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Esculápio da Silva, brasileiro, casado, engenheiro, domiciliado na capital do Estado de WYK, é comunicado por amigos que a Administração do Estado está providenciando um plano de obras custosas e pretendendo que elas sejam entregues, independentemente de licitação, a empresas com vínculos pessoais com dirigentes do seu partido político. Os valores correspondentes às obras são incluídos no orçamento, observado o devido processo legislativo. Quando da realização das obras, aduz a necessidade de urgência diante de evento artístico de grande repercussão a realizar ‐ se em aproximadamente um ano, o que inviabilizaria a realização de procedimento licitatório e designa três empresas para repartir as verbas orçamentárias, cabendo a cada uma realizar parte da obra preconizada. As empresas Mastodonte S.A., Mamute S.A. e Dente de Sabre S.A. aceitam, de bom grado, o encargo e assinam os contratos com a Administração. O valor das obras corresponde a um bilhão de reais. Inconformado com esse fato, Esculápio da Silva, cidadão que gosta de participar ativamente da defesa da Administração Pública e está em dia com seus direitos políticos, procura orientação jurídica e, após, resolve ajuizar a competente ação. Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando: a) competência do juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça; e) tutela de urgência. Resumo da resposta: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ... Vara de Fazenda Pública da Comarca do Estado WKY (10 linhas) Esculápio da Silva, brasileiro, casado, engenheiro, portador do título de eleitor nº..., inscrito no CPF/MF nº..., residente e domiciliado à ... Estado WYK, por seu advogado infra‐assinado com instrumento de mandato anexo e endereço constante à ..., para onde devem ser remetidas as intimações na forma do art. 39, I CPC, vem perante Vossa Excelência, com base no art. 5º CRFB/88 e na Lei 4.717/65 mover: AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR Em desfavor do Estado WYK, pessoa jurídica de direito público, neste ato representado por seu governador, com sede à ...; empresa Mastodente S.A., pessoa jurídica de direito privado, neste ato representado por seu presidente, com endereço à ...; Mamute S.A., pessoa jurídica de direito privado, neste ato representado por seu presidente, com endereço à ..., e Dente de Sabre S.A., pessoa jurídica de direito privado, neste ato representado por seu presidente pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor: I – DA CIDADANIA ATIVA O art 5º da CRFB/88 e a lei 4.717/65, exigem como condição de legitimidade em ação popular a cidadania ativa, isto é, o direito de participar da vida política do país. O art. 1, § 3º, da lei 4.717/65 que “ a prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com título eleitoral ou com documento que a ele corresponda”. O autor prova sua cidadania através dos fatos através das provas que instruem a presente inicial. II‐ DOS FATOS Breve resumo dos fatos III – DO DIREITO A presente ação popular proposta busca tutelar os direitos difusos, como o patrimônio público. A referida contratação, sem observar o procedimento licitatório, ofende frontalmente os princípios regentes da administração pública contidos no art. 37, caput da CRFB/88 dentre os quais determina ao administrador a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Legalidade foi abalroada na medida em que não foi observado o art. 37, XXI, CRFB/88 e o que preceitua o 2º da lei 8.666/90. A não realização de procedimento licitatório ofende o princípio da moralidade e da impessoalidade por obvio, uma vez que o administrador contratará com quem lhe for mais conveniente e não o mais competente ou que apresentar melhor proposta. Eficiência na administração pública impõe ao administrador colher para a sociedade o máximo de benefício com o menor custo possível, ora, a não realização de licitação impede que o administrador descubra se existe proposta mais vantajosa para os administrados, verdadeiros titulares do poder estatal, art. 1º, parágrafo único da CRFB/88. Ademais, o art., 2º, “b” e “d” da Lei da ação popular estabelece que são nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidade mencionadas no artigo anterior, nos casos de vício de forma e inexistência dos motivos, como aconteceu no caso em comento. IV – DA MEDIDA LIMINAR Impõe‐se a necessidade tutela de urgência em razão do sério risco de dano que a medida poderá causar, não conceder a liminar de imediato, fará com que a administração disponha de recursos financeiros vultuosos trazendo prejuízos irreparáveis, ou de difícil reparação para a sociedade. Uma vez demonstrado o perigo na demora (periculum in mora) da prestação jurisdicional, impõe observar que a verossimilhança da alegação (fumus boni iuris) está presente pelos próprios fatos alegados nesta exordial aliados às provas que instruem os autos. V ‐ DO PEDIDO Ante o exposto requer: a) Seja deferida a liminar, para suspender o ato lesivo, sendo, de imediato, suspenso o contrato celebrado entre os réus; b) A citação do impetrados para, querendo, responder a presente ação no prazo legal; c) A intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito até o final; d) Seja julgado procedente o pedido para anular o contrato administrativo guerreado; e) A condenação dos réus para ressarcir o erário de eventual prejuízo decorrente do pagamento efetuado, o que será apurado em futura liquidação; f) Sejam condenados os impetrados nos ônus da sucumbência. Pretende provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial por meio de produção de prova documental e oral. Apesar de ser a ação gratuita nos termos do art. 5º, LXXIII da CRFB/88, atribui a causa, por questões formais, o valor de R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de reais). Nestes termos Espera deferimento Local e data Advogado OAB MODELO DE PEÇA‐DIREITO DO TRABALHO [Subtítulo do documento] Comentários da prova da área Trabalhista 2ª fase da OAB – 42º Exame Profª Isabelli Gravatá Queridos alunos, seguem os comentários das questões da última prova da OAB. Estou torcendo por todos! PEÇA PRÁTICO‐PROFISSIONAL: ESTRUTURA DA CONTESTAÇÃO: ‐ Endereçamento (EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª VARA DO TRABALHO DE BOA ESPERANÇA / MG) ‐ Número do processo (RT nº 1234/2010) ‐ Indicação do nome do Reclamado (Banco Finanças S/A) / identificar a ação (reclamação trabalhista, pelo rito ordinário) / nome da Reclamante (Kelly Amaral) / endereço do advogado – arts. 39, I e 44 do CPC ‐ NOME DA PEÇA (CONTESTAÇÃO) ‐ Amparo legal: art. 300 do CPC c/c arts. 847 e 769 da CLT ‐ Preliminar (INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL PELA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DO PEDIDO DE DANOS MORAIS – art. 301, III do CPC) ‐ No mérito: Prescrição do período anterior a 13.09.2005 (art. 7º XXIX da CRFB – prescrição quinquenal) Fatos: dados – admissão (04.08.2002), função (gerente geral da agência), salário (R$5.000,00), jornada (prevista em lei), demissão (15/07/2009). Fundamentos (separar por tópicos, colocar sempre o amparo legal e no final requerer a improcedência de cada pedido) DA IMPOSSIBILIDADE DE REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO PELA INEXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE � mencionar a O.J. 369 da SDI�1 do TST, pois delegado sindical não tem direito à estabilidade, portanto, não há que se falar em reintegração.DAS HORAS EXTRAS – fundamentar no art. 62, II e parágrafo único da CLT c/c Súmula 287 do TST informando que por se tratar de gerente geral da agência, com gratificação de função de 45% do seu salário, não tem limite de jornada, razão pela qual não são devidas as horas extras postuladas. DO AUXÍLIO EDUCAÇÃO – mencionar que o referido direito foi concedido por força de convenção coletiva, logo, não se incorpora ao contrato de trabalho – Súmula 277, I do TST. DA QUEBRA DE CAIXA – a referida parcela só é devida aos que trabalham no caixa do banco, o que não era o caso da reclamante, não havendo que se falar em isonomia – Súmula 247 do TST. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL – citar o parágrafo 4º do art. 461 que diz ser incabível a equiparação salarial a empregado readaptado em nova função, razão pela qual o pedido deve ser julgado inteiramente improcedente. DAS FÉRIAS INTEGRAIS 2007/2008 – a reclamante se retirou em licença remunerada por 32 dias durante o período aquisitivo das referidas férias, portanto, com base no art. 133, II da CLT não terá direito a férias. DOS DANOS MORAIS – inobstante a inépcia arguida, contestar no mérito alegando que a reclamante não sofreu qualquer dano durante o seu contrato de trabalho, nem tampouco em sua saída. