / aplicação • Eficácia e acurácia documentada • Reprodutibilidade ainda a ser documentada • Concordância inter e intra-observador • Elementos suficientes para implementação do sistema de classificação na rotina de relatórios do Grupo Fleury
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