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HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE

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Hipotálamo e Hipófise
O hipotálamo e a hipófise formam uma unidade que exerce controle sobre a função de várias glândulas endócrinas, e, por conseguinte sobre uma série de funções orgânicas. O controle que o SN exerce sobre o sistema endócrino e a modulação que este efetua sobre a atividade do SNC constituem os principais mecanismos reguladores de basicamente, todos os processos fisiológicos.
No hipotálamo são encontrados neurônios especializados em secretar hormônios, são os chamados neurônios peptidérgicos. Os produtos de secreção dos neurônios peptidérgicos são:
• Peptídeos liberadores ou inibidores dos vários hormônios da hipófise anterior (adeno-hipófise);
• Peptídeos neuro-hipofisários: vasopressina ou ADH e ocitocina, que são sintetizados por neurônios hipotalâmicos e armazenados em terminações axonais presentes no interior da hipófise posterior (neuro-hipófise);
Os neurônios hipotalâmicos que se relacionam com a adeno-hipófise constituem o sistema parvicelular ou túbero-infundibular. Fazem parte desse sistema neurônios curtos cujos corpos celulares encontram-se difusamente distribuídos em certas regiões do hipotálamo, como nos núcleos peri- e paraventriculares, arqueado e área pré-óptica medial. Dessas regiões partem axônios que convergem para a eminência mediana do hipotálamo, onde os vários hormônios liberadores e inibidores são secretados.
Os peptídeos neuro-hipofisários são sintetizados por neurônios hipotalâmicos específicos, que apresentam corpos celulares maiores e longos axônios que se projetam na hipófise posterior. Esses neurônios localizam-se em dois núcleos bem definidos: (1) supra-ópticos e (2) paraventriculares. Desses núcleos partem os axônios que passam pela haste hipofisária e se dirigem à neuro-hipófise, onde estabelecem sinapses nas proximidades dos capilares sinusoides; estes neurônios constituem o trato hipotálamo neuro-hipofisário (trato supra-óptico-hipofisário ou sistema magnocelular). Esse sistema recebe, também, contribuições de pequenos grupos de neurônios magnocelulares acessórios localizados em outros núcleos no hipotálamo.
EMINÊNCIA MEDIANA: a eminência mediana hipotalâmica é a estrutura que representa a interface entre o SN e a adeno-hipófise, sendo o ponto de convergência de informações que partem do SNC em direção ao sistema endócrino. Ela é ricamente vascularizada pelas artérias hipofisárias superiores, que dão origem a um sistema capilar responsável pela coleta dos neuropeptídios secretados. Toda essa região permanece fora da barreira hematoencefálica.
SISTEMA PORTA-HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO (SISTEMA PORTA-HIPOFISÁRIO): é responsável pelo transporte de hormônios do hipotálamo para a adeno-hipófise. Duas redes capilares estão interligadas fazendo com que o sangue coletado na eminência mediana perfunda a hipófise anterior. 
Na eminência mediana e nas porções mais superiores da haste hipofisária, cujo suprimento sanguíneo provém das artérias hipofisárias superiores, observa-se uma densa rede de capilares, os quais se distribuem formando grandes alças. Esses capilares drenam para os vasos que trafegam por toda a haste hipofisária em direção aos capilares sinusoides da adeno-hipófise, sendo por isso denominados de vasos portais longos.
Uma segunda rede de capilares está presente nas porções mais ventrais da eminência mediana, na haste hipofisária e neuro-hipófise (processo infundibular). Essas regiões recebem suprimento sanguíneo das artérias hipofisárias inferiores e são drenadas por capilares portais que se dirigem à adeno-hipófise, passando pela hipófise intermédia; esses capilares, por serem mais curtos são denominados de vasos portais curtos. Por meio dessa via, altas [ ] dos hormônios hipofisários, ADH e ocitocina alcançam a adeno-hipófise, podendo influenciar a secreção local dos hormônios.
HIPÓFISE (PITUITÁRIA):
A glândula pituitária (hipófise) é uma estrutura endócrina pequena (cerca de 0,5g), porém complexa.
