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Trabalho de Kant AVI 4

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A CRISE DA MODERNIDADE
KANT E A FILOSOFIA CRÍTICA 
Docente: Thompson 
Discente(s): Ângela Patrícia Christian e
Francisca Ariadna Gois de Sousa
 Centro Universitário – Estácio Fic
Curso: Bacharelado em Psicologia 
Emanuel Kant 1724-1804 
 Emanuel Kant desponta, ao lado de Platão e Aristóteles, como um dos mais importantes filósofos da cultura ocidental. Seu trabalho é altamente original, e por isso mesmo encontrou enorme receptividade. As especulações do filósofo foram produzidas num momento crucial do desenvolvimento da filosofia, em um momento em que existia uma tensão entre a aliança do pensamento racional que florescia no continente europeu e o empirismo adotado na Grã-Bretanha. Emanuel Kant tentou realizar um síntese deste dois temas, e sua iniciativa mudou decisivamente o curso da filosofia. Ele reconhecia a justeza da reivindicação dos empiristas quanto à experiência ser a origem de todas as crença. No entanto, não aceitou a conclusão cética de que estas mesmas crença não poderiam ser justificadas.(Livro: 50 grandes filósofos), pg.153).
 Ao mesmo tempo, rejeitou a afirmação racionalista de que verdades factuais sobre o que existe ou não poderiam ser determinadas conclusivamente pelo uso exclusivo da razão. Por conseguinte, ele tomou como sua tarefa descobrir a existência de um conhecimento metafísico, isto é, o conhecimento relacionado a problemáticas tais como a existência de Deus, da imortalidade da alma e sobre a possibilidade dos seres humanos possuírem livre arbítrio. Esta tarefa foi explorada na sua obra Crítica da razão pura, publicada em 1781. (Livro: 50 grandes filósofos), pg.154)
 A Crítica foi imediatamente reconhecida como um trabalho da maior importância. Mas devido ao seu estilo rebuscado e pelo uso de numerosos termos técnicos, sua tradução do alemão tornou-se muito difícil. Consequentemente, a influência de Kant difundiu-se de modo muito lento. A despeito disto, a grandeza de Kant foi verdadeiramente reconhecida em termos da sua importância. Uma ampla articulação entre temas tão diferentes quanto filosofia da religião, moral, arte, história e ciência, bem como epistemologia e metafísica, tem seu lugar na Crítica da razão pura. (Livro: 50 grandes filósofos), pg.154)
 Outros trabalhos rapidamente se sucederam na esteira da publicação desta primeira Crítica: em 1783, os Prolegômenos a toda metafísica futura, uma apresentação simplificada da primeira idéia da Crítica: em 1785, os Fundamentos da metafísica moral; em 1788, a Crítica da razão prática, uma versão ampliada dos fundamentos; em 1790, a Crítica do juízo. Ao longo desses anos, Emanuel Kant também elaborou os Fundamentos metafísicos das ciências naturais. (Livro: 50 grandes filósofos), pg.155)
A Concepção Kantiana de Filosofia
 Seu pensamento é geralmente dividido em duas fases: a pré-crítica, que vai até a Dissertação de 1770, e a crítica, a partir da publicação da Crítica da razão pura (1ª ed.1781).Em sua fase pré-crítica, Kant pode ser considerado um representante típico do chamado “racionalismo dogmático”,caracterizado pela forte influência do “sistema Leidniz-Wolff,”isto é, do predomínio, sobretudo no contexto alemão, da filosofia racionalista inspirada em Leibniz e desenvolvida e sistematizada por Christian Wolff (1679-1754).(Texto:Filosofia Moderna), pg.212).
