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1 - GER. E PLAN TRIBUTARIO/Colaborar - Av - Gerenciamento e Planejamento Tributário - Nm.pdf 1 - GER. E PLAN TRIBUTARIO/SLIDE 1.pdf Tema 01 – Carga Tributária Edmo Colnaghi Neves Carga Tributária 1. Impactos da tributação nos custos da atividade empresarial. 2. Componente significativo do custo da atividade empresarial. 3. Considerado pela alta gerência o maior passivo das empresas FATORES DA TRIBUTAÇÃO • Carga tributária elevada. • Legislação volumosa e complexa. • Obrigações acessórias numerosas e sofisticadas. • Pequeno índice de retorno do Estado. • Carga tributária mal distribuída. CARGA TRIBUTÁRIA • Somatória de todos os tributos que se pagam no país (federais, estaduais e municipais). • Critério: somatória dos tributos arrecadados em relação ao Produto Interno Bruto – PIB. INCIDÊNCIA DE TRIBUTOS SOBRE EMPRESAS • Decorre do exercício das competências tributárias* por União, Estados, Distrito Federal e Municípios. • Dissemina-se por todas as atividades empresariais. ABRANGÊNCIA DA TRIBUTAÇÃO • Operações industriais. • Negócios mercantis. • Prestações de serviços. • Receitas e resultados. • Patrimônio. • Comércio exterior. • Folha de salários. • Operações financeiras. OPERAÇÕES INDUSTRIAIS, COMERCIAIS E DE SERVIÇOS • IPI. • ICMS. • ISSQN. PATRIMÔNIO • ITR. • IPVA. • IPTU. • ITBI. • ITCMD. RECEITA E RESULTADOS • IRPJ. • IRPF. • PIS. • COFINS. • CSLL. COMÉRCIO EXTERIOR • IE. • II. • ICMS, IPI, PIS, ISS, COFINS incidentes nas importações. FOLHA DE SALÁRIOS • INSS. • IOF. • Sistema “S”. Tema 2 Legislação Tributária Edmo Colnalghi Neves LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA • Complexidade • Sofisticação • Alternância • Versatilidade • “Pandemônio tributário” PRESTAÇÕES TRIBUTÁRIAS • Prestações positivas e negativas a cargo do sujeito passivo. • Exemplos: emissão de notas fiscais, escrituração de livros, declarações etc. COMPLIANCE CUSTOS DA TRIBUTAÇÃO Outros exemplos: declarações de impostos, informações ao fisco, atendimento à fiscalização, alterações da legislação, autuações e processos administrativos e judiciais. CUSTOS DE COMPLIANCE X MODERNIDADE • Obrigações tributárias acessórias em meio eletrônico/digital. • Nota fiscal eletrônica, escrituração digital, arquivos magnéticos, declarações tributárias eletrônicas etc. Carga Tributária Brasileira Característica • Baixo retorno social em relação à carga de tributos suportada pelas empresas. • Carga mal distribuída, onerando produção e consumo. Problema decorrente • Desestímulo à atividade produtiva e à geração de empregos. • Empresa é obrigada a investimentos sociais (p. exemplo: previdência complementar, saúde, creches etc.). Sistema Tributário Ideal Carga tributária incidente sobre a renda e os lucros Melhor distribuição de renda. Incentiva atividade produtiva. Quanto maiores os salários e os lucros, melhor será a arrecadação. • Boa assessoria na área tributária. • Administração atenta às questões da tributação. • Departamento para gerenciamento tributário bem organizado. Demandas Tema 3 DEPARTAMENTO DE TRIBUTOS Edmo Colnaghi Neves FUNÇÕES DO DEPARTAMENTO FISCAL • Cumprimento dos encargos e obrigações fiscais da empresa. • Controle e direcionamento das ações e operações relacionadas. • Maximização de resultados e minimização de riscos. LANÇAMENTO DO TRIBUTO Objetivo: constituir exigibilidade do crédito tributário. Modalidades: • De ofício – exclusivo do fisco. • Por declaração – conclusão pelo fisco. • Por homologação. FUNÇÃO DO DEPTO FISCAL QUANTO À MINIMIZAÇÃO DE RISCOS Proteção do empresário contra sanções impostas pelo fisco (multas, representação ao Ministério Público sobre crimes contra a ordem tributária etc.). GESTÃO DE TRIBUTOS EFICIENTE Cumprimento da legislação e regularidade perante a fiscalização Carga tributária e custos de conformidade Gerenciamento de tributos eficiente e seguro Fornecer ideias, sugestões ou planos que possibilitem a legítima anulação, redução ou adiamento do ônus tributário da empresa. Planejamento Tributário Atribuições de um Departamento de Tributos Departamento de Compras: • Orientar sobre vantagens fiscais na aquisição de mercadorias. • Identificar períodos com maiores aquisições, para melhor gestão do aproveitamento