O exame microscópico da hipófise revela dois tipos distintos de tecido: um epitelial e outro neural. A parte epitelial é denominada de adeno-hipófise. A adeno-hipófise constitui a porção anterior da glândula e é composta de três partes: (1) pars distalis; (2) pars tuberalis (envolve a haste hipofisária) e (3) pars intermedia. A parte neural é denominada de neuro-hipófise. A neuro-hipófise pode ser dividida em três porções: (1) pars nervosa (lobo neural ou lobo posterior); (2) haste hipofisária ou infundibular e (3) eminência mediana do túber cinéreo (ou infundíbulo).
NEURO-HIPÓFISE:
O lobo neural apresenta grande quantidade de terminações nervosas pertencentes ao trato hipotálamo-neuro-hipofisário, intimamente associadas a uma rica rede de capilares. Nessas terminações nervosas encontram-se armazenados os hormônios neuro-hipofisários: ADH e ocitocina, cujo processo de liberação é desencadeado por potenciais de ação gerados nos corpos celulares desses neurônios.
Os corpos celulares dos neurônios que se projetam para a pars nervosa (lobo neural) estão localizados nos núcleos supra-ópticos (NOS) e nos núcleos paraventriculares (NPV) do hipotálamo. Os corpos celulares desses neurônios são denominados de magnocelulares, e projetam seus axônios para baixo, pela haste infundibular, como tratos hipotalâmico-hipofisários.
SÍNTESE DE ADH E OCITOCINA:
ADH e Ocitocina: são nonapeptídios (nove aminoácidos); possuem estrutura muito similar.
Os dois hormônios são sintetizados no pericárdio das células que constituem os NOS e NPV, como parte de um pró-hormônio, e armazenados em grânulos, que são transportados por fluxo axoplasmático em direção às terminações nervosas localizadas no lobo neural.
No interior dos grânulos de secreção, o ADH e a ocitocina encontram-se associadas a proteínas (neurofisinas). Essas proteínas fazem parte da estrutura do pró-hormônio: neurofisina I associada ao ADH constitui a pró-pressofisina; e, a neurofisina II associada a ocitocina constitui a pró-oxifisina.
Os grânulos secretores são conduzidos pelo interior dos axônios da haste infundibular por meio de um transporte rápido, dependente de ATP, até as terminações axônicas da pars nervosa. Durante o trânsito, os pró-hormônios são clivados proteoliticamente, produzindo quantidades equimolares de hormônio e neurofisina. Os grânulos secretores contendo peptídios totalmente processados são armazenados nas terminações axônicas.
O ADH e a ocitocina são liberados da pars nervosa em resposta a estímulos detectados primeiramente pelos corpos celulares e seus dendritos situados nos NOS e NPV do hipotálamo. Esses estímulos consistem principalmente em NTs liberados de interneurônios hipotalâmicos. A secreção desses hormônios envolve um processo de exocitose. Assim, os hormônios ADH e ocitocina, e também as neurofisinas penetram na circulação periférica, e ambos podem ser quantificados no sangue.
AÇÕES DO ADH E DA OCITOCINA:
ADH (hormônio antidiurético ou vasopressina): controla a excreção de água na urina, ajudando assim a controlar a quantidade da água nos líquidos do organismo;
Ocitocina: auxilia na ejeção do leite pelas glândulas mamárias para o mamilo, durante a sucção e, possivelmente, desempenha papel de auxílio durante o parto e no final da gestação.
ADENO-HIPÓFISE:
 A pars distalis é composta de cinco tipos de células endócrinas que produzem seis hormônios:
Somatotrofos – Hormônio do crescimento humano (GH);
Corticotrofos – Adrenocorticotropina (ACTH)
Tireotrofos – Hormônio estimulante da tireoide (TSH)
Gonadotrofos – Hormônios gonadotrópicos, que compreendem o hormônio folículo-estiulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH);
Lactotrofos – Prolactina (PRL);
EIXOS ENDÓCRINOS: Cada eixo endócrino é composto por três níveis de células endócrinas:
(1) Neurônios hipotalâmicos;
(2) Células da hipófise anterior;
(3) Glândulas endócrinas periféricas;
O 1º. Nível é representado pelos neurônios neuroendócrinos hipotalâmicos que secretam hormônios de liberação. Os hormônios de liberação estimulam (ou, em alguns casos inibem) a produção e a secreçãode hormônios tróficos da glândula hipófise (2º. Nível). Os hormônios tróficos estimulam a produção e a secreção de hormônios das glândulas endócrinas periféricas (3º. Nível). Os hormônios produzidos perifericamente têm duas funções gerais: regula vários aspectos da fisiologia humana e exerce uma retroalimentação negativa sobre a hipófise e o hipotálamo.