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – indevidos por não estar a reclamante assistida por sindicato de classe � mencionar as Súmulas 219 e 329 do TST, bem como a O.J. 305 da SDI�1 do TST. ‐ Das Deduções e/ou Compensação (art. 767 da CLT) ‐ Protestar pelos meios de prova ‐ Encerramento – acolhimento da preliminar e/ou julgar improcedente a demanda com a condenação da reclamante às verbas de sucumbência: ‐ Local e data ‐ Assinatura / nome do advogado / nº da OAB 2 MODELO DE PEÇA DIREITO PENAL [Subtítulo do documento] 3 Estrutura da peça processual I – DOS FATOS – Resumo do fato criminoso e/ou do ocorrido no processo II – DA FUNDAMENTAÇÃO 1. CONDIÇÕES DA AÇÃO a) Possibilidade jurídica do pedido – previsão legal do crime b) interesse de agir – imposição de uma pena c) legitimidade de partes – ação penal pública ou privada (ver no CP qual o crime da questão) d) justa causa – lastro probatório mínimo para o oferecimento da denúncia – art. 41 CPP o indícios de autoria o prova da existência do fato 2. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS EXISTÊNCIA VALIDADE Órgão investido de jurisdição Competência Partes Capacidade Pedido Regularmente formulado Citação regular a) Competência – art. 109, IV, IX e XI CR e art. 69 CPP. b) Nulidades – art. 564 CPP c) Impedimento – art. 252 CPP d) Suspeição – art. 254 CPP e) Litispendência – art. 110 CPP f) Coisa julgada – art. 110 CPP 3. PRELIMINAR DE MÉRITO a) Morte do réu – art. 62 CPP b) Anistia, graça ou indulto c) Abolitio criminis – art. 2o CP d) Prescrição – art. 109 CP e) Decadência – art. 38 CPP f) Perempção – art. 60 CPP g) Renúncia do querelante – art. 49 CPP h) Perdão do querelante – art. 51 CPP i) Retratação do agente – art. 25 CPP j) Perdão judicial – art. 120 CP k) Questões prejudiciais – art. 92 e 93 CPP 4. PRISÃO a) Ilegal – Relaxamento – ausência dos requisitos formais – art. 301 e seguintes CPP. b) Desnecessária – Revogação da prisão preventiva ou liberdade provisória (flagrante) – não presença dos requisitos do art. 312 e 313 CPP. 5. MÉRITO – Todas as questões relativas ao Direito Penal Material. 4 FATO TÍPICO ILICITUDE CULPABILIDADE Conduta Estado de necessidade Imputabilidade Resultado Legítima defesa Potencial consciência da ilicitude Nexo causal Estrito cumprimento do dever legal Exigibilidade de conduta diversa Tipicidade Exercício regular de um direito Consentimento do ofendido 6. PEDIDO 7. AUTENTICAÇÃO ‐ Termos em que, Pede deferimento. Data e assinatura. 5 AGRAVO DE INSTRUMENTO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE , (Pular 10 Linhas) José, já qualificado nos autos do recurso extraordinário no , por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que negou seguimento ao recurso, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO com fundamento nos arts. 544 e ss. do Código de Processo Civil e artigo 28 da Lei 8.038/90. De acordo com o §1o do artigo 544 do Código de Processo Civil, instrui o presente com as seguintes peças: 1. a) Decisão condenatória de primeira instância, acórdão mantendo a condenação e acórdão negando provimentos aos embargos de declaração. 2. b) Certidão de intimação do acórdão negando provimento dos embargos. 3. c) Interposição e razões do recurso extraordinário. 4. d) Decisão que denegou o recurso extraordinário. 5. e) Certidão de intimação da decisão que denegou o recurso extraordinário. 6. f) Procuraçãodoréu. Requer seja recebido e processado o presente recurso e encaminhado, com as inclusas razões, ao Colendo Supremo Tribunal Federal. Nesses termos, pede Deferimento. (local de data) advogado – OAB no 5 RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO AGRAVANTE: José. AGRAVADO: Justiça Pública RECURSO EXTR. No Supremo Tribunal Federal, Colenda Turma, Douto Procurador da República, Em que pese o indiscutível saber jurídico da Colenda Presidência do Egrégio Tribunal de Justiça, impõe-se a reforma da respeitável decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS O Agravante foi processado e condenado pelo crime de furto qualificado. Ocorre que a pena foi fixada acima do mínimo legal em razão do Agravante estar sendo processado, em outra vara criminal, por crime de estelionato. Tendo apelado dessa decisão, o Egrégio Tribunal negou provimento ao recurso, ocasião em que o Agravante interpôs embargos de declaração, sendo que o Tribunal novamente negou provimento. Inconformado, o Agravante interpôs recurso extraordinário, requerendo o recebimento do referido recurso com o encaminhamento das suas razões para o Colendo Supremo Tribunal Federal, porém, foi negado seguimento ao recurso extraordinário, sob o fundamento de ser ele intempestivo e proferida sem amparo legal. II – DO DIREITO Não merece prosperar a respeitável decisão denegatória, por ter sido Com efeito, conforme reza o artigo 26 da Lei 8.038/90, o prazo para a interposição dos recursos especial e extraordinário é de 15 dias. “In verbis”: “Os recursos extraordinário e especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos no prazo comum de 15 (quinze) dias, perante o Presidente do Tribunal recorrido (...)” No presente caso, o recurso extraordinário foi interposto no 8o dia a contar da certidão de publicação do acórdão que negou provimento aos embargos de declaração (fls. ). De fato, o acórdão que negou provimento à apelação foi publicado em 05/01/04 (fls.), tendo Agravante interposto embargos de declaração no dia 07/01/04 (fls.), o qual interrompeu o prazo para a interposição do recurso extraordinário. Logo, com a publicação do v. acórdão que negou provimento aos embargos, ocorrida em 13/01/04 (fls.), o prazo para a interposição do recurso extraordinário iniciou seu fluxo, pelo que teria ainda o Agravante quinze dias para interpor o recurso extraordinário, ocasião em que o fez no 8o dia, a contar da publicação do referido acórdão, mais propriamente no dia 21/01/04. Portanto, não há falar em intempestividade do recurso extraordinário, em razão de ter se operado, no caso, a interrupção do prazo em virtude dos embargos de declaração.Justiça: Nesse sentido, a doutrina: “De modo que, atualmente, se pode entender que o prazo para outros recursos fica interrompido também no campo penal, recomeçando a contar em sua inteireza a partir da intimação da decisão que julga os embargos” (GRINOVER, Ada Pellegrini et alli. Recursos Penal. 3a edição. São Paulo: RT, 2001. P. 236)” 6 Também nessa trilha, é o entendimento do Colendo Supremo Tribunal Federal. “Os embargos de declaração, mesmo em matéria criminal, interrompem o prazo para interposição de outros Recursos (CPC, art. 538, C.C. art. 3o CPP), o que significa dizer: despreza-se por completo o tempo transcorrido precedentemente” (STJ RESP – Rel. Fernando Gonçalves – TRF 105/355). Dessarte, indevida e arbitrária a denegação do recurso extraordinário, devendo ser ele conhecido, sob pena de cerceamento de defesa e violação ao princípio constitucional insculpido no artigo 5o, LV, da Constituição Federal. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, determinando-se o processamento do recurso extraordinário, e, estando presentes os elementos necessários, que seja desde logo julgado o mérito, nos termos do disposto na norma contida do § 3o do artigo 28 da Lei 8.038/90, como medida de inteira justiça. (local e data) advogado – OAB no 7 Habeas Corpus Fundamentação O Habeas Corpus tem a sua fundamentação no artigo 647 e seguintes do Código de Processo Penal e no artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal. Admissibilidade a) Pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive por quem esteja sofrendo a coação ilegal, ou esteja na iminência de sofrê-la; b) Deve ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior àquela tida como coatora; c) Poder ser preventivo para amparar a liberdade de locomoção; d) Poder ser liberatório para cessar a coação ilegal; e) Cabe Recurso em Sentido Estrito, quando denegado em primeira instância e Recurso Ordinário Constitucional, se denegado em segunda instância; f) Não cabe Habeas Corpus em punição disciplinar; g) Denominações utilizadas: 1) Paciente: Agente que sofre ou está ameaçada de sofrer uma coação ilegal; 2) Impetrante: Quem pede a ordem de Habeas Corpus; 3) Impetrada: Autoridade a quem é dirigido o pedido; 4) Coator: Quem exerce ou ameaça exercer a coação ilegal; 5) Detentor: Quem detém o paciente. 