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Apostila desenho mecanico 2 Normas de desenho comentadas IMPRESSO

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Desenho Técnico - Agronomia 1
UNIDADE I – HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO DESENHO TÉCNICO 
 
1.1. Conceito de desenho técnico 
 
É a linguagem gráfica em que se expressa e registra as idéias e dados 
para a construção de máquinas e estruturas. Distingue-se do desenho de 
finalidade meramente artística, embora em algumas vezes em desenhos 
artísticos, existam elementos do rigor do desenho técnico. 
Enquanto que o desenho artístico limita-se a representação de formas 
em que predominam as cores, luzes e sombra no desenho técnico limita-se 
unicamente ao contorno dos objetos, não só insinuando a sua intenção 
mas dando informação exata sobre o mesmo. Ou seja, é uma linguagem 
gráfica completa, por meio da qual pode descrever minuciosamente cada 
operação e guardar um registro completo do objeto, para reprodução ou 
reparos. 
 
1.2. Importância de desenho técnico para os cursos de Engenharia 
Agronômica e Engenharia Florestal 
 
Para os profissionais de Engenharia Agronômica e Florestal o desenho 
possui também grande importância, pois representa graficamente de forma 
técnica e padronizada os empreendimentos, equipamentos, estruturas, 
peças, etc. Como exemplo pode-se citar algumas áreas, onde se faz uso do 
desenho técnico: 
Î Agrimensura (mapas, croquis, representações cartográficas, divisão 
de áreas, demarcação de divisas, estradas, etc.); 
Î Construções Rurais (galpões, casas, cocheiras, tesouras, sapatas, 
tambos, estruturas de irrigação e drenagem, açudes, barragens, etc.); 
Î Máquinas e mecanização agrícola (funcionamento de máquinas, 
construção de equipamentos, motores, implementos, etc.); 
Î Parques e jardins; 
Î Climatologia; 
Î Olericultura, etc. 
 
1.3. Objetivo do desenho Técnico para os cursos acima. 
 
Proporcionar ao profissional Engenheiro Agrônomo e Engenheiro 
Florestal o aporte de todas as técnicas, normas e padrões utilizados em 
desenho técnico para que se possa realizar a construção, leitura, 
interpretação e dimensionamento de estruturas e equipamentos 
agriflorestais. 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 2
UNIDADE II – NORMAS BRASILEIRAS DE DESENHO TÉCNICO 
 
2.1. Finalidade e importância 
 
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum 
Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de 
responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de 
Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), 
formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: 
produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros). 
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e 
ONS, circulam para Consulta Pública entre os associados da ABNT e demais 
interessados. 
 
NBR 10.647/1989 – Desenho técnico 
 
2.1. Objetivo 
Esta Norma define os termos empregados em desenho técnico. 
 
2.2. Definições 
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 2.2.1. a 
2.2.6. 
 
2.2.1. Quanto ao aspecto geométrico 
 
¾ Desenho projetivo: desenho resultante de projeções do objeto sobre 
um ou mais planos que fazem coincidir com o próprio desenho, 
compreendendo: 
 
a) vistas ortográficas: figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais 
do objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de modo a 
representar, com exatidão, a forma do mesmo com seus detalhes; 
b) perspectivas: figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre 
um único plano, com a finalidade de permitir uma percepção mais fácil da 
forma do objeto. 
 
¾Desenho não projetivo: desenho não subordinado à correspondência, 
por meio de projeção, entre as figuras que constituem e o que é por ele 
representado, compreendendo larga variedade de representações gráficas, 
tais como: 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 3
 
a) Diagrama: desenho no qual valores funcionais são representados em um 
sistema de coordenadas; 
b) Esquema: figura que representa não a forma dos objetos, mas as suas 
relações e funções; 
c) Ábaco ou nomograma: gráfico com curvas apropriadas, mediante o qual se 
podem obter as soluções de uma equação determinada pelo simples traçado 
de uma ou mais retas; 
d) Fluxograma: representação gráfica de uma seqüência de operações. 
e) Organograma: quadro geométrico que representa os níveis hierárquicos de 
uma organização, ou de um serviço, e que indica os arranjos e as inter-
relações de suas unidades constitutivas; 
f) Gráfico: representado por desenho ou figuras geométricas. É um conjunto 
finito de pontos e de segmentos de linhas que unem pontos distintos. 
 
