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Teste de Direito das Sucessões e Inventário

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Teste de Direito das Sucessões e Inventário – 21 de março de 2018
Marco Paulo dos Santos Neto, aluno nº 15963
Curso de Solicitadoria (ED) – ESTIG
Atendendo à noção de direito das sucessões, determine a importância do mesmo para a vida prática do Solicitador e organização do ordenamento jurídico.
Resposta:
A noção de direito das sucessões remete-nos para a ideia existe uma relação jurídica patrimonial (que se mantém estável), onde haverá uma “troca” na titularidade dessa relação, ou seja, alguém irá suceder na posição, antes ocupada pelo autor da sucessão (artº 2024º C.Civil), estamos a falar de elementos do direito das sucessões, como o património e a família, amplamente regulados pela lei, nomeadamente a CRP, sendo necessário referir que o Estado, que tem também a função legislativa (sentido amplo), integra também as classes sucessórias (artº 2133º, nº1,e)) logo, este raciocínio deve-se á forma unitária do nosso ordenamento jurídico, que tem como destinatários os elementos da comunidade jurídica.
Para a vida prática d o Solicitador o direito das sucessões implicará desde logo, aplicar uma das funções do Direito, a prevenção de conflitos, porque caberá ao Solicitador, assessorar juridicamente os seus clientes, para que saibam dos seus direitos e deveres. Por exemplo, O Solicitador deve informar o seu cliente que ao aceitar a herança, poderá estar a aceitar encargos (artº 2068º C.Civil) superiores ao valor da mesma, poderá desta forma aconselhá-lo a repudiar a herança ( artº 2062º C.Civil) e ter atenção que pode haver forma especial para esse efeito (artº 2063º C.Civil). Poderá o Soçicitador ter intervenção no processo de inventário, poderá o Solicitador assessorar cliente que disponha de capacidade testamentária (artº 2188º C.Civil).
Resumindo, o Solicitador dispõe dos conhecimentos legais para prestar os seus serviços no direito das sucessões, porque, estamos a falar de direitos e deveres; pessoas e património.
Tendo em conta as espécies de sucessores previstos na lei, determine e explicite cada uma sumariamente.
Resposta;
 Tentando construir um raciocínio que conduza às espécies de sucessores previstos na lei, considero fulcral referir que pode haver sucessão em vida (verificando-se a transmissão, por negócio jurídico, da titularidade de determinada relação jurídico-patrimonial); havendo, por outro lado, sucessão por morte (a transmissão da titularidade de determinada relação jurídico-patrimonial, só se produzirá com a morte do anterior titular dessa relação).
 A sucessão pode ser legal, resulta da lei, neste caso, falamos de herdeiros (legitimários e legítimos); por outro lado, a sucessão pode ser voluntária, produto de negócio jurídico, neste caso falamos de legatários (legatários testamentários e legatários contratuais) – artº 2026º e artº 2030 do Código Civil.
Quais os elementos mais importantes com o chamamento a uma herança?
Resposta:
Considero que os elementos mais importantes com o chamamento a uma herança são:
Em primeiro lugar, para efeitos de definição da lei competente (artº 62 c.civil) é necessário determinar o lugar e o momento da morte do autor da sucessão (de cuius) – artº 2031º do C.Civil;
Em segundo lugar, de acordo com o artº 2032º do C.Civil, serão chamados à titularidade da relação jurídica patrimonial, os sucessores pelo sua prioridade (artº 2133º C.Civil) e capacidade sucessória (artº 2033º C.Civil)
Na impossibilidade de poder aceitar ou repudiar uma herança, que mecanismo prevalece perante um determinado sucessível se este é pré falecido ao autor da sucessão?
Resposta:
Na impossibilidade de poder aceitar ou repudiar uma herança, o artº 2039º do C.Civil faculta o regime da representação aos descendentes do sucessível que se encontra impossibilitado.
Determine os termos em que se pode aceitar uma herança.
Resposta:
A herança poderá ser aceite de forma tácita ou expressa (artº 2056º C.Civil) e pode ser aceite pura e simplesmente ou ir para o inventário (artº 2052º C.Civil), retroagindo os seus efeitos ao momento da abertura da sucessão (artº 2050, nº 2), claro que quem aceitar a herança, poderá estar a aceitar encargos (artº 2068º C.Civil). Por último, devo referir que o direito à aceitação caduca num prazo de dez anos a contar do conhecimento da abertura da sucessão (artº 2059º C.Civil)

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