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Modelo de Peças OAB

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Esculápio da Silva, brasileiro, casado, engenheiro, domiciliado na capital do Estado de WYK, é 
comunicado por amigos que a Administração do Estado está providenciando um plano de obras 
custosas e pretendendo que elas sejam entregues, independentemente de licitação, a empresas 
com vínculos pessoais com dirigentes do seu partido político. Os valores correspondentes às 
obras são incluídos no orçamento, observado o devido processo legislativo. Quando da realização 
das obras, aduz a necessidade de urgência diante de evento artístico de grande repercussão a 
realizar ‐ se em aproximadamente um ano, o que inviabilizaria a realização de procedimento 
licitatório e designa três empresas para repartir as verbas orçamentárias, cabendo a cada uma 
realizar parte da obra preconizada. As empresas Mastodonte S.A., Mamute S.A. e Dente de Sabre 
S.A. aceitam, de bom grado, o encargo e assinam os contratos com a Administração. O valor das 
obras corresponde a um bilhão de reais. Inconformado com esse fato, Esculápio da Silva, cidadão 
que gosta de participar ativamente da defesa da Administração Pública e está em dia com seus 
direitos políticos, procura orientação jurídica e, após, resolve ajuizar a competente ação. 
Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando: 
a) competência do juízo; 
b) legitimidade ativa e passiva; 
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; 
d) os requisitos formais da peça; 
e) tutela de urgência. 
 
 
Resumo da resposta: 
 
Excelentíssimo  Senhor Doutor  Juiz de Direito da  ... Vara de  Fazenda Pública da Comarca do 
Estado WKY 
(10 linhas) 
 
Esculápio  da  Silva,  brasileiro,  casado,  engenheiro,  portador  do  título  de  eleitor  nº..., 
inscrito no CPF/MF nº..., residente e domiciliado à ... Estado WYK, por seu advogado infra‐assinado 
com instrumento de mandato anexo e endereço constante à ..., para onde devem ser remetidas 
as  intimações na  forma do art. 39,  I CPC,  vem perante Vossa Excelência,  com base no art. 5º 
CRFB/88 e na Lei 4.717/65 mover: 
  
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR 
Em desfavor do Estado WYK, pessoa  jurídica de direito público, neste ato representado por seu 
governador, com sede à ...; empresa Mastodente S.A., pessoa jurídica de direito privado, neste ato 
representado por  seu presidente,  com endereço à  ...; Mamute  S.A., pessoa  jurídica de direito 
privado, neste ato representado por seu presidente, com endereço à  ..., e Dente de Sabre S.A., 
pessoa  jurídica  de  direito  privado,  neste  ato  representado  por  seu  presidente  pelos  fatos  e 
fundamentos jurídicos que passa a expor: 
 
I – DA CIDADANIA ATIVA 
O art 5º da CRFB/88 e a  lei 4.717/65, exigem como condição de  legitimidade em ação 
popular a cidadania ativa, isto é, o direito de participar da vida política do país. O art. 1, § 3º, da lei 
4.717/65 que “ a prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com título eleitoral ou com 
documento que a ele corresponda”. 
O autor prova sua cidadania através dos fatos através das provas que instruem a presente 
inicial. 
 
II‐ DOS FATOS 
Breve resumo dos fatos 
 
III – DO DIREITO 
A presente ação popular proposta busca  tutelar os direitos difusos, como o patrimônio 
público. 
 
A referida contratação, sem observar o procedimento licitatório, ofende frontalmente os 
princípios regentes da administração pública contidos no art. 37, caput da CRFB/88 dentre os quais  
determina  ao  administrador  a  observância  dos  princípios  da  legalidade,  impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. 
 
Legalidade foi abalroada na medida em que não foi observado o art. 37, XXI, CRFB/88 e o 
que preceitua o 2º da lei 8.666/90. 
 
A  não  realização  de  procedimento  licitatório  ofende  o  princípio  da  moralidade  e  da 
impessoalidade  por  obvio,  uma  vez  que  o  administrador  contratará  com  quem  lhe  for  mais 
conveniente e não o mais competente ou que apresentar melhor proposta. 
 
Eficiência na  administração pública  impõe  ao  administrador  colher para  a  sociedade o 
máximo de benefício com o menor custo possível, ora, a não realização de licitação impede que o 
administrador descubra  se  existe proposta mais  vantajosa para  os  administrados,  verdadeiros 
titulares do poder estatal, art. 1º, parágrafo único da CRFB/88. 
 
Ademais, o art., 2º, “b” e “d”   da Lei da ação popular estabelece que são nulos os atos 
lesivos ao patrimônio das entidade mencionadas no artigo anterior, nos casos de vício de forma e 
inexistência dos motivos, como aconteceu no caso em comento. 
 
IV – DA MEDIDA LIMINAR 
 
Impõe‐se a necessidade tutela de urgência em razão do sério risco de dano que a medida 
poderá causar, não conceder a  liminar de  imediato, fará com que a administração disponha de 
recursos  financeiros  vultuosos  trazendo  prejuízos  irreparáveis,  ou  de  difícil  reparação  para  a 
sociedade. 
 
Uma vez demonstrado o perigo na demora (periculum in mora) da prestação jurisdicional, 
impõe observar que a verossimilhança da alegação (fumus boni iuris) está presente pelos próprios 
fatos alegados nesta exordial aliados às provas que instruem os autos. 
 
V ‐  DO PEDIDO 
 
Ante o exposto requer: 
 
a) Seja  deferida  a  liminar,  para  suspender  o  ato  lesivo,  sendo,  de  imediato,  suspenso  o 
contrato celebrado entre os réus; 
b) A citação do impetrados para, querendo, responder a presente ação no prazo legal; 
c) A intimação do ilustre representante do Ministério Público para intervir no feito até o final; 
d) Seja julgado procedente o pedido para anular o contrato administrativo guerreado; 
e) A  condenação  dos  réus  para  ressarcir  o  erário  de  eventual  prejuízo  decorrente  do 
pagamento efetuado, o que será apurado em futura liquidação; 
f) Sejam condenados os impetrados nos ônus da sucumbência.   
 
 
Pretende provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial por meio de 
produção de prova documental e oral. 
 
Apesar de ser a ação gratuita nos termos do art. 5º, LXXIII da CRFB/88, atribui a causa, por 
questões formais, o valor de R$ 1.000.000.000,00 (um  bilhão de reais). 
 
Nestes termos 
Espera deferimento 
 
Local e data 
Advogado 
OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
MODELO	DE	PEÇA‐DIREITO	
DO	TRABALHO	
[Subtítulo do documento] 
   	
 
	
Comentários da prova da área 
Trabalhista 2ª fase da OAB – 
42º Exame 
Profª	Isabelli	Gravatá	
 
Queridos	alunos,	 seguem	os	comentários	das	questões	da	última	prova	da	
OAB.	Estou	torcendo	por	todos!	
   
PEÇA PRÁTICO‐PROFISSIONAL: 
 
ESTRUTURA DA CONTESTAÇÃO: 
 
‐ Endereçamento (EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª 
VARA DO TRABALHO DE BOA ESPERANÇA / MG) 
 
‐ Número do processo (RT nº 
1234/2010) 
 
‐ Indicação do nome do Reclamado (Banco Finanças S/A) / identificar a 
ação (reclamação trabalhista, pelo rito ordinário) / nome da Reclamante 
(Kelly Amaral) / endereço do advogado – arts. 39, I e 44 do CPC 
 
‐ NOME DA PEÇA 
(CONTESTAÇÃO) 
 
‐ Amparo legal: art. 300 do CPC c/c arts. 847 e 
769 da CLT 
 
‐ Preliminar (INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL PELA FALTA DE 
FUNDAMENTAÇÃO DO PEDIDO DE DANOS MORAIS – art. 301, III do 
CPC) 
 
‐ No 
mérito: 
Prescrição do período anterior a 13.09.2005 (art. 7º XXIX da 
CRFB – prescrição quinquenal) 
Fatos: dados – admissão (04.08.2002), função (gerente geral da 
agência), salário (R$5.000,00), jornada (prevista em lei), demissão 
(15/07/2009). 
Fundamentos 
(separar	por	tópicos,	colocar	sempre	o	amparo	legal	e	no	final	requerer	a	improcedência	
de	cada	pedido)	
 
DA IMPOSSIBILIDADE DE REINTEGRAÇÃO AO EMPREGO PELA 
INEXISTÊNCIA DE 
ESTABILIDADE � mencionar a O.J. 369 da SDI�1 do TST, pois 
delegado sindical não tem direito à estabilidade, portanto, não há que se 
falar em reintegração.DAS HORAS EXTRAS – fundamentar no art. 62, II e parágrafo único da 
CLT c/c Súmula 287 do TST informando que por se tratar de gerente geral 
da agência, com gratificação de função de 45% do seu salário, não tem 
limite de jornada, razão pela qual não são devidas as horas extras 
postuladas. 
 
DO AUXÍLIO EDUCAÇÃO – mencionar que o referido direito foi 
concedido por força de convenção coletiva, logo, não se incorpora ao 
contrato de trabalho – Súmula 277, I do TST. 
 
DA QUEBRA DE CAIXA – a referida parcela só é devida aos que trabalham 
no caixa do banco, o que não era o caso da reclamante, não havendo que 
se falar em isonomia – Súmula 247 do TST. 
DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL – citar o parágrafo 4º do art. 461 que diz ser incabível 
a equiparação salarial a empregado readaptado em nova função, razão pela qual o pedido 
deve ser julgado inteiramente improcedente. 
 
