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TRATADOS INTERNACIONAIS
VIRGÍLIO ANDRADE
O TRATADO INTERNACIONAL
 O tratado internacional continua sendo a principal fonte do Direito
Internacional, pois são em maior número e regem as questões mais
relevantes da sociedade internacional, a exemplo das questões dos
direitos humanos, do direito ambiental, da cooperação judicial e das
relações de comércio.
 Também se apresenta como a fonte mais democrática, já que dela
participam diretamente estados e organizações internacionais.
 O consentimento dos estados é o elemento mais essencial desta fonte
de direito internacional, pois representa a vontade de cumprimento,
mesmo quando não haja “ ato jurídico internacional aparente”.
CONCEITO 
 Hildebrando Acciolly: “ato jurídico por meio do qual se
manifesta o acordo de vontade entre duas ou mais pessoas
internacionais.“
 Francisco Rezek: “acordo formal concluído entre sujeitos de
DIO e destinado a produzir efeitos jurídicos.“
 Paul Reuter: “É uma manifestação de vontades concordantes,
imputável a dois ou mais sujeitos de direito internacional e
destinada a produzir efeitos jurídicos, segundo as regras de DI.“
A essência de um tratado constitui-se na fonte de
uma obrigação de DI contraída voluntariamente
por uma pessoa internacional a favor de outra
ou outras e que dá origem, por sua vez, a direitos
recíprocos. (Max Sorrensen)
O TRATADO INTERNACIONAL
5
IMPORTÂNCIA DOS TRATADOS
 No âmbito da Propriedade Intelectual e, em particular, da
Propriedade Industrial, possivelmente, onde se dá com mais
frequência em nosso Direito a aplicação direta das normas
internacionais.
 Arguindo prioridade, fazendo depósito internacional,
suscitando aplicação extraterritorial de notoriedade de
marca, o titular de direitos de propriedade industrial estará, a
cada momento, interfaciando as normas internas e as
internacionais, num atrito constante e complexo.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao número de partes contratantes (aspecto 
formal)
Bilateral: duas partes; 
Multilateral: mais de duas partes;
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à natureza jurídica do ato:
 Tratados-contratos: procuram regular interesses recíprocos dos Estados. Para Celso
Mello, nesta forma as vontades dos Estados-partes têm conteúdo diferente. Criam situações
jurídicas subjetivas.
 Tratados-leis ou Tratados-normativos: geralmente celebrado entre muitos Estados,
tendo o objetivo de criar normas jurídicas de DI (Convenção de Viena sobre Tratados e
sobre Comercio Internacional). Manifestação da vontade coletiva. Geralmente possuem
cláusula de adesão.
 Tratados-constituição: celebrados pelos sujeitos de DI que visam a institucionalizar um
processo internacional de um ente que possua órgãos e poderes próprios e vontade
independente dos Estados que a originaram.
 Carta da ONU,Tratado de Assunção e Tratado de Roma e de Maatricht
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à possibilidade de participação de outros
Estados:
Abertos: possuem cláusula de adesão e assim outros
sujeitos de DI podem fazer parte do tratados.
 Fechados: não contém cláusula de adesão e assim só
inclui as partes contratantes.
NA ATUALIDADE, SURGEM NOVAS DEFINIÇÕES (NORMAS SOFT LAW)
As Soft Law são normas exaradas pelas entidades
internacionais, seja no âmbito de organizações
multilaterais, enquanto pessoas jurídicas de
direito Internacional Público.
Guido Soares dispõe sobre dois tipos de tratados multilaterais,
ainda não encontrando definição positivada, que seriam:
Umbrella-treaty (tratado guarda-chuva) e Tratado-
quadro.
São normas que irradiam seus 
efeitos tanto no âmbito do DI 
público quanto no privado. 
Exemplo que ocorre na ONU, seja no de
organizações regulatórias, e também as
declarações de intenção que o conjunto das
nações faz, como resultado dos grandes
encontros internacionais.
São também exemplos de soft law: a
Declaração Universal dos Direitos do
Homem (aprovada pela Assembleia Geral da
ONU em 1948); as declarações de intenções
firmadas pelos Estados (como a Agenda 21); as
normas de Organização da Aviação Civil
Internacional (OACI);
FUNDAMENTO
Celso Mello defende que os tratados retiram sua obrigatoriedade 
do direito natural, de uma norma “pacta sunt servanda”, que é 
um dos princípios constitucionais da SI. 