2.2.2. Quanto ao grau de elaboração 
 
a) Esboço: representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais 
de elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à 
representação de elementos existentes ou à execução de obras; 
b) Desenho preliminar: representação gráfica empregada nos estágios 
intermediários da elaboração do projeto, sujeita ainda a alterações e que 
corresponde ao anteprojeto; 
c) Croqui: desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado 
normalmente à mão livre e contendo todas as informações necessárias à sua 
finalidade; 
d) Desenho definitivo: desenho integrante da solução final do projeto, 
contendo os elementos necessários à sua compreensão. 
 
2.2.3. Quanto ao grau de pormenorização 
 
a) Desenho de componente: desenho de um ou vários componentes 
representados separadamente; 
b) Desenho de conjunto: desenho mostrando reunidos componentes, que se 
associam para formar um todo; 
c) Detalhe: vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo 
complexo. 
 
 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 4
2.2.4. Quanto ao material empregado 
 
Desenho executado com lápis, tinta, giz, carvão ou outro material 
adequado. 
 
2.2.5. Quanto à técnica de execução 
 
Desenho executado manualmente (à mão livre ou com instrumento) ou 
à máquina. 
 
2.2.6. Quanto ao modo de obtenção 
 
a) Original: desenho matriz que serve para reprodução. 
b) Reprodução: desenho obtido, a partir do original, por qualquer processo, 
compreendendo: 
I) cópia - reprodução na mesma escala do original; 
II) ampliação - reprodução maior que o original; 
III) redução - reprodução menor que o original. 
 
NBR 13.142/1999 – Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões 
 
 
Esta Norma padroniza as características dimensionais das folhas em 
branco e pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos. 
Esta Norma apresenta também o leiaute da folha do desenho técnico 
com vistas a: 
a) posição e dimensão da legenda; 
b) margem e quadro; 
c) marcas de centro; 
d) escala métrica de referência; 
e) sistema de referência por malhas; 
f) marcas de corte. 
 
Estas prescrições se aplicam aos originais, devendo ser seguidas 
também às cópias. 
 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 5
OBS: 
a) As Figuras são apresentadas na forma mais simples, servem apenas como 
ilustração; 
b) Esta Norma considera todos os requisitos para reprodução, inclusive 
microfilmagem. 
 
Condições específicas 
Î Formatos 
¾ Seleção e designação de formatos 
 
a) O original deve ser executado em menor formato possível, desde que 
não prejudique a sua clareza; 
b) A escolha do formato no tamanho original e sua reprodução são 
feitas nas séries mostradas em Formatos da série “A”; 
c) As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição 
horizontal como na vertical. 
 
¾ Formatos da série "A" 
 
O formato da folha recortada da série "A" é considerado principal (ver 
Tabela 2.1). 
 
a) O formato básico paradesenhos técnicos é o retângulo de 
área igual a 1 m² e de lados medindo 
841 mm x 1189 mm, isto é, 
guardando entre si a mesma relação 
que existe entre o lado de um 
quadrado e sua diagonal 
2
1=
y
x (F 
2.1). 
Designação Dimensões (mm)
A0 841 x 1189
A1 594 x 841
A2 420 x 594
A3 297 x 420
A4 210 x 297
Tabela 2.1 - Formatos da série "A"
igura
Figura 2.1: Origem dos formatos da série 
“A”. 
 