DAS FÉRIAS INTEGRAIS 2007/2008 – a reclamante se retirou em licença remunerada por 
32 dias durante o período aquisitivo das referidas férias, portanto, com base no art. 133, II 
da CLT não terá direito a férias. 
 
DOS DANOS MORAIS – inobstante a inépcia arguida, contestar no mérito alegando que 
a reclamante não sofreu qualquer dano durante o seu contrato de trabalho, nem tampouco 
em sua saída. 
 
DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – indevidos por não estar a reclamante assistida 
por sindicato de classe � mencionar as Súmulas 219 e 329 do TST, bem como a O.J. 305 
da SDI�1 do TST. 
  
 
‐ Das Deduções e/ou Compensação (art. 767 da CLT) 
 
‐ Protestar pelos meios de prova 
 
‐ Encerramento – acolhimento da preliminar e/ou julgar improcedente a demanda com a 
condenação da reclamante às verbas de sucumbência: 
 
‐ Local e data 
 
‐ Assinatura / nome do advogado / nº da OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
MODELO	DE	PEÇA	
DIREITO	PENAL	
[Subtítulo do documento] 
    
3 
 
Estrutura da peça processual 
 
I – DOS FATOS – Resumo do fato criminoso e/ou do ocorrido no processo 
 
II – DA FUNDAMENTAÇÃO 
 
1. CONDIÇÕES DA AÇÃO 
 
a) Possibilidade jurídica do pedido – previsão legal do crime 
b) interesse de agir – imposição de uma pena 
c) legitimidade de partes – ação penal pública ou privada (ver no CP qual o crime da questão) 
d) justa causa – lastro probatório mínimo para o oferecimento da denúncia – art. 41 CPP 
o indícios de autoria 
o prova da existência do fato 
 
2. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS 
 
EXISTÊNCIA  VALIDADE 
Órgão investido de jurisdição Competência
Partes  Capacidade
Pedido  Regularmente formulado
Citação regular 
 
a) Competência – art. 109, IV, IX e XI CR e art. 69 CPP. 
b) Nulidades – art. 564 CPP 
c) Impedimento – art. 252 CPP 
d) Suspeição – art. 254 CPP 
e) Litispendência – art. 110 CPP 
f) Coisa julgada – art. 110 CPP 
   
3. PRELIMINAR DE MÉRITO 
a) Morte do réu – art. 62 CPP 
b) Anistia, graça ou indulto 
c) Abolitio criminis – art. 2o CP 
d) Prescrição – art. 109 CP 
e) Decadência – art. 38 CPP 
f) Perempção – art. 60 CPP 
g) Renúncia do querelante – art. 49 CPP 
h) Perdão do querelante – art. 51 CPP 
i) Retratação do agente – art. 25 CPP 
j) Perdão judicial – art. 120 CP 
k) Questões prejudiciais – art. 92 e 93 CPP 
 
4. PRISÃO 
a) Ilegal – Relaxamento – ausência dos requisitos formais – art. 301 e seguintes CPP. 
b) Desnecessária – Revogação da prisão preventiva ou liberdade provisória (flagrante) – não presença dos 
requisitos do art. 312 e 313 CPP. 
 
5. MÉRITO – Todas as questões relativas ao Direito Penal Material. 
4  
 
FATO TÍPICO  ILICITUDE  CULPABILIDADE 
Conduta  Estado de necessidade Imputabilidade
Resultado  Legítima defesa Potencial consciência da ilicitude
Nexo causal  Estrito cumprimento do dever legal Exigibilidade de conduta diversa
Tipicidade  Exercício regular de um direito  
Consentimento do ofendido  
   
6. PEDIDO 
 
7. AUTENTICAÇÃO ‐ Termos em que, Pede deferimento. Data e assinatura. 
5 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DO ESTADO DE ,  
(Pular 10 Linhas) 
 
José, já qualificado nos autos do recurso extraordinário no , por seu advogado que esta subscreve, não 
se conformando com a respeitável decisão que negou seguimento ao recurso, vem, respeitosamente, perante Vossa 
Excelência, dentro do prazo legal,  
interpor  
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
com fundamento nos arts. 544 e ss. do Código de Processo Civil e artigo 28 da Lei 8.038/90.  
De acordo com o §1o do artigo 544 do Código de Processo Civil, instrui o presente com as seguintes peças:  
1. a) Decisão condenatória de primeira instância, acórdão mantendo a condenação e acórdão negando 
provimentos aos embargos de declaração. 
2. b) Certidão de intimação do acórdão negando provimento dos embargos. 
3. c) Interposição e razões do recurso extraordinário. 
4. d) Decisão que denegou o recurso extraordinário. 
5. e) Certidão de intimação da decisão que denegou o recurso extraordinário. 
6. f) Procuraçãodoréu. 
 
Requer seja recebido e processado o presente recurso e encaminhado, com as inclusas razões, ao Colendo 
Supremo Tribunal Federal.  
Nesses termos, 
pede Deferimento. 
   
(local de data) 
    
advogado – OAB no 
5
RAZÕES DE 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO AGRAVANTE:  
José. AGRAVADO: Justiça Pública 
RECURSO EXTR. No 
Supremo Tribunal Federal, Colenda Turma, 
Douto Procurador da República, 
 
Em que pese o indiscutível saber jurídico da Colenda Presidência do Egrégio Tribunal de Justiça, impõe-se a reforma da 
respeitável decisão que negou seguimento ao 
 
recurso extraordinário, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:  
I – DOS FATOS 
 
O Agravante foi processado e condenado pelo crime de furto qualificado. Ocorre que a pena foi fixada acima do mínimo 
legal em razão do Agravante estar sendo 
 
processado, em outra vara criminal, por crime de estelionato.  
Tendo apelado dessa decisão, o Egrégio Tribunal negou provimento ao recurso, ocasião em que o Agravante interpôs 
embargos de declaração, sendo que o Tribunal novamente negou provimento. 
 
Inconformado, o Agravante interpôs recurso extraordinário, requerendo o recebimento do referido recurso com o 
encaminhamento das suas razões para o Colendo Supremo Tribunal Federal, porém, foi negado seguimento ao recurso 
extraordinário, sob o fundamento de ser ele intempestivo e proferida sem amparo legal.  
II – DO DIREITO 
 
Não merece prosperar a respeitável decisão denegatória, por ter sido  
Com efeito, conforme reza o artigo 26 da Lei 8.038/90, o prazo para a interposição dos recursos especial e extraordinário 
é de 15 dias. “In verbis”: 
 
“Os recursos extraordinário e especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos no prazo comum 
de 15 (quinze) dias, perante o Presidente do Tribunal recorrido (...)”  
No presente caso, o recurso extraordinário foi interposto no 8o dia a contar da certidão de publicação do acórdão que 
negou provimento aos embargos de declaração (fls. ). 
 
De fato, o acórdão que negou provimento à apelação foi publicado em 05/01/04 (fls.), tendo Agravante interposto 
embargos de declaração no dia 07/01/04 (fls.), o qual interrompeu o prazo para a interposição do recurso extraordinário. 
 
Logo, com a publicação do v. acórdão que negou provimento aos embargos, ocorrida em 13/01/04 (fls.), o prazo para a 
interposição do recurso extraordinário iniciou seu fluxo, pelo que teria ainda o Agravante quinze dias para interpor o 
recurso extraordinário, ocasião em que o fez no 8o dia, a contar da publicação do referido acórdão, mais propriamente 
no dia 21/01/04.  
Portanto, não há falar em intempestividade do recurso extraordinário, em razão de ter se operado, no caso, a interrupção 
do prazo em virtude dos embargos de declaração.Justiça:  
Nesse sentido, a doutrina:  
“De modo que, atualmente, se pode entender que o prazo para outros recursos fica interrompido também no campo 
penal, recomeçando a contar em sua inteireza a partir da intimação da decisão que julga os embargos” (GRINOVER, 
Ada Pellegrini et alli. Recursos Penal. 3a edição. São Paulo: RT, 2001. P. 236)” 
6 
 
Também nessa trilha, é o entendimento do Colendo Supremo Tribunal Federal.  
“Os embargos de declaração, mesmo em matéria criminal, interrompem o prazo para interposição de outros Recursos 
(CPC, art. 538, C.C. art. 3o CPP), o que significa dizer: despreza-se por completo o tempo transcorrido 
precedentemente” (STJ RESP – Rel. Fernando Gonçalves – TRF 105/355).  
Dessarte, indevida e arbitrária a denegação do recurso extraordinário, devendo ser ele conhecido, sob pena de 
cerceamento de defesa e violação ao princípio constitucional insculpido no artigo 5o, LV, da Constituição Federal.  
III – DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, determinando-se o processamento do recurso 
extraordinário, e, estando presentes os elementos necessários, que seja desde logo julgado o mérito, nos termos do 
disposto na norma contida do § 3o do artigo 28 da Lei 8.038/90, como medida de inteira justiça.  
(local e data) 
  
  
advogado – OAB no 
7 
 
Habeas Corpus 
 
Fundamentação 
 
O Habeas Corpus tem a sua fundamentação no artigo 647 e seguintes do Código de Processo Penal e no 
artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal. 
 