Segundo ele mesmo nos relata em seus Prolegômenos, foi a leitura de Hume que o despertou de seu “sonho dogmático.” Percebeu, no entanto, a importância das questões levantadas pelos empiristas, destacadamente Hume, e acabou por elaborar uma filosofia que caracterizou como racionalismo crítico, pretendendo precisamente superar a dicotomia entre racionalismo e empirismo. (Texto: Filosofia Moderna), pg.212)
No seu “sono dogmático,” Kant não questionara a capacidade da razão em descobrir verdades que estariam além da experiência; mas, desperto deste sono, o filósofo decidiu entabular um estudo crítico do escopo da razão humana. O filósofo colocou a seguinte questão: “ Algo como a metafísica alguma vez foi possível?.” Ele descreveu o resultado de sua análise como “revolucionário”, porque apoiava-se numa posição que era completamente inversa à de Hume. Em síntese, enquanto Hume argumentara que nossa ideia de causa é derivada em última instância da experiência sensível da regularidade de eventos conjuntos, Kant inverte toda esta questão, argumentando que nós necessitamos do conceito de causa para obter qualquer experiência objetiva. (Livro: 50 grandes filósofos), pg.156)
 Em sua Lógica (Jasche) (Intr.cap III, Ak25), Kant define a filosofia como “a ciência da relação de todo conhecimento e de todo uso da razão com o fim último da razão humana,” caracterizando-se pelo tratamento de quatro questões fundamentais:
O que posso saber? Questão que diz respeito à metafísica, no sentido Kantiano de investigação sobre a possibilidade e legitimidade do conhecimento. 
 O que devo fazer? Cuja resposta é dada pela moral.
O que posso esperar? O problema da esperança, de que trata a religião.
O que é o homem? Objeto da antropologia, à qual em última análise se reduzem as outras três e que é na verdade a mais importante das quatro.
Um dos objetivos fundamentais da filosofia na Crítica da razão pura, que trata da razão teórica, isto é, do uso da razão no conhecimento da realidade, é precisamente estabelecer critérios de demarcação entre o que podemos legitimamente conhecer e as falsas pretensões ao conhecimento, que nunca se realizam. Na visão de Kant (id), a crítica se põe ao dogmatismo, “à pretensão de progredir penas com um conhecimento puro baseado em conceitos (o filosófico), segundo princípios há tempos usados pela razão, sem se indagar contudo de que modo e com que direito ela chegou a eles.Dogmatismo é portanto, o procedimento dogmático da razão sem uma crítica precedente de seu próprio poder.”A tarefa da crítica consiste assim em examinar os limites da razão teórica e estabelecer os critérios de um conhecimento legitimo. (Texto: Filosofia Moderna), pg.213).
Aqui, Kant deseja estabelecer uma distinção que está no centro de sua teoria do conhecimento. Ele diz que aquilo que intuímos nas aparências não são as coisa em si mesma, mas somente as coisas como elas aparecem a nós, em virtude do nosso modo de experiência-las. Coisas em si mesmas não podem ser conhecidas “ mesma se nós pudéssemos trazer nossa intuição ao mais alto grau de clareza”. Ela são causas não-sensíveis daquilo que intuímos. Kant denomina as coisas em si de “objeto transcedental” ou noumenon. Por “transcedental” ele entende “a base de toda experiência” e, em decorrência, sua filosofia é algumas veze chamada de idealismo transcedental”. (Livro: 50 grandes filósofos), pg.157)
O relato de Kant a respeito da recepção passiva das intuições sensíveis descreve o primeiro dos três estágios principais que conjuntamente, no entendimento do filósofo, produzem conhecimento. Kant resume estes estágios do seguinte modo: (Livro: 50 grandes filósofos), pg.157).
	O que deve ser dado primeiro-com uma visão ao conhecimento a priori de todos os objetos-é a diversidade da intuição pura; o segundo fator envolvido é a síntese desta variedade por intermédio da imaginação. Mas mesmo isto não produz conhecimento. Os conceitos que dão unidade a esta síntese pura [...] fornecem o terceiro requisito para o conhecimento de um objeto; ele se apoiam no entendimento. 	
