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Unidade I 
 
 
DIREITO AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Danielle Denny 
 
Princípios 
 Princípio do desenvolvimento sustentável. 
 Princípio do poluidor-pagador. 
 Princípio do usuário-pagador. 
 Princípio da prevenção. 
 Princípio da precaução. 
 Princípio da participação. 
 
 
 
Princípio do desenvolvimento sustentável 
Art. 225, da Constituição Federal: 
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade 
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações.” 
 Meio ambiente = bem de uso comum do povo e essencial à 
sadia qualidade de vida (não é nem público nem privado). 
 Obrigação de todos em defender e preservar o meio ambiente 
para as presentes e futuras gerações. 
Presenter
Presentation Notes
Princípio do Desenvolvimento Sustentável
É a base do Direito Ambiental, sendo consagrado no art. 225 da Constituição Federal de 1988. Alguns autores dividem o caput desse artigo em outros Princípios como o Princípio do Direito à Sadia Qualidade de Vida, por exemplo. 
Quando se afirma que “todos têm direito” ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, depreende-se daí que a utilização do pronome indefinido “todos” teve por objetivo alargar a abrangência da norma, pois não particularizando quem tem o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, evita-se que se excluam quem quer que seja. Vê-se que o meio ambiente é um bem coletivo, cujo uso pode se dar individualmente ou coletivamente, pertencendo, assim, à categoria dos direitos difusos.
 Por “meio ambiente ecologicamente equilibrado”, entende-se a harmonia entre meio ambiente natural, cultural, de trabalho e o homem, visto que a legislação ambiental e a Constituição Federal possuem um caráter antropocêntrico, que coloca, portanto, o homem como destinatário dos direitos fundamentais. Mas, a verdade é que não temos como contestar que o quadro de destruição ambiental compromete a possibilidade de uma existência digna também para a humanidade, pondo em risco a própria vida humana, pois não há como conceber o homem como um ser alheio a natureza. É por isso que as questões ambientais não podem ser deslocadas das sociais, incluindo-se aí o homem, a cultura, o trabalho, etc. O homem é parte da Natureza e por isso dependente da mesma, logo o equilíbrio de um reflete-se no equilíbrio do outro. Em relação à poluição das águas, por exemplo, pode-se dizer que, poluindo-se os rios, em pouco tempo a água não será mais potável, haverá mortandade de peixes e o conseqüente deslocamento das comunidades nativas que utilizavam aquele rio para sua subsistência para os centros urbanos, aumentando o número de desempregados, a criminalidade, sem falar nos riscos de doenças. Esta não é uma regra, mas é uma cadeia de conseqüências causadas pelo desequilíbrio ecológico. E como estes, inúmeros outros exemplos são vistos em todos os instantes. Assim, o equilíbrio ecológico não significa uma inalterabilidade das condições naturais, mas que a harmonia ou a sanidade no seu uso devem ser buscadas não só pelo Poder Público, mas por toda a coletividade.
Por “bem de uso comum do povo”, tem-se outra inovação constitucional, já que o Poder Público passa a figurar não como proprietário de bens ambientais, mas como seu gestor, administrando assim, bens que não são dele e que por isso deve prestar contas sobre sua utilização. Em relação ao termo “como bem essencial à sadia qualidade de vida” percebe-se que ele está interligado ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Logo, a conservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado refletir-se-á na sadia qualidade de vida.
Já por “impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo” se vê que a defesa e preservação são do meio ambiente desejado pela Constituição Federal, ou seja, o ecologicamente equilibrado. Portanto, descumprem-se os preceitos constitucionais quando se permite ou se possibilita o desequilíbrio do meio ambiente. Cabe destacar que, ao Poder Público, esta defesa é obrigação e à coletividade, aqui entendida como sociedade civil, ou seja, as pessoas de modo geral, como também as ONGs, associações e fundações, essa defesa, em geral, é facultativa. Daí depreende-se a importância da conscientização da população acerca destas questões, e não somente no sentido de ficar consciente, mas de, principalmente agir, a fim de que desempenhem seu papel de fiscalizador e mantenedor do equilíbrio ambiental e da ação do Poder Público.
Por fim, o caput do artigo 225 refere-se as “presentes e futuras gerações” traduzindo o que se entende por desenvolvimento sustentado, já que se refere a um conceito de economia que conserva o recurso sem esgotá-lo e não somente com o sentido de solidariedade que comumente se ouve falar em relação a este termo.
 