Admissibilidade 
 
a) Pode ser impetrado por qualquer pessoa, inclusive por quem esteja sofrendo a coação ilegal, ou esteja na 
iminência de sofrê-la; 
b) Deve ser dirigido à autoridade hierarquicamente superior àquela tida como coatora; 
c) Poder ser preventivo para amparar a liberdade de locomoção; 
d) Poder ser liberatório para cessar a coação ilegal; 
e) Cabe Recurso em Sentido Estrito, quando denegado em primeira instância e Recurso Ordinário 
Constitucional, se denegado em segunda instância; 
f) Não cabe Habeas Corpus em punição disciplinar; 
g) Denominações utilizadas: 
   
1) Paciente: Agente que sofre ou está ameaçada de sofrer uma coação ilegal; 
2) Impetrante: Quem pede a ordem de Habeas Corpus; 
3) Impetrada: Autoridade a quem é dirigido o pedido; 
4) Coator: Quem exerce ou ameaça exercer a coação ilegal; 
5) Detentor: Quem detém o paciente. 
8 
 
Modelo da Peça 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais da Capital de São 
Paulo SP; 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de ; 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de 
 ; 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal Regional Federal da 
 
. (espaço de 10 linhas para despachos) 
' ... ', Advogado inscrito na OAB/__ n° , com escritório na Rua , nº , nesta cidade, vem 
com fundamento no artigo 5º., inciso LXVIII, da Constituição Federal e artigo 647, do Código de Processo 
Penal, impetrar ordem de "HABEAS CORPUS" em favor de ' ... ' (qualificação completa), que vem sofrendo 
constrangimento ilegal por parte do Meritíssimo Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de , 
ou contra ato do Ilustríssimo Senhor Delegado de Polícia do Distrito Policial de _, pelas razões a 
seguir aduzidas. 
 
(2 linhas) 
 
DOS FATOS 
 
O paciente ... (transcrever o enunciado ou resumi-lo, caso seja muito extenso). 
(2 linhas) 
DO DIREITO 
 
Iniciar o parágrafo em consonância a tese que será utilizada, como abaixo: 
   
Nulidade: Com Sentença 
 
A condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida num processo 
manifestamente nulo. Com efeito, ... (elaborar a dissertação expondo a dissonância existente entre os fatos e 
a lei). 
 
Nulidade: Sem Sentença 
 
O referido processo (referida prisão) constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ser 
manifestamente nulo(a). Com efeito, ... (dissertar). 
 
Falta de Justa Causa: Com Sentença 
 
A referida condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por falta de justa causa. 
Com efeito, ... (dissertar). 
 
Falta de Justa Causa: Sem Sentença 
 
A referida ação penal (referida prisão) constitui uma coação ilegal contra o paciente, por falta de 
justa causa. Com efeito, ... (dissertar). 
 
Extinção de Punibilidade: Com Sentença 
9 
 
A referida condenação constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida 
quando já estava extinta a punibilidade. Com efeito, quando foi proferida a respeitável sentença condenatória, 
já tinha ocorrido a (decadência ou prescrição ou perempção), conforme estatui o disposto no artigo 107, 
inciso IV, do Código Penal. 
 
Desse modo, ... (dissertar). 
 
Extinção de Punibilidade: Sem Sentença 
 
A referida ação penal constitui uma coação ilegal contra o paciente, por ter sido proferida quando 
já estava extinta a punibilidade. Com efeito, quando foi instaurada a ação penal, já tinha ocorrido a (decadência 
ou prescrição ou perempção), conforme estatui o disposto no artigo 107, inciso IV, do Código Penal. 
 
Desse modo, ... (dissertar). 
 
Abuso de Autoridade 
 
A referida prisão ou decisão (Exemplo: denegação de sursis) constitui uma coação ilegal contra o 
paciente e não deve prosperar em razão de ... (dissertar). 
 
(2 linhas) 
 
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso 
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). 
 
" ... " 
 
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o 
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). 
 
" ... " 
 
Conclui-se, portanto, que o paciente faz jus ... (expor o que se pede), a fim de cessar a coação 
ilegal que vem sofrendo por parte da autoridade coatora. 
 
(2 linhas) 
   
DO PEDIDO 
 
Diante do acima exposto, pleiteia-se que sejam requisitadas informações, com máxima urgência, 
para o presente caso, perante a autoridade ora apontada como coatora, para que ao final conceda-se a 
ordem impetrada, com fulcro no artigo 648, inciso , do Código de Processo Penal e que seja ... (completar 
de acordo com a tese utilizada, conforme abaixo) 
 
1) Nulidade: ... decretada a anulação “ab initio” (ou a partir de algum ato específico) da ação penal, ... 
 
2) Extinção de Punibilidade: ... decretada a extinção de punibilidade do fato imputado ao paciente na ação 
penal, ... 
 
3) Falta de Justa Causa - Sem Sentença: ... decretado o trancamento da ação penal, ... 
 
4) Falta de Justa Causa - Com Sentença: ... decretada a cassação da sentença proferida contra o paciente, 
revogando-se os efeitos oriundos da mesma; ... 
 
Deve-se ainda complementar os pedidos acima de acordo com a situação em que se encontra o 
agente, podendo ser: 
10 
 
a) ... com a revogação da prisão preventiva decretada contra o paciente e a expedição do alvará de soltura 
em seu favor, ou, expedição do contramandado de prisão em seu favor, por ser medida da mais lídima 
JUSTIÇA! 
b) ... com o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao paciente e a expedição do alvará de soltura em 
seu favor, por ser medida da mais lídima JUSTIÇA! 
 
(2 linhas) 
 
Nestes termos 
Pede Deferimento 
 
(2 linhas) 
 
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
11 
 
Habeas Corpus Com Pedido de Liminar 
 
A elaboração desta peça é idêntica ao Habeas Corpus normal. Apenas no preâmbulo deve-se mencionar a 
impetração com pedido liminar e no discorrer da argumentação enfocar os requisitos do pedido liminar, ou 
seja: Perigo da Demora e a Fumaça do Bom Direito. 
   
DO PEDIDODiante do acima exposto, postula-se que seja concedida LIMINARMENTE a ordem impetrada, 
com fulcro no artigo 648, inciso ..., do Código de Processo Penal, bem como, ordenando-se de plano, o 
relaxamento da prisão ilegal do paciente e a expedição do competente alvará de soltura em seu favor. 
 
Para que ao final, depois de colhidas informações perante a autoridade coatora, conceda-se o 
julgamento favorável do presente pedido, com a definitiva concessão da ordem de Habeas Corpus. 
 
Alternativamente, como uma segunda opção. 
 
Diante do acima exposto, requer a concessão da presente ordem de Habeas Corpus 
"LIMINARMENTE", tendo em vista a probabilidade de dano irreparável e a fumaça do bom direito estarem 
presentes, a fim de que seja concedido o competente alvará de soltura (ou outro pedido que a peça requeira). 
 
Desse modo, postula-se o regular processamento do feito, com a confirmação da liminar 
concedida e a concessão definitiva da ordem de Habeas Corpus, como medida das mais lídima JUSTIÇA!. 
 
(2 linhas) 
 
Nestes termos 
Pede Deferimento 
 
(2 linhas) 
 
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
12 
 
“HABEAS CORPUS” 
   
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO DE , 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
 , Advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção de , sob o no 
 , com escritório nesta Comarca, na Rua , vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, impetrar ordem de 
 
“HABEAS CORPUS” 
 
com fulcro no art. 5o, inciso LXVIII, da Constituição Federal, e art. 647 e 648, inc. I, do Código de Processo 
Penal, em favor de Maria, (nacionalidade), (estado civil), advogada, residente e domiciliada na Rua 
 contra ato ilegal praticado por , pelas razões de fato e de direito 
a seguir expostas: 
 
I – DOS FATOS 
 
A Paciente foi denunciada pelo crime de falso testemunho, em co- autoria com Pedro, testemunha que 
falseou a verdade em processo contravencional, em que estava sendo processado Carlos, que veio a ser 
condenado. 
 
A denúncia, já recebida, afirma que a Paciente veio a instruir o testemunho de Pedro, visando à absolvição de 
Carlos. 
 
II – DO DIRETO 
 
Trata-se de ação penal instaurada sem amparo legal, constituindo-se constrangimento a ser reparado pela 
medida ora requerida. 
 
É evidente o constrangimento ilegal que está sofrendo a Paciente, pois que não exista perfeita adequação do 
fato concreto à descrição do art. 342 do Código Penal, que diz: 
 
“Fazer afirmação falsa, ou negar, ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou 
intérprete, em processo judicial ou administrativo, inquérito policial ou em juízo arbitral.” 
 
Em direito penal, o princípio da reserva legal exige que os textos legais sejam interpretados sem ampliações 
ou equiparações por analogia, salvo quando “in bonam partem”. O tipo, a partir de tal princípio, não pode ser 
distendido ao gosto do intérprete para cobrir hipóteses nele não contidas. 
 
Dessa forma, é manifesta a inexistência de justa causa para a ação penal, uma vez que o falso testemunho é 
crime de mão própria, podendo apenas ser praticado pelas pessoas elencadas no artigo retro referido. Não se 
admite, portanto, a co-autoria. 
 
No caso concreto, a Paciente é advogada, sendo certo que não figura entre aqueles que podem praticar o 
crime de falso testemunho. 
 
Sobre o assunto, preleciona o renomado Julio Fabbrini Mirabete: “Como o delito de falso testemunho ou falsa 
perícia é crime de mão própria, discute-se a possibilidade de responder por ele outra pessoa que não a 
testemunha. Afirma-se que nos crimes de mão-própria, que só podem ser cometidos pelo sujeito em pessoa, 
é impossível a co- autoria por instigação, dado o caráter personalíssimo da infração.” (Manual de Direito 
Penal – Parte Especial – 17aedição, Editora Atlas, pág. 417) 
13
 
No mesmo sentido, é a construção jurisprudencial, “in verbis”:< “É impossível a co-autoria no delito de falso
 
testemunho, perito ou intérprete” (STJ – RT 655/281). 
 