A Convenção de Viena sobre tratados adota no art. 26 o fundamento 
o mesmo fundamento em uma pacta sunt servanda. 
Todo tratado em vigor obriga as partes e devem ser
cumpridos por elas de boa-fé
O TRATADO-QUADRO, SEGUNDO SOARES (2002, P. 63):
É tratado multilateral, por meio dos quais os estados-partes traçam
grandes molduras normativas, de direitos e deveres entre eles, de
natureza vaga e que, por sua natureza, pedem um regulamentação mais
pormenorizada; para tanto, instituem, ao mesmo tempo, reuniões periódicas
e regulares, de um órgão composto de representantes dos estados-partes, a
Conferências das partes (COP), com poderes delegados de complementar e
expedir normas de especificação, órgão este auxiliado por outros órgãos
subsidiários, técnicos e científicos previstos no tratado-quadro, compostos
de cientistas e técnicos de todos ou de alguns estados-partes, formando um
sistema harmônico.
EXEMPLO
Sugestões do relatório da ONU para governos reduzirem a emissão de gases de efeito 
estufa*
Energia: "descarbonizar" a geração de eletricidade, investindo em recursos como vento, 
sol e água para gerar energia.
Transporte: investir em veículos de massa, como trens e ônibus e incentivar veículos 
movidos a combustíveis menos poluentes.
Construção: implementar as inovações tecnológicas de redução das emissões.
Uso da terra: reduzir o desmatamento, recuperar áreas degradadas e manter boas 
práticas
na agricultura.
COMO INGRESSÃO NO ORDENAMENTO BRASILEIRO
1 2 3 4 5 6
assinatura 
negociação
mensagem 
ao 
Congresso; 
aprovação 
parlamentar 
mediante decreto 
legislativo; 
ratificação 
promulgação 
por decreto 
presidencial. 
COMO INGRESSÃO NO ORDENAMENTO BRASILEIRO
As duas primeiras fases (negociação e assinatura), por força do art.
84, inciso VIII, da CF, são de competência do Presidente da
República, com possibilidade de delegação.
Uma vez assinado, começa a fase interna de aprovação e
execução do tratado, por meio uma mensagem ao Presidente
do Congresso Nacional.
Essa mensagem é um ato político em que são remetidos a
justificativa e o inteiro teor do tratado. Recebida a mensagem,
formaliza-se a procedimento legislativo de aprovação.
COMO INGRESSÃO NO ORDENAMENTO BRASILEIRO
Iniciando-se na Câmara dos Deputados (tal como os projetos de lei de
iniciativa do Presidente da República) e terminando no Senado, esse
procedimento parlamentar visa à edição de um decreto legislativo, cuja
promulgação é deflagrada pelo Presidente do Senado. Caso obtida a aprovação
do Congresso, o decreto-legislativo será remetido ao Presidente da República
para a ratificação; contudo, ainda não surtem quaisquer efeitos.
Começa produzir efeitos perante o direito internacional após o instrumento ratificado pelo
Presidente da República ao depositário do tratado, que o protocolará e enviará cópia aos
outros Estados que integram o pacto internacional.
COMO INGRESSÃO NO ORDENAMENTO BRASILEIRO
Para produzir efeitos na ordem interna, deve ocorrer a
promulgação de Decreto do Poder Executivo (ato com
força de lei) pelo Presidente.
A edição desse ato presidencial acarreta três efeitos:
a) promulgação do tratado;
b) publicação oficial de seu texto;
c) executoriedade do ato internacional que passa então a
vincular e obrigar no plano do direito positivo interno.
A importância dos tratados
19
A IMPORTÂNCIA DOS TRATADOS
 Direito Autoral:
 Convençãoda União de Berna, de 1886,
 Tratado de Direitos Autorais da OMPI (cuidando especificamente dos programas de computadores e bases de
dados, da medidas tecnológicas de proteção, do direito de distribuição e de locação de software, obras
cinematográficas e fonográficas)(Não ratificado nem assinado)
 Convenção Universal;
20
TRATADO E LEI INTERNA
 STF- INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO.