 
 
b) Deste formato básico, designado por A0 
(A zero), deriva-se a série "A" pela bipartição 
ou pela duplicação sucessiva (Figuras 2.2 e 
2.3). 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 6
¾ Formato especial 
 
Sendo necessário formato fora dos padrões, recomenda-se a escolha 
dos formatos de tal maneira que a largura ou o comprimento corresponda ao 
múltiplo ou submúltiplo ao do formato padrão. 
Nota: Nas dimensões das folhas pré-impressas, quando não recortadas, deve 
haver um excesso de 10 mm nos quatro lados. 
 Figura 2.3: Formatos derivados 
série “A”. 
 
 
 
Figura 2.4: Semelhança geométrica dos 
formatos Série “A”. 
 
Î Legenda 
 
¾ A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de 
tal forma que contenha a identificação do desenho (número de registro, 
título, origem, etc.); deve estar situado no canto inferior direito, tanto nas 
folhas posicionadas horizontalmente como verticalmente. 
¾ A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. Por 
conveniência, o número de registro do desenho pode estar repetido em lugar 
de destaque, conforme a necessidade do usuário. 
¾ A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e 
A2, e 175 mm nos formatos A1 e A0. 
 
 
 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 7
Î Margem e quadro 
 
¾ Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O 
quadro limita o espaço para o desenho. 
¾ As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, 
devem ter as dimensões constantes na Tabela 2.2. 
 
 Tabela 2.2: Largura das linhas e das margens. 
Esquerda Direita
A0 25 10 1,4 mm
A1 25 10 1,0 mm
A2 25 7 0,7 mm
A3 25 7 0,5 mm
A4 25 7 0,5 mm
Margem (mm)Formato Largura da Linha do Quadrado conforme a NBR 8403
 
 
¾ A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no 
arquivamento. 
 
Î Marcas de centro 
 
¾ Nas folhas de formatos de série "A" devem 
ser executadas quatro marcas de centro. Estas 
marcas devem ser localizadas no final das duas 
linhas de simetria (horizontal e vertical) à folha. 
¾ Os formatos fora de padrões, para serem 
microfilmados, requerem marcas adicionais de 
acordo com as técnicas de microfilmagem. 
 
Î Escala métrica de referência 
 
¾ As folhas de desenho podem ter impressa uma escala métrica de 
referência sem os números, com comprimento de 100 mm no mínimo e em 
intervalos de 10 mm. 
¾ A escala métrica de referência deve estar embaixo, disposta 
simetricamente em relação à marca de centro, na margem e junto ao quadro, 
com largura de 5 mm no máximo. Deve ser executada com traço de 0,5 mm 
de largura no mínimo e deve ser repetida em cada seção do desenho. 
 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 8
Î Sistema de referência por malhas 
 
¾ Permite a fácil localização de detalhes nos desenhos, edições, 
modificações, etc. 
¾ Devem ser executadas com traço de 0,5 mm de largura no mínimo, 
começando do contorno interno da folha recortada e estendendo-se 
aproximadamente 0,5 mm, além do quadro. A tolerância da posição de ± 0,5 
¾ O
mm deve ser observada para as marcas. 
 número de 
divisõ
mprimento de 
qualqu
s das malhas devem ser designados por letras 
maiús
s numerais devem iniciar no canto da folha oposto à legenda no 
sentid
s e os numerais devem estar localizados nas margens, 
centra
divisões exceder o número de letras do alfabeto, as 
letras
Î Marcas de corte 
Estas marcas servem para guiar o corte da folha de cópias e são 
execu
es deve ser 
determinado pela 
complexidade do desenho e 
deve ser par. 
¾ O co
er lado do retângulo 
da malha deve ter mais de 25 
mm e no máximo 75 mm, e 
deve ser executado com 
traços contínuos de 0,5 mm 
de largura no mínimo. 
¾ Os retângulo
culas ao longo de uma margem e os numerais ao longo de outra 
margem. 
¾ O
o da esquerda para direita e devem ser repetidos no lado 
correspondente. 
¾ As letra
lizados no espaço disponível, e as letras escritas em maiúsculo de 
acordo com a NBR 8402. 
¾ Se o número das 
 de referência devem ser repetidas (exemplo: AA, BB, etc.) 
 
 
tadas na forma de um triângulo retângulo isósceles com 10 mm de 
lado, ou com dois pequenos traços de 2 mm de largura em cada canto. 
 
