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DST GONORRÉIA (e outras causadoras de leucorréia) - N. gonorrhoeae, C. trachomatis (sorotipo E-K) Transmissão pelo contágio sexual Período de incubação: 2 a 10 dias Quadro clínico Endocervicite ou cervicite (infecção do tecido granular) Uretrite Vulvovaginite (comum em pós menopausa e em crianças vítimas de abuso sexual) Não tem odor fétido Secreção bastante purulenta Quadro clínico complicado Bartolinite Salpingite Anorretite Faringite Isquenite Oftalmia Disseminação a outros órgãos Sd de Reitter: (geralmente por Gonorréia ou Clamídia) Cervicite ou uretrite Monoartrite infecciosa Conjuntivite (oftalmia) Diagnóstico Bacterioscopia pelo Gram (diplococo GN intracelular) Cultura (meio de Thoyer-Martin) PCR - Papanicolau é inespecífico Diagnóstico de Chlamydia Bacterioscopia direta corada por Giemsa (densas inclusões citoplasmáticas granulosas) Papanicolau (baixa sensibilidade) Histopatológico – Biópsia do linfogranuloma venéreo (granulações e folículos linfóides no estroma) Cultura (em células de McCay) Imunofluorescência direta ELISA e outros imunoensaios: reservados para pacientes de alto risco, podendo associar a fluorescência para aumentar sensibilidade e especificidade Sorologia – Ac anti chlamydia apenas em infecções profundas PCR (baixa sensibilidade na endocérvice) Tratamento para Gonorréia não complicada e Clamídia Emergência (abuso sexual) e Ambulatorial CIPROFLOXACINA 500mg, dose única (pode associar a AZITROMICINA 1g, dose única, quando se pensa em associação com Ureoplasma e Mycoplasma, ou a DOXICICLINA 100mg, 12/12h por 7 dias) Tto para Tricomonas (carreia outras infecções e pode liberá-las quando estoura) SEQUINIDAZOL ou METRONIDAZOL Tratamento para doença disseminada (Gonorréia ou Clamídia) CEFTRIAXONA (por tempo prolongado) Se houver infecção do trato genital alto, deve tratar como DIP Tratamento na gravidez NÃO USAR: Tetraciclina ou Doxiciclina SÍFILIS – Treponema pallidum Transmissão por contágio sexual, hematogênica, via transplacentária, raramente por utensílios pessoais Quadro clínico Evolução Sífilis recente: <1 ano de evolução, engloba formas primária, secundária e a latente Sífilis tardia: >1 ano de evolução, engloba formas latente e terciária Sífilis primária Cancro duro: ulceração única, indolor, limpa, base dura, sem bordas proeminentes. Aparece 10 dias a 1 mês após o contágio, desaparecendo espontaneamente. Pode aparecer em qualquer região. Adenopatia satélite: dura, indolor, sem flogose. Surge 10 dias após o início do cancro. Sífilis secundária Roséolas: fase exantemática. Surge 30 dias após o cancro e desaparece em 45 dias Sífilides papulosas: surge 2 meses após o cancro, em zonas de atrito Condiloma plano: lesões elevadas, em platô, bordos endurecidos, superfície úmida Sífilis terciária Lesões tegumentares, gomas Lesões extrategumentares, oculares, ósseas Lesões viscerais: cardiovascular, neurossífilis Diagnóstico Pesquisa direta em campo escuro Sorologia Ag treponêmicos: para confirmação – FTA-Abs, etc Ag não treponêmicos: VDRL, etc Exame liquórico Hemograma (leucocitose, inespecífico) Tratamento Cancro duro: PEN BENZ 1.200.000U, IM (1 em cada nádega) = 2.400.000U Secundarismo: 2.400.000 x2 (1 injeção), 1x/semana, por 2 semanas = 2 doses Latente, ainda recente: 2 doses Imunodeprimido: 3 doses Tardia: 3 doses Alternativa: Azitromicina 1g, 1x/semana, por 2 semanas = 2.400.000U PEN BENZ (primária e secundária) Gravidez: PEN BENZ Controle de cura Cura: título da sorologia decresce 4 títulos Reinfecção: cura + clínica suspeita e detecção por bacterioscopia direta ou PCR (treponema) ou subida de ≥ 4 títulos da última sorologia efetuada Controle de cura: desaparecimento da sintomatologia em 1-2 semanas e sorologia (VDRL) quantitativa em 3, 6, 12 meses após o tratamento (em gestantes: mensal) CANCRO MOLE – Haemophilus ducreyi (cocobacilo GN) Proporção: 20 homens – 1 mulher (difícil diagnóstico na