“Co-autoria – Não caracterização- Advogado que teria induzido testemunha a mentir na instrução criminal – 
Natureza personalíssima da infração, que não admite qualquer forma de co-participação em mero pedido ao 
futuro depoente para falsear a verdade – Comunicação impossível de circunstâncias pessoais entre o 
depoente mendaz e o advogado – Atipicidade penal reconhecida, sem embargo da reprovabilidade ética da 
conduta do causídico – Ordem concedida para trancar a ação penal.” (TJSP – HC – Rel. Márcio Bonilha – 
RJTJSP 72/284) 
 
Portanto, é forçoso concluir que não deve prosseguir a ação penal instaurada contra a Paciente, pois que 
atípica sua conduta. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer, após as informações prestadas pela autoridade apontada como coatora, seja 
concedida a ordem de “Habeas Corpus”, determinando-se o trancamento da ação penal que tramita contra a 
Paciente, como medida de inteira justiça. 
 
Nesses termos,< pede deferimento.< 
(local e data). 
  
advogado – OAB no 
14
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA 
COMARCA DE , 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
Tício, já qualificado nos autos do processo de execução no_ , por seu advogado que esta 
subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade, vem, 
respeitosamente, perante de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
com fundamento no art. 197 da Lei de Execução Penal 
 
Requer seja recebido e processado o presente agravo e, caso Vossa Excelência entenda que deva manter a 
respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça. 
 
Nesses termos, 
pede deferimento. 
(local e data). 
 
 
advogado – OAB no 
15
 
RAZÕES DE< AGRAVO EM EXECUÇÃO AGRAVANTE
 
 
Tício AGRAVADO: Justiça Pública 
EXECUÇÃO No 
Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, < Douto Procurador de Justiça, 
 
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz “a quo”, impõe-se a reforma da respeitável 
decisão que indeferiu o pedido de liberdade do Agravante, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: 
 
I – DOS FATOS 
 
O Agravante foi condenado em três processos-crime às penas de 18, 25 e 30 anos, respectivamente, por três 
homicídios qualificados. 
 
Após ter cumprido 30 anos de prisão efetivamente, o Agravante requereu ao Meretíssimo Juiz sua liberdade, 
tendo esta sido indeferida sob o fundamento de que tem outras penas a cumprir. 
 
II – DO DIREITO 
 
Trata-se de decisão proferida sem amparo legal, devendo ser reformada pela medida ora requerida. 
Com efeito, o artigo 75 do Código Penal estabelece que: 
“O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos.” 
 
A referida limitação presente no citado dispositivo respeita a proibição constitucional de prisão perpétua, 
prevista no art.5o, XLVII, “b”, da nossa Carta Magna. 
 
No caso em tela, é evidente o constrangimento ilegal que o Agravante vem sofrendo, uma vez que já cumpriu 
30 (trinta) anos de prisão. 
 
Sobre tal aspecto, merece ser trazido à baila o excelente magistério de Miguel Reale Júnior: 
 
“Uma das condições para preservação da identidade moral do condenado, com positivas repercussões na 
disciplina carcerária, está na possibilidade de vislumbrar a liberdade. Daí fixar-se um limite do tempo de 
cumprimento, mesmo porque o encarceramento por mais de 15 ou 20 anos destrói por completo o homem, 
tornando-o inadequado à vida livre.” (Código Penal e sua interpretação jurisprudencial, 5aedição – Editora 
Revista dos Tribunais, pg. 926) 
 
Na mesma trilha de entendimento,é a construção jurisprudencial, “in verbis”: 
 
“Para que as condenações não se consubstanciem em verdadeira prisão perpétua, o que é vedado pela 
Constituição Federal, o réu tem o remédio do art. 75 do CP, que limita o cumprimento de suas penas 
privativas de liberdade em trinta anos” (TACRIM – SP – RA – Rel. Rubens Gonçalves- JUTACRIM 91/219) 
 
“Quando o montante das reprimendas carcerárias ultrapassa a previsão do art. 75 do CP, surge para o réu o 
direito de invocar o imediato provimento jurisdicional limitando o tempo de seu cumprimento em trinta anos, 
sem reflexão na obtenção de outros benefícios, que continuam regulados pela somatória real das penas.” 
(TACRIM – RA – Rel. David Haddad – JUTACRIM 88/198) 
 
Portanto, não assiste razão à respeitável decisão que indeferiu o pedido de liberdade no presente caso, uma 
vez que o Agravante, já havia cumprido efetivamente 30 (trinta) anos de prisão. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, concedendo-se a liberdade ao 
Agravante e expedindo-se o competente alvará de soltura, como medida de inteira justiça. 
16
(local e data). 
 
 
  
advogado – OAB no 
17
AGRAVO REGIMENTAL 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO DE , 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
José, já qualificado nos autos do agravo de instrumento no , por seu advogado que esta subscreve, 
não se conformando com a respeitável decisão que negou seguimento ao recurso sob a alegação de estar ele 
intempestivo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor 
 
AGRAVO REGIMENTAL 
 
com fulcro no artigo 545 do Código de Processo Civil e artigo 28 § 5o da Lei 8.038/1990 c.c artigo 
do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de pelas razões de fato e de direito a 
seguir expostas:  
I – DOS FATOS 
 
O Agravante foi processado e condenado pelo crime de furto qualificado. Ocorre que a pena foi fixada acima 
do mínimo legal em razão do recorrente estar sendo processado, em outra vara criminal, por crime de 
estelionato.< Tendo apelado dessa decisão, o Egrégio Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso, 
ocasião em que o Agravante interpôs embargos de declaração, sendo que o tribunal novamente negou 
provimento. 
 
Inconformado, o Agravante interpôs recurso extraordinário, requerendo o recebimento do referido recurso 
com o encaminhamento das suas razões para o Colendo Supremo Tribunal Federal, porém, foi negado 
seguimento ao recurso, sob o fundamento de ser intempestivo. 
 
Contra esta respeitável decisão, interpôs o Agravante agravo de instrumento, requerendo fosse encaminhado 
com as inclusas razões e cópias das peças que o instruiam ao Colendo Supremo Tribunal Federal. Ocorre 
que foi negado seguimento ao agravo de instrumento, alegando-se, da mesma forma, que este também 
estaria intempestivo. 
 
II – DO DIREITO 
 
Em que pese a indiscutível sabedoria da Digníssima Presidência do Egrégio Tribunal, a respeitável decisão 
não merece prosperar por ter sido proferida sem amparo legal. 
 
Com efeito, o prazo para a interposição do Agravo de Instrumento é de 5 dias, conforme, segundo dispõe o 
artigo artigo 28, “caput”, da Lei 8.038/90, vazado nos seguintes termos: 
 
“Denegado o recurso extraordinário ou recurso especial, caberá agravo de instrumento, no prazo de 5 (cinco) 
dias, para o Supremo Tribunal Federal ou para o Superior Tribunal de Justiça, conforme o caso.” 
 
Ademais, a súmula 699 do Supremo Tribunal Federal expressamente dispõe que: 
 
“O prazo para interposição de Agravo, em processo penal, é de 5 (cinco) dias, de acordo com a lei 8.038/90, 
não se aplicando o disposto a respeito nas alterações da Lei 8.950/94 ao Código de Processo Civil.” 
 
No presente caso, o agravo de instrumento foi interposto no 4o dia a contar da certidão de publicação da 
decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário, conforme consta das fls. . 
 
Ora, não há falar em intempestividade, uma vez que a publicação da decisão recorrida se deu no dia 26/01/04 
e o recurso de agravo de instrumento foi interposto no dia 30/01/04, isto é, no 4o dia subsequente, conforme 
consta das fls. , indicando a data do protocolo. 
 
Dessa forma, a respeitável decisão está causando prejuízo à parte agravante, merecendo ser reparada pela 
presente medida. 
18
 
Sobre o assunto, pertinente é a lição do mestre Fernando da Costa Tourinho Filho: 
 
 
“Assim, tomando a parte interessada ciência de despacho do Presidente do Tribunal, de Presidente de 
Turma, da Seção ou do Relator, dês que tal despacho lhe cause um prejuízo, poderá interpor, no prazo de 5 
dias, agravo regimental. (Manual de Processo Penal – 3a edição – Editora Saraiva – pág. 723) 
Desse entendimento, não destoa a jurisprudência, merecendo destaque o julgado abaixo transcrito: 
“Agravo Regimental no Recurso Especial. Decisão Monocrática negando seguimento a recurso interposto – 
Alegação de ser manifestamente intempestivo – Havendo discussão no Superior Tribunal de Justiça sobre o 
início do prazo de intimação para o membro do Ministério Público (se a partir da ciência pessoal ou do 
recebimento dos autos com vista), não pode o Em. Relator negar seguimento monocraticamente a recurso 
interposto, uma vez não se tratar de recurso “manifestamente” extemporâneo. Tanto é assim que Recente 
Julgado (Agrg No Agi 338.477/Rs, Dj 20.8.2001) afirma ser da ciência pessoal o início de contagem do prazo 
para o MP, estando, assim, o apelom ministerial tempestivo”. (Agravo Regimental no Recurso Especial 
299130 – HBC 199900200 26593 – STJ – Rel Min. Hamilton Carvalhido – 6a Turma) 
 
Portanto, cabível o agravo regimental na hipótese, e estando plenamente tempestivo o agravo de instrumento 
interposto, a respeitável decisão deverá ser integralmente reformada. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda 
que deva manter a respeitável decisão, que seja o presente agravo regimental submetido a julgamento pelo 
respectivo órgão julgador, para que o agravo de instrumento seja conhecido e processado nos ditames da 
Lei, como medida de inteira Justiça. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
(local e data) 
 
 
Advogado – OAB / SP No 
19
MEMORIAIS 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE , 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
Luis, já qualificado nos autos do processo crime no , que lhe move a Justiça Pública (2), por seu 
advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, 
apresentar 
 
MEMORIAIS 
 
com fulcro no artigo 403 §3o do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas: 
 
I – DOS FATOS 
 
O Acusado foi denunciado como incurso nas penas do art. 171, parágrafo 2o, inciso VI, do Código Penal, 
porque pagou compra que fizera com cheque devolvido pelo banco sacado, por falta de suficiente provisão de 
fundos.< Ocorre que, durante a instrução criminal, o Acusado juntou prova de que pagara a dívida no curso do 
inquérito policial.< O Ministério Público, em seus memoriais, pediu a condenação do Réu. 
 