A regulação que ocorre no nível hipotalâmico é neuro-hormonal. Há núcleos em várias regiões do hipotálamo, e tais núcleos são coletivamente chamados de região hipofisiotrófica (“estimuladora da hipófise”). Os neurônios desses núcleos possuem corpos celulares pequenos, ou parvicelulares, que projetam axônios para a eminência mediana. Os neurônios parvicelulares secretam hormônios liberadores de suas terminações axônicas; esses hormônios penetram em um plexo primário de capilares fenestrados e são em seguida conduzidos pelos vasos porta hipotalâmico-hipofisários até um segundo plexo capilar localizado na pars distalis.
FUNÇÃO ENDÓCRINA DA ADENO-HIPÓFISE:
CORTICOTROFOS: os corticotrofos estimulam o córtex adrenal como parte do eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA). 
- Eles produzem o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH ou corticotrofina), que estimula a zonas do córtex adrenal;
- O ACTH aumenta de modo abrupto a produção de cortisol e andrógenos adrenais, aumenta a expressão dos genes das enzimas esteroidogênicas, e a longo prazo, promove o crescimento e a sobrevida das comadas do córtex adrenal;
- O ACTH está sob controle do hipotálamo, de onde recebe impulsos estimuladores. Um subgrupo de neurônios parvicelulares expressa a hormônio liberador da procorticotrofina (pró-CRH), que é processado a CRH. O CRH estimula de modo imediato a secreção de ACTH. Os neurônios parvicelulares que expressam o CRH também co-expressam o ADH, que por sua vez, potencializa a ação do CRH;
- A secreção do ACTH tem um padrão diário pronunciado, com um pico no início da manhã e um vale no final da tarde. Além disso, a secreção de CRH, e consequentemente de ACTH ocorre em pulsos;
- O eixo HPA possui vários reguladores, e muitos deles são mediados pelo SNC. Muitos tipos de estresse estimulam a secreção do ACTH. Os efeitos do estresse são mediados pelo CRH, ADH e SNC. A resposta a muitas formas de estresse intenso pode persistir, apesar da retroalimentação negativa desencadeada pelos altos níveis de cortisol. O cortisol exerce uma retroalimentação negativa sobre a hipófise onde inibe a expressão do gene do pró-hormônio e a secreção de ACTH; e também sobre o hipotálamo, onde diminui a expressão do gene pró-CRH e a liberação de CRH. 
TIREOTROFOS: os tireotrofos regulam a função tireoidiana por meio da secreção do hormônio estimulador da tireoide (TSH ou tireotrofina) como parte do eixo hipotalâmico-pituitário-tireoidiano. O TSH liga-se ao seu receptor localizado nas células epiteliais da tireoide e estimula praticamente todos os aspectos da função tireoidiana. Também tem um forte efeito trófico e estimula a hipertrofia, a hiperplasia e a sobrevida das células epiteliais da tireoide. 
Os tireotrofos da hipófise são estimulados pelo hormônio liberador de tireotrofina (TRH). O TRH é produzido por um subgrupo de neurônios hipotalâmicos parvicelulares. Os neurônios produtores de TRH são regulados por numerosos estímulos mediados pelo SNC, e o TRH é liberado segundo um ritmo diário (níveis mais altos durante a noite e mais baixos por volta da hora do jantar). O TRH é regulado por vários tipos de estresse (físico, inanição, infecções) – o estresse inibe a secreção de TRH.
A forma ativa do hormônio tireoidiano, o T3, retroalimenta negativamente os tireotrofos da hipófise e os neurônios produtores de TRH. A T3 inibe tanto a expressão da subunidade beta do TSH quanto a sensibilidade dos tireotrofos ao TRH. Ela também inibe a produção e a secreção de TRH.
Obs.: Níveis elevados de TSH são capazes de produzir um crescimento notável da glândula tireoide, denominado de bócio.
GONADOTROFOS: os gonadotrofos secretam FSH e LH (gonadotrofinas) e regulam a função das gônadas em ambos os sexos. Os gonadotrofos desempenham um papel integrador nos eixos hipotalâmico-pituitário-testicular e hipotalâmico-pituitário-ovariano.