de saldos credores. • Aproveitamento de créditos nas aquisições de matérias-primas pelas indústrias. Bom Relacionamento Técnico- Profissional Departamento de Vendas: Participação no processo de quantificação dos preços dos produtos a serem comercializados, para os quais as características e implicações fiscais das vendas constituem fatores determinantes. Bom Relacionamento Técnico- Profissional Tema 4 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Edmo Colnaghi Neves Resulta na legítima anulação, redução ou adiamento do ônus tributário. Importância do Planejamento Tributário • O planejamento de tributos é uma das responsabilidades do Departamento de Tributos. • Ponto de partida: uma análise benfeita da legislação tributária. Planejamento Tributário: departamento responsável e ponto de partida Condutas adotadas pelo contribuinte para reduzir ou não recolher tributos antes da ocorrência do fato jurídico tributável. Planejamento Tributário: concepção majoritária • Efeito prático: redução ou não recolhimento do tributo. • Momento: antes da ocorrência do fato gerador. Planejamento Tributário: concepção majoritária • Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. • Evento concreto descrito em lei que faz nascer a obrigação tributária. Fato Gerador (CTN, art. 114) Obrigação Tributária (CTN, art. 113, § 1º) Dever do contribuinte efetuar o pagamento do tributo ao Estado. http://www.freeimages.com/ • Decorrência do princípio da legalidade. • Lei que institui um tributo deve descrever minuciosamente seu fato gerador e a respectiva obrigação tributária. • Inclui previsão de alíquota e base de cálculo. Tipicidade Tributária ou Estrita Legalidade Prévia e detalhada previsão legal possibilita projetar os atos e fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários entre as diversas opções legais disponíveis. Importância da Tipicidade para o Planejamento Tributário Traçar estratégias para que determinadas operações ou negócios não configurem fatos geradores de tributos. Meios de planejamento tributário que a análise da tipificação tributária permite Além das condutas repelidas pela legislação (práticas ilícitas), as concepções restritivistas propõem a exclusão de outras figuras tidas pela maioria como atividades de planejamento tributário. Concepções mais restritivistas acerca do Planejamento Tributário Exemplo: controle do tempo de ocorrência do fato gerador, como o contrato que estabelece o momento da realização da receita, adiando a tributação pela prestação de serviços. Planejamento Tributário pela Postergação do Tributo http://www.freeimages.com/ • Outro aspecto que também figura em grande parte dos conceitos apresentados diz respeito à licitude da estratégia adotada como planejamento tributário. • São recorrentes expressões conceituais, como “utilização de meios lícitos”, “não simulação” e “não dissimulação”. Importante No termo “tributação” está compreendida tanto a obrigação tributária principal (dever de pagar o tributo) como também as obrigações acessórias (prestações positivas ou negativas exigidas pela legislação). Motivo As medidas gerenciais ou opções realizadas para redução de custos ligadas ao cumprimento das obrigações acessórias também constituem formas de planejamento tributário. Planejamento Tributário pela Redução das Obrigações Acessórias Condutas lícitas posteriores à ocorrência do fato jurídico tributável também podem reduzir a tributação. Ex.: utilização de créditos tributários pelo sujeito passivo. Planejamento 1 - GER. E PLAN TRIBUTARIO/SLIDE 2.pdf Aula 02 – Elisão e Evasão Fiscal Tema 02 – Incidência de Tributos Edmo Colnaghi Neves Conteúdo geral da aula Incidência de tributos e obrigação tributária. Elisão e evasão fiscal. Ética e o planejamento tributário. Apresentação do Conteúdo Obrigação tributária. Fato gerador da obrigação tributária. Regra-matriz de incidência tributária Incidência tributária. Obrigação Tributária (CTN, art. 113) Principal Obrigação Tributária Acessória Ambiguidade da expressão Fato Gerador Hipótese de incidência Fato Gerador (FG) Fato jurídico-tributário Hipótese de incidência X Norma de tributação A hipótese de incidência é apenas uma faceta da norma tributária impositiva de tributação (regra- matriz de