O segundo estágio de aquisição do conhecimento-“a síntese da diversidade”-envolve atividade, em contraste com o recebimento passivo das intuições do primeiro estágio. A síntese une os vários elementos de uma representação de forma que eles possam ser entendidos como um conceito. É o que ocorre quanto, por exemplo, reconhecemos alguma coisa como sendo uma mesa. Os conceitos aplicados nessa síntese derivam da experiência, mas, como afirma Kant, sua aplicação, “ainda não produz conhecimento.”Para obter conhecimento nós necessitamos de conceitos purosdo entendimento; isto é, princípios formais não derivados da experiência, mas presentes na mente a priori. Kant denomina de entendimento a “faculdade de realizar julgamentos.” Os conceitos puros do entendimento são as formas de julgamentos que podem dizer respeito aos conceitos da experiência devem ser julgados de acordo com uma ou outra forma de julgamento produzido pelo conceito puro do entendimento. Neste sentido, experiência subjetivas podem ser transformadas em conhecimento objetivo. (Livro: 50 grandes filósofos), pg.158).
A Crítica da Razão Pura
É na Crítica da razão pura que Kant formula sua concepção de uma filosofia transcendental, i.e., uma investigação que, “ em geral, se ocupa não tanto com objetos, mas com o nosso modo de conhecimento de objetos”(Introdução,sec.VII); a filosofia transcendental, portanto, contém a teoria do conhecimento de Kant, ou seja, sua análise das condições de possibilidade do conhecimento, por meio da qual se pode delimitar a ciência da pseudociência, distinguindo o uso cognitivo da razão, que efetivamente produz conhecimento do real, de seu uso meramente especulativo, em que ao pensamento não correspondem objetos. Pode-se dizer que essa obra consiste, por uma lado, no exame da constituição interna da razão; por outro lado, no exame do seu funcionamento. (Texto: Filosofia Moderna), pg.213).
Ao propor a tese de que os seres humanos estão predispostos a experimentarem o mundo de um modo particular, Emanuel Kant realiza uma importante mudança na doutrina que tinha sido abraçada de uma forma ou de outra por muitos racionalistas e empiristas. Tal doutrina, já mencionada quando tratamos da análise de Hume sobre a máxima causal, postula que qualquer proposição verdadeira é tanto uma verdade de razão quanto uma verdade de fato. Sendo a primeira necessariamente verdadeira por sua negação produzir uma contradição, mas vazia ao não nos informar nada sobre o mundo, e a segunda, estabelecida pela observação, mas só contingencialmente verdadeira. (Livro: 50 grandes filósofos), pg.158).
Hume tinha conduzido sua análise de modo a acomodar a máxima causal na classe das proposições das questões de fato, dispensando proposições metafísica, as quais, não sendo passíveis de inclusão em nenhum classe, são por ele considerado como “sofismas e ilusões.” Porém Kant considerou inadequada a estratégia de Hume, já que abandonara o princípio causal sem qualquer justificativa. A argumentação de Kant estabelece, desde modo, uma terceira classe de proposições, sendo que esta está voltada para as questões de fato. As proposições sobre questões de fato nos dizem algo sobre o mundo, sendo mais sintéticas do que analíticas, e necessárias quanto ao elemento a priori, isto é, um elemento que não é derivado da percepção. (Livro: 50 grandes filósofos), pg.159).
Kant parte da distinção tradicional entre juízos analíticos e juízos sintéticos. Os Juízos analíticos são de caráter lógico, aqueles em que o predicado está contido no sujeito, i.e., não produzem conhecimento, mas simplesmente explicam a definição do sujeito do juízo, como p.ex.: “ Todo triângulo tem três ângulos.” São, portanto, a priori, ou seja, independentes da experiência, universais e necessários, mas não cognitivos. (Texto: Filosofia Moderna), pg.213).