Princípio do desenvolvimento sustentável 
 Proteção do meio ambiente com o desenvolvimento 
socioeconômico. 
“A pobreza é a pior forma de contaminação.” 
(Indira Ghandi, na Conferência das Nações Unidas 
sobre o Meio Humano, realizada em Estocolmo, em 1972) 
Art. 170, da Constituição Federal: 
“A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho 
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos 
existência digna, conforme os ditames da justiça social, 
observados os seguintes princípios: [...] VI - defesa do meio 
ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme 
o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus 
processos de elaboração e prestação.” 
 
Princípio do poluidor-pagador 
 Aquele que polui tem o dever legal de pagar por isso. 
Art. 3o, inciso IV, da Lei no 6.938/81: 
“Poluidor é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou 
privado, responsável direta ou indiretamente, por atividade 
causadora de degradação ambiental.” 
 Dever de reparar dano ambiental e de assumir custos, 
normalmente suportados pela sociedade, referentes à 
poluição (externalidades negativas), com a implementação de 
medidas preventivas. 
 
 
Princípio do poluidor-pagador 
 Pagamento não confere direito de poluir. 
 Nem isenta responsabilidade de reparar eventuais danos. 
 O poluidor que deve pagar é aquele que tem o poder de 
controle sobre as condições que levam à ocorrência da 
poluição, podendo preveni-las. 
Princípio do usuário-pagador 
 Usuário de recursos ambientais com fins econômicos deve 
pagar pela sua utilização. 
 Trata-se de taxa de uso, uma compensação, retribuição (não é 
punição). 
 Como o meio ambiente é bem de uso comum do povo, se 
houvesse uso gratuito haveria enriquecimento ilícito de uma 
minoria em detrimento da coletividade. 
 Aquele que consumiu, poluiu ou contemplou o bem de uso 
comum do povo obteve um benefício, portanto, deve uma 
retribuição para a coletividade. 
Interatividade 
Com relação à proteção constitucional ao meio ambiente, é incorreto afirmar: 
a) Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio 
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão 
público competente, na forma da lei. 
b) As condutas e as atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e 
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos 
causados. 
c) O princípio da função socioambiental da propriedade autoriza o poder 
público a impor limites ao uso de bens imóveis localizados em área rural, no 
que tange à exploração de seus recursos naturais, não se aplicando, porém, 
tal preceito à propriedade urbana. 
d) O princípio do poluidor pagador impõe ao poluidor a obrigação de recuperar 
e/ou indenizar os danos causados por sua atividade e, ao consumidor, a 
obrigação de contribuir pela utilização dos recursos ambientais. 
e) O princípio dousuário pagador prevê que quem usa recursos ambientais 
com fins econômicos deve pagar pela sua utilização. 
Princípios 
 Princípio do desenvolvimento sustentável. 
 Princípio do poluidor-pagador. 
 Princípio do usuário-pagador. 
 Princípio da prevenção. 
 Princípio da precaução. 
 Princípio da participação. 
Princípio da prevenção 
 (risco – previsível – pode ser mitigado). 
 O objetivo é evitar que o dano ocorra. 
 Pois danos ambientais, na grande maioria das vezes, não têm 
reparação, são irreversíveis, de forma que se torna impossível 
retornar ao status quo ante. 
 Busca possibilitar o desenvolvimento humano, controlando os 
riscos ambientais. 
Princípio da prevenção 
Ancorados nesse princípio estão: 
 EIA/RIMA (Estudo Prévio e Relatório de Impacto Ambiental); 
 manejo ecológico; 
 tombamento; 
 liminares; 
 sanções administrativas; 
 licenças; 
 fiscalizações; 
 autorizações. 
 
 
Princípio da precaução 
 (perigo – não pode ser mitigado – por exemplo: pode causar 
câncer). 
 Na dúvida sobre a periculosidade de certa atividade para o 
meio ambiente, decide-se em favor do meio ambiente. 
 Por esse princípio justifica-se a proibição de determinadas 
atividades cujos perigos sejam desconhecidos. 
 É o caso da proibição da comercialização de produtos 
geneticamente modificados em algumas regiões. 
 Alega-se que por serem desconhecidos, os riscos não podem 
ser mitigados e, portanto, opta-se por proibir a atividade. 
Princípio da participação 
 A defesa do meio ambiente incumbe a toda a sociedade. 
 O resultado de uma omissão participativa é um prejuízo a ser 
suportado pela própria coletividade. 
 Meio ambiente é Direito Difuso. 
Para a efetivação da participação é preciso: 
 informação; 
 educação ambiental. 
 