II – DO DIREITO 
 
Não assiste razão ao ilustre representante do Ministério Público quando pretende ver condenado o Acusado 
pela prática do delito de estelionato por meio de pagamento de cheque sem fundos. 
 
Com efeito, a súmula 554 do Supremo Tribunal Federal preceitua que:  
“O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao 
prosseguimento da ação penal.” 
 
Portanto, pode-se facilmente perceber que, quando o pagamento efetuar-se antes do recebimento da 
denúncia, ficaimpedida a instauração da ação penal. 
 
No caso em apreço, foi justamente o que aconteceu. O Acusado saldou a dívida ainda durante a investigação 
criminal, razão pela qual sequer deveria ter sido proposta a presente ação e, tendo-a sido, indevidamente, 
certamente não pode resultar na condenação do Acusado. 
 
Ademais, a súmula de número 246, também do Supremo Tribunal Federal, estabelece que: 
“Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos”. 
De fato, a caracterização do crime de estelionato por meio de pagamento de cheque sem fundos somente se 
configura quando há o dolo de praticar a fraude. O crime previsto no artigo 171, §2o, VI não admite 
modalidade culposa. 
 
Ora, o pronto pagamento da dívida revela que o Réu não agiu com má-fé e que não houve o dolo, que é a 
vontade consciente de fraudar para obter a vantagem indevida. 
 
Ademais, não logrou o Réu vantagem ilícita e o beneficiário do cheque não sofreu prejuízo patrimonial, já que 
o compromisso foi honrado, sendo pago o cheque na fase do inquérito policial (cf. doc. acostado nos autos), 
ou seja, antes do recebimento da denúncia oferecida pelo Promotor de Justiça, restando provado que não 
houve configuração do delito em tela. Com muita propriedade, o ilustre Fernando Capez traça as seguintes 
explanações sobre o assunto: 
 
“Se o indivíduo emite um cheque na certeza de que tem fundos disponíveis para o devido pagamento pelo 
banco, quando na realidade não há qualquer numerário depositado na agência bancária, não se pode falar 
em ilícito criminal, ante a ausência de má-fé. (...) O que a lei penal pune é o pagamento fraudulento. (...) A 
20 
 
fraude, portanto, reside no ato de o emitente fazer o beneficiário crer na existência de fundos suficientes em 
sua conta bancária para arcar com o pagamento prometido. Com engodo, ele obtém vantagem almejada, 
sem que realize a contraprestação pecuniária exigida.” (Curso de Direito Penal – Parte Especial – vol. 2, 
Editora Saraiva, págs. 486/487) 
 
Nessa esteira também o entendimento jurisprudencial uniforme, conforme já o comprovou a súmula 246 já 
comentada. 
 
Dessarte, se o cheque foi pago antes do recebimento da denúncia, inexiste o delito, não devendo prosseguir 
a ação penal por falta de justa causa. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja julgada improcedente a presente ação, absolvendo-se o Réu, nos termos do 
art. 386, inciso III (5), do Código de Processo Penal, como medida de inteira justiça. 
 
Nesses termos,< pede deferimento. 
(local e data). 
 
 
advogado – OAB no 
21 
 
Alegações Finais 
 
Fundamentação 
 
A fundamentação das Alegações Finais, quando tratar-se do rito ordinário (dos crimes contra a honra e dos 
crimes de responsabilidade de funcionário público, está prevista no artigo 500, do Código de Processo Penal, 
do rito especial do Tribunal do Júri, prevista no artigo 406 do mesmo diploma legal, do rito sumário no artigo 
538, § 2º do CPP, as quais podem ser feitas oralmente, mas faculta-se a entrega por escrito, ou seja, 
memoriais e no rito de entorpecentes a entrega de memoriais está prevista no artigo 57, da Lei 11.343/06. 
 
Trata-se de um Ato Processual e é a última manifestação das partes no processo, para expor matéria de 
fato e de direito. Contudo, deve-se observar que as nulidades devem ser argüidas preliminarmente. 
 
No rito sumário, as ALEGAÇÕES FINAIS são feitas oralmente, sendo facultada a entrega por escrito, ou 
seja, a entrega de memoriais, (art. 538, 2° do CPP). No rito de entorpecentes, a entrega de memoriais 
encontra sua fundamentação no artigo 57, da Lei 11.343/06. 
 
Procedimento 
 
O advogado de defesa deve postular a ABSOLVIÇÃO DO RÉU (será este o pedido). O prazo para 
apresentá-las é de 3 dias no rito ordinário e de 5 dias no rito especial do Tribunal do Júri. 
 
Admissibilidade 
 
A peça deve ser endereçada ao Meritíssimo Juiz da Vara por onde tramita o processo e depois das partes 
apresentarem as suas Alegações Finais, os autos vão conclusos ao Juiz para que ele possa proferir a 
sentença. 
 
No rito especial do Tribunal do Júri as ALEGAÇÕES FINAIS encontram-se fundamentadas no art. 406 do 
CPP, e o pedido deve ser: 
a) Pronúncia: Pedir para que o réu seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri; 
b) Impronúncia: Quando não houver indícios de autoria ou prova de materialidade do delito. Neste caso não 
ficará livre de ser processado novamente pelo mesmo fato, enquanto não estiver extinta a punibilidade, por 
que se surgirem novas provas, poderá ser instaurado novo processo contra ele; 
c) Desclassificação: A desclassificação ocorre quando o delito não for de competência do Tribunal do Júri. 
Neste caso o processo deve ser remetido para Vara Comum; 
b) Absolvição Sumária: A absolvição sumária ocorre quando o ato praticado pelo agente estiver amparado 
por uma das excludentes de antijuricidade ou exclusão da ilicitude (legítima defesa, estado de necessidade, 
estrito cumprimento do dever legal e exercício regular do direito. 
22 
 
Modelo da Peça 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de . 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da Secção Judiciária de . 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de 
 
. (Crimes da competência do Júri) 
   
(espaço de 10 linhas para despachos) 
  
 
" ... ", já qualificado nos autos da ação penal em trâmite, que lhe move (Justiça Pública ou nome 
do querelante), por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência, com fundamentado no artigo 404 parágrafo único do Código de Processo Penal (ou do 411§ 4º 
do CPP - crime de competência do júri ou do 534 - sumário), oferecer suas ALEGAÇÕES FINAIS ou 
MEMORIAIS e para tanto expõe. 
 
(2 linhas) 
 
DOS FATOS 
 
O réu ... (resumir o problema dado). 
 
DO DIREITO 
 
Embora os fatos descritos, a acusação é totalmente improcedente, com efeito (redigir uma 
dissertação com início, meio e fim, expondo o caso concreto e a dissonância existente entre os fatos e a lei). 
 
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso 
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). 
 
" ... " 
 
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o 
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). 
 
" ... " 
 
Conclui-se, portanto, conforme ficou demonstrado, que o réu faz jus a ... (expor o que se pede). 
   
DO PEDIDO 
 
Diante do acima exposto, requer que seja decretada a "absolvição do réu, com fulcro no artigo 
386, inciso..., do Código de Processo Penal, como medida da mais lídima JUSTIÇA !!!!!! 
 
ou 
No caso de competência do Júri, pedir, conforme o caso: Impronúncia, Desclassificação ou 
Absolvição Sumária, conforme artigos do CPP), com medida da mais lídima JUSTIÇA !! 
   
Nestes termos 
Pede Deferimento 
   
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
23 
 
Apelação 
 
Fundamentação 
 
O recurso de Apelação é cabível das sentenças definitivas condenatórias ou absolutórias de 1º grau, com 
prazo de interposição de 5 dias a contar da intimação da sentença, ou, por nos autos quando o juiz profere a 
sentença na audiência e o advogado toma ciência interpondo a Apelação oralmente e o escrevente reduz a 
termo. A Apelação compõe-se 2 peças: Interposição e Razões de Apelação. 
 
A interposição será sempre endereçada ao próprio Juiz que prolatou a sentença, para que ele possa 
analisar os pressupostos de admissibilidade, ou seja, o Juízo de Prelibação. Em seguida o Juiz poderá tomar 
3 decisões: 
a) Recebê-la: Os autos voltam ao apelante para que ele apresente as RAZÕES em 8 dias;b) Denegá-la: Se o juiz denegá-la, cabe o recurso RESE, conforme art. 581, XV do CPP; 
a) Recebê-la e Julgá-la Deserta: Esta situação ocorre quando o réu apela e foge). Também cabe o recurso 
RESE. 
 
Com as razões os autos são remetidos ao Tribunal competente para reexame da matéria (Tribunal de 
Justiça ou TRF). 
 