PROCEDIMENTO CONSTITUCIONAL DE
INCORPORAÇÃO DOS TRATADOS OU CONVENÇÕES
INTERNACIONAIS - É na Constituição da República - e não
na controvérsia doutrinária que antagoniza monistas e
dualistas - que se deve buscar a solução normativa para a
questão da incorporação dos atos internacionais ao sistema de
direito positivo interno brasileiro.
21
TRATADO E LEI INTERNA
 O exame da vigente Constituição Federal permite constatar que a
execução dos tratados internacionais e a sua incorporação à ordem
jurídica interna decorrem, no sistema adotado pelo Brasil, de um ato
subjetivamente complexo, resultante da conjugação de duas vontades
homogêneas: a do Congresso Nacional, que resolve, definitivamente,
mediante decreto legislativo, sobre tratados, acordos ou atos
internacionais (CF, art. 49, I) e a do Presidente da República, que, além de
poder celebrar esses atos de direito internacional (CF, art. 84, VIII),
também dispõe - enquanto Chefe de Estado que é - da competência para
promulgá-los mediante decreto.
22
TRATADO E LEI INTERNA
 O iter procedimental de incorporação dos tratados internacionais -
superadas as fases prévias da celebração da convenção internacional, 
de sua aprovação congressional e da ratificação pelo Chefe de 
Estado - conclui-se com a expedição, pelo Presidente da República, 
de decreto, de cuja edição derivam três efeitos básicos que lhe são 
inerentes: (a) a promulgação do tratado internacional; (b) a 
publicação oficial de seu texto; e (c) a executoriedade do ato 
internacional, que passa, então, e somente então, a vincular e a 
obrigar no plano do direito positivo interno. 
23
TRATADO E LEI INTERNA
 SUBORDINAÇÃO NORMATIVA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS
À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - No sistema jurídico brasileiro, os
tratados ou convenções internacionais estão hierarquicamente
subordinados à autoridade normativa da Constituição da República. Em
consequência, nenhum valor jurídico terão os tratados internacionais,
que, incorporados ao sistema de direito positivo interno, transgredirem,
formal ou materialmente, o texto da Carta Política.
24
TRATADO E LEI INTERNA
 O exercício do treaty-making power, pelo Estado brasileiro
- não obstante o polêmico art. 46 da Convenção de Viena
sobre o Direito dos Tratados (ainda em curso de tramitação
perante o Congresso Nacional) - está sujeito à necessária
observância das limitações jurídicas impostas pelo texto
constitucional.
25
TRATADO E LEI INTERNA
 PARIDADE NORMATIVA ENTRE ATOS INTERNACIONAIS E
NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS DE DIREITO INTERNO. - Os
tratados ou convenções internacionais, uma vez regularmente
incorporados ao direito interno, situam-se, no sistema jurídico brasileiro,
nos mesmos planos de validade, de eficácia e de autoridade em que se
posicionam as leis ordinárias, havendo, em consequência, entre estas e os
atos de direito internacional público, mera relação de paridade
normativa. Precedentes.
26
TRATADO E LEI INTERNA
 No sistema jurídico brasileiro, os atos internacionais não
dispõem de primazia hierárquica sobre as normas de direito
interno. A eventual precedência dos tratados ou convenções
internacionais sobre as regras infraconstitucionais de direito
interno somente se justificará quando a situação de antinomia
com o ordenamento doméstico impuser, para a solução do
conflito, a aplicação alternativa do critério cronológico (“lex
posterior derogat priori”) ou, quando cabível, do critério da
especialidade. Precedentes.
27
TRATADO: DESTINATÁRIO DAS NORMAS
 Têm-se nos tratados normas típicas de Direito Internacional Público, dirigidas aos
Estados Soberanos em suas funções de Direito Externo: regras de como a
Convenção vai ser revista, ratificada ou denunciada, quais são as obrigações dos
Estados membros da União quanto ao pagamento de anuidades, e assim por diante
 Têm-se, também, normas igualmente dirigidas aos Estados, mas quanto aos seus
poderes de Direito Interno: são regras que prescrevem ou facultam o conteúdo da
legislação interna, com teor do gênero: “Os Estados tem poderes de legislar de uma
determinada forma, ou são obrigados legislar de uma forma”.