As ações das gonadotrofinas são complexas, mas de modo geral, elas promovem a secreção de testosterona nos homens e a secreção de estrógeno e progesterona nas mulheres. O FSH também aumenta a secreção do hormônio inibina em ambos os sexos.
Tanto a secreção do FSH quanto a do LH são reguladas por um hormônio liberador hipotalâmico, o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH, também conhecido como LHRH). O GnRH é produzido por um subgrupo de neurônios hipotalâmicos parvicelulares. O GnRH é liberado em pulsos, e tanto a secreção pulsátil quanto a frequência dos pulsos têm efeitos importantes sobre os gonadotrofos. A infusão contínua de GnRH promove diminuição dos receptores de GnRH, o que provoca uma diminuição na secreção de LH e de FSH. Por outro lado, a secreção pulsátil não dessensibiliza os gonadotrofos.
As gonadotrofinas aumentam a síntese dos esteroides sexuais. Nos homens a testosterona e o estrógeno exercem uma retroalimentação negativa sobre a hipófise e o hipotálamo. A progesterona exógena também inibe a função gonadotrófica nos homens. Nas mulheres, a progesterona e a testosterona exercem uma retroalimentação negativa sobre a função gonadotrófica hipotalâmica e hipofisária. Em doses baixas, o estrógeno também exerce uma retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH e LH; ao contrário, níveis altos de estrógeno mantidos por 3 dias produzem um pico na secreção de LH e, em menor grau de FSH. Além disso, a inibina exerce uma retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH em homens e mulheres.
SOMATOTROFOS: os somatotrofos produzem o hormônio do crescimento (GH ou somatotrofina) e constituem uma parte do eixo hipotalâmico-pituitário-hepático. O fígado é um alvo importante do GH, pois esse hormônio estimula a produção hepática do IGF-1.
O hipotálamo exerce um controle duplo sobre a secreção de GH. Ele estimula predominantemente a secreção de GH por meio de um peptídeo, o hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH). O GHRH intensifica a secreção de GH e a expressão do gene do GH. O hipotálamo inibe a síntese e a liberação pituitárias de GH por meio do peptídeo somatostatina (a somatostatina também inibe a liberação de TSH). A secreção de GH também é regulada pela grelina, que é produzida principalmente pelo estômago, mas também é expressa no hipotálamo.
A região do hipotálamo onde ocorre a origem da secreção do GHRH é o núcleo ventromedial; essa é a mesma área do hipotálamo sensível à [glicose] no sangue. A secreção de somatostatina é controlada por outras áreas próximas no hipotálamo.
A retroalimentação negativa primária sobre os somatotrofos é exercida pelo IGF-1. O GH estimula a produção de IGF-1 pelo fígado, e o IGF-1, por sua vez, inibe a síntese e a secreção de GH pela hipófise e pelo hipotálamo. O GH também aumenta a liberação de somatostatina.
A secreção de GH exibe ritmos diários pronunciados, com um pico de secreção no início da manhã um pouco antes do despertar. Como é característico dos hormônios da hipófise anterior, a secreção de GH é pulsátil.
A secreção de GH também é regulada por vários estados fisiológicos diferentes. O GH é classificado como um dos “hormônios do estresse”. Ele promove a lipólise, aumenta a síntese de proteínas e antagoniza os efeitos da insulina de reduzir a [glicose] no sangue. O GH é classificado como um hormônio hiperglicemiante, uma vez que a hipoglicemia aguda é um estímulo para sua secreção. A elevação da [ ] sérica de alguns aa também estimula a secreção de GH. Em contrapartida, o aumento da glicose sanguínea ou dos AGL inibe a secreção de GH. Entre outros hormônios que regulam a secreção de GH estão: estrógenos, andrógenos e o hormônio tireoidiano, que intensificam a secreção de GH e IGF-1, bem como a maturação dos ossos.
Funções fisiológicas do Hormônio do Crescimento:
O hormônio do crescimento,ao contrário dos outros hormônios, não age por meio de glândula-alvo, mas exerce seus efeitos, diretamente, sobre todos ou quase todos os tecidos do organismo.