incidência). Teoria da Regra-Matriz A partir do estudo do texto legal, é possível determinar a estrutura lógica e os elementos componentes da regra-matriz de incidência de um tributo, isto é, delimitar as funções do descritor (hipótese) e do prescritor (consequente) da norma de incidência tributária. Funções Lógicas na Regra-Matriz Antecedente (descritor): descrever a hipótese de incidência, ou seja, estabelecer a previsão abstrata do fato gerador. Consequente (prescritor): prescrever as consequências jurídico-tributárias do fato gerador, ou seja, definir a obrigação tributária. Critérios do Antecedente da RMI Critério material H HI Critério temporal Critério espacial H = hipótese HI = hipótese de incidência Incidência Tributária Norma Hipótese de Jurídica incidência Incidência Evento Fato jurídico- tributário Incidência Tributária (CTN art. 116) Considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: Situação de fato: desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios (inciso I). Incidência Tributária (CTN art. 116) Considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: Situação jurídica: desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos do direito aplicável (inciso II). Tema 2 Evasão Tributária Edmo Colnalghi Neves Evasão Sinônimo de sonegação, forma ilícita de fugir do pagamento de tributos. Artifício utilizado pelo contribuinte para fraudar ou ocultar a ocorrência de fatos geradores. Evasão no CTN Compreende a simulação, o dolo e a fraude, situações repudiadas nos seguintes artigos do CTN: 149, VII – lançamento será efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa em caso de dolo, fraude ou simulação. 150 § 4º, 154 parágrafo único e 155 I. Dolo, Fraude ou Simulação fraude. • Dolo (ilícito voluntário): simulação. • Fraude: evasão de tributos claramente devidos, mediante artifícios dolosos utilizados para ocultar ou deformar o fato gerador. • Simulação: acordo entre as partes com a finalidade de iludir o fisco. Repressão do Estado à Evasão Evasão fiscal Infração à legislação tributária Fiscalização Lançamento de ofício via auto de infração (exigência de tributo + multa) Repressão do Estado à Evasão Auto de infração Processo administrativo tributário (reclamações e recursos) Constituição definitiva do crédito tributário Denúncia por crime contra a ordem tributária Elisão Forma de planejamento tributário. Meio lícito de evitar a ocorrência do fato gerador e, por conseguinte, elidir a tributação. Toda e qualquer ação que, sem violar a lei, reduz ou posterga o tributo. Elisão Visão Tradicional Caracterizada apenas segundo critérios temporais. Práticas anteriores ao momento da ocorrência do fato gerador do tributo. Elisão Visão Moderna Algumas práticas anteriores à ocorrência do fato gerador são repudiadas pelo sistema jurídico, não sendo consideradas como elisão fiscal. Daí a importância de conceitos como dissimulação, elusão fiscal, fraude à lei e abuso de direito. Elisão Visão Moderna Condutas do sujeito passivo posteriores à ocorrência do fato gerador também podem ser utilizadas como forma de elisão fiscal. Exemplos: deduções legais, aproveitamento de créditos fiscais etc. Norma geral “antielisiva” (CTN, art. 116, p. único, cf. LC 104/2001) Permite à autoridade administrativa desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. Tema 3 Norma Geral Antielisiva Edmo Colnaghi Neves Eficácia jurídica da norma geral “antielisiva” – Corrente Positiva Artigos 166, inciso VI (fraude à lei) e 187 (abuso de direito) do Código Civil são limites privados à elisão fiscal. Eficácia jurídica da norma geral “antielisiva” – Corrente Positiva Aplicação do artigo 116, p. único do CTN, para desconsideração dos atos e negócios jurídicos sem intuito negocial, mas com a exclusiva finalidade de afastar ou reduzir a tributação. Dissimulação X Simulação Simulação: é absoluta, isto é, o contribuinte pretende que o fisco acredite em um negócio que nunca aconteceu. Dissimulação: o contribuinte declara uma operação diversa daquela que efetivamente ocorreu. Dissimulação X Simulação Simulação: forma típica de evasão (CTN, arts. 149, VII, 150 § 4º, 154 parágrafo único e 155, I). Dissimulação: limite ao planejamento tributário previsto no art. 116, p. único do CTN e