28
TRATADO: DESTINATÁRIO DAS NORMAS
 Em terceiro lugar, têm-se normas de efeito dispositivo, normas de 
aplicação direta - algo que os tratadistas chamam normas auto-
executivas. Distinguem-se, dentre estas, 
 as normas que criam direito substantivo e absoluto (por exemplo): não se poderá 
decretar a caducidade de uma patente, antes de decorridos tantos anos) e, 
 as normas de direito substantivo, mas relativas, como a que assegura ao nacional 
pelo menos o mesmo tratamento jurídico interno concedido ao estrangeiro.
29
CONVENÇÃO DA UNIÃO DE PARIS (PROPRIEDADE INDUSTRIAL)
 Princípios Básicos
 TRATAMENTO NACIONAL - “cidadãos de cada um dos países
contratantes gozarão em todos os demais países da União, no que
concerne à Propriedade Industrial, das vantagens que as respectivas
Leis concedem atualmente ou vierem posteriormente a conceder aos
nacionais” (artigo II) “tudo isso sem prejuízos dos direitos previstos
pela presente Convenção”
30
CONVENÇÃO DA UNIÃO DE PARIS (PROPRIEDADE INDUSTRIAL)
 Princípios Básicos
 PRIORIDADE. Suponhamos que alguém tenha inventado algo nos Estados Unidos,
deposite essa invenção no escritório de patentes americano e comece a usá-la.
Imediatamente depois do depósito americano, um brasileiro inventa a mesma
coisa, ou começa a copiar e a usar a invenção americana. Ocorre que o primeiro
inventor tem o benefício de uma prazo de prioridade de um ano, ou seja, pode
depositar nos Estados Unidos a 1º. de janeiro, e depois depositar no Brasil um ano
após, que mesmo assim seus direitos estarão protegidos. O brasileiro que inventou
autonomamente não terá direito à patente e, de outro lado, a cópia ou o uso não
autorizado não tirará o direito do primeiro inventor.
31
CONVENÇÃO DA UNIÃO DE PARIS (PROPRIEDADE INDUSTRIAL)
 Princípios Básicos
 INDEPENDÊNCIA DAS PATENTES - “As patentes requeridas nos
diversos países da União, pelos respectivos cidadãos, serão
independentes das patentes obtidas para a mesma invenção nos outros
países, quer tenham ou não aderido à União”. E vai adiante: “Essa
disposição deve ser entendida de modo absoluto, principalmente no
sentido de que as patentes requeridas durante o prazo prioridade são
independentes não só em relação às causas de nulidade, de caducidade,
como também do ponto de vista da duração normal.”
32
PATENT COOPERATION TREATY (PCT)
 Por tal tratado criou-se a possibilidade de se fazer um só
pedido internacional, ao invés de múltiplos depósitos nacionais.
O PCT também prevê, em seguida ao depósito, a busca
internacional, que vai pesquisar o estado da técnica mundial em
relação ao pedido, a Publicação Internacional, a qual faz entrar o
invento no estado da técnica, e por último, o Exame Preliminar
Internacional.
33
PATENT COOPERATION TREATY (PCT)
 Por tal tratado criou-se a possibilidade de se fazer um só
pedido internacional, ao invés de múltiplos depósitos nacionais.
O PCT também prevê, em seguida ao depósito, a busca
internacional, que vai pesquisar o estado da técnica mundial em
relação ao pedido, a Publicação Internacional, a qual faz entrar o
invento no estado da técnica,e por último, o Exame Preliminar
Internacional.
34
CONVENÇÃO DE BERNA (DIREITOS AUTORAIS)
 Objetos de proteção
 O alcance objetivo da Convenção é o das obras literárias e artísticas, incluindo-se
entre aquelas as de caráter científico - qualquer que seja seu modo de expressão.
Assim, não só os livros e esculturas, objeto tradicional de proteção, mas o multimídia,
produções a laser ou qualquer outra criação com auxílio em tecnologias futuras, cabe
no âmbito da Convenção - desde que redutíveis à noção de artístico ou literário .
35
CONVENÇÃO DE BERNA (DIREITOS AUTORAIS)
 Tratamento nacional
 Seu princípio básico, como na CUP, é o da assimilação do
unionista ao nacional - o do tratamento nacional. A
Convenção de Berna aplica-se não no país do autor (de que
é nacional ou residente habitual), mas à proteção dos autores
de países unionistas nos demais, ou que tenham publicado
pela primeira vez, sua obra num país da União .
