Buscar

Aula 03 - Embriologia Genital Feminina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

EMBRIOLOGIA GENITAL
Rebecca Noguchi - Aula 03 - Anotações de aula (prof. Esther)
INTRODUÇÃO
	A embriologia do genital feminino se baseia no dobramento do embrião em diferentes fases. Por uma questão didática, dividimos primeiro em embriologia das gônadas, depois em embriologia dos núcleos e, por fim, na embriologia da genitália externa. Todas esses "embriologias" passam por uma fase indiferenciada e depois sofrem uma diferenciação. Toda embriologia se processa por crescimento celular e dobramento do embrião. 
EMBRIOLOGIA DAS GÔNADAS
	O aparelho genital feminino se origina do mesoderma intra-embrionário intermediário. No início do da embriologia, o mesoderma cresce e ocorre então o dobramento crânio-caudal do embrião. Então, ele se divide em 3 partes: paraxial, intermediário e lateral. É o mesoderma intermediário que formará as gônadas e o aparelho urinário. A parte intermediária do mesoderma irá se soltar da parte paraxial e repousar sobre o celoma intra-embrionário. Quando a massa mesodérmica então se abrir, originará proeminências que gerarão, assim, o trato urinário e as gônadas. O aparelho urinário passa pelas fases: pronefro, mesonefro e o metanefro (rim definitivo).
·	Fase Indiferenciada: Quando o embrião está na fase de se dobrar (crânio-caudal), leva com ele o alantoide (estrutura próxima ao mesoderma caudal que será incorporada como intestino primitivo) e, desse alantoide, saem as células germinativas primordiais. Essa é a chamada primeira migração de células germinativas primordiais. Elas se colocam no mesênquima e nas cordas sexuais primárias. Até essa fase, a gônada ainda é indiferenciada. A gônada indiferenciada é formada por um córtex, cordas sexuais primárias e primeira migração de células germinativas. Essa gônada pode evoluir para um testículo ou para um ovário, o que depende do complexo cromossômico do embrião. 
·	Fase Diferenciada Masculina (Testículo): o testículo sofre a primeira diferenciação. O córtex vai se adelgaçando de modo a fechar a corda sexual primária. A primeira migração das células germinativas vai ficar espalhada nessa corda sexual primária (que permanece) e no mesênquima subjacente. O córtex envolve as cordas sexuais primárias, que darão origem aos ductos seminíferos. Já as células da primeira migração originarão as espermatogôneas. O testículo se torna responsável por colaborar com o crescimento do ducto de Wolff.
·	Fase Diferenciada Feminina (Ovários): mesênquima, cordas sexuais primárias e células germinativas da primeira migração desaparecem, podendo deixar resquícios que podem originar tumores masculinizantes. O córtex permanece, mas sofre espessamento e proliferação. Por esse motivo, surgem cordas sexuais secundárias (cordões de Valentin Pfluger) a partir do córtex. Haverá, então, a segunda migração de células germinativas primordiais, que subirão pelo alantoide (intestino primitivo) e vão se alojar nas cordas sexuais secundárias, e ficarão soltas também no parênquima. As células germinativas primordiais da segunda migração vão aumentar de tamanho e se multiplicar, formando as ovogônias. As cordas sexuais secundárias sofrerão partição, e cada pedaço da corda sexual vai envolver uma ou mais ovogônias. Isso origina o processo de formação dos ovários.
EMBRIOLOGIA DOS NÚCLEOS GENITAIS
	Ao mesmo tempo em que ocorre a diferenciação das gônadas, o embrião apresenta dos núcleos: o ducto de Muller (ou paramesonéfrico) e o ducto de Wolff (que corre paralelo). Se for homem, o hormônio anti-mulleriano faz sumir o ducto de Muller e desenvolver o de Wolff. Se for mulher, é o de Wolff que desaparece.