aplicável à luz dos conceitos privados de fraude à lei e abuso de direito. Fraude à Lei (CC, art. 166, VI) Negócio jurídico com o objetivo de fraudar lei imperativa nulidade na esfera civil. “Negócio dissimulatório em fraude à lei tributária”; desconsideração nos termos do artigo 116, p. único do CTN (interpretação sistemática). Melhor compreendendo a fraude à lei A norma de cobertura diz respeito a situação jurídica não tributada ou com tributação menor do que a do negócio jurídico efetivamente praticado. Abuso de Direito (CC, art. 187) Ocorre quando o titular de um direito, ao exercê-lo, “[...] excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”. Abuso de Direito (CC, art. 187) No campo tributário, dá-se no desvio de finalidade de uma sociedade empresária, constituída exclusivamente com a finalidade de reduzir tributação ou propiciar créditos tributários a terceiros. Elusão Fiscal Condutas praticadas mediante realização de atos ou negócios jurídicos permitidos pela ordem jurídica, mas desprovidos de causa, com intuito exclusivo de economia fiscal, mediante violação indireta da lei. Extrapola os limites do planejamento tributário. Negócio Jurídico Indireto Embora visando fins que não são típicos do negócio adotado, as partes também querem e aceitam os fins típicos. Não pretende ocultar ou disfarçar. Não há distinção entre a vontade declarada e a vontade real. Fica dentro dos limites do planejamento tributário. Limites do Planejamento Tributário Fraude à Lei Fraude à Lei Importância de uma visão ética sobre o planejamento tributário Da mesma forma que a Constituição Federal tutela o direito ao exercício da autonomia privada, à propriedade privada e à liberdade contratual, também prescreve o dever ético-jurídico ao pagamento do tributo justo. Importância de uma visão ética sobre o planejamento tributário O planejamento tributário posta-se, muitas vezes, em um liame tênue entre o lícito e o ilícito. Planejamento tributário Ilícito Tema 4 Ética e planejamento tributário Edmo Colnaghi Neves Economia Lícita de Tributos Ninguém é obrigado a escolher o caminho mais severamente tributado se existir outro possível, e não coibido pela lei, que resultar em tributação mais branda. Liberdade Fiscal Direito do contribuinte organizar livremente suas atividades de modo que: i) sobre elas recaia o menor ônus possível (inclusive tributário); ii) somente se submeta aos tributos previstos em lei, nos termos expressa e claramente previstos. Liberdade Fiscal e Ética Fiscal Pública É um dever fundamental do Estado, sujeito a uma ética fiscal pública, de reconhecer o princípio da liberdade fiscal dos contribuintes. Isonomia Tributária (CF, art. 5º, II) A carga tributária deve ser a mesma para todos aqueles que, em condições equivalentes, exercem uma mesma atividade. Ética de Fazer o Planejamento Ótica da Gerência de Tributos O planejamento tributário faz parte das atribuições do administrador de uma companhia. Lei das Sociedades Anônimas – arts. 153/154 Dever do administrador empregar todos os recursos legais que estiverem a seu alcance no sentido de lograr os fins da empresa. Inclui a administração da carga tributária como parte da rotina empresarial (responsabilidade da gerência de tributos). Ética fiscal privada X Ética fiscal pública Práticas ilícitas para economia de tributos empresa extrapola limites de sua liberdade fiscal concorrente que respeita os limites não logra êxito em obter a mesma economia de tributos Violação flagrante do princípio da isonomia Ética de como Fazer o Planejamento Ótica da Gerência de Tributos Dever do profissional da área tributária preservar a empresa contra quaisquer pretensões punitivas do Estado. Referências Bibliográficas AMARAL, G. L. A nova ótica do planejamento tributário empresarial. Disponível em: <www.fenacon.org.br>. Acesso em: 9 set. 2014. AMARAL, G. L.; OLENIKE, J. E.; AMARAL, L. M. F.; STEINBRUCH, F. Carga tributária brasileira 2009 e revisão dos períodos. Disponível em: <www.ibpt.com.br>. Acesso em: 9 set. 2014. ATALIBA, G. Hipótese de incidência tributária. São Paulo: Malheiros, 1992. BERTOLUCCI, A. V. Quanto custa pagar tributos. São Paulo: Atlas, 2003. BORGES, H. B. Auditoria de tributos: IPI, ICMS e ISS. São Paulo: Atlas, 2000. BORGES, H. B. Gerência de impostos: IPI, ICMS, ISS, IR. 6ª. ed. São Paulo: Atlas, 2007. BRASIL. Indicadores de equidade do sistema tributário nacional. Brasília: Presidência da República, CDES, 2009. CARRAZZA, R. A. Curso de direito constitucional tributário. 