Os Juízos sintético são a posterior, dependem da experiência e constituem uma ampliação de osso conhecimento, tais como “ A água ferve a 100 graus centígrado.”Produzem conhecimento, mas não são universais nem necessários, pois baseiam-se na experiência e, no máximo, resultam de generalizações empíricas. (Texto: Filosofia Moderna), pg.213).
Kant considera entretanto, que a distinção analítico (a priori) / sintético ( a posteriori) é insuficiente para explicar a possibilidade da ciência, pois precisamos dar conta de juízos universais e necessários que ampliem o conhecimento: os juízos sintéticos a priori. (Texto: Filosofia Moderna), pg.213).
Um juízo, para ter valor científico e filosófico ou valor teórico, deve preencher duas condições: 
Deve ser universal e necessário;
 Deve ser verdadeiro, isto é, corresponder à realidade que enuncia. 
 Os juízos analíticos, diz Kant, preenchem as duas condições, mas não os juízos sintéticos. Por quê? Porque um juízo sintético se baseia nos dados da experiência psicológica individual e, como bem mostrou Hume, tal experiência nos dá sensações e impressões que associamos em ideias, mas estas não são universais e necessárias, nem correspondem à realidade.Um juízo analítico não nos traz conhecimento, pois simplesmente repete, no predicado, o conteúdo do sujeito. Somente juízos sintéticos são fonte do conhecimento. Portanto, se quiser realizar metafísica e ciência, temos, primeiro, que provar que são possíveis juízos sintético universais, necessário e verdadeiros e, portanto demonstrar que tais juízos não podem ser empíricos. Dizer que um juízo sintético é universal, necessário e verdadeiro e dizer que não pode ser empírico significa dizer que o juízo sintético filosófico e científico tem que ser um juízo sintético apriorístico ou a priori, isto é, tem que depender de alguma coisa que não seja a experiência. (Livro: Marilena Chauí), pg.232)
A pergunta: “É possível a metafísica”? só poderá ser respondida se, primeiro, for provado que há ou que não pode haver juízos sintéticos a priori sobre as realidades metafísicas, isto é, Deus, alma, mundo, substância, matéria, forma, infinito, finito, causalidade, etc. Em outras palavras, vimos que, graças às formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e dos conceitos a priori do entendimento (as categorias de substância, causalidade, relação, quantidade, qualidade, etc.) possuímos uma capacidade de conhecimento inata, universal e necessária que não depende da experiência, mas se realiza por ocasião da experiência sobre os objetos que esta nos oferece. (Livro: Marilena Chauí), pg.232)
O que é exatamente um juízo? Um juízo é uma afirmação ou um negação referente a propriedades de um sujeito, isto é, a maneira como o conhecimento afirma ou nega o que uma coisa é ou não é. Como a realidade ou o objeto é aquilo que pode ser conhecido através das formas a priori da sensibilidade e dos conceitos a priori do entendimento, um juízo é a afirmação ou a negação da realidade de um objeto pela afirmação ou negação de suas propriedades. (Livro: Marilena Chauí), pg.232)
Kant distinguiu duas modalidades de realidade. A realidade que se oferece a nós na experiência e a realidade que não se oferece á experiência. A primeira foi chamada por ele de fenômeno, isto é, aquilo que se apresenta ao sujeito do conhecimento na experiência, é estruturado pelo sujeito com as formas do espaço e do tempo e com os conceitos do entendimento, é sujeito de um juízo e objeto de um conhecimento. A segunda foi chamada por ele de nôumeno, isto é aquilo que não é dado à sensibilidade nem ao entendimento, mas é afirmado pelo razão sem base na experiência e no entendimento. (Livro: Marilena Chauí), pg.233)
O fenômeno é a coisa para nós ou o objeto do conhecimento propriamente dito, é o objeto enquanto sujeito do juízo. O nôumeno é a coisa em si ou o objeto da metafísica, isto é o que é dado para um pensamento puro, sem relação com a experiência.Ora, só há conhecimento universal e necessário daquilo que é organizado pelo sujeito do conhecimento nas formas do espaço e do tempo e de acordo com os conceitos do entendimento. Se o nôumeno é aquilo que nunca se apresenta à sensibilidade, nem ao entendimento, mas é afirmado pelo pensamento puro, não pode ser conhecido. E se o nôumeno é o objeto da metafísica, esta não é um conhecimento possível. (Livro: Marilena Chauí), pg.233)
A Filosofia Moral de Kant
As principais obras sobre questões éticas, que ele pertencem a outra dimensão de nossa racionalidade, à razão prática e não à razão teórica. São: Fundamentação da metafísica dos costumes (1785), Crítica da razão prática (1788), que tratam da ética no sentido puro, e Metafísica dos costume (1797), que consiste numa tentativa deaplicação dos princípios éticos. (Texto: Filosofia Moderna), pg.217).