·	Fase Indiferenciada: fase na qual o embrião tem os dois ductos. Os ductos de Muller (paramesonéfricos) se originam do epitélio celomático ou da clivagem dos ductos de Wolff. Os ductos de Wolff (mesonéfricos) se originam do mesonefro (rim intermediário).
·	Fase Diferenciada Masculina: o testículo fetal irá produzir testosterona fetal, que irá desenvolver os ductos de Wolff. A testosterona é transformada em diidrotestosterona (DHT) pela 5-alfa-redutase, e a DHT é responsável pela masculinização da genitália externa. Além disso, as células de Sertoli do testículo fetal produzem também o fator inibidor Mulleriano (hormônio anti-mulleriano), que inibe o desenvolvimento dos ductos de Muller. A dosagem do hormônio anti-mulleriano na mulher é um avaliador de fertilidade, pois indica a quantidade de folículos dela. Na mulher adulta, ele é produzido pelas células da camada granulosa.
·	Fase Diferenciada Feminina: os ductos de Wolff desaparecem (deixando resquícios, como ocorre no caso dos cistos de Gartner), mas os de Muller permanecem. Os ductos de Muller se unem no contralateral e formam o primórdio útero-vaginal na sua porção caudal, e esse primórdio origina o útero parte da vagina e um tubérculo da membrana cloacal. As porções cranial e horizontal dos ductos de Muller originam as tubas uterinas. Inicialmente, os ductos de Muller são sólidos, mas depois ocorre uma reabsorção interna das células, formando assim a luz uterina. Os ligamentos do útero são espessamentos desse epitélio celular.
EMBRIOLOGIA DA GENITÁLIA EXTERNA
	A princípio, tem-se a membrana cloacal. Na membrana cloacal, há uma reentrância de células do mesoderma intermediário que se colocam e formam uma prega cloacal. A prega cloacal se une medianamente a outra e forma a iminência cloacal. Do lado, células do mesoderma intermediário se depositam, para formar a iminência do lábio escrotal. Na hora que o embrião sofre dobramento, vem de cima um septo, que divide a massa em compartimento anal e urogenital. 
·	Fase Indiferenciada (4ª-7ª semana): a membrana cloacal é dividida pelo septo urogenital, originando os compartimentos anal e urogenital, e formando o períneo.
·	Fase Diferenciada: a prega urogenital vai originar os pequenos lábios. A saliência genital, por sua vez, origina os grandes lábios. O tubérculo genital origina o clitóris. Já o hímen se origina no tubérculo de Muller e é formado pelo contato do primórdio útero-vaginal com o seio urogenital.
MALFORMAÇÕES GENITAIS FEMININAS
1.	UTERINAS
·	Agenesia Uterina
a.	útero rudimentar - nódulo sólido
b.	útero em fita fibrosa
c.	agenesia uterina, acompanhada de agenesia de vagina: síndrome de Mayer-Rokitanski-Kuster-Haüser.
·	 Anomalias de aproximação de fusão dos ductos de Muller
a.	útero didelfo: 2 úteros, 2 colos, 2 vaginas
b.	útero pseudo didelfo: 2 úteros, 2 colos, 1 vagina
c.	útero bicorno unicolo: não forma luz até em cima completamente
d.	útero septado: luz formada, mas com um septo
e.	útero subseptado: septo apenas até o meio
f.	útero unicorno: não forma primórdio
g.	útero arquato: não houve formação normal da luz
·	Hipoplasia uterina e útero infantil: não forma primórdio útero-vaginal adequado
2. 	VAGINAIS
·	Agenesia de vagina
·	Ginatresia: estreitamento ou estenose
·	Septo transverso
·	Septo longitudinal
3. GENITAIS EXTERNAS
·	Hímem imperfurado: menstrua, mas sangue não sai, pode formar tumoração que deve ser rompida para escoar o sangue.
·	Coalescência de pequenos lábios: crianças podem fazer mais de uma vez. Resolução com hormônio como o estriol e abertura.

Outros materiais