O Hormônio do Crescimento promove o crescimento de diversos tecidos do organismo:
O hormônio do crescimento, também chamado de hormônio somatotrópico ou somatotropina é uma molécula pequena de proteína. Ele provoca o crescimento de quase todos os tecidos do corpo. Promove não só o aumento do tamanho das células e do número de mitoses, mas também promove sua multiplicação e diferenciação específica em alguns tipos celulares, tais como as células de crescimento ósseo e células musculares.
O Hormônio do Crescimento apresenta diversos efeitos metabólicos:
Além de seu efeito de provocar o crescimento propriamente dito, o hormônio do crescimento apresenta diversos efeitos metabólicos específicos, incluindo:
(1) Aumento da síntese proteica;
(2) Aumento da mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo aumento de AGL no sangue aumento da utilização de AG como fonte de energia;
(3) Redução da utilização de glicose pelo organismo.
Assim, o GH aumenta a quantidade de proteínas do corpo, utiliza as reservas de gordura e conserva os carboidratos.
O Hormônio do Crescimento promove a deposição de proteínas nos tecidos:
Esse efeito é obtido através dos seguintes mecanismos:
Aumento do transporte de aminoácidos através das membranas celulares;
Aumento da tradução do RNA para provocar a síntese de proteínas pelos ribossomos;
Aumento da transcrição nuclear do DNA para formar RNA;
Redução do catabolismo das proteínas e dos aminoácidos;
Em resumo: o GH aumenta quase todos os aspectos da captação de aminoácidos e as síntese proteica pelas células e, ao mesmo tempo, reduz a destruição das proteínas.
O Hormônio do crescimento aumenta a utilização das gorduras como fonte de energia:
O GH apresenta efeito específico, ao liberar os ácidos graxos do tecido adiposo. Além disso, nos tecidos do organismo, o GH aumenta a conversão de AG em acetil-CoA e sua utilização como fonte de energia. Consequentemente, sob a influência do GH, a gordura é utilizada como fonte de energia, preferencialmente ao uso de carboidratos e de proteínas.
O Hormônio do Crescimento reduz a utilização dos carboidratos:
Os efeitos provocados pelo GH são:
Diminuição da captação de glicose pelos tecidos;
Aumento da produção de glicose pelo fígado;
Aumento da secreção de insulina;
Cada uma dessas alterações resulta da 	“resistência à insulina”, induzida pelo GH, que atenua as ações da insulina, para estimular a produção e a utilização da glicose pelos músculos esqueléticos e pelo tecido adiposo, e para inibir a gliconeogênese pelo fígado; isso leva a um aumento da [glicose] no sangue e a aumento compensatório da secreção de insulina.
Obs.: A atividade apropriada da insulina e disponibilidade adequada de carboidratos são necessárias para a eficácia do GH.
O Hormônio do Crescimento estimula o crescimento das cartilagens e dos ossos:
Esse efeito resulta de efeitos múltiplos do GH sobre os ossos, incluindo:
(1) Aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas, que causam o crescimento ósseo;
(2) Aumento da reprodução dessas células;
(3) Efeito específico de conversão de condrócitos em células osteogênicas;
Existem dois mecanismos principais do crescimento ósseo:
Em resposta ao estímulo do GH, os ossos longos crescem em comprimento, nas cartilagens epifisárias;
O GH age como forte estimulador dos osteoblastos (os osteoblastos depositam osso novo nas superfícies do osso mais antigo). Consequentemente, os ossos podem continuar a aumentar de espessura durante toda a vida, sob a influência do GH;
O Hormônio do Crescimento exerce grande parte de seus efeitos através de substâncias intermediárias chamadas de somatomedinas (fatores de crescimento semelhantes à insulina):
O GH leva o fígado (e, em muito menor extensão, outros tecidos) a formar diversas proteínas pequenas, chamadas de somatomedinas, que apresentam o efeito potente de aumentar todos os aspectos do crescimento ósseo. As somatomedinas também são chamadas de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs). Pelo menos, quatro somatomedinas foram isoladas, porém a mais importante dentre elas é a somatomedina C (fator de crescimento semelhante à insulina-1, ou IGF-I).
Curta duração da ação do Hormônio do Crescimento mas ação prolongada da Somatomedina C:
O GH tem somente uma ligação fraca com as proteínas plasmáticas. Consequentemente ele é rapidamente liberado do sangue para os tecidos, apresentando meia-vida no sangue inferior a 20 minutos. Já a somatomedina C tem uma ligação forte com uma proteína transportadora no sangue, como resultado, a somatomedina é liberada lentamente do sangue para os tecidos (meia vida em torno de 20 horas). Isso prolonga os efeitos promotores do crescimento dos surtos de secreção de GH.