26ª. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. CHAVES, F. C. Planejamento tributário na prática. São Paulo: Atlas, 2009. CARLIN, E. L. B. Auditoria, planejamento e gestão tributária. Curitiba: Juruá, 2008. CINTRA, M. Pandemônios, manicômios e cinecuras. Jornal Folha de S. Paulo. Disponível em: <www.marcoscintra.org.br>. Acesso em: 9 set. 2014. Referências Bibliográficas 1 - GER. E PLAN TRIBUTARIO/SLIDE 3.pdf Aula 03 – Modalidades e Etapas Tema 01 – Operações de Planejamento Tributário Edmo Colnaghi Neves • Planejamento tributário para redução do ônus tributário. • Planejamento tributário judicial e normas de consentimento expresso. • Etapas do planejamento tributário e aspectos impactantes. Conteúdo geral da aula Objetivos do Planejamento Tributário eliminação redução adiantamento da carga de tributos redução de custos de conformidade Planejamento Tributário • Continua sendo a redução do ônus tributário. • Adotar gestão de tributos voltada às oportunidades da legislação. Principal foco do Planejamento Tributário Contempla estratégias para economia de tributos mais extremas e complexas, como, por exemplo, a reestruturação de empresas através de fusões, cisões e incorporações. Principal foco do Planejamento Tributário Operações Societárias: Transformação • Operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro. Operações Societárias: Incorporação • Operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Operações Societárias: Fusão • Operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. Operações Societárias: Cisão (total ou parcial) • Operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida (se houver versão de todo patrimônio), ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão. Novidade: Lei nº 12.441/2011 EIRELI • Permite a constituição da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI. • Única pessoa titular da totalidade do capital social, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. Novidade: Lei nº 12.441/2011 EIRELI • Permite a concentração de quotas de outra modalidade societária em um único sócio. • Vigência a partir de 12/01/2012 (180 dias após a publicação da Lei). Planejamento Tributário para Redução da Carga Tributária Ônus Fiscal Ônus Fiscal objetivos anulação de ônus fiscal redução de ônus fiscal Ônus Fiscal • Produtos oferecidos em divulgação a clientes. • Quantidades, dimensões de embalagens e demais requisitos legais para “Amostra Grátis”, menos para isenções de IPI (RIPI, art. 51, III) e ICMS (Convênios ICMS 29/1990 e 50/2010). Exemplo de Anulação do Ônus Fiscal Produtos em divulgação Amostra Grátis Produtos em divulgação • Empresa transportadora (Convênios ICMS 106/1996 e 95/1999). • Opção por regime de crédito outorgado de ICMS, para obter maior abatimento na apuração de débitos e reduzir imposto a recolher. Exemplo de Redução do Ônus Fiscal Ônus fiscal da empresa Transportadora Ônus fiscal da empresa Transportadora Crédito outorgado de ICMS – 20% Incidência Tributária Norma Jurídica Hipótese de incidência Evento Fato Jurídico- Tributário Incidência RMI – Critérios do Antecedente critério material critério temporal critério espacial H = hipótese HI = hipótese de incidência HIH RMI – Critérios do Consequente • Pessoal Sujeito Ativo Fisco Sujeito Passivo Contribuinte Ou responsável Alíquota Quantitativo Base de Calculo Premissa 1: incidência tributária é processo de subsunção de um evento (fato jurídico- tributário) a todos os critérios do antecedente da regra-matriz (hipótese de incidência). Eficiência do planejamento para redução da carga tributária Premissa 2: no consequente da RMI (obrigação tributária), o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) é definido e a carga tributária é imposta (alíquota e base de cálculo). Eficiência do planejamento para redução da carga tributária Conclusão: um eficaz planejamento tributário para redução da carga tributária perpassa, necessariamente, por uma pormenorizada análise da regra-matriz de incidência tributária (RMI) Eficiência do planejamento para redução da carga tributária Preparo de refeições em cozinhas industriais – venda direta a outras empresas para fornecerem em refeitório aos seus funcionários. Exemplo de planejamento segundo um só critério do antecedente da RMI Incidência do IPI se acondicionadas em embalagens de apresentação (critério material) – Não incidência se não acondicionadas (RIPI, art. 5º, I, “b”). Exemplo de planejamento segundo um só critério do antecedente da RMI Exemplo de planejamento segundo um dos critérios do antecedente da RMI Critério material da RMI: Incidência cf. Interpretação a contrario sensu do art. 5º, I , “b” do RIPI/2010 Critério material da RMI Não incidência do IPI cf. art. 5º, I, “b” do RIPI/2010 Empresa fornecedora de refeições Refeições acondicionadas em embalagens Refeições não acondicionadas em embalagens Critério quantitativo: aproveita uma redução temporária de alíquota para, durante a vigência do benefício, concentrar suas atividades produtivas e comerciais na industrialização e venda dos produtos abrangidos pela alíquota reduzida. Exemplo de planejamento segundo um só critério do consequente da RMI Indústria alimentícia que produz matérias- primas só faz vendas diretas para outras indústrias – Não sujeição ao ICMS-ST (RICMS, art. 264, I). Se comercializasse com revendedores atacadistas, pagaria ICMS-ST (RICMS, art. 313W). Exemplo de planejamento segundo mais de um critério da RMI Elisão fiscal no critério pessoal (elimina sujeição passiva por substituição tributária) e quantitativo (elimina base de cálculo do imposto retido por substituição tributária). Exemplo de planejamento segundo mais de um critério da RMI Exemplo de planejamento segundo mais de um critério da RMI Critérios da RMI Pessoal: contribuinte e responsável Quantitativo: BC = ICMS próprio + ICMS/STRICMS, 313W Critérios da RMI Pessoal: contribuinte Quantitativo: BC = ICMS próprio RICMS, 264, I Indústria A Indústria B Atacadista • Elisão fiscal mediante a interpretação sistemática da regra-matriz de incidência com outras normas jurídico-tributárias. • Tais como as que versam sobre imunidades, isenções, reduções de base de cálculo, créditos fiscais etc. Planejamento tributário sistemático Empresa concentra a comercialização de suas mercadorias nas vendas para órgãos públicos, aproveitando a exceção ao critério material da norma de tributação consistente na isenção de ICMS do art. 55 do RICMS/SP (aquisições de bens, mercadorias ou serviços por órgãos públicos). Exemplo 1 de planejamento tributário sistemático Exemplo 1 de planejamento tributário sistemático Órgão público ICMS isento RICMS – Anexo I art. 55 Órgão público ICMS isento RICMS – Anexo I art. 55 Órgão público ICMS isento RICMS – Anexo I art. 55 Órgão público ICMS isento RICMS – Anexo I art. 55 Órgão público ICMS isento RICMS – Anexo I art. 55 Critério quantitativo do consequente da RMI nas vendas de contribuinte do ICMS – SP • Opção pelo Simples Nacional realizada por empresa cuja receita bruta anual seja inferior a R$ 2.400.000,00. • Fundamento: Lei complementar nº 23/2006. Exemplo 2 de planejamento tributário sistemático Objetivos: redução da alíquota de vários tributos federais (IRPJ, IPI, PIS, COFINS, CSLL e INSS), estaduais (ICMS) e municipais (ISSQN). Exemplo 2 de planejamento tributário sistemático Principais Vantagens: • Melhor administração dos bens. • Proteção do patrimônio. • Assegura o planejamento sucessório. • Redução do ônus tributário. Exemplo 3 de planejamento tributário sistemático: Holding Familiar Pagamento do aluguel realizado por uma pessoa física ou por fontes situadas no exterior: Deverá ser realizado o recolhimento mensal obrigatório do Imposto de Renda por meio do chamado carnê-leão, com base na tabela progressiva estabelecida pela legislação. Tabela Progressiva IRPF (ac 2012) Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$) Até 1.637,11 - - De 1.637,12 até 2.453,50 7,5 122,78 De 2.453,51 até 3.271,38 15,0 306,80 De 3.271,39 até 4.087,65 22,5 552,15 Acima de 4.087,65 27,5 756,53 Comparação IRPF X Lucro Presumido Exemplo: 1° Trimestre de 2012: Rendimentos de aluguéis no montante de R$ 200.000,00. IRPF – Tabela Progressiva 2012 Rendimentos de Aluguéis 1° Trim. 2012: R$ 200.000,00 