8 Modelo da Peça Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais da Capital de São Paulo SP; Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de ; Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de ; Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal Regional Federal da . (espaço de 10 linhas para despachos) ' ... ', Advogado inscrito na OAB/__ n° , com escritório na Rua , nº , nesta cidade, vem com fundamento no artigo 5º., inciso LXVIII, da Constituição Federal e artigo 647, do Código de Processo Penal, impetrar ordem de "HABEAS CORPUS" em favor de ' ... ' (qualificação completa), que vem sofrendo constrangimento ilegal por parte do Meritíssimo Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de , ou contra ato do Ilustríssimo Senhor Delegado de Polícia do Distrito Policial de _, pelas razões a seguir aduzidas. (2 linhas) DOS FATOS O paciente ... (transcrever o enunciado ou resumi-lo, caso seja muito extenso). (2 linhas) DO DIREITO Iniciar o parágrafo em consonância a tese que será utilizada, como abaixo: Nulidade: Com Sentença A condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida num processo manifestamente nulo. Com efeito, ... (elaborar a dissertação expondo a dissonância existente entre os fatos e a lei). Nulidade: Sem Sentença O referido processo (referida prisão) constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ser manifestamente nulo(a). Com efeito, ... (dissertar). Falta de Justa Causa: Com Sentença A referida condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por falta de justa causa. Com efeito, ... (dissertar). Falta de Justa Causa: Sem Sentença A referida ação penal (referida prisão) constitui uma coação ilegal contra o paciente, por falta de justa causa. Com efeito, ... (dissertar). Extinção de Punibilidade: Com Sentença 9 A referida condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida quando já estava extinta a punibilidade. Com efeito, quando foi proferida a respeitável sentença condenatória, já tinha ocorrido a (decadência ou prescrição ou perempção), conforme estatui o disposto no artigo 107, inciso IV, do Código Penal. Desse modo, ... (dissertar). Extinção de Punibilidade: Sem Sentença A referida ação penal constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida quando já estava extinta a punibilidade. Com efeito, quando foi instaurada a ação penal, já tinha ocorrido a (decadência ou prescrição ou perempção), conforme estatui o disposto no artigo 107, inciso IV, do Código Penal. Desse modo, ... (dissertar). Abuso de Autoridade A referida prisão ou decisão (Exemplo: denegação de sursis) constitui uma coação ilegal contra o paciente e não deve prosperar em razão de ... (dissertar). (2 linhas) Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso (transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). " ... " A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). " ... " Conclui-se, portanto, que o paciente faz jus ... (expor o que se pede), a fim de cessar a coação ilegal que vem sofrendo por parte da autoridade coatora. (2 linhas) DO PEDIDO Diante do acima exposto, pleiteia-se que sejam requisitadas informações, com máxima urgência, para o presente caso, perante a autoridade ora apontada como coatora, para que ao final conceda-se a ordem impetrada, com fulcro no artigo 648, inciso , do Código de Processo Penal e que seja ... (completar de acordo com a tese utilizada, conforme abaixo) 1) Nulidade: ... decretada a anulação “ab initio” (ou a partir de algum ato específico) da ação penal, ... 2) Extinção de Punibilidade: ... decretada a extinção de punibilidade do fato imputado ao paciente na ação penal, ... 3) Falta de Justa Causa - Sem Sentença: ... decretado o trancamento da ação penal, ... 4) Falta de Justa Causa - Com Sentença: ... decretada a cassação da sentença proferida contra o paciente, revogando-se os efeitos oriundos da mesma; ... Deve-se ainda complementar os pedidos acima de acordo com a situação em que se encontra o agente, podendo ser: 10 a) ... com a revogação da prisão preventiva decretada contra o paciente e a expedição do alvará de soltura em seu favor, ou, expedição do contramandado de prisão em seu favor, por ser medida da mais lídima JUSTIÇA! b) ... com o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao paciente e a expedição do alvará de soltura em seu favor, por ser medida da mais lídima JUSTIÇA! (2 linhas) Nestes termos Pede Deferimento (2 linhas) Loca e Data OAB - Seccional de ... 11 Habeas Corpus Com Pedido de Liminar A elaboração desta peça é idêntica ao Habeas Corpus normal. Apenas no preâmbulo deve-se mencionar a impetração com pedido liminar e no discorrer da argumentação enfocar os requisitos do pedido liminar, ou seja: Perigo da Demora e a Fumaça do Bom Direito. DO PEDIDODiante do acima exposto, postula-se que seja concedida LIMINARMENTE a ordem impetrada, com fulcro no artigo 648, inciso ..., do Código de Processo Penal, bem como, ordenando-se de plano, o relaxamento da prisão ilegal do paciente e a expedição do competente alvará de soltura em seu favor. Para que ao final, depois de colhidas informações perante a autoridade coatora, conceda-se o julgamento favorável do presente pedido, com a definitiva concessão da ordem de Habeas Corpus. Alternativamente, como uma segunda opção. Diante do acima exposto, requer a concessão da presente ordem de Habeas Corpus "LIMINARMENTE", tendo em vista a probabilidade de dano irreparável e a fumaça do bom direito estarem presentes, a fim de que seja concedido o competente alvará de soltura (ou outro pedido que a peça requeira). Desse modo, postula-se o regular processamento do feito, com a confirmação da liminar concedida e a concessão definitiva da ordem de Habeas Corpus, como medida das mais lídima JUSTIÇA!. (2 linhas) Nestes termos Pede Deferimento (2 linhas) Loca e Data OAB - Seccional de ... 12 “HABEAS CORPUS” EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE , (Pular 10 linhas para despacho judicial) , Advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de , sob o no , com escritório nesta Comarca, na Rua , vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar ordem de “HABEAS CORPUS” com fulcro no art. 5o, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e art. 647 e 648, inc. I, do Código de Processo Penal, em favor de Maria, (nacionalidade), (estado civil), advogada, residente e domiciliada na Rua contra ato ilegal praticado por , pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS A Paciente foi denunciada pelo crime de falso testemunho, em co- autoria com Pedro, testemunha que falseou a verdade em processo contravencional, em que estava sendo processado Carlos, que veio a ser condenado. A denúncia, já recebida, afirma que a Paciente veio a instruir o testemunho de Pedro, visando à absolvição de Carlos. II – DO DIRETO Trata-se de ação penal instaurada sem amparo legal, constituindo-se constrangimento a ser reparado pela medida ora requerida. É evidente o constrangimento ilegal que está sofrendo a Paciente, pois que não exista perfeita adequação do fato concreto à descrição do art. 342 do Código Penal, que diz: “Fazer afirmação falsa, ou negar, ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, em processo judicial ou administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral.” Em direito penal, o princípio da reserva legal exige que os textos legais sejam interpretados sem ampliações ou equiparações por analogia, salvo quando “in bonam partem”. O tipo, a partir de tal princípio, não pode ser distendido ao gosto do intérprete para cobrir hipóteses nele não contidas. Dessa forma, é manifesta a inexistência de justa causa para a ação penal, uma vez que o falso testemunho é crime de mão própria, podendo apenas ser praticado pelas pessoas elencadas no artigo retro referido. Não se admite, portanto, a co-autoria. No caso concreto, a Paciente é advogada, sendo certo que não figura entre aqueles que podem praticar o crime de falso testemunho. Sobre o assunto, preleciona o renomado Julio Fabbrini Mirabete: “Como o delito de falso testemunho ou falsa perícia é crime de mão própria, discute-se a possibilidade de responder por ele outra pessoa que não a testemunha. Afirma-se que nos crimes de mão-própria, que só podem ser cometidos pelo sujeito em pessoa, é impossível a co- autoria por instigação, dado o caráter personalíssimo da infração.” (Manual de Direito Penal – Parte Especial – 17aedição, Editora Atlas, pág. 417) 13 No mesmo sentido, é a construção jurisprudencial, “in verbis”:< “É impossível a co-autoria no delito de falso testemunho, perito ou intérprete” (STJ – RT 655/281). “Co-autoria – Não caracterização- Advogado que teria induzido testemunha a mentir na instrução criminal – Natureza personalíssima da infração, que não admite qualquer forma de co-participação em mero pedido ao futuro depoente para falsear a verdade – Comunicação impossível de circunstâncias pessoais entre o depoente mendaz e o advogado – Atipicidade penal reconhecida, sem embargo da reprovabilidade ética da conduta do causídico – Ordem concedida para trancar a ação penal.” (TJSP – HC – Rel. Márcio Bonilha – RJTJSP 72/284) Portanto, é forçoso concluir que não deve prosseguir a ação penal instaurada contra a Paciente, pois que atípica sua conduta. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer, após as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, seja concedida a ordem de “Habeas Corpus”, determinando-se o trancamento da ação penal que tramita contra a Paciente, como medida de inteira justiça. Nesses termos,< pede deferimento.< (local e data). advogado – OAB no 14 AGRAVO EM EXECUÇÃO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE , (Pular 10 linhas para despacho judicial) Tício, já qualificado nos autos do processo de execução no_ , por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade, vem, respeitosamente, perante de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO com fundamento no art. 197 da Lei de Execução Penal Requer seja recebido e processado o presente agravo e, caso Vossa Excelência entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça. Nesses termos, pede deferimento. (local e data). advogado – OAB no 15 RAZÕES DE< AGRAVO EM EXECUÇÃO AGRAVANTE Tício AGRAVADO: Justiça Pública EXECUÇÃO No Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, < Douto Procurador de Justiça, Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz “a quo”, impõe-se a reforma da respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade do Agravante, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: I – DOS FATOS O Agravante foi condenado em três processos-crime às penas de 18, 25 e 30 anos, respectivamente, por três homicídios qualificados. Após ter cumprido 30 anos de prisão efetivamente, o Agravante requereu ao Meretíssimo Juiz sua liberdade, tendo esta sido indeferida sob o fundamento de que tem outras penas a cumprir. II – DO DIREITO Trata-se de decisão proferida sem amparo legal, devendo ser reformada pela medida ora requerida. Com efeito, o artigo 75 do Código Penal estabelece que: “O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.” A referida limitação presente no citado dispositivo respeita a proibição constitucional de prisão perpétua, prevista no art.5o, XLVII, “b”, da nossa Carta Magna. No caso em tela, é evidente o constrangimento ilegal que o Agravante vem sofrendo, uma vez que já cumpriu 30 (trinta) anos de prisão. Sobre tal aspecto, merece ser trazido à baila o excelente magistério de Miguel Reale Júnior: “Uma das condições para preservação da identidade moral do condenado, com positivas repercussões na disciplina carcerária, está na possibilidade de vislumbrar a liberdade. Daí fixar-se um limite do tempo de cumprimento, mesmo porque o encarceramento por mais de 15 ou 20 anos destrói por completo o homem, tornando-o inadequado à vida livre.” (Código Penal e sua interpretação jurisprudencial, 5aedição – Editora Revista dos Tribunais, pg. 926) Na mesma trilha de entendimento,é a construção jurisprudencial, “in verbis”: “Para que as condenações não se consubstanciem em verdadeira prisão perpétua, o que é vedado pela Constituição Federal, o réu tem o remédio do art. 75 do CP, que limita o cumprimento de suas penas privativas de liberdade em trinta anos” (TACRIM – SP – RA – Rel. Rubens Gonçalves- JUTACRIM 91/219) “Quando o montante das reprimendas carcerárias ultrapassa a previsão do art. 75 do CP, surge para o réu o direito de invocar o imediato provimento jurisdicional limitando o tempo de seu cumprimento em trinta anos, sem reflexão na obtenção de outros benefícios, que continuam regulados pela somatória real das penas.” (TACRIM – RA – Rel. David Haddad – JUTACRIM 88/198) Portanto, não assiste razão à respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade no presente caso, uma vez que o Agravante, já havia cumprido efetivamente 30 (trinta) anos de prisão. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, concedendo-se a liberdade ao Agravante e expedindo-se o competente alvará de soltura, como medida de inteira justiça. 16 (local e data). advogado – OAB no 17 AGRAVO REGIMENTAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE , (Pular 10 linhas para despacho judicial) José, já qualificado nos autos do agravo de instrumento no , por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que negou seguimento ao recurso sob a alegação de estar ele intempestivo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor AGRAVO REGIMENTAL com fulcro no artigo 545 do Código de Processo Civil e artigo 28 § 5o da Lei 8.038/1990 c.c artigo do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS O Agravante foi processado e condenado pelo crime de furto qualificado. Ocorre que a pena foi fixada acima do mínimo legal em razão do recorrente estar sendo processado, em outra vara criminal, por crime de estelionato.< Tendo apelado dessa decisão, o Egrégio Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso, ocasião em que o Agravante interpôs embargos de declaração, sendo que o tribunal novamente negou provimento. Inconformado, o Agravante interpôs recurso extraordinário, requerendo o recebimento do referido recurso com o encaminhamento das suas razões para o Colendo Supremo Tribunal Federal, porém, foi negado seguimento ao recurso, sob o fundamento de ser intempestivo. Contra esta respeitável decisão, interpôs o Agravante agravo de instrumento, requerendo fosse encaminhado com as inclusas razões e cópias das peças que o instruiam ao Colendo Supremo Tribunal Federal. Ocorre que foi negado seguimento ao agravo de instrumento, alegando-se, da mesma forma, que este também estaria intempestivo. II – DO DIREITO Em que pese a indiscutível sabedoria da Digníssima Presidência do Egrégio Tribunal, a respeitável decisão não merece prosperar por ter sido proferida sem amparo legal. Com efeito, o prazo para a interposição do Agravo de Instrumento é de 5 dias, conforme, segundo dispõe o artigo artigo 28, “caput”, da Lei 8.038/90, vazado nos seguintes termos: “Denegado o recurso extraordinário ou recurso especial, caberá agravo de instrumento, no prazo de 5 (cinco) dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso.” Ademais, a súmula 699 do Supremo Tribunal Federal expressamente dispõe que: “O prazo para interposição de Agravo, em processo penal, é de 5 (cinco) dias, de acordo com a lei 8.038/90, não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil.” No presente caso, o agravo de instrumento foi interposto no 4o dia a contar da certidão de publicação da decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário, conforme consta das fls. . Ora, não há falar em intempestividade, uma vez que a publicação da decisão recorrida se deu no dia 26/01/04 e o recurso de agravo de instrumento foi interposto no dia 30/01/04, isto é, no 4o dia subsequente, conforme consta das fls. , indicando a data do protocolo. Dessa forma, a respeitável decisão está causando prejuízo à parte agravante, merecendo ser reparada pela presente medida. 18 Sobre o assunto, pertinente é a lição do mestre Fernando da Costa Tourinho Filho: “Assim, tomando a parte interessada ciência de despacho do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma, da Seção ou do Relator, dês que tal despacho lhe cause um prejuízo, poderá interpor, no prazo de 5 dias, agravo regimental. (Manual de Processo Penal – 3a edição – Editora Saraiva – pág. 723) Desse entendimento, não destoa a jurisprudência, merecendo destaque o julgado abaixo transcrito: “Agravo Regimental no Recurso Especial. Decisão Monocrática negando seguimento a recurso interposto – Alegação de ser manifestamente intempestivo – Havendo discussão no Superior Tribunal de Justiça sobre o início do prazo de intimação para o membro do Ministério Público (se a partir da ciência pessoal ou do recebimento dos autos com vista), não pode o Em. Relator negar seguimento monocraticamente a recurso interposto, uma vez não se tratar de recurso “manifestamente” extemporâneo. Tanto é assim que Recente Julgado (Agrg No Agi 338.477/Rs, Dj 20.8.2001) afirma ser da ciência pessoal o início de contagem do prazo para o MP, estando, assim, o apelom ministerial tempestivo”. (Agravo Regimental no Recurso Especial 299130 – HBC 199900200 26593 – STJ – Rel Min. Hamilton Carvalhido – 6a Turma) Portanto, cabível o agravo regimental na hipótese, e estando plenamente tempestivo o agravo de instrumento interposto, a respeitável decisão deverá ser integralmente reformada. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja o presente agravo regimental submetido a julgamento pelo respectivo órgão julgador, para que o agravo de instrumento seja conhecido e processado nos ditames da Lei, como medida de inteira Justiça. Nesses termos, pede deferimento. (local e data) Advogado – OAB / SP No 19 MEMORIAIS EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE , (Pular 10 linhas para despacho judicial) Luis, já qualificado nos autos do processo crime no , que lhe move a Justiça Pública (2), por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, apresentar MEMORIAIS com fulcro no artigo 403 §3o do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS O Acusado foi denunciado como incurso nas penas do art. 171, parágrafo 2o, inciso VI, do Código Penal, porque pagou compra que fizera com cheque devolvido pelo banco sacado, por falta de suficiente provisão de fundos.