A Apelação é um recurso de Instância Reiterada, ou seja, o julgamento do recurso é realizado por um 
órgão diverso daquele que prolatou a sentença. Na apelação comum, postula-se, via de regra, pela reforma 
da sentença. 
 
A apelação se extingue de 2 formas: 
a) normal: Pelo seu julgamento, proferido o acórdão; 
b) normal: Pela deserção, ou seja, quando o réu apela e foge; 
 
Pode-se apelar das sentenças absolutórias quando: 
a ): Absolvem o réu e aplicam medida de segurança (absolvição imprópria); 
b ): Visando alteração do inciso do artigo 386 (Ex.: que absolvem por insuficiência de provas ou concedem o 
perdão judicial, etc.). 
 
Apelação de Sentenças Proferidas Pelo Tribunal do Júri 
 
As decisões do Tribunal do Júri são soberanas, isto é, nenhum órgão jurisdicional pode alterar as decisões 
proferidas por ele. Assim, ao se apelar de uma sentença proferida pelo Tribunal do Júri, não se pede a 
reforma da sentença, mas sim, que o apelante seja submetido a um novo júri, conforme estabelece o art. 5º, 
XXXVII, "c" da CF. (Princípio da Soberania do Júri). 
 
Mas se a apelação se basear no fato da sentença do Juiz-Presidente ser contrária à lei expressa, ou à 
decisão dos jurados ou se houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de 
segurança, pode o Tribunal de 2ª Instância corrigir o erro (art. 593, §§ 1º e 2º do CPP). 
24 
 
Modelo da Peça 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de . 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal do Júri da Comarca da Capital de 
 
. (Contra sentença proferida pelo Tribunal do Júri, em casos de crimes dolosos contra a vida, tentados ou 
consumados). 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de 
 
. (Crimes da competência do Júri) 
  
 
(espaço de 10 linhas para despachos) 
  
 
" ... ", já qualificado nos autos da ação penal em nº , que lhe move a Justiça Pública, por seu 
defensor, não se conformando "data máxima venia", com a sentença que o condenou à pena de anos 
de reclusão (ou detenção), como incurso no artigo , do Código Penal, dela vem interpor, tempestivamente, 
RECURSO DE APELAÇÃO, com fundamento no artigo 593, inciso , do Código de Processo Penal (ou do 
artigo 593, III, "d",§ 3º, se for Tribunal do Júri) ao Egrégio Tribunal de . 
 
(2 linhas) 
 
Termos em que, requer que seja ordenado o processamento do recurso, com as inclusas razões. 
(2 linhas) 
Pede Deferimento 
(2 linhas) 
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
25 
 
Razões de Apelação 
 
APELANTE: 
APELADA: Justiça Pública 
Processo Crime Nº.: 
 
(5 linhas) 
 
Egrégio Tribunal de 
Colenda Câmara 
Ínclitos julgadores 
Douta Procuradoria de Justiça 
(5 linhas) 
Em que pese o ilibado saber jurídico do Meritíssimo Juiz de 1º grau, impõe a reforma da 
respeitável sentença condenatória proferida contra o apelante, pelas razões a seguir aduzidas: 
 
(2 linhas) 
 
DOS FATOS 
 
O apelante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso). 
(2 linhas) 
DO DIREITO 
 
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão. 
 
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso 
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). 
 
" ... " 
 
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o 
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). 
 
" ... " 
 
Conclui-se, portanto, que a sentença condenatória padece de vícios insanáveis. 
(2 linhas) 
DO PEDIDO 
 
Diante do acima exposto, postula-se que seja dado provimento ao recurso interposto, 
decretando-se a absolvição do apelante com fulcro no artigo 386, do Código de Processo Penal, como 
medida da mais lídima JUSTIÇA!!! 
 
(2 linhas) 
 
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
26 
 
Razões de Apelação - Tribunal do Júri 
 
APELANTE: 
APELADA: Justiça Pública 
Processo Crime Nº.: 
 
(5 linhas) 
Egrégio Tribunal de 
Colenda Câmara 
Ínclitos julgadores 
Douta Procuradoria de Justiça 
(5 linhas) 
Não é por mero espírito procrastinatório que o apelante clama por justiça, mas para pleitear aos 
ínclitos Desembargadores que não permitam que a respeitável sentença condenatória do Egrégio Tribunal do 
Júri da Comarca de , continue a prevalecer, pelas razões a seguir aduzidas. 
 
(2 linhas) 
 
DOS FATOS 
 
O apelante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso). 
(2 linhas) 
DO DIREITO 
 
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão. 
 
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso 
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). 
 
" ... " 
 
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o 
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). 
 
" ... " 
 
Conclui-se, portanto, que a sentença condenatória padece de vícios insanáveis. 
(2 linhas) 
DO PEDIDO 
 
Diante do acima exposto, postula-se que seja dado provimento ao recurso interposto, 
determinando que o apelante seja submetido a novo julgamento, com fulcro no artigo 593, inciso III, alínea 
"d", parágrafo 3º, do Código de Processo Penal, como medida da mais lídima JUSTIÇA!!! 
 
(2 linhas) 
 
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
27 
 
Petição de Juntada de Contra-Razões de Apelação 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Capital de São 
Paulo. ou 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal do Júri da Comarca de . 
(Contra sentença proferida pelo Tribunal do Júri, casos de crimes dolosos contra a vida, tentados ou 
consumados). 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
   
" ", já qualificado nos autos da ação penal nº. , que lhe move a Justiça Pública, por seu 
advogado infra assinado, não se conformando "data máxima venia", com o recurso interposto pelo Digno 
Representante do Ministério Público, vem respeitosamente perante Vossa Excelência requerer a juntada das 
CONTRA-RAZOES DE APELAÇÃO, com fulcro no artigo 600 do Código de Processo Penal. Requerendo, 
desde já, seja recebida e remetida ao Egrégio Tribunal de . 
 
(2 linhas) 
 
Termos em que, 
Pede Deferimento 
 
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
28
Contra-Razões de Apelação 
 
 
 
APELADO: 
APELANTE: Justiça Pública 
Processo Crime Nº.: 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
Egrégio Tribunal de 
Colenda Câmara 
Ínclitos julgadores 
Douta Procuradoria de Justiça 
(5 linhas) 
Impõe-se, "data venia", a presente contra-razões de Apelação, com fulcro no artigo 600, do 
Código de Processo Penal, para que seja mantida a respeitável sentença absolutória proferida em favor do 
apelado, pelas razões a seguir aduzidas: 
 
(2 linhas) 
   
DOS FATOS 
 
O apelado ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso). 
(2 linhas) 
DO DIREITO 
 
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão. 
 
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso 
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). 
 
" ... " 
 
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamoso 
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). 
 
" ... " 
 
Conclui-se, portanto, que ... 
(2 linhas) 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja negado provimento a Apelação interposta pelo Digno 
Representante do Ministério Público, mantendo-se a absolvição em favor do apelado, como medida da mais 
lídima JUSTIÇA !!! 
 
(2 linhas) 
   
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
29
Apelação No Juizado Especial Criminal - JECRIM
 
 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Juizado Especial Criminal de 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
" ... ", já qualificado nos autos da ação penal nº., por seu defensor infra-assinado, não se 
conformando, "data máxima venia", com a sentença que o condenou a pena de meses de detenção, como 
incurso no art. , do Código Penal , dela vem APELAR, tempestivamente, com fundamento no art. 82 (ou 
76, parágrafo 5º) da Lei nº. 9.099/95, à Egrégia Turma Julgadora. 
 
(2 linhas) 
 
Termos em que, requer que seja ordenado o processamento do recurso, com as inclusas razões. 
(2 linhas) 
Pede Deferimento. 
Local.data 
OAB/SP - Nº. 
30 
 
Razões de Apelação no JECRIM 
 
 
APELANTE: 
APELADA: Justiça Pública 
Processo Crime Nº.: 
 
(5 linhas) 
 
Ilustre Turma Julgadora 
Doutos Julgadores 
 
(5 linhas) 
 
Impõe-se a reforma da respeitável sentença condenatória proferida contra o apelante, pelas 
razões a seguir aduzidas: 
 
(2 linhas) 
 
DOS FATOS 
 
O apelante ... (copiar o problema, ou, resumi-lo quando for demasiadamente extenso). 
(2 linhas) 
DO DIREITO 
 
Elaborar a defesa com introdução, exposição e conclusão. 
 
Reforçando o que foi acima descrito, citamos jurisprudência predominante pertinente ao caso 
(transcrever a melhor jurisprudência ou acórdão). 
 
" ... " 
 
A doutrina pacificou o entendimento no mesmo sentido, dentre as quais selecionamos o 
posicionamento do ilustre (Doutor ou Professor - Citar a obra, página, volume e edição). 
 
" ... " 
 
Conclui-se, portanto, que ... 
(2 linhas) 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja negado provimento ao recurso interposto, decretando-se a 
absolvição do apelante, por ser medida da mais lídima JUSTIÇA !!! 
 
(2 linhas) 
 
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
31 
 
APELAÇÃO 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE , 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
Ana, já qualificada nos autos do processo crime no , que lhe move a Justiça 
Pública, por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável 
sentença que a condenou como incursa nas penas do art. 299 do Código Penal, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor 
 
RECURSO DE APELAÇÃO 
 
com fundamento no art. 593, inciso I, do Código de Processo Penal. 
 