Regulação da secreção do hormônio do crescimento:
	Estimulam a secreção de GH
	Inibem a secreção de GH
	Diminuição da glicose no sangue
	Glicose sérica aumentada
	Diminuição dos AGL no sangue
	Aumento dos AGL no sangue
	Aumento dos aminoácidos na sangue (arginina)
	Envelhecimento
	Privação ou jejum, deficiência de proteínas
	Obesidade
	Traumatismo, estresse, excitação
	Somatostatina
	Exercícios
	Administração exógena de GH
	Testosterona, estrógeno
	Somatomedinas
	Sono profundo (estágios II e IV)
	
	Grelina
	
LACTOTROFOS: os lactotrofos produzem o hormônio prolactina (PRL). A PRL e o GH têm estruturas similares. A ação primária da PRL nos humanos está relacionada com o desenvolvimento e o funcionamento das mamas durante a gravidez e a lactação.
Os lactotrofos não participam de nenhum eixo endócrino. Isso significa que a PRL age diretamente sobre as células não endócrinas (principalmente da mama) para produzir as alterações fisiológicas.
A produção e a secreção de PRL são controladas principalmente pelo hipotálamo, que exerce sobre elas um efeito inibidor.
A PRL circula não ligada a proteínas séricas, e por essa razão tem uma meia-vida relativamente curta de cerca de 20 minutos.
A PRL é um dos muitos hormônios liberados em resposta ao estresse. Como ocorre com o GH, o sono aumenta a secreção de PRL, que exibe um ritmo diário e pronunciado associado ao sono. Entretanto, diferentemente do GH, a elevação da PRL associada ao sono não está relacionada com nenhuma fase específica do mesmo.
Tabelas com os hormônios:
ADENO-HIPÓFISE:
	Células
	Hormônios
	Química
	Ações fisiológicas
	Somatotropos
	Hormônio do crescimento (GH; somatotropina)
	Cadeia única com 191 aminoácidos
	Estimula o crescimento do corpo; estimula a secreção de IGF-‘; estimula a lipólise; inibe as ações da insulina sobre o metabolismo dos carboidratos e dos lipídios.
	Corticotropos
	Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH; corticotropina)
	Cadeia única com 39 aminoácidos
	Estimula a produção de glicocorticoides e de androgênios pelo córtex adrenal; mantém o tamanho da zona fasciculada e da zona reticular do córtex.
	Tireotropos
	Hormônio estimulante da tireoide (TSH; tireotropina)
	Glicoproteína com duas subunidades, alfa e beta
	Estimula a produção dos hormônios tireoidianos pelas células foliculares da tireoide; mantém o tamanho das células foliculares.
	Gonadotropos
	Hormônio folículo estimulante (FSH)
Hormônio luteinizante
	Glicoproteínas com duas subunidades, alfa e beta
	Estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos; regula a espermatogênese nos testículos . (FSH).
Dá origem à ovulação e à formação do corpo lúteo no ovário; estimula a produção de estrogênio e progesterona pelos ovários ; estimula a produção de testosterona pelos testículos. (LH).
	Lactotropos
Mamotropos
	Prolactina (PRL)
	Cadeia única com 198 aminoácidos
	Estimula a produção e secreção de leite.
HIPOTÁLAMO
	Hormônio
	Estrutura
	Ação primária sobre a hipófise anterior
	Hormônio liberador da tireotropina(TRH)
	Peptídeo com 3 aminoácidos
	Estimula a secreção de TSH pelos tireotropos
	Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH)
	Cadeia única com 10 aa
	Estimula a secreção de FSH e LH pelos gonadotropos
	Hormônio liberador de corticotropina (CRH)
	Cadeia única com 41 aa
	Estimula a secreção de ACTH pelos corticotropos
	Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH)
	Cadeia única com 44 aa
	Estimula a secreção do hormônio do crescimento pelos somatotropos
	Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina)
	Cadeia única com 14 aa
	Inibe a secreção do hormônio do crescimento pelos somatotropos
	Hormônio inibidor da prolactina (PIH)
	Dopamina (uma catecolamina)
	Inibe a secreção de prolactina pelos lactotropos

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