 
Princípio da participação 
 Só pode participar quem tem consciência ecológica, ou seja, 
recebe educação ambiental e está informado do que está 
acontecendo na atualidade. 
 Os problemas ambientais estão intimamente ligados às 
questões de ordem social e econômica e, portanto, também 
políticas. 
 Vontade política não nasce de geração espontânea, pressupõe 
participação da sociedade. 
Presenter
Presentation Notes
Interatividade 
A respeito dos princípios do Direito Ambiental, assinale a afirmativa incorreta. 
a) A orientação do princípio poluidor-pagador é pela internalização das 
externalidades ambientais negativas das atividades potencialmente 
poluidoras, buscando evitar a socialização dos ônus e a privatização dos 
bônus. 
b) Pelo princípio da prevenção, sempre que houver perigo da ocorrência de um 
dano grave ou irreversível, a ausência de certeza científica absoluta não 
deverá ser invocada como razão para se adiar a adoção de medidas 
eficazes, a fim de evitar a degradação ambiental. 
c) A defesa do meio ambiente é um dos princípios gerais da atividade 
econômica e deve ser observada inclusive mediante tratamento diferenciado 
para produtos e serviços em razão do impacto ambiental decorrente de sua 
produção ou execução. 
d) O artigo 225, da Constituição da República, consagra o princípio da 
intervenção estatal obrigatória na defesa do meio ambiente. 
e) A defesa do meio ambiente incumbe a toda a sociedade. 
Conceito de meio ambiente 
 Meio ambiente definido pela Política Nacional do Meio 
Ambiente, Lei nº 6.938/81: 
“Art. 3o Para os fins previstos nesta lei, entende-se: 
I – meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e 
interações de ordem física, química e biológica, que permite, 
abriga e rege a vida em todas as suas formas.” 
 Meio ambiente natural: solo, água, ar atmosférico, flora e 
fauna. 
 Meio ambiente artificial: espaço urbano. 
 Meio ambiente do trabalho: local das atividades laborais. 
 Meio ambiente cultural: patrimônio histórico, artístico, 
arqueológico, paisagístico, turístico de um povo. 
Direitos transindividuais 
Podem ser exercidos coletivamente via ação civil pública: 
 Direitos difusos = titulares indetermináveis ligados por 
situação de fato, dano é individualmente indivisível. 
 Direitos coletivos = titulares determináveis ligados por uma 
mesma relação jurídica indivisível (como os funcionários de 
uma empresa submetidos à condição insalubre de trabalho). 
 Direitos individuais homogêneos = titulares determináveis de 
interesses divisíveis com uma mesma origem comum. 
Direito difuso 
 Direito Ambiental é direito difuso. 
 Direitos difusos são transindividuais, de natureza indivisível, 
de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por 
circunstâncias de fato. 
 Não podem ser atribuídos a um grupo específico de pessoas, 
dizem respeito a toda a sociedade – se ocorrer qualquer dano 
ao meio ambiente, afetará, direta ou indiretamente, a 
qualidade de vida de toda a população. 
Tutela coletiva 
 A regra é a tutela do interesse individual, mas com o 
surgimento dos problemas em massa titulares são 
indetermináveis. 
 Lei da Ação Civil Pública (Lei no 7.347/85): 
“Art. 5o: A ação principal e a cautelar poderão ser propostas pelo 
Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios. 
Poderão também ser propostas por autarquias, empresa pública, 
fundação, sociedade de economia mista ou por associação que: 
I – esteja constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei 
civil; 
II – inclua entre suas finalidades institucionais a proteção ao 
meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre 
concorrência, ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, 
turístico e paisagístico.” 
Degradação ambiental 
Degradação = alteração adversa. 
 Lei 6.938/81: 
“Art. 3o, II: Degradação da qualidade ambiental é a alteração 
adversa das características do meio ambiente.” 
 Decreto 97.632/89: 
“[...] são considerados como degradação os processos 
resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem 
ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como a 
qualidade ou capacidade produtiva dos recursos ambientais.” 
 