 
 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 9
NBR 10.582/1988 – Apresentação da Folha para Desenho Técnico 
 
Esta Norma fixas as condições exigíveis para a localização e disposição 
do espaço para desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e 
respectivos conteúdos, nas falhas de desenhos técnicos. 
 
A folha para o desenho deve conter: 
a) espaço para desenho; 
b) espaço para texto; 
c) espaço para legenda. 
 
Î Espaço para desenho 
 
¾ Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical. 
¾ O desenho principal, se houver, é colocado acima e à esquerda, no 
espaço para desenho. 
¾ Os desenhos são executados, se possível, levando em consideração o 
dobramento das cópias do padrão de desenho, conforme formato A4. 
 
Î Espaço para texto 
 
¾ Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do 
espaço para desenho são colocados no espaço para texto e escritas conforme 
NBR 8402. 
¾ O espaço para texto é colocado a direita ou na margem inferior do 
padrão de desenho. 
¾ Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior, a altura 
varia conforme a natureza do serviço. 
¾ A largura de espaço para texto é igual a da legenda ou no mínimo 
100 mm. 
¾ O espaço para texto é separado em colunas com larguras 
apropriadas de forma que possível, leve em consideração o dobramento da 
cópia do padrão de desenho, conforme formato A4. 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 10
¾ O espaço para texto deve conter as seguintes informações: 
a) explanação; 
b) instrução; 
c) referência; 
d) localização da planta de situação; 
e) tábua de revisão. 
 
 
 
A) Explanação 
 
Informações necessárias a leitura de desenho tais como: 
a) símbolos especiais; 
b) designação; 
c) abreviaturas; e 
d) tipos de dimensões. 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 11
B) Instruções 
 
Informações necessárias a execução do desenho. Quando são feitos 
vários são feitas próximas a cada desenho e as instruções gerais são feitas 
no espaço para texto, tais como: 
a) lista de material; 
b) estado de superfície; 
c) local de montagem e; 
d) número de peças. 
 
C) Referências 
 
Informações referentes a outros desenhos e/ou outros documentos. 
 
D) Localização da planta de situação 
 
A planta de situação é localizada de forma que permaneça visível 
depois de dobrada a cópia do desenho conforme padrão A4 e, inclui os 
seguintes dados: 
1) planta esquemática com marcação da área construída, parte da 
construção etc.: a seta norte é indicada; 
2) planta esquemática da construção com marcação 
de área, etc. 
 
E) Tábua de revisão 
 
A tábua de revisão é usada para registrar a correção alteração e/ou 
acréscimo feito no desenho depois dele ter sido aprovado pela primeira vez. A 
disposição da tábua de revisão e as dimensões em mm é conforme a Figura a 
seguir e, as informações contidas na tábuade revisão são as seguintes: 
 
 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 12
a) designação da revisão (nº ou letra que determina a seqüência da revisão); 
b) referência da malha (NBR 10068); 
c) informação do assunto da revisão; 
d) assinatura do responsável pela revisão; e 
e) data da revisão. 
 
Î Legenda 
 
A legenda é usada para informação, indicação e identificação do 
desenho e deve ser traçada conforme a NBR 10068. 
As informações contidas na legenda são as seguintes: 
a) designação da firma; 
b) projetista, desenhista ou outro, responsável pelo conteúdo do desenho; 
c) local, data e assinatura; 
d) nome e localização do projeto; 
e) conteúdo do desenho; 
f) escala (conforme NBR 8196); 
g) número do desenho; 
h) designação da revisão; 
i) indicação do método de projeção (conforme NBR 10067); 
j) unidade utilizada no desenho conforme a NBR 10126. 
¾ A legenda pode, além disso, ser provida de informações essenciais 
ao projeto e desenho em questão. 
¾ O número do desenho e da revisão são colocados juntos e abaixo, no 
canto direito do padrão de desenho. 
 