< Ocorre que, durante a instrução criminal, o Acusado juntou prova de que pagara a dívida no curso do inquérito policial.< O Ministério Público, em seus memoriais, pediu a condenação do Réu. II – DO DIREITO Não assiste razão ao ilustre representante do Ministério Público quando pretende ver condenado o Acusado pela prática do delito de estelionato por meio de pagamento de cheque sem fundos. Com efeito, a súmula 554 do Supremo Tribunal Federal preceitua que: “O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.” Portanto, pode-se facilmente perceber que, quando o pagamento efetuar-se antes do recebimento da denúncia, ficaimpedida a instauração da ação penal. No caso em apreço, foi justamente o que aconteceu. O Acusado saldou a dívida ainda durante a investigação criminal, razão pela qual sequer deveria ter sido proposta a presente ação e, tendo-a sido, indevidamente, certamente não pode resultar na condenação do Acusado. Ademais, a súmula de número 246, também do Supremo Tribunal Federal, estabelece que: “Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos”. De fato, a caracterização do crime de estelionato por meio de pagamento de cheque sem fundos somente se configura quando há o dolo de praticar a fraude. O crime previsto no artigo 171, §2o, VI não admite modalidade culposa. Ora, o pronto pagamento da dívida revela que o Réu não agiu com má-fé e que não houve o dolo, que é a vontade consciente de fraudar para obter a vantagem indevida. Ademais, não logrou o Réu vantagem ilícita e o beneficiário do cheque não sofreu prejuízo patrimonial, já que o compromisso foi honrado, sendo pago o cheque na fase do inquérito policial (cf. doc. acostado nos autos), ou seja, antes do recebimento da denúncia oferecida pelo Promotor de Justiça, restando provado que não houve configuração do delito em tela. Com muita propriedade, o ilustre Fernando Capez traça as seguintes explanações sobre o assunto: “Se o indivíduo emite um cheque na certeza de que tem fundos disponíveis para o devido pagamento pelo banco, quando na realidade não há qualquer numerário depositado na agência bancária, não se pode falar em ilícito criminal, ante a ausência de má-fé. (...) O que a lei penal pune é o pagamento fraudulento. (...) A 20 fraude, portanto, reside no ato de o emitente fazer o beneficiário crer na existência de fundos suficientes em sua conta bancária para arcar com o pagamento prometido. Com engodo, ele obtém vantagem almejada, sem que realize a contraprestação pecuniária exigida.” (Curso de Direito Penal – Parte Especial – vol. 2, Editora Saraiva, págs. 486/487) Nessa esteira também o entendimento jurisprudencial uniforme, conforme já o comprovou a súmula 246 já comentada. Dessarte, se o cheque foi pago antes do recebimento da denúncia, inexiste o delito, não devendo prosseguir a ação penal por falta de justa causa. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja julgada improcedente a presente ação, absolvendo-se o Réu, nos termos do art. 386, inciso III (5), do Código de Processo Penal, como medida de inteira justiça. Nesses termos,< pede deferimento. (local e data). advogado – OAB no 21 Alegações Finais Fundamentação A fundamentação das Alegações Finais, quando tratar-se do rito ordinário (dos crimes contra a honra e dos crimes de responsabilidade de funcionário público, está prevista no artigo 500, do Código de Processo Penal, do rito especial do Tribunal do Júri, prevista no artigo 406 do mesmo diploma legal, do rito sumário no artigo 538, § 2º do CPP, as quais podem ser feitas oralmente, mas faculta-se a entrega por escrito, ou seja, memoriais e no rito de entorpecentes a entrega de memoriais está prevista no artigo 57, da Lei 11.343/06. Trata-se de um Ato Processual e é a última manifestação das partes no processo, para expor matéria de fato e de direito. Contudo, deve-se observar que as nulidades devem ser argüidas preliminarmente. No rito sumário, as ALEGAÇÕES FINAIS são feitas oralmente, sendo facultada a entrega por escrito, ou seja, a entrega de memoriais, (art. 538, 2° do CPP). No rito de entorpecentes, a entrega de memoriais encontra sua fundamentação no artigo 57, da Lei 11.343/06. Procedimento O advogado de defesa deve postular a ABSOLVIÇÃO DO RÉU (será este o pedido). O prazo para apresentá-las é de 3 dias no rito ordinário e de 5 dias no rito especial do Tribunal do Júri. Admissibilidade A peça deve ser endereçada ao Meritíssimo Juiz da Vara por onde tramita o processo e depois das partes apresentarem as suas Alegações Finais, os autos vão conclusos ao Juiz para que ele possa proferir a sentença. No rito especial do Tribunal do Júri as ALEGAÇÕES FINAIS encontram-se fundamentadas no art. 406 do CPP, e o pedido deve ser: a) Pronúncia: Pedir para que o réu seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri; b) Impronúncia: Quando não houver indícios de autoria ou prova de materialidade do delito. Neste caso não ficará livre de ser processado novamente pelo mesmo fato, enquanto não estiver extinta a punibilidade, por que se surgirem novas provas, poderá ser instaurado novo processo contra ele; c) Desclassificação: A desclassificação ocorre quando o delito não for de competência do Tribunal do Júri. Neste caso o processo deve ser remetido para Vara Comum; b) Absolvição Sumária: A absolvição sumária ocorre quando o ato praticado pelo agente estiver amparado por uma das excludentes de antijuricidade ou exclusão da ilicitude (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito. 22 Modelo da Peça Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de . Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da Secção Judiciária de . Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de . (Crimes da competência do Júri) (espaço de 10 linhas para despachos) " ... ", já qualificado nos autos da ação penal em trâmite, que lhe move (Justiça Pública ou nome do querelante), por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamentado no artigo 404 parágrafo único do Código de Processo Penal (ou do 411§ 4º do CPP - crime de competência do júri ou do 534 - sumário), oferecer suas ALEGAÇÕES FINAIS ou MEMORIAIS e para tanto expõe. (2 linhas) DOS FATOS O réu ... (resumir o problema dado). DO DIREITO Embora os fatos descritos, a acusação é totalmente improcedente, com efeito (redigir uma dissertação com início, meio e fim, expondo o caso concreto e a dissonância existente entre os fatos e a lei). Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso (transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). " ... " A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). " ... " Conclui-se, portanto, conforme ficou demonstrado, que o réu faz jus a ... (expor o que se pede). DO PEDIDO Diante do acima exposto, requer que seja decretada a "absolvição do réu, com fulcro no artigo 386, inciso..., do Código de Processo Penal, como medida da mais lídima JUSTIÇA !!!!!! ou No caso de competência do Júri, pedir, conforme o caso: Impronúncia, Desclassificação ou Absolvição Sumária, conforme artigos do CPP), com medida da mais lídima JUSTIÇA !! Nestes termos Pede Deferimento Loca e Data OAB - Seccional de ... 23 Apelação Fundamentação O recurso de Apelação é cabível das sentenças definitivas condenatórias ou absolutórias de 1º grau, com prazo de interposição de 5 dias a contar da intimação da sentença, ou, por nos autos quando o juiz profere a sentença na audiência e o advogado toma ciência interpondo a Apelação oralmente e o escrevente reduz a termo. A Apelação compõe-se 2 peças: Interposição e Razões de Apelação. A interposição será sempre endereçada ao próprio Juiz que prolatou a sentença, para que ele possa analisar os pressupostos de admissibilidade, ou seja, o Juízo de Prelibação. Em seguida o Juiz poderá tomar 3 decisões: a) Recebê-la: Os autos voltam ao apelante para que ele apresente as RAZÕES em 8 dias;b) Denegá-la: Se o juiz denegá-la, cabe o recurso RESE, conforme art. 581, XV do CPP; a) Recebê-la e Julgá-la Deserta: Esta situação ocorre quando o réu apela e foge). Também cabe o recurso RESE. Com as razões os autos são remetidos ao Tribunal competente para reexame da matéria (Tribunal de Justiça ou TRF). A Apelação é um recurso de Instância Reiterada, ou seja, o julgamento do recurso é realizado por um órgão diverso daquele que prolatou a sentença. Na apelação comum, postula-se, via de regra, pela reforma da sentença. A apelação se extingue de 2 formas: a) normal: Pelo seu julgamento, proferido o acórdão; b) normal: Pela deserção, ou seja, quando o réu apela e foge; Pode-se apelar das sentenças absolutórias quando: a ): Absolvem o réu e aplicam medida de segurança (absolvição imprópria); b ): Visando alteração do inciso do artigo 386 (Ex.: que absolvem por insuficiência de provas ou concedem o perdão judicial, etc.). Apelação de Sentenças Proferidas Pelo Tribunal do Júri As decisões do Tribunal do Júri são soberanas, isto é, nenhum órgão jurisdicional pode alterar as decisões proferidas por ele. Assim, ao se apelar de uma sentença proferida pelo Tribunal do Júri, não se pede a reforma da sentença, mas sim, que o apelante seja submetido a um novo júri, conforme estabelece o art. 5º, XXXVII, "c" da CF. (Princípio da Soberania do Júri). Mas se a apelação se basear no fato da sentença do Juiz-Presidente ser contrária à lei expressa, ou à decisão dos jurados ou se houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança, pode o Tribunal de 2ª Instância corrigir o erro (art. 593, §§ 1º e 2º do CPP). 