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Gliconeogenese Em mamíferos, alguns tecidos dependem quase completamente de glicose para sua energia metabólica. Para o cérebro humano e o sistema nervoso, assim como os eritrócito, testículos e medula renal e os tecidos embrionários a glicose do sangue é a principal ou a única fonte de combustível. Apenas o cérebro requer em média 120g de glicose por dia. Gliconeogenese que converte em glicose o piruvato e os compostos relacionados, com três e quatro carbonos. As reações são essencialmente as mesmas em todos os tecidos e em todas as espécies. Os precursores importantes da glicose em animais são compostos de três carbonos como o lactato, o piruvato e o glicerol, assim como certos aminoácidos. Em mamíferos, a gliconeogenese ocorre principalmente no fígado, e em menor extensão no córtex renal e nas células epiteliais que revestem internamente o intestino delgado. A gliconeogenese e a glicólise não são vias idênticas correndo em direções opostas, embora compartilhem várias etapas, sete das dez reações enzimáticas da gliconeogenese são o inverso das reações glicoliticas. No entanto três reações da glicólise são essencialmente irreversíveis então podem ser utilizados na gliconeogenese: a conversão de glicose em glicose-6-fosfato pela hexocinase a fosforilação da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato pela fosfofrutocinase-1 e a conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato-cinase. Nas células, essas três reações são caracterizas por uma grande variação negativa de energia livre, enquanto outras reações glicoliticas tem próximo de zero. Assim tanto a glicólise quanto a gliconeogenese são processos irreversíveis nas células. Em animais, as duas vias ocorrem principalmente no citosol, necessitando de regulação reciproca e coordenada. A conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato requer duas ações exergônicas A primeira reação de contorno da gliconeogenese é a conversão de piruvato em fosfoenolpiruvato. Essa reação não pode ocorrer por uma simples inversão da reação as piruvato-cinase da glicólise que tem uma grande variação negativa da energia livre e é, portanto, irreversível em condições que prevalecem nas células intactas. A piruvato carboxilase, uma enzima mitocondrial requer a coenzima biotina, converte o piruvato a oxaloacetato. Piruvato + HCO3 - + ATP Oxaloacetato + ADP + Pi A piruvato carboxilase é a primeira enzima de regulação na via gliconeogenica, necessitando de acetil-Coa como efetor positivo. Como a membrana mitocondrial não tem transportador para o oxaloacetato, antes de ser exportado para o citosol o oxaloacetato formado a partir do piruvato deve ser reduzido a malato pela malato-desidrogenase mitocondrial, com consumo de NADH: Oxaloacetato + NADH + H+ b malato + NAD+ O malato deixa a mitocôndria por meio de um transportador especifico presente na membrana mitocondrial interna no citosol ele é reoxidado a oxaloacetato, com a produção de NADH citosolico: Malato + NAD Oxaloacetato + NADH + H+ O oxaloacetato é então convertido a PEP pela fosfoenolpiruvato-carboxicinase Oxaloacetato + GTP PEP + CO2 + GDP Dois grupos fosfato de alta energia cada uma rendendo em torno de 50 KJ/mol em condições celulares, devem ser gastos para fosforilar uma molécula de piruvato a PEP. A conversão de frutose-1,6-bifosfato a frutose-6-fosfato é o segundo contorno A segunda reação glicolitica que não pode participar da glicogênese é a fosforilação da frutose-6-fosfato pela PFK-1. A formação da frutose-6-fosfato é catalisada pela enzima frutose-1,6-bifosfatase (FBPase-1), que promove a hidrolise essencialmente irreversível de fosfato em C-1. Frutose-1,6-bifosfato + H2O Frutose-6-fosfato + Pi A conversão de glicose-6-fosfato em glicose é o terceiro contorno O terceiro contorno é a reação final da gliconeogenese, a desfosforilaçao da glicose-6- ffosfato para formar glicose. A reação catalisa pela glicose-6-fosfatase não requer a síntese de ATP, sendo a hidrolise simples. Glicose-6-fosfato + H2O Glicose + Pi A glicose então produzida por essa via ou ingerida na dieta é entregue a esses outros tecidos, inclusive o cérebro e os músculos pela corrente sanguínea. A gliconeogenese é energeticamente dispendiosa, mas essencial Para cada molécula de glicose formada a partir do piruvato, seis grupos fosfato de alta energia são consumidos, quatro na forma de ATP e dois na forma de GTP. Além disso, duas moléculas de NADH soa necessárias para a redução de duas moléculas de 1,3- bifosfoglicerto. A síntese de glicose a partir de piruvato é um processo relativamente dispendioso. A maior patê desse alto custo energético é necessária para assegurar a irreversibilidade da gliconeogenese.
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