Requer seja recebida e processada a presente apelação e encaminhada, com as inclusas 
razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
(local e data). 
 
 
advogado – OAB no 
32
RAZÕES DE< RECURSO DE APELAÇÃO
 
 
APELANTE: Ana 
 
< APELADA: Justiça Pública 
PROCESSO No 
Egrégio Tribunal de Justiça, 
 
Colenda Câmara,< Douto Procurador de Justiça, 
 
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz “a quo”, impõe-se a reforma da 
respeitável sentença proferida contra a Apelante, pelas razões de fato e de direito a seguir 
expostas: 
 
I – DOS FATOS 
 
Ana, ora Apelante, foi acusada por crime de falsidade ideológica, sendo instaurado inquérito 
policial que foi arquivado em 2002. 
 
No ano seguinte ao do arquivamento, um outro Promotor Público, analisando os autos do 
inquérito, chegou à conclusão de que os fatos eram suscetíveis de se enquadrarem em nova 
definição jurídica e ofereceu denúncia. A denúncia prosperou e acabou sendo a Apelante 
condenada. 
 
II – DO DIREITO 
 
Com a devida vênia, a respeitável sentença foi proferida em processo manifestamente nulo, 
não podendo subsistir. 
 
Com efeito, o artigo 18 do Código de Processo Penal preceitua que : 
 
“Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base 
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras 
provas tiver notícia.” 
 
Analisando-se o disposto no referido artigo, é de se concluir que o inquérito policial somente 
poderá ser desarquivado se surgirem novas provas. 
 
No caso em tela, o inquérito policial foi desarquivado apenas e tão- somente porque um 
outro D.D. Promotor de Justiça entendeu que os fatos eram suscetíveis de nova capitulação 
jurídica. 
 
Ora, Nobres Julgadores, não existiram novas provas para o desarquivamento do inquérito 
policial, no presente caso, constituindo tal fato manifesto constrangimento ilegal contra a 
Apelante. 
 
Acrescente-se que novas provas são somente aquelas que produzem alteração dentro do 
conjunto probatório em que foi baseado o arquivamento. Assim, “a nova prova há de ser 
substancialmente inovadora, e não apenas formalmente nova” (RTJ 91/831 e RT 540/393) 
 
Nesse sentido, é a lição do ínclito penalista Júlio Fabbrini Mirabete: “Produzidas novas 
provas que modifiquem a matéria de fato, poder-se- á desarquivar o inquérito para o 
33 
 
oferecimento da denúncia ou queixa.” (Código de Processo Penal Interpretado, 9a edição, 
Editora Atlas, págs.124) 
 
No mesmo sentido, o Colendo Supremo Tribunal Federal já consagrou o seu entendimento 
na Súmula 524, a qual passamos a transcrever: 
 
“Arquivado o inquérito policial, por despacho do Juiz, a requerimento do Promotor de Justiça, 
não poderá a ação penal ser iniciada sem novas provas”. 
 
Dessa forma, não se valeu o DD. Representante do Ministério Público de provas novas, vez 
que eram inexistentes, não podendo assim ter sido desarquivados os autos do inquérito 
policial, tampouco ter sido condenada a Apelante. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, anulando-se o 
processo, “ab initio”, bem como expedindo-se contramandado de prisão em favor da 
Apelante, como medida de inteira justiça. 
 
(local e data) 
    
advogado – OAB no 
34 
 
Carta Testemunhável 
 
Fundamentação 
 
A Carta Testemunhável está fundamentada nos artigos 639 a 646 do CPC, a ser requerida no prazo de 48 
horas, com interposição e razões. Ela é cabível da decisão que nega seguimento ao RESE e Agravo de 
Execução, e tem como objetivo garantir o processamento de um outro recurso, evitando-se, assim, que 
algum inconformismo não seja apreciado pelo judiciário. 
 
Denegação de Recursos 
 
Os recursos, em geral, poderão ser denegados em 1ª. instância ou em 2ª. instância (Juízo de 
Admissibilidade), sendo: 
a) do não recebimento da Apelação caberá RESE; 
b) do não recebimento dos Embargos Declaratórios, Infringentes ou de Nulidade caberá Agravo Regimental; 
c) do não recebimento do Recurso Especial ou Extraordinário caberá Agravo de Instrumento; 
d) do não recebimento da Correição Parcial caberá Mandado de Segurança. 
 
Processamento da Carta 
 
Se o recurso (RESE ou Agravo em Execução) for negado em 1ª. instância, a Carta Testemunhável será 
requerida ao Escrivão do Cartório, mas se for negado em 2ª. instância, ela será requerida ao Secretário do 
Tribunal. 
 
O pedido da Carta deverá conter a indicação das peças a serem trasladadas, que formarão o instrumento 
para o julgamento da Carta Testemunhável. Caso o Secretário ou Escrivão se recusarem a extrair peças, 
poderá haver reclamação ao Presidente do Tribunal "ad quem", que determinará a subida dos autos e 
aplicará as sanções administrativas aosfaltosos. 
 
Extraído e autuado o instrumento, a Carta seguirá o procedimento do recurso denegado, e deverá, neste 
momento, ser feito o Juízo de Retratação. 
 
Se o juiz se retratar o recurso que anteriormente não foi recebido será remetido ao Tribunal, mas se 
sustentar a decisão de denegação, o Tribunal "ad quem' mandará subir o recurso denegado ou, se estiver 
instruída a Carta, poderá o Tribunal apreciar o mérito da questão que ensejou o Recurso denegado. 
35 
 
Modelo da Peça 
 
Ilustríssimo Senhor Escrivão do Cartório do Ofício Criminal do Foro da Comarca de 
 
. ou 
Ilustríssimo Senhor Secretário do Cartório da Câmara do Tribunal de Justiça de . 
 
" ... ", (qualificação e endereço), por seu advogado infra-assinado, vem perante Vossa Senhoria, 
com fundamento no artigo 639, do Código de Processo Penal, requerer a extração da CARTA 
TESTEMUNHÁVEL , bem como que seja recebido, processado e remetido o presente recurso ao Egrégio 
Tribunal de Justiça de . 
 
Requer, ainda, que Vossa Senhoria comunique ao Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz, para que 
ele possa exercer o juízo de retratação. 
 
Para tanto, Indica para serem transladas as seguintes peças: 
 
1) Decisão recorrida; 
2) Intimação da decisão recorrida; 
3) Petição do recurso; e 
4)Despacho denegatório do recurso. 
 
(2 linhas) 
 
Nestes Termos 
Pede Deferimento. 
 
(2 linhas) 
 
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
36 
 
Razões de Carta Testemunhável 
  
 
REQUERENTE: 
REQUERIDA: Justiça Pública 
Processo Crime Nº.: 
 
(5 linhas) 
 
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de 
Colenda Câmara 
Ínclitos Desembargadores ou Doutos Julgadores 
(5 linhas) 
A Respeitável decisão do Meritíssimo Juiz, julgando intempestivo o Recurso de ..., não deve 
"data venia", subsistir, pelas razões a seguir aduzidas: 
 
(2 linhas) 
 
DOS FATOS 
 
O Requerente ... (resumir o problema dado). 
(2 linhas) 
DO DIREITO 
 
O Meritíssimo Juiz não poderia ter indeferido o recurso em apreço, pois o mesmo foi interposto 
tempestivamente. 
 
(2 linhas) 
 
DO PEDIDO 
 
Diante de todo o exposto , postula-se a presente Carta Testemunhável, para que esse Egrégio 
Tribunal, determine que o recurso de ... seja processado, para que assim se faça unicamente justiça. 
 
Requer, ainda, caso Vossa Excelência entenda que a presente Carta acha-se devidamente 
instruída, o seu processamento em conformidade com o artigo 644, do Código de Processo Penal. 
 
(2 linhas) 
 
Loca e Data 
OAB - Seccional de ... 
37 
 
CARTA TESTEMUNHÁVEL 
 
ILUSTRÍSSIMO SENHOR ESCRIVÃO DIRETOR DO OFÍCIO CRIMINAL 
DA COMARCA DE , 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
“A”, já qualificado nos autos do recurso em sentido estrito no , por seu 
advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que negou 
seguimento ao recurso, vem, respeitosamente, perante Vossa Senhoria, dentro do prazo 
legal, requerer a extração de 
 
CARTA TESTEMUNHÁVEL 
 
com fulcro no artigo 639 do Código de Processo Penal. 
Indica para trasladado as seguintes peças: 
a) decisão que ensejou o recurso denegado; 
 
b) certidão de intimação dessa decisão;< 
 
c) interposição e razões do recurso denegado; 
 
d) a decisão que denegou o recurso; 
 
e) certidão de intimação da decisão denegou o recurso 
 
f) cópia da queixa-crime 
 
Diante do exposto, requer seja extraída a presente carta testemunhável e, caso o Douto 
Magistrado entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja encaminhada com as 
inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
(local e data) 
 
 
advogado – OAB no 
38
RAZÕES DE< CARTA TESTEMUNHAVEL.
 
 
RECORRENTE: “A” 
RECORRIDO:< PROC: 
Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, < Douto Procurador de Justiça, 
 
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz ”a quo”, impõe-se a reforma da 
respeitável decisão que negou seguimento ao recurso em sentido estrito interposto pelo 
testemunhante, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I – DOS FATOS 
 
O Testemunhante, processado por violação ao artigo 213 do Código Penal, requereu que 
fosse declarada a extinção da punibilidade por decadência, uma vez que a ofendida não 
intentou a ação no prazo legal. 
 
Referido pedido foi indeferido pelo Meretíssimo Juiz de 1o grau, ocasião em que o 
Testemunhante interpôs recurso em sentido estrito, dentro do prazo legal, com fundamento 
no art. 581, IX, do Código de Processo Penal. 
 