 No país de origem, rege o direito nacional, que pode não se 
conformar à Convenção (Art.5o 5o. § 3o 3o.). 
36
CONVENÇÃO DE BERNA (DIREITOS AUTORAIS)
 Os direitos suscetíveis de proteção
 Esta regra, que era A primeira regra é, aqui, o da inexigência de qualquer
formalidade para obter a proteção; para países, como o Brasil, onde se
prevê o registro da obra, este é apenas ad probandum tantum, e
completamente opcional. Assim, o resultado deste princípio é que - ao
contrário do que ocorre, por exemplo, no tocante às patentes - o direito
exclusivo nasce da criação, e não de qualquer declaração estatal .
37
CONVENÇÃO DE BERNA (DIREITOS AUTORAIS)
 Os direitos suscetíveis de proteção
 Esta regra, que A CUB prevê a proteção dos direitos
patrimoniais e dos direitos morais (art. 6 bis): estes últimos
serão, essencialmente, o direito de nominação (ou de
paternidade da obra) e o de integridade da obra, em face de
eventuais alterações .
 Outros direitos morais podem ter origem na lei nacional, como, por 
exemplo, o direito ao inédito e o de arrependimento. 
38
DO ACORDO TRIPS
O novo acordo sobre Propriedade intelectual,
denominado TRIPs (Agreement on Trade-Related
Aspects of Intellectual Property Rights) resulta de um
longa elaboração no âmbito do GATT
39
DO ACORDO TRIPS
 Um acordo de proteção mínima
 Completamente em oposição ao sistema da CUP, o TRIPs constitui-se
fundamentalmente de parâmetros mínimos de proteção; embora
presente, a regra de tratamento nacional é subsidiária em face do
patamar uniforme de proteção . Sem dúvida, como parte do sistema da
OMC, o TRIPs herda os princípios de tratamento nacional e de Nação
Mais Favorecida (MFN) do antigo GATT.
40
DO ACORDO TRIPS
 Speak softly and carry a big stick
 O sistema de regulação de controvérsias do sistema OMC é
coativo para todos os membros da organização .
 O novo sistema de resolução de controvérsias importou em uma
preponderância do procedimento do advogado sobre o estilo do
diplomata: o processo perante o GATT tomou um sentido
adjudicatório.
41
DO ACORDO TRIPS
 Speak softly and carry a big stick
 A integração no sistema OMC importa que, uma vez suscitada 
a controvérsia por um estado membro perante o painel 
adjudicatório, ambas partes estejam adstritas ao cumprimento 
de suas decisões; mais ainda, as controvérsias só podem ser 
levadas a tal foro. Abre-se a possibilidade de intervenção de 
terceiros (estados membros) e de apelação a um órgão de 
segunda instância; 
42
DO ACORDO TRIPS
 Speak softly and carry a big stick
 Ponto de excepcional importância, as sanções podem
cobrir todo o espectro do âmbito da OMC - uma
pretensa violação do TRIPs, em marcas, poderia ter
como resultado uma sanção em importação de sapatos,
ou acesso a mercado de serviços de transporte
marítimo.
43
DO ACORDO TRIPS
 Destinatário das normas do TRIPs
 São os estados membros da OMC. Nenhum direito subjetivo
resulta para a parte privada, da vigência e aplicação do TRIPs.
Como diz o próprio texto do acordo:
 (art. 1.1) Os Membros determinarão livremente a forma apropriada de
implementar as disposições deste Acordo no âmbito de seus
respectivos sistema e prática jurídicos.
44
DO ACORDO TRIPS
 TRIPs exige lei interna, mas não é lei interna
 TRIPs é um acordo de “direitos mínimos”, um piso mínimo para as
legislações nacionais. TRIPs se endereça aos Estados Soberanos, e (no
nosso sistema constitucional) só para eles cria direitos e obrigações.
 Cabe à legislação nacional dar corpo às normas prefiguradas no texto
internacional. Não se têm, no caso, normas uniformes, mas padrões
mínimos a serem seguidos pelas leis nacionais, sob pena de violação do
Acordo - mas sem resultar, no caso de desatendimento, em violação de
direito subjetivo privado.
REFERÊNCIAS:
 Souza, Ana Luiza da Gama e Direito internacional / Ana Luiza da 
Gama e Souza. Rio de Janeiro: SESES, 2017. 192 p: il.

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