2.2. Modo de dobrar as folhas de Desenho Técnico 
 
NBR 13.142/1999 – Desenho Técnico – Dobramento de cópia 
 
Esta Norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de 
desenho técnico. 
 
2.2.1. Referências normativas: 
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem 
citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma. As edições 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 13
indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda 
norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos 
com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais 
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das 
normas em vigor em um dado momento. 
NBR 10068:1987 - Folha de desenho - Leiaute e dimensões - Padronização 
NBR 10582:1988 - Apresentação da folha para desenho técnico - 
Procedimento 
NBR 10647:1989 - Desenho técnico – Terminologia 
 
2.2.2. Definições: 
Para os efeitos desta Norma aplicam-se as definições da NBR 10647. 
 
Requisitos gerais 
— O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos A0, A1, A2 
e A3 deve ser o formato A4; 
— As dimensões do formato A4 devem ser conforme a NBR 10068 (210 x 
297mm); 
— As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda (NBR 
10582); 
— O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, 
de acordo com as medidas indicadas nas figuras 1 a 4; 
— Quando as cópias de desenho formato A0, A1 e A2 tiverem que ser 
perfuradas para arquivamento, deve ser dobrado, para trás, o canto superior 
esquerdo, conforme as figuras 1 a 4; 
— Para formatos maiores que o formato A0 e formatos especiais, o 
dobramento deve ser tal que ao final esteja no padrão do formato A4. 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 14
 
Figura 1: Forma de dobramento e dimensões (mm) para a folha tamanho A0. 
 
 
Figura 2: Forma de dobramento e dimensões (mm) para a folha tamanho A1. 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 15
 
Figura 3: Forma de dobramento e dimensões (mm) para a folha tamanho A2. 
 
 
Figura 4: Forma de dobramento e dimensões (mm) para a folha tamanho A3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 16
2.3. Escalas usadas em Desenho Técnico 
 
DEFINIÇÃO 
 
 
Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar 
representado no papel e sua medida real. 
 
 
Sejam: 
D = um comprimento tomado no terreno, que denominar-se-á distância real 
natural. 
d = um comprimento homólogo no desenho, denominado distância prática. 
Como as linhas do objeto e as do desenho são homólogas, o desenho 
que representa o objeto é uma Figura semelhante a dele, logo, a razão ou 
relação de semelhança é a seguinte: 
 
d 
D 
 
A esta relação denomina-se ESCALA. 
 
2.3.1. Grandes e pequenas 
 
A relação d/D pode ser maior, igual ou menor que a unidade, dando 
lugar à classificação das escalas quanto a sua natureza, em três categorias: 
 
- Na 1ª, ter-se-á d > D (ex: peças mecânicas) 
- Na 2ª, ter-se-á d = D; 
- Na 3ª categoria, que é a usada em Cartografia, Topografia e Geodésia, a 
distância gráfica é menor que a real, ou seja, d < D. 
É a escala de projeção menor, empregada para reduções, em que as 
dimensões no desenho são menores que as naturais ou do modelo. 
 
 
2.3.2. ESCALA NUMÉRICA 
 
 
Indica a relação entre os comprimentos de uma linha no desenho e o 
correspondente comprimento real, em forma de fração com a unidade para 
numerador. 
N
E 1= onde 
d
DN = 
 
Logo, 
dD
E
/
1= 
D
dE = 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 17
 
 
Sendo: 
E = escala; 
N = denominador da escala ou módulo escalar; 
d = distância medida no desenho; 
D = distância real (do objeto, peça, estrutura, etc.). 
 Com isso chega-se a igualdade: 
 
 
D
d
N
=1 
 
 
 As escalas mais usadas em Topografia são: 1:1.000, 1:2.000, 1:5.000 e 
1:10.000. Essas são grandes escalas, também denominadas de topográficas. 
 Exemplo: na escala 1:5.000, significa que 1cm no mapa corresponde a 
5.000 cm ou 5m, no terreno. 
 