Ocorre que o Meretíssimo Juiz “a quo” negou seguimento ao recurso interposto, sob a 
alegação de que era intempestivo. 
 
II – DO DIREITO 
 
Não merece prosperar a respeitável decisão do Meritíssimo Juiz, por ter sido proferida sem 
amparo legal. 
 
Com efeito, segundo a regra insculpida no artigo 586 do Código de Processo Penal, o prazo 
para a interposição do recurso em sentido estrito, ressalvada a hipótese do inciso XIV do 
artigo 581, é de cinco dias. 
 
Ora, o recurso interposto pelo Testemunhante, ao contrário do que afirma a respeitável 
decisão, é plenamente tempestivo, pois foi interposto dentro do prazo legal de 5 (cinco) dias 
(fls._ ), nos termos do supra citado artigo, contados da intimação da respeitável decisão que 
indeferiu o pedido de extinção da punibilidade por decadência (fls. _ ). 
 
Dessa forma, é perfeitamente cabível a presente carta testemunhável, conforme o disposto 
no artigo 639 do Código de Processo Penal. 
 
Sobre o assunto, preleciona o ínclito doutrinador Júlio Fabrini Mirabete: 
 
“Cabe a carta testemunhável da decisão que denegar o recurso, ou mais precisamente, da 
decisão do juiz ou tribunal ‘a quo’ que não admitir o recurso ou, quando admitido, obstar sua 
expedição ou seguimento para o juízo ad quem”. (Código de Processo Penal Interpretado, 
9a edição, pag. 1664). 
 
Em consonância com a doutrina, não destoa a jurisprudência de nossos tribunais, 
merecendo destaque o julgado abaixo transcrito: 
 
“Entre nós, por expressa disposição da lei penal processual, é admissível a carta 
39
 
testemunhável, quando for denegado recurso em sentido estrito.” (TACRIM-SP – RT
 
553/375) 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, determinando-se o 
processamento do recurso em sentido estrito, ou, caso Vossas Excelências entendam estar 
suficientemente instruída a carta, que decidam “de meritis” em face do disposto no art.644 do 
CPP, como medida de inteira justiça. 
 
(local e data). 
   
 
advogado – OAB no 
40
 
REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO COMO ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE , 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
Maria, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliada na Rua 
 , por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – 
doc. 01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, nos autos do processo-crime no 
 , requerer sua 
 
HABILITAÇÃO COMO ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO 
 
com fulcro no artigo 268 do Código de Processo Penal, após manifestação do Ministério 
Público. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
(local e data). 
   
advogado – OAB no 
41
 
REQUERIMENTO PARA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL 
 
 
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLÍCIA TITULAR DO 
 DISTRITO POLICIAL DE , 
 
(Pular 10 linhas para despacho policial) 
 
 , (nacionalidade), (estado civil), comerciante, residente e domiciliado na Rua 
 , por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc. 
01), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria requerer 
 
INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIALcom fulcro no artigo 5o, II, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a 
seguir expostas: 
 
I – DOS FATOS 
 
O Requerido comprou do Requerente mercadorias no valor de R$ 1.500,00 (hum mil e 
quinhentos reais), efetuando o pagamento por meio de cheque. 
 
Ocorre que o cheque foi recusado após duas apresentações, por falta de fundos, 
configurando o delito de estelionato na modalidade de pagamento por meio de cheque sem 
provisão de fundos. 
 
II – DO DIREITO 
Com efeito, o artigo 171, § 2o, VI, do Código Penal, assim descreve o crime de estelionato: 
“ Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou 
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:... 
 
§2o Nas mesmas penas incorre quem: ... 
 
VI – emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o 
pagamento.” 
 
Note-se que houve perfeita adequação entre a conduta do Requerido e o disposto no 
supracitado dispositivo penal. 
 
A emissão de cheque pelo Requerido sem suficiente provisão de fundos, bem como o efetivo 
prejuízo para o Requerente encontram-se amplamente caracterizados. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja instaurado o competente Inquérito Policial para que, 
posteriormente, possa ser promovida a persecução penal contra o Requerido. 
 
Requer, outrossim, a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas: 
42
Rol de Testemunhas: 
 
 
1) Nome, endereço 
 
2) Nome, endereço 
 
3) Nome, endereço 
 
   
Nesses termos, pede deferimento. 
(local e data). 
  
 
advogado – OAB no 
43
JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DE , 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
“A”, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na Rua 
 , por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa 
– doc.01), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar 
 
JUSTIFICAÇÃO CRIMINAL 
 
nos termos da lei, com base nos artigos 861 e seguintes do Código de Processo Civil, pelas 
razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I – DOS FATOS 
 
“A” foi processado e condenado por ter alugado seu apartamento para um casal manter ali 
relações sexuais, mediante o preço de R$200,00 (duzentos reais). 
 
Ocorre que, um mês após a publicação do acórdão que confirmou a sentença condenatória, 
surgiram testemunhas garantindo ter sido a primeira vez que praticara tal fato. 
 
II – DO DIREITO 
 
Diante do surgimento de novas provas que atestam a inocência do Condenado, a oitiva das 
testemunhas referidas é pertinente e necessária uma vez que a prova produzida poderá 
basear a revisão criminal para desconstituir o acórdão que condenou o Réu à pena de 2 
(dois) anos de reclusão pelo delito tipificado no artigo 229 do Código Penal. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas, como 
medida de inteira Justiça: 
 
Rol de testemunhas: 
 
1) Nome, endereço 2) Nome, endereço 3) Nome, endereço 
   
Nesses termos, pede deferimento. 
(local e data). 
 
 
advogado – OAB no 
CORREIÇÃO PARCIAL 
44
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA 
 
DA COMARCA DE 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
Carlos, nos autos do processo crime que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que 
esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que determinou a oitiva das 
testemunhas de defesa antes da oitiva das testemunhas da acusação, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor 
 
CORREIÇÃO PARCIAL 
 
com fulcro no artigo . 
 
Requer seja recebido e processado o presente recurso e, caso Vossa Excelência entenda 
deva ser mantida a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões ao 
Egrégio Tribunal de Justiça. 
 
Nesses termos, pede deferimento. 
(local e data). 
 
 
advogado – OAB no 
45
RAZÕES DE < CORREIÇÃO PARCIAL
 
 
RECORRENTE: Carlos 
 
RECORRIDO: Justiça Pública 
PROCESSO No 
Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara,< Douto Procurador de Justiça, 
 
Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz ”a quo”, impõe-se a reforma da 
respeitável decisão que determinou a oitiva das testemunhas da defesa antes das da 
acusação, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
I – DOS FATOS 
 
O Recorrente foi denunciado pela prática do crime previsto no artigo 157, § 2o, inciso I, do 
Código Penal, pois supostamente teria subtraído a carteira de um motorista, mediante grave 
ameaça com emprego de arma.< Apresentou defesa preliminar, ocasião em que arrolou as 
testemunhas da defesa.< 
 
Ocorre que o Meretíssimo Juiz “a quo” determinou a oitiva das testemunhas da defesa antes 
da oitiva das testemunhas da acusação. 
 
II – DO DIREITO 
 
A respeitável decisão não pode prosperar, porque fruto de um erro que importa inversão 
tumultuária do processo. 
 
Com efeito, o artigo 400 do Código Penal dispõe que: 
 
“Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 
(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das 
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no 
art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao 
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando- se, em seguida, o acusado 
 
No caso em tela, referido dispositivo não foi observado pelo Meritíssimo Juiz “a quo”, uma 
vez que as testemunhas de defesa serão ouvidas antes das de acusação, o que acaba por 
ferir o princípio constitucional do contraditório e ampla defesa.< Nesse sentido, pertinente é a 
lição do douto Júlio Fabbrini Mirabete ao ensinar que: 
 
“As testemunhas arroladas pela acusação devem ser ouvidas em primeiro lugar (...) Isto 
porque, evidentemente, as testemunhas arroladas pela defesa estão destinadas, em 
princípio, a contrariar a prova produzida pela acusação. A inversão dessa ordem causa 
tumulto processual, reparável por via de correição parcial (...)” ( Processo Penal, 10a edição, 
Editora Atlas, pg. 480) 
 
Na mesma trilha de entendimento, é a jurisprudência pátria:< “ (...)as testemunhas de 
acusação deverão ser ouvidas antes das de defesa em respeito ao princípio do contraditório; 
porém, a inversão da prova somente poderá anular a ação penal se demonstrado efetivo 
prejuízo à defesa” ( TJSC – RT 747/748) 
46
 
Em face do acima articulado, a respeitável decisão do Meritíssimo Juiz de 1o grau deve ser
 
inteiramente reformada. 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer seja conhecida e provida a presente correição parcial, tornando-se 
sem efeito a decisão recorrida, para que as testemunhas da defesa sejam ouvidas após as 
da acusação, como medida de inteira justiça. 
 
(local e data). 
  
 
 
advogado – OAB no 
47
 
DEFESA PRELIMINAR – RITO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DE 
 
(Pular 10 linhas para despacho judicial) 
 
José, já qualificado na denúncia oferecida pelo Digníssimo membro do Ministério Público, 
por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração anexa – doc. 01), vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar 
 
DEFESA PRELIMINAR 
 
com fulcro no artigo 514 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a 
seguir expostas: 
 
I – DOS FATOS 
 
O Acusado, policial civil, foi denunciado como incurso nas penas do artigo 312, “caput”, do 
Código Penal, porque supostamente teria se apropriado de um relógio pertencente

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