Poluição 
 Poluição = degradação ambiental causada por atividade 
humana. 
 Lei 6.938/81: 
“Art. 3o, III: poluição, a degradação da qualidade ambiental 
resultante de atividades que direta ou indiretamente: 
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população; 
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
c) afetem desfavoravelmente a biota; 
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões 
ambientais estabelecidos.” 
Dano ambiental 
 Dano ambiental é a lesão a um bem ambiental. 
 Decorre de degradação da qualidade ambiental, acima do 
limite do tolerável. 
 Toda atividade humana gera degradação. A administração 
pública determina os limites. 
 Poluição poderá ser lícita ou ilícita. Se autorizada em 
licenciamento será lícita, por exemplo. 
 Quando ultrapassar os limites haverá dano ambiental, que 
será objeto da responsabilidade civil. 
 E quando resultar danos à saúde humana, ou provocar 
mortandade de animais ou destruição da flora, será crime 
ambiental de poluição, art. 54, da Lei 9605/98. 
Interatividade 
Com relação ao direito ao meio ambiente, é correto afirmar: 
a) Caracteriza-se como um direito disponível de qualquer 
cidadão. 
b) Caracteriza-se como um interesse difuso, de natureza 
transindividual. 
c) Caracteriza-se como um interesse difuso, de natureza 
individual. 
d) Caracteriza-se como um interesse privado, de natureza 
disponível. 
e) Caracteriza-se como um interesse difuso, de natureza 
privada. 
Responsabilidade pelo dano ambiental 
 A defesa do meio ambiente deve ser a mais ampla possível. 
Art. 225, da Constituição Federal: 
Ҥ 3oAs condutas e atividades consideradas lesivas ao meio 
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, 
a sanções penais e administrativas, independentemente da 
obrigação de reparar os danos causados.” 
 Responsabilidade total (concomitantemente, sem que uma 
exclua a outra) administrativa, criminal e civil. 
Responsabilidade penal 
Lei no 9605/1998 – Lei de Crimes Ambientais: 
 Crimes contra a fauna (arts. 29 a 37). 
 Crimes contra a flora (arts. 38 a 53). 
 Poluição e outros crimes (arts. 54 a 61) e crimes contra a 
administração ambiental (arts. 66 a 69). 
 Ação pública incondicionada, então cabe ao Ministério 
Público propor a ação penal cabível. 
 Litisconsórcio passivo necessário entre pessoa física e 
jurídica. 
 Não pode processar só pessoa jurídica. 
Responsabilidade penal da empresa 
 O crime ambiental é principalmente corporativo e praticado 
em larga escala. 
 Responsabilidade socioambiental é uma obrigação legal para 
as empresas. 
 A tendência do Direito Penal é romper com o clássico 
princípio societas delinquere non potest (a sociedade não 
pode delinquir), pois o sujeito passivo é toda a sociedade. 
 Penas aplicáveis a pessoas jurídicas: multa, dissolução, 
interdição, suspensão da atividade, confisco, perda de 
benefícios fiscais. 
Responsabilidade civil 
Objetiva: 
 Basta dano e nexo causal. Não precisa comprovar dolo ou 
culpa (imprudência, imperícia ou negligência). 
 Teoria do Risco: todo aquele que desenvolve uma atividade 
que implique risco para outrem, fica obrigado a reparar o dano 
causado, independentemente de culpa. 
 Teoria do Risco da Atividade: todo aquele que desenvolve uma 
atividade com fins de lucro, tem que assumir as 
responsabilidades decorrentes da própria atividade. 
 Possível nascer a obrigação de indenizar independentemente 
da prática de qualquer ato ilícito. 
Responsabilidade civil integral 
 Normalmente em casos de responsabilidade objetiva, há 4 
causas que rompem o nexo causal: 
 caso fortuito; 
 força maior; 
 fato exclusivo da vítima; 
 fato exclusivo de terceiros. 
 Com relação à responsabilidade ambiental, essas causas não 
rompem com o nexo causal, em virtude da teoria do risco 
integral ou do risco criado. 
 Única forma de romper nexo causal é com perícia. 
Responsabilidade civil integral 
 A reparação integral vai compreender não apenas o prejuízo 
causado ao bem ou recurso ambiental, como também toda 
extensão dos danos produzidos em consequência do 
evento danoso. 
Art. 4o, VII, da Lei 6938/81: 
 Obrigação do poluidor de restaurar e/ou indenizar os danos 
causados (prioridade é restaurar). 
 Restauração do bem ambiental lesado é o objetivo precípuo 
do direito ambiental brasileiro, assim, principal opção da 
responsabilidade civil ambiental não é a justa compensação 