OBS: Uma escala é tanto maior quanto menor for o denominador. 
Ex: 1:5.000 é maior que 1:10.000 
 
2.4. Linhas Usadas em Desenho Técnico 
 
NBR 8.403/1984 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – 
Larguras das linhas 
 
Esta Norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para 
uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. 
 
2.4.1. Largura das linhas 
 
Corresponde ao escalonamento 2 , conforme os formatos de papel 
para desenhos técnicos. Isto permite que na redução e ampliação por 
microfilmagem ou outro processo de reprodução, para formato de papel 
dentro do escalonamento 2 , se obtenham novamente as larguras de linhas 
originais, desde que executadas com canetas técnicas, instrumentos 
normalizados, ou através de programas gráficos. 
 
9 A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser 
inferior a 2; 
9 As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, 
dimensão, escala e densidade de linhas no desenho, de acordo com o 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 18
seguinte escalonamento: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 
mm; 
9 Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, 
as larguras das linhas devem ser conservadas. 
 
2.4.2. Espaçamento entre linhas 
 
O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive a 
representação de hachuras) não deve ser menor do que duas vezes a largura 
da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta distância não seja 
menor do que 0,70 mm. 
 
2.4.3. Código de cores em canetas técnicas (Penas) 
 
As canetas devem ser identificadas com cores de acordo com as 
larguras das linhas, conforme segue abaixo: 
a) 0,13 mm - lilás; 
b) 0,18 mm - vermelha; 
c) 0,25 mm - branca; 
d) 0,35 mm - amarela; 
e) 0,50 mm - marrom; 
f) 0,70 mm - azul; 
g) 1,00 mm - laranja; 
h) 1,40 mm - verde; 
i) 2,00 mm - cinza. 
 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 19
2.4.4. Tipos de linhas 
 
Prof. Adriano Luis Schünemann - 2007 
Desenho Técnico - Agronomia 20
UNIDADE IV – INSTRUMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 
 
4.1. Escolha dos instrumentos 
 
 Na escolha dos instrumentos e materiais para desenho, deve-se 
sempre primarem adquirir os que possuem melhor qualidade na praça. Para 
quem espera executar trabalhos profissionais, é um grande erro comprar 
instrumentos de qualidade inferior. Algumas vezes o principiante é tentado a 
adquirir instrumentos baratos para a aprendizagem, na expectativa de 
comprar outros melhores mais tarde. Um bom conjunto de aparelhos 
durará, razoavelmente cuidados, toda uma existência. 
 
 Lista de instrumentos e materiais mais utilizados em desenho técnico: 
 
1) Um estojo com compasso composto; 
2) Prancheta; 
3) Régua T; 
4) Esquadros de 45° e 60°; 
5) Escalímetro ou régua milimetrada; 
6) Lápis de desenho: 6H, 2H, 1B, 3B; 
7) Estilete (para realizar o correto apontamento do lápis, na espessura 
que se deseja realizar o traço); 
8) Borracha macia para lápis; 
9) Papel opaco para desenho; 
10) Papel transparente para desenho; 
11) Fita adesiva com baixa aderência; 
12) Transferidor. 
 
4.2. Conservação 
 
 Para aumentar-se a vida útil dos instrumentos devemos manuseá-los 
com o máximo cuidado possível e armazena-los sempre em seus estojos. A 
limpeza da régua, dos esquadros e do transferidor deve ser feita sempre com 
água e sabão neutro. Nunca utilizar substâncias corrosivas ou derivados de 
petróleo. 
 
 
 
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 Precauções mínimas que devem ser seguidas: 
 ¾ Evitar choques ou queda dos instrumentos; 
 ¾ Nunca desenhar com a aresta inferior da régua T; 
 ¾ Não colocar qualquer das extremidades na boca; 
 ¾ Nunca trabalhar com o lápis com ponta grossa; 
 ¾ Nunca azeitar as articulações do compasso; 
 ¾ Nunca traçar uma linha voltando para traz; 
 ¾ Nunca passar a borracha por todo o desenho depois de terminado; 
 ¾ Deve-se limpar a mesa antes de começar os trabalhos; 
 ¾ Manter os instrumentos sempre limpos. 
 