24 Modelo da Peça Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de . Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal do Júri da Comarca da Capital de . (Contra sentença proferida pelo Tribunal do Júri, em casos de crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados). Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de . (Crimes da competência do Júri) (espaço de 10 linhas para despachos) " ... ", já qualificado nos autos da ação penal em nº , que lhe move a Justiça Pública, por seu defensor, não se conformando "data máxima venia", com a sentença que o condenou à pena de anos de reclusão (ou detenção), como incurso no artigo , do Código Penal, dela vem interpor, tempestivamente, RECURSO DE APELAÇÃO, com fundamento no artigo 593, inciso , do Código de Processo Penal (ou do artigo 593, III, "d",§ 3º, se for Tribunal do Júri) ao Egrégio Tribunal de . (2 linhas) Termos em que, requer que seja ordenado o processamento do recurso, com as inclusas razões. (2 linhas) Pede Deferimento (2 linhas) Loca e Data OAB - Seccional de ... 25 Razões de Apelação APELANTE: APELADA: Justiça Pública Processo Crime Nº.: (5 linhas) Egrégio Tribunal de Colenda Câmara Ínclitos julgadores Douta Procuradoria de Justiça (5 linhas) Em que pese o ilibado saber jurídico do Meritíssimo Juiz de 1º grau, impõe a reforma da respeitável sentença condenatória proferida contra o apelante, pelas razões a seguir aduzidas: (2 linhas) DOS FATOS O apelante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso). (2 linhas) DO DIREITO Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão. Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso (transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). " ... " A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). " ... " Conclui-se, portanto, que a sentença condenatória padece de vícios insanáveis. (2 linhas) DO PEDIDO Diante do acima exposto, postula-se que seja dado provimento ao recurso interposto, decretando-se a absolvição do apelante com fulcro no artigo 386, do Código de Processo Penal, como medida da mais lídima JUSTIÇA!!! (2 linhas) Loca e Data OAB - Seccional de ... 26 Razões de Apelação - Tribunal do Júri APELANTE: APELADA: Justiça Pública Processo Crime Nº.: (5 linhas) Egrégio Tribunal de Colenda Câmara Ínclitos julgadores Douta Procuradoria de Justiça (5 linhas) Não é por mero espírito procrastinatório que o apelante clama por justiça, mas para pleitear aos ínclitos Desembargadores que não permitam que a respeitável sentença condenatória do Egrégio Tribunal do Júri da Comarca de , continue a prevalecer, pelas razões a seguir aduzidas. (2 linhas) DOS FATOS O apelante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso). (2 linhas) DO DIREITO Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão. Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso (transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). " ... " A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). " ... " Conclui-se, portanto, que a sentença condenatória padece de vícios insanáveis. (2 linhas) DO PEDIDO Diante do acima exposto, postula-se que seja dado provimento ao recurso interposto, determinando que o apelante seja submetido a novo julgamento, com fulcro no artigo 593, inciso III, alínea "d", parágrafo 3º, do Código de Processo Penal, como medida da mais lídima JUSTIÇA!!! (2 linhas) Loca e Data OAB - Seccional de ... 27 Petição de Juntada de Contra-Razões de Apelação Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Capital de São Paulo. ou Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal do Júri da Comarca de . (Contra sentença proferida pelo Tribunal do Júri, casos de crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados). (Pular 10 linhas para despacho judicial) " ", já qualificado nos autos da ação penal nº. , que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado infra assinado, não se conformando "data máxima venia", com o recurso interposto pelo Digno Representante do Ministério Público, vem respeitosamente perante Vossa Excelência requerer a juntada das CONTRA-RAZOES DE APELAÇÃO, com fulcro no artigo 600 do Código de Processo Penal. Requerendo, desde já, seja recebida e remetida ao Egrégio Tribunal de . (2 linhas) Termos em que, Pede Deferimento Loca e Data OAB - Seccional de ... 28 Contra-Razões de Apelação APELADO: APELANTE: Justiça Pública Processo Crime Nº.: (Pular 10 linhas para despacho judicial) Egrégio Tribunal de Colenda Câmara Ínclitos julgadores Douta Procuradoria de Justiça (5 linhas) Impõe-se, "data venia", a presente contra-razões de Apelação, com fulcro no artigo 600, do Código de Processo Penal, para que seja mantida a respeitável sentença absolutória proferida em favor do apelado, pelas razões a seguir aduzidas: (2 linhas) DOS FATOS O apelado ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso). (2 linhas) DO DIREITO Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão. Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso (transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). " ... " A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamoso posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). " ... " Conclui-se, portanto, que ... (2 linhas) DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja negado provimento a Apelação interposta pelo Digno Representante do Ministério Público, mantendo-se a absolvição em favor do apelado, como medida da mais lídima JUSTIÇA !!! (2 linhas) Loca e Data OAB - Seccional de ... 29 Apelação No Juizado Especial Criminal - JECRIM Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Juizado Especial Criminal de (Pular 10 linhas para despacho judicial) " ... ", já qualificado nos autos da ação penal nº., por seu defensor infra-assinado, não se conformando, "data máxima venia", com a sentença que o condenou a pena de meses de detenção, como incurso no art. , do Código Penal , dela vem APELAR, tempestivamente, com fundamento no art. 82 (ou 76, parágrafo 5º) da Lei nº. 9.099/95, à Egrégia Turma Julgadora. (2 linhas) Termos em que, requer que seja ordenado o processamento do recurso, com as inclusas razões. (2 linhas) Pede Deferimento. Local.data OAB/SP - Nº. 30 Razões de Apelação no JECRIM APELANTE: APELADA: Justiça Pública Processo Crime Nº.: (5 linhas) Ilustre Turma Julgadora Doutos Julgadores (5 linhas) Impõe-se a reforma da respeitável sentença condenatória proferida contra o apelante, pelas razões a seguir aduzidas: (2 linhas) DOS FATOS O apelante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso). (2 linhas) DO DIREITO Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão. Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso (transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). " ... " A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). " ... " Conclui-se, portanto, que ... (2 linhas) DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja negado provimento ao recurso interposto, decretando-se a absolvição do apelante, por ser medida da mais lídima JUSTIÇA !!! (2 linhas) Loca e Data OAB - Seccional de ... 