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Farmacodinâmica Mecanismos Celulares e Moleculares Prof. Romulo Franchini, D Sc. ALVOS PARA A LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS: ASPECTOS MOLECULARES RECEPTORES - CANAIS IÔNICOS - ENZIMAS - TRANSPORTADORES TIPO 1: CANAIS IÔNICOS REGULADOS POR LIGANTES = IONOTRÓPICOS TIPO 2: ACOPLADOS A PROTEÍNA G = METABOTRÓPICOS TIPO 3: LIGADOS A QUINASE e RELACIONADOS e TIPO 4: NUCLEARES* Introdução Estrutura Molecular dos Receptores Estrutura Molecular dos Receptores Estrutura Molecular dos Receptores Considerações Gerais Heterogeneidade Molecular com inúmeras Isoformas e Subtipos. Ex: nACHR cérebro e músculo, r5-HT 14 subtipos clonados; Diferentes respostas farmacológicas e fisiológicas; Trends in Pharmacological Sciences Receptor and Ion Channel Nomenclature Supplement Farmacologia & Biologia Molecular Moléculas proteicas especializadas para formar poros preenchidos por água que se estendem através das membranas Seletividade (tamanho do poro e tipo do íon) x Mecanismo de Comporta x Arquitetura Molecular Na+, K+, Ca2+ e Cl- Regulados por voltagem - Regulados por ligantes Canais de Ca2+ operados por reserva de Ca2+ Tipo 1: Canais Iônicos - Considerações Tipo 1: Canais Iônicos Regulados por Ligantes Receptor Nicotínico ACh Fluxo Na+/K+ Despolarização/Potencial de Ação Tipo 2: Receptores Acoplados à Proteína G (GPCR) Exs.: mAChR, adrenérgicos, dopamina, 5-HT, opiáceos, peptídeos, etc. 7 unidades α-hélice transmembrana Domínio N-terminal extracelular Domínio C-terminal intracelular Proteína G (GPCR) Canais Iônicos, Enzimas Produtos: segundos mensageiros Proteína G (GPCR) 3 Classes Gi, Gs e Gq com vários subtipos das unidades αβγ ADENILATO CICLASE FOSFOLIPASE CANAIS IÔNICOS (direta, sem a presença de 2os mensageiros) ALVOS Proteína G (GPCR) e Adenilato Ciclase outras ações: Divisão e diferenciação celular, transporte de íons, canais iônicos e proteínas contráteis do m.liso Proteína G (GPCR) e Fosfolipases ↑ [Ca2+]intracelular Ação sobre PTNs funcionais, canais iônicos, enzimas, receptores Proteína G (GPCR) Tipo 3: Receptores Ligados à Quinases e Receptores Relacionados *** Mediadores Proteicos, Citocinas, Fatores de Crescimento e Diferenciação Celular , Transcrição Gênica, Hormônios (Insulina) *** Domínio Intra e Extracelular conectado por uma única α-helice Tipo 3: Receptores Ligados à Quinases e Receptores Relacionados *** Tirosinoquinases *** Dessensibilização GPRC (fosforilação e endocitose do receptor) Tipo 4: Receptores Nucleares Hormônios Esteroides e Tireoides, Vitamina D, Retinoides Regulação Transcrição DNA, síntese alterada de proteínas, alteração na expressão de enzimas, efeitos celulares Farmacodinâmica e o Mecanismo de Ação dos Fármacos “O efeito biológico de um fármaco se deve à interação específica com uma determinada biomacromolécula” “Corpora non agunt nisi fixata” Farmacodinâmica e o Mecanismo de Ação dos Fármacos A teoria de HERMANN EMIL FISCHER Induced Fit Theory: Daniel KOSHLAND “complementariedade, encaixe induzido e reconhecimento dinâmico” logo, a explicação não é tão simples assim ... ... GRUPO FARMACOFÓRICO Grupo Farmacofórico: Antagonistas ATII Me-Better Me-Too Me-Too Me-Too Conceitos Relacionados a Inovações Terapêuticas iPDE5 Me-Better*/Me-Too* Me-Too Breakthrough Conceitos Relacionados a Inovações Terapêuticas Os receptores determinam em grande parte as relações quantitativas entre a dose ou concentração de um fármaco e seu efeito farmacológico; Os receptores são responsáveis pela seletividade e especificidade de um fármaco; Os receptores medeiam as ações tanto dos agonistas quanto dos antagonistas; Como a maioria dos fármacos interagem com proteínas ou centros catalíticos enzimáticos, a sequência de resíduos de aminoácidos, a “fenda” tridimensional, os “microambientes inigualáveis” serão determinantes na interação química junto ao receptor; As interações químicas devem ser FRACAS & REVERSÍVEIS: Ligações por Hidrogênio, Iônicas, Van der Waals e Hidrofóbicas Farmacodinâmica e o Mecanismo de Ação dos Fármacos Interações Químicas ... e quando a interação química é FORTE? e como esse medicamentos atuam? Streptococcus mutans TRANSPEPTIDASES ... e quando a interação química é FORTE? * Inibição da ENZIMA TRANSPEPTIDASE BACTERIANA ... e quando a interação química é FORTE? ... e quando a interação química é FORTE? A importância TOXICOLÓGICA ... e quando a interação química é FORTE? ... O que mais poderia influenciar o aspecto