da vítima, mas a prevenção do dano ecológico e a 
reintegração dos bens ambientais lesados. 
Responsabilidade imprescritível e solidária com 
inversão de ônus da prova 
 Além da responsabilidade civil ambiental ser objetiva e integral 
presume-se nexo causal e inverte o ônus da prova, pois a 
sociedade é equiparada à vítima do fato do produto e do 
serviço. Art. 17, do CDC. 
 Além disso, é imprescritível e solidária. 
 Solidária mesmo para o adquirente de boa fé (In dubio pro 
natura). Ressarcimento do dano ambiental é obrigação de 
cunho pessoal que advém de direito real (propter rem). 
 Existência digna só é possível se houver meio ambiente 
equilibrado, assim, dano ambiental é imprescritível. É bem 
indisponível e difuso relacionado à dignidade da pessoa 
humana. 
Responsabilidade administrativa 
 Lei 9605/1998: 
“Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação 
ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, 
proteção e recuperação do meio ambiente.” 
 Ocorrência de dano ambiental não é exigida para a consumação 
do tipo administrativo por causa do princípio da prevenção. Basta 
ação ou omissão que infrinja a legislação administrativa. Admite-
se a exclusão da responsabilidade se caso fortuito, força maior, 
fato exclusivo da vítima ou de terceiro. 
 Sanções administrativas: 
“Art. 72 I – advertência; II multa simples; III multa diária; IV – 
apreensão; V – destruição; VI – suspensão de venda e fabricação; 
VII – embargo; VIII – demolição; IX – suspensão de atividades; XI – 
restritiva de direitos.” 
Presenter
Presentation Notes
espécies de penalidade restritiva de direitos: I suspensão de registro, licença ou autorização; II cancelamento de registro, licença ou autorização; III – perda ou restrição de incentivos e fenefícios fiscais; IV – perda linhas de financiamento; V – proibição de contratar com a Adm. Pública pelo período de até 3 anos.
Competência para lavratura do auto de infracao será do órgão licenciador. Autoridade que se omitir na apuração do ilícito ambiental terá corresponsabilidade pela infracao se dela tiver conhecimento e puder agir 
Prazos 20 dias defesa 30 dias julgamento 20 dias recurso a autoridade administrativa superior.
Prescrição da pretensão punitiva de 5 anos. E prescrição de 5 anos para promover execução de multa por infracao ambiental (sumula 467).
Interatividade 
Com relação à responsabilidade por danos ambientais, assinale a opção 
correta: 
a) A responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente, por ser de 
natureza objetiva, exige a caracterização de culpa para efeito de obrigação 
de reparar os prejuízos causados. 
b) Em razão da necessidade de melhor proteção ao meio ambiente, é objetiva 
a natureza das responsabilidades penal e administrativa por danos 
causados a esse bem jurídico. 
c) A responsabilidade civil em matéria ambiental é de caráter objetivo, 
prescindindo-se, para sua caracterização, do elemento culpa e do nexo 
causal entre a conduta e o evento danoso. 
d) A natureza objetiva da responsabilidade civil por danos ambientais 
inspira-se em um postulado de equidade, pois aquele que obtém lucros 
com uma atividade deve responder por eventuais prejuízos dela 
resultantes, independentemente de culpa, sendo igualmente irrelevante 
saber se a atividade danosa é lícita ou ilícita. 
e) Pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de crime ambiental. 
 
 
 
 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
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	Princípios
	Princípio do desenvolvimento sustentável
	Princípio do desenvolvimento sustentável
	Princípio do poluidor-pagador
	Princípio do poluidor-pagador 
	Princípio do usuário-pagador 
	Interatividade 
	Resposta
	Princípios
	Princípio da prevenção
	Princípio da prevenção
	Princípio da precaução
	Princípio da participação 
	Princípio da participação 
	Interatividade 
	Resposta
	Conceito de meio ambiente
	Direitos transindividuais
	Direito difuso
	Tutela coletiva
	Degradação ambiental
	Poluição
	Dano ambiental
	Interatividade
	Resposta
	Responsabilidade pelo dano ambiental
	Responsabilidade penal 
	Responsabilidade penal da empresa
	Responsabilidade civil
	Responsabilidade civil integral
	Responsabilidade civil integral
	Responsabilidade imprescritível e solidária com inversão de ônus da prova
	Responsabilidade administrativa
	Interatividade
	Resposta
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