31 APELAÇÃO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE , (Pular 10 linhas para despacho judicial) Ana, já qualificada nos autos do processo crime no , que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável sentença que a condenou como incursa nas penas do art. 299 do Código Penal, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor RECURSO DE APELAÇÃO com fundamento no art. 593, inciso I, do Código de Processo Penal. Requer seja recebida e processada a presente apelação e encaminhada, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça. Nesses termos, pede deferimento. (local e data). advogado – OAB no 32 RAZÕES DE< RECURSO DE APELAÇÃO APELANTE: Ana < APELADA: Justiça Pública PROCESSO No Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara,< Douto Procurador de Justiça, Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz “a quo”, impõe-se a reforma da respeitável sentença proferida contra a Apelante, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS Ana, ora Apelante, foi acusada por crime de falsidade ideológica, sendo instaurado inquérito policial que foi arquivado em 2002. No ano seguinte ao do arquivamento, um outro Promotor Público, analisando os autos do inquérito, chegou à conclusão de que os fatos eram suscetíveis de se enquadrarem em nova definição jurídica e ofereceu denúncia. A denúncia prosperou e acabou sendo a Apelante condenada. II – DO DIREITO Com a devida vênia, a respeitável sentença foi proferida em processo manifestamente nulo, não podendo subsistir. Com efeito, o artigo 18 do Código de Processo Penal preceitua que : “Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.” Analisando-se o disposto no referido artigo, é de se concluir que o inquérito policial somente poderá ser desarquivado se surgirem novas provas. No caso em tela, o inquérito policial foi desarquivado apenas e tão- somente porque um outro D.D. Promotor de Justiça entendeu que os fatos eram suscetíveis de nova capitulação jurídica. Ora, Nobres Julgadores, não existiram novas provas para o desarquivamento do inquérito policial, no presente caso, constituindo tal fato manifesto constrangimento ilegal contra a Apelante. Acrescente-se que novas provas são somente aquelas que produzem alteração dentro do conjunto probatório em que foi baseado o arquivamento. Assim, “a nova prova há de ser substancialmente inovadora, e não apenas formalmente nova” (RTJ 91/831 e RT 540/393) Nesse sentido, é a lição do ínclito penalista Júlio Fabbrini Mirabete: “Produzidas novas provas que modifiquem a matéria de fato, poder-se- á desarquivar o inquérito para o 33 oferecimento da denúncia ou queixa.” (Código de Processo Penal Interpretado, 9a edição, Editora Atlas, págs.124) No mesmo sentido, o Colendo Supremo Tribunal Federal já consagrou o seu entendimento na Súmula 524, a qual passamos a transcrever: “Arquivado o inquérito policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, não poderá a ação penal ser iniciada sem novas provas”. Dessa forma, não se valeu o DD. Representante do Ministério Público de provas novas, vez que eram inexistentes, não podendo assim ter sido desarquivados os autos do inquérito policial, tampouco ter sido condenada a Apelante. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, anulando-se o processo, “ab initio”, bem como expedindo-se contramandado de prisão em favor da Apelante, como medida de inteira justiça. (local e data) advogado – OAB no 34 Carta Testemunhável Fundamentação A Carta Testemunhável está fundamentada nos artigos 639 a 646 do CPC, a ser requerida no prazo de 48 horas, com interposição e razões. Ela é cabível da decisão que nega seguimento ao RESE e Agravo de Execução, e tem como objetivo garantir o processamento de um outro recurso, evitando-se, assim, que algum inconformismo não seja apreciado pelo judiciário. Denegação de Recursos Os recursos, em geral, poderão ser denegados em 1ª. instância ou em 2ª. instância (Juízo de Admissibilidade), sendo: a) do não recebimento da Apelação caberá RESE; b) do não recebimento dos Embargos Declaratórios, Infringentes ou de Nulidade caberá Agravo Regimental; c) do não recebimento do Recurso Especial ou Extraordinário caberá Agravo de Instrumento; d) do não recebimento da Correição Parcial caberá Mandado de Segurança. Processamento da Carta Se o recurso (RESE ou Agravo em Execução) for negado em 1ª. instância, a Carta Testemunhável será requerida ao Escrivão do Cartório, mas se for negado em 2ª. instância, ela será requerida ao Secretário do Tribunal. O pedido da Carta deverá conter a indicação das peças a serem trasladadas, que formarão o instrumento para o julgamento da Carta Testemunhável. Caso o Secretário ou Escrivão se recusarem a extrair peças, poderá haver reclamação ao Presidente do Tribunal "ad quem", que determinará a subida dos autos e aplicará as sanções administrativas aosfaltosos. Extraído e autuado o instrumento, a Carta seguirá o procedimento do recurso denegado, e deverá, neste momento, ser feito o Juízo de Retratação. Se o juiz se retratar o recurso que anteriormente não foi recebido será remetido ao Tribunal, mas se sustentar a decisão de denegação, o Tribunal "ad quem' mandará subir o recurso denegado ou, se estiver instruída a Carta, poderá o Tribunal apreciar o mérito da questão que ensejou o Recurso denegado. 35 Modelo da Peça Ilustríssimo Senhor Escrivão do Cartório do Ofício Criminal do Foro da Comarca de . ou Ilustríssimo Senhor Secretário do Cartório da Câmara do Tribunal de Justiça de . " ... ", (qualificação e endereço), por seu advogado infra-assinado, vem perante Vossa Senhoria, com fundamento no artigo 639, do Código de Processo Penal, requerer a extração da CARTA TESTEMUNHÁVEL , bem como que seja recebido, processado e remetido o presente recurso ao Egrégio Tribunal de Justiça de . Requer, ainda, que Vossa Senhoria comunique ao Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz, para que ele possa exercer o juízo de retratação. Para tanto, Indica para serem transladas as seguintes peças: 1) Decisão recorrida; 2) Intimação da decisão recorrida; 3) Petição do recurso; e 4)Despacho denegatório do recurso. (2 linhas) Nestes Termos Pede Deferimento. (2 linhas) Loca e Data OAB - Seccional de ... 36 Razões de Carta Testemunhável REQUERENTE: REQUERIDA: Justiça Pública Processo Crime Nº.: (5 linhas) Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Colenda Câmara Ínclitos Desembargadores ou Doutos Julgadores (5 linhas) A Respeitável decisão do Meritíssimo Juiz, julgando intempestivo o Recurso de ..., não deve "data venia", subsistir, pelas razões a seguir aduzidas: (2 linhas) DOS FATOS O Requerente ... (resumir o problema dado). (2 linhas) DO DIREITO O Meritíssimo Juiz não poderia ter indeferido o recurso em apreço, pois o mesmo foi interposto tempestivamente. (2 linhas) DO PEDIDO Diante de todo o exposto , postula-se a presente Carta Testemunhável, para que esse Egrégio Tribunal, determine que o recurso de ... seja processado, para que assim se faça unicamente justiça. Requer, ainda, caso Vossa Excelência entenda que a presente Carta acha-se devidamente instruída, o seu processamento em conformidade com o artigo 644, do Código de Processo Penal. (2 linhas) Loca e Data OAB - Seccional de ... 37 CARTA TESTEMUNHÁVEL ILUSTRÍSSIMO SENHOR ESCRIVÃO DIRETOR DO OFÍCIO CRIMINAL DA COMARCA DE , (Pular 10 linhas para despacho judicial) “A”, já qualificado nos autos do recurso em sentido estrito no , por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que negou seguimento ao recurso, vem, respeitosamente, perante Vossa Senhoria, dentro do prazo legal, requerer a extração de CARTA TESTEMUNHÁVEL com fulcro no artigo 639 do Código de Processo Penal. Indica para trasladado as seguintes peças: a) decisão que ensejou o recurso denegado; b) certidão de intimação dessa decisão;< c) interposição e razões do recurso denegado; d) a decisão que denegou o recurso; e) certidão de intimação da decisão denegou o recurso f) cópia da queixa-crime Diante do exposto, requer seja extraída a presente carta testemunhável e, caso o Douto Magistrado entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja encaminhada com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça. Nesses termos, pede deferimento. (local e data) advogado – OAB no 38 RAZÕES DE< CARTA TESTEMUNHAVEL. RECORRENTE: “A” RECORRIDO:< PROC: Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, < Douto Procurador de Justiça, Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz ”a quo”, impõe-se a reforma da respeitável decisão que negou seguimento ao recurso em sentido estrito interposto pelo testemunhante, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS O Testemunhante, processado por violação ao artigo 213 do Código Penal, requereu que fosse declarada a extinção da punibilidade por decadência, uma vez que a ofendida não intentou a ação no prazo legal. Referido pedido foi indeferido pelo Meretíssimo Juiz de 1o grau, ocasião em que o Testemunhante interpôs recurso em sentido estrito, dentro do prazo legal, com fundamento no art. 581, IX, do Código de Processo Penal. Ocorre que o Meretíssimo Juiz “a quo” negou seguimento ao recurso interposto, sob a alegação de que era intempestivo. II – DO DIREITO Não merece prosperar a respeitável decisão do Meritíssimo Juiz, por ter sido proferida sem amparo legal. Com efeito, segundo a regra insculpida no artigo 586 do Código de Processo Penal, o prazo para a interposição do recurso em sentido estrito, ressalvada a hipótese do inciso XIV do artigo 581, é de cinco dias. Ora, o recurso interposto pelo Testemunhante, ao contrário do que afirma a respeitável decisão, é plenamente tempestivo, pois foi interposto dentro do prazo legal de 5 (cinco) dias (fls._ ), nos termos do supra citado artigo, contados da intimação da respeitável decisão que indeferiu o pedido de extinção da punibilidade por decadência (fls. _ ). Dessa forma, é perfeitamente cabível a presente carta testemunhável, conforme o disposto no artigo 639 do Código de Processo Penal. Sobre o assunto, preleciona o ínclito doutrinador Júlio Fabrini Mirabete: “Cabe a carta testemunhável da decisão que denegar o recurso, ou mais precisamente, da decisão do juiz ou tribunal ‘a quo’ que não admitir o recurso ou, quando admitido, obstar sua expedição ou seguimento para o juízo ad quem”. (Código de Processo Penal Interpretado, 9a edição, pag. 1664). Em consonância com a doutrina, não destoa a jurisprudência de nossos tribunais, merecendo destaque o julgado abaixo transcrito: “Entre nós, por expressa disposição da lei penal processual, é admissível a carta 39 testemunhável, quando for denegado recurso em sentido estrito.” (TACRIM-SP – RT 553/375) III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, determinando-se o processamento do recurso em sentido estrito, ou, caso Vossas Excelências entendam estar suficientemente instruída a carta, que decidam “de meritis” em face do disposto no art.644 do CPP, como medida de inteira justiça. (local e data). advogado – OAB no 40 REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO COMO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE , (Pular 10 linhas para despacho judicial) Maria, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliada na Rua , por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc. 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos autos do processo-crime no , requerer sua HABILITAÇÃO COMO ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO com fulcro no artigo 268 do Código de Processo Penal, após manifestação do Ministério Público. Nesses termos, pede deferimento. (local e data). advogado – OAB no 41 REQUERIMENTO PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA TITULAR DO DISTRITO POLICIAL DE , (Pular 10 linhas para despacho policial) , (nacionalidade), (estado civil), comerciante, residente e domiciliado na Rua , por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc. 01), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria requerer INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIALcom fulcro no artigo 5o, II, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS O Requerido comprou do Requerente mercadorias no valor de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais), efetuando o pagamento por meio de cheque. Ocorre que o cheque foi recusado após duas apresentações, por falta de fundos, configurando o delito de estelionato na modalidade de pagamento por meio de cheque sem provisão de fundos. II – DO DIREITO Com efeito, o artigo 171, § 2o, VI, do Código Penal, assim descreve o crime de estelionato: “ Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:... §2o Nas mesmas penas incorre quem: ... VI – emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.” Note-se que houve perfeita adequação entre a conduta do Requerido e o disposto no supracitado dispositivo penal. A emissão de cheque pelo Requerido sem suficiente provisão de fundos, bem como o efetivo prejuízo para o Requerente encontram-se amplamente caracterizados. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja instaurado o competente Inquérito Policial para que, posteriormente, possa ser promovida a persecução penal contra o Requerido. Requer, outrossim, a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas: 42 Rol de Testemunhas: 1) Nome, endereço 2) Nome, endereço 3) Nome, endereço Nesses termos, pede deferimento. (local e data). advogado – OAB no 43 JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE , (Pular 10 linhas para despacho judicial) “A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua , por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc.01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL nos termos da lei, com base nos artigos 861 e seguintes do Código de Processo Civil, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS “A” foi processado e condenado por ter alugado seu apartamento para um casal manter ali relações sexuais, mediante o preço de R$200,00 (duzentos reais). Ocorre que, um mês após a publicação do acórdão que confirmou a sentença condenatória, surgiram testemunhas garantindo ter sido a primeira vez que praticara tal fato. II – DO DIREITO Diante do surgimento de novas provas que atestam a inocência do Condenado, a oitiva das testemunhas referidas é pertinente e necessária uma vez que a prova produzida poderá basear a revisão criminal para desconstituir o acórdão que condenou o Réu à pena de 2 (dois) anos de reclusão pelo delito tipificado no artigo 229 do Código Penal. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas, como medida de inteira Justiça: Rol de testemunhas: 1) Nome, endereço 2) Nome, endereço 3) Nome, endereço Nesses termos, pede deferimento. (local e data). advogado – OAB no CORREIÇÃO PARCIAL 44 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA COMARCA DE (Pular 10 linhas para despacho judicial) Carlos, nos autos do processo crime que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que determinou a oitiva das testemunhas de defesa antes da oitiva das testemunhas da acusação, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor CORREIÇÃO PARCIAL com fulcro no artigo . Requer seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda deva ser mantida a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça. Nesses termos, pede deferimento. (local e data). advogado – OAB no 45 RAZÕES DE < CORREIÇÃO PARCIAL RECORRENTE: Carlos RECORRIDO: Justiça Pública PROCESSO No Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara,< Douto Procurador de Justiça, Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz ”a quo”, impõe-se a reforma da respeitável decisão que determinou a oitiva das testemunhas da defesa antes das da acusação, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS O Recorrente foi denunciado pela prática do crime previsto no artigo 157, § 2o, inciso I, do Código Penal, pois supostamente teria subtraído a carteira de um motorista, mediante grave ameaça com emprego de arma.< Apresentou defesa preliminar, ocasião em que arrolou as testemunhas da defesa.< Ocorre que o Meretíssimo Juiz “a quo” determinou a oitiva das testemunhas da defesa antes da oitiva das testemunhas da acusação. II – DO DIREITO A respeitável decisão não pode prosperar, porque fruto de um erro que importa inversão tumultuária do processo. Com efeito, o artigo 400 do Código Penal dispõe que: “Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando- se, em seguida, o acusado No caso em tela, referido dispositivo não foi observado pelo Meritíssimo Juiz “a quo”, uma vez que as testemunhas de defesa serão ouvidas antes das de acusação, o que acaba por ferir o princípio constitucional do contraditório e ampla defesa.< Nesse sentido, pertinente é a lição do douto Júlio Fabbrini Mirabete ao ensinar que: “As testemunhas arroladas pela acusação devem ser ouvidas em primeiro lugar (...) Isto porque, evidentemente, as testemunhas arroladas pela defesa estão destinadas, em princípio, a contrariar a prova produzida pela acusação. A inversão dessa ordem causa tumulto processual, reparável por via de correição parcial (...)” ( Processo Penal, 10a edição, Editora Atlas, pg. 480) Na mesma trilha de entendimento, é a jurisprudência pátria:< “ (...)as testemunhas de acusação deverão ser ouvidas antes das de defesa em respeito ao princípio do contraditório; porém, a inversão da prova somente poderá anular a ação penal se demonstrado efetivo prejuízo à defesa” ( TJSC – RT 747/748) 46 Em face do acima articulado, a respeitável decisão do Meritíssimo Juiz de 1o grau deve ser inteiramente reformada. III – DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja conhecida e provida a presente correição parcial, tornando-se sem efeito a decisão recorrida, para que as testemunhas da defesa sejam ouvidas após as da acusação, como medida de inteira justiça. (local e data). advogado – OAB no 47 DEFESA PRELIMINAR – RITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE (Pular 10 linhas para despacho judicial) José, já qualificado na denúncia oferecida pelo Digníssimo membro do Ministério Público, por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc. 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar DEFESA PRELIMINAR com fulcro no artigo 514 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I – DOS FATOS O Acusado, policial civil, foi denunciado como incurso nas penas do artigo 312, “caput”, do Código Penal, porque supostamente teria se apropriado de um relógio pertencente
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