Os princípios éticos são derivados da racionalidade humana. A moralidade trata assim do uso prático e livre da razão. Os princípios da razão prática são leis universais que definem nosso deveres. Os princípios morais resultam da razão prática e se aplicam a todos os indivíduos em qualquer circunstância. Pode-se considerar assim a ética Kantiana como a ética do dever, ou seja um ética prescritiva. (Texto: Filosofia Moderna), pg.218).
O objetivo fundamental de Kant é, portanto, estabelece os princípios a priori ou seja, universais e imutáveis, da moral, suas intenções e motivos. O dever consiste na obediência a uma lei que se impõe universalmente a todos seres racionais. Eis o sentido do imperativo categórico (ou absoluto): “Age de tal forma que sua ação possa ser considerada como norma universal.” Os imperativos hipotéticos, por sua vez, têm um caráter prático, estabelecendo uma regra para a realização de fim, como: “Se você quiser ter credibilidade, cumpra suas promessas” (sobre esta distinção, ver Fundamentação da metafísica dos costumes sec..II). (Texto: Filosofia Moderna), pg.218).
Na concepção Kantiana, a razão prática pressupõe uma crença em Deus, na liberdade e na imortalidade da alma, que funciona como ideias ou principio relativos. A crença em Deus é o que possibilita o supremo bem, recompensar a virtude com a felicidade. A imortalidade da alma é necessária, já que neste mundo virtude e felicidade não coincidem, e a liberdade é um pressuposto do imperativo categórico, libertando-nos de nossas inclinações e desejos, uma vez que o dever supõe o poder fazer algo. (Texto: Filosofia Moderna), pg.218).
Foi grande a influência da filosofia Kantiana. O período que se segue à sua morte na Alemanha foi conhecido pela história da filosofia como idealismo alemão pós-Kantiana, devido ao desenvolvimento de sua filosofia por pensadores como Fichtee e Schelling, em um sentido essencialmente idealista. A Crítica do juízo exerceu uma forte influência sobre a estética do romantismo alemão. Hegel criticou a concepção Kantiana de consciência e subjetividade, procurando, no entanto, levar adiante seu projeto de uma filosofia crítica. A Crítica da razão pura foi talvez sua obra mais influente ao longo do séc. XIX e início do séc. XX, pelo modelo de uma teoria do conhecimento que propõe, por sua formulação da questão da possibilidade da fundamentação da ciência e pela demarcação entre o conhecimento e a metafísica, pontos estes que são desenvolvidos sobretudo pelos neokantianos da escola de Marburgo, dentre os quais se destacou Ernst Cassirer (1874-1945). (Texto: Filosofia Moderna), pg.219).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
COLLINSON, Diané. 50 grande Filósofos: da Grécia antiga ao século XX.2. ed. São Paulo: Contexto,2011.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à historia da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstei/Danilo Marcondes. ---6ª ed.---Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed..,2001
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo:Ática, . edição 7ª. São Paulo - Ano de 1996

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