mulher) Período de incubação: 2-5 dias Quadro clínico Inicia-se por mácula, vesícula ou pústula Úlcera rasa, borda delimitada, escavada, fundo purulento, base mole, lesões múltiplas e dolorosas, auto inoculáveis (espelho) Bubão: unilateral, raro na mulher, que forma fístula por orifício único Cancro de Rollet: associação com sífilis (junto ao cancro duro) – investigado por VDRL e raspado da lesão para pesquisa em campo escuro e Gram) Diagnóstico Clínico (principalmente) Bacterioscopia direta – Gram Cultura (em meio de Agar chocolate) Biópsia (diagnóstico diferencial) Tratamento AZITROMICINA 1g, VO, dose única CEFTRIAXONA 250mg, IM, dose única CIPROFLOXACINA 500mg, VO, 12/12h, por 3-5 dias LINFOGRANULOMA INGUINAL / venéreo – Chlamydia trachomatis (sorotipo L1, L2, L3) Gram negativo intracelular Presente em regiões tropicais e subtropicais Raro contágio acidental Período de incubação 1-2 semanas Quadro clínico 1º estágio: vesícula, pápula que evolui para ulceração na região genital. O sítio de inoculação desaparece rapidamente 2º estágio: síndrome inguinal – bubão inguinal unilateral em bico de regador, com flogose 3º estágio: síndrome urogenital-retal, estiomeno (edema por infiltração linfática e fibrose) Manifestações sistêmicas: via hematogênica/linfática Manifestações tardias: elefantíase da vulva e períneo, estiomeno, retite estenosante Diagnóstico Bacterioscopia direta por Giemsa (corpúsculos de Gama Miyag – inclusões intracitoplasmática) Imunofluorescência Sorologia Biópsia (histopatológico – diagnóstico diferencial) Tratamento DOXICICLINA / TETRACICLINA – 12/12h, por 3 semanas ERITROMICINA - 6/6h, por 3 semanas DONOVANOSE / Granuloma inguinal, ulcerativo, venéreo – Calymatobacterium granulomatis (cocobacilo GN) Não é transmitida apenas por contágio sexual Mais freqüente nos trópicos Período de incubação: 2 semanas a 1 mês Difícil tratamento, curso prolongado Quadro clínico Inicia-se como pápula ou nódulo indolor Evolui para ulceração de fundo amolecido, granulomatoso, avermelhado, de bordas irregulares, bem delimitadas, endurecidas, indolor, com rara linfonodomegalia Podem haver vegetações ou tecido fibroso ( deformidade ou elefantíase Diagnóstico Clínico Cultura Biópsia da borda da lesão: demonstração do corpúsculo de Donovan dentro do histiócito ou macrófago Tratamento SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRINA – 2cp 12/12h – 3 semanas ERITROMICINA CIPROFLOXACINA PAPOVAVÍRUS (Condiloma acuminado) – Papilomavírus humano (sorotipos 6, 11, 16, 18) DNA não cultivável Sorotipo 16 e 18 são cancerígenos Transmissão por contágio sexual, raro acidental Relacionado a resposta imunológica deficiente Período de incubação: 3 semanas a 8 meses, até anos Quadro clínico Lesões papilares, verrucoras, que podem fundir levando ao aspecto de couve-flor Atinge vulva, períneo, uretra, vagina, colo, anus Lesões subclínicas: colo e vagina Papulose bownóide: lesões enegrecidas Diagnóstico Clínico Citologia: células disceratolicas e coilocitóticas, atipia coilocitótica, núcleo alterado (aumentado e com a cromatina densa) Colposcopia (ptns anormais tornam-se brancas pela coagulação pelo ácido acético) Histopatologia Tratamento Ácido tricloroacético (TCA) 50-100%, na vulva somente 5 fluorouracil a 5% (creme) Podofilina purificada Cirurgia (laser, exérese, eletrocauterio, criocauterização, biópsia) Imunoterapia (imiquimoid – local) Prevenção: preservativo e vacina (16 e 18 – Ca de útero; 6,11,16,18 – Ca e verrugas genitais) HERPES SIMPLES GENITAL – HSV 2 (DNA virus, intranuclear, dermoneurotrópico) Contagio sexual ou pelo canal de parto Período de incubação: 3-7 dias Quadro clínico Primoinfecção: quadro grave e sistêmico Infecção recorrente Diagnóstico Clinico Citologia– grandes células multinucleadas em aspecto de vidro fosco, coloração pelo papanicolau Tratamento Primoinfecção : ACICLOVIR – 10 dias Recorrente: ACICLOVIR – 5 dias
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