molecular da ação de um fármaco? Estereoquímica & Conformação Molecular ... O que mais poderia influenciar o aspecto molecular da ação de um fármaco? Estereoquímica & Conformação Molecular Indústria farmacêutica x Competição x Mercado ... um exemplo clássico... R$ = 8,00 20 mg/28cp R$ = 130,00 20 mg/28 cp Interações Fármaco-Alvo Enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos e RECEPTORES Pequena molécula capaz de se ligar ao receptor causando ou não sua ativação fisiológica: o agonismo e/ou antagonismo Quando tratamos de ALVOS fisiológicos e suas funções reguladoras não é proveitoso associar terminologia agonista/antagonista “Nenhum fármaco é totalmente específico em suas ações. O aumento de sua dose pode afetar alvos diferentes do principal e causar efeitos colaterais” Farmacodinâmica: Interações Fármaco-Receptor Eficácia ZERO Agonista Total: Eficácia 100% Agonista Parcial: Eficácia < 100% Curva Ligação x Concentração Curva Dose x Resposta ou Curva Concentração x Efeito Define a relação entre [Fármaco] e quantidade de fármaco ligado: estimativa da AFINIDADE Fármaco/ Receptor Não define AFINIDADE e sim a RESPOSTA FISIOLÓGICA Dos possíveis candidatos a análogo do diazepam, como vc poderia explicar a atividade da substância número 7? E qual terá maior afinidade pelo receptor? Farmacodinâmica: Interações Fármaco-Receptor Curva Dose x Resposta Hipérbole Curva Sigmóide EFEITO ou RESPOSTA x Log DOSE ou CONCENTRAÇÃO; QUANTO MAIOR A AFINIDADE DE UM FÁRMACO PELO RECEPTOR, MENOR SUA CONCENTRAÇÃO PARA PRODUZIR UM DETERMINADO NÍVEL DE OCUPAÇÃO E EXIBIR A RESPOSTA ANTAGONISMO COMPETITIVO REVERSÍVEL Competição do antagonista x agonista pelo receptor; Não ativação do alvo e ausência de resposta; Semelhança química entre antagonista e agonista; “Antagonismo superável”: ↑↑↑ [agonista] restaura a ocupação do receptor. Norepinefrina Deslocamento da curva dose x resposta para a direita, sem alterar sua inclinação ANTAGONISMO IRREVERSÍVEL Indisponibilidade do receptor para o agonista; ↑ ↑ ↑ ↑ [agonista] não implica em restauração da atividade do receptor e recuperação da resposta; A atividade do antagonista irreversível é mais dependente da taxa de “turnover” (ou renovação) doreceptor do que sua própria eliminação; Deslocamento da curva dose x resposta para baixo e direita, alterando sua inclinação e redução da resposta máxima; = antagonismo pseudo-irreversível ou não-competitivo Exemplos: intoxicações por metais pesados (Hg2+, Cd2+ e Pb2+) & pesticidas organofosforados. ANTAGONISMO IRREVERSÍVEL ANTAGONISMO Reversível x Irreversível Antagonismo Reversível x Irreversível ANTAGONISMO Reversível x Irreversível Agonista TOTAL x PARCIAL Agonistas plenos, resposta máxima e ocupação total dos sítios de ligação Resposta submáxima ou incompleta na ocupação total dos receptores. Curva com perfil semelhante aos antagonistas irreversíveis Agonista TOTAL x PARCIAL MODULAÇÃO ALOSTÉRICA Fármaco se liga a um local diferente do agonista primário alterando a afinidade pelo receptor ANTAGÔNICA x POTENCIALIZADORA ~ Cinética Enzimática Alostérica Dos diferentes padrões de respostas para os Fármacos A, B e C, classifique-os como agonista total, parcial ou antagonista? Ativação do Receptor na ausência do ligante ou por alteração fisiológica constituitiva (hiperexpressão de receptores); Benzodiazepínicos/GABA x Sarmazenil AGONISTA INVERSO O ligante reduz o nível de ativação constitutiva = AGONISTAS INVERSOS; Drogas com eficácia NEGATIVA RESPOSTA CURVA DOSE-RESPOSTA QUANTAL (Populacional) FARMACODINÂMICA Indivíduos Resistentes Indivíduos Hipersensíveis IT C u rv a : D is tr ib u iç ã o N o rm a l G a u s s Potência vs. Eficácia Entre as drogas A e B; C e D diga qual é a mais potente e a mais eficaz? CURVA DOSE-RESPOSTA Farmacologia Toxicologia FARMACODINÂMICA: Índice Terapêutico e Margem de Segurança DESSENSIBILIZAÇÃO ou TAQUIFILAXIA Estimulação contínua dos receptores pelos agonistas leva a ↓↓↓ EFEITO AGONISTA = MODULAÇÃO NEGATIVA (“down regulation”) ou REFRATARIEDADE; TOLERÂNCIA = redução mais gradual na resposta a uma substância; RESISTÊNCIA = perda da eficácia de um fármaco (agentes antimicrobianos e antitumorais) – MDR/Glicoproteína P e MRP CAUSAS: Alteração ou Perda Receptores (Fosforilização ß- arrestinas, Internalização de Receptores, Desacoplamento Receptores x PTN G ) Exaustão de Mediadores Aumento Degradação Metabólica Adaptação Fisiológica Extrusão Ativa da Substância da Célula
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