4.3. Manejo 
 
 O manejo correto dos instrumentos será apresentado em aula prática. 
 
UNIDADE V – TEORIA ELEMENTAR DO DESENHO PROJETIVO 
 
 A totalidade dos dados fornecidos por um profissional da área da 
engenharia inclui a representação da forma do objeto e a indicação do 
tamanho de cada um de seus detalhes. O desenho projetivo trata da 
representação exata das formas dos objetos. 
 Quando se vê um objeto de um ponto qualquer, tem-se, em geral, uma 
idéia clara de sua forma porque: 
1° - se vê quase sempre mais de um lado; 
2° - os efeitos de luz e sombra revelam-nos algo de sua configuração; 
3° - sendo olhado com ambos os olhos o efeito estereoscópio auxilia-nos na 
compreensão de suas formas e dimensões. 
 Em desenho técnico, o terceiro ponto não é considerado, pois o objeto 
é representado como se fosse visto por um só olho. Os efeitos de luz e 
sombra só são representados em casos específicos. 
 
9.1. Projeção ortogonal 
 
 “É o método de representar a forma exata do objeto por meio de 
duas ou mais projeções sobre planos que geralmente se encontram 
segundo ângulos retos, baixando-se perpendiculares do objeto aos 
planos.” 
 
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 Os métodos de representação em desenho técnico, segundo a ABNT – 
NBR 10067, se ressumem a dois diedros: o 1° e o 3° diedro. 
 
 Figura - 1° Diedro Figura - 3° Diedro 
 
 A denominação das vistas pode ser visualizado na figura a seguir: 
 
a) vista frontal (a); 
b) vista superior (b); 
c) vista lateral esquerda (c); 
d) vista lateral direita (d); 
e) vista inferior (e); 
f) vista posterior (f). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posição relativa das vistas no 3º diedro: 
Fixando a vista frontal (A) conforme a Figura a seguir, as posições 
relativas das outras vistas são as seguintes: 
a) vista superior (B), posicionada abaixo; 
b) vista lateral esquerda (C), posicionada à direita; 
c) vista lateral direita (D), posicionada à esquerda; 
d) vista inferior (E), posicionada acima; 
e) vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a 
conveniência. 
 
 
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9.2. Escolha das vistas 
 
9.2.1. Vista principal 
 
A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista 
frontal ou principal. Geralmente esta vista representa a peça na sua posição 
de utilização. 
 
9.2.2. Outras vistas 
 
Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou seções, 
elas devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios: 
a) usar o menor número de vistas; 
b) evitar repetição de detalhes; 
c) evitar linhas tracejadas desnecessárias. 
 
 
 
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9.2.3. Determinação do número de vistas 
 
Devem ser executadas tantas vistas quantas forem necessárias à 
caracterização da forma da peça, sendo preferíveis vistas, cortes ou seções 
ao emprego de grande quantidade de linhas tracejadas. 
 
9.2.4. Vistas especiais 
 
9.2.4.1. Vista fora de posição 
 
Não sendo possível ou conveniente representar uma ou mais vistas na 
posição determinada pelo método de projeção, pode-se localizá-las em outras 
posições, com exceção da vista principal. 
 
9.2.4.2. Vista auxiliar 
 
São projeções parciais, representadas em planos auxiliares para evitar 
deformações e facilitar a interpretação. 
 
9.2.4.3. Elementos repetitivos 
 
A representação de detalhes repetitivos pode ser simplificada. 
 
 
9.2.4.4. Detalhes ampliados 
 
Quando a escala utilizada não permite demonstrar detalhe ou cotagem 
de uma parte da peça, este é circundado com linha estreita contínua, 
conforme a NBR 8403, e designado com letra maiúscula, conforme a NBR 
8402. O detalhe correspondente é desenhado em escala ampliada e 
identificada. 
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9.3. Emprego das linhas; 
9.4. Alfabeto das linhas segundo a ABNT. 
5.2. Traçado de circunferências e elipses. 
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