IRPF (27,5%) 55.000,00 Parcela a Reduzir do IRPF 2.269,59* Total devido 52.730,41 Observação: considerando que a apuração do IRPF neste caso é mensal (carnê-leão), o valor de R$ 2.269,59 corresponde ao valor de R$ 756,53 referente aos três meses do trimestre considerado. Lucro Presumido Rendimentos de Aluguéis 1° Trim. 2012: R$ 200.000,00 Percentual de Presunção IRPJ (32%) 64.000,00 IRPJ (15%) 9.600,00 Adicional IRPJ [(BC – R$ 60.000) * 10%] 400,00 IRPJ (15% + adicional) 10.000,00 Percentual de Presunção CSLL (32%) 64.000,00 CSLL (9%) 5.760,00 PIS (0,65%) 1.300,00 COFINS (3%) 6.000,00 Total devido (IRPJ+CSLL+PIS+COFINS) 23.060,00 Obrigações Acessórias • Além das demais obrigações acessórias, é preciso entregar a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob). • Instrução Normativa SRF nº 694, de 13/12/2006. Tema 2 Formas de Planejamento Tributário Edmo Colnalghi Neves • Planejamento tributário judicial. • Norma de consentimento expresso. Duas formas seguras de planejamento tributário • Ações judiciais antiexacionais. • Atenção na jurisprudência. Planejamento tributário judicial Medidas judiciais para dar respaldo a práticas de elisão contestadas pelo fisco (ações antiexacionais). Ações antiexacionais • Mandado de segurança. • Ação anulatória de débito fiscal. • Ação declaratória de inexistência de relação jurídico-tributária. Ações antiexacionais • Ações de iniciativa do sujeito passivo (contribuinte ou responsável). • Têm por objetivo a obtenção de provimento jurisdicional que reconheça a inexistência da relação jurídico-tributária ou a ausência de seu descumprimento. Ações antiexacionais O ajuizamento das ações antiexacionais é de responsabilidade do Departamento Jurídico. Ações antiexacionais • Não deve colocar em risco a estabilidade financeira da empresa. • Não deve submeter a empresa a aventuras judiciais, mediante o ajuizamento de ações com pequena probabilidade de êxito. Planejamento tributário judicial seguro Mas mesmo que seja grande a expectativa de sucesso na demanda, é ideal que a ação judicial se faça acompanhar do depósito do montante integral do tributo. Planejamento tributário judicial seguro • Suspende a exigibilidade do crédito tributário (CTN, art. 151, II). • Impede a execução pela Fazenda até o desfecho do processo. Efeitos do depósito do montante integral • Pode ser recuperado (levantado) pela empresa em caso de vitória no processo. • Afasta os consectários da mora na hipótese de improcedência da ação. Efeitos do depósito do montante integral Na pior das hipóteses, não dispondo ou não pretendendo dispor do valor do montante integral do tributo, o contribuinte pode intentar a obtenção de uma liminar na ação ajuizada ou mandado de segurança interposto. Liminar (alternativa ao depósito) Embora não sirva para afastar os efeitos da mora, a liminar suspenderá a exigibilidade do crédito tributário (CTN, art. 151, IV e V). Liminar (alternativa ao depósito) Permanente atenção na jurisprudência, especialmente dos tribunais superiores, para a adoção de práticas de elisão admitidas pelo Poder Judiciário. Atenção na jurisprudência Contribuintes do ICMS –mercadorias oferecidas em bonificação a seus clientes – Não inclusão na base de cálculo do imposto – Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que considera as bonificações um desconto incondicional, expressamente excluído da base de cálculo pelo artigo 13, § 1º, inciso II, alínea “a” da Lei complementar 87/1996 (STJ, 2009). Exemplos de planejamento tributário com base na jurisprudência • Planejamento tributário com base nas lacunas da lei fiscal. • Planejamento tributário com base na legislação de consentimento expresso. Planejamento tributário X Legislação • Adoção do procedimento que os ingleses chamam de loop hole. • Aproveitar as lacunas da lei fiscal, dado que o crédito tributário é sempre uma obrigação ex lege. Planejamento tributário com base nas lacunas da legislação Empresa que, valendo-se de uma lacuna da Lista de Serviços anexa à Lei complementar 116/2003, atua em uma atividade de prestação de serviços não tributada pelo ISSQN. Exemplo de planejamento tributário com base nas lacunas da legislação Além de aproveitar as brechas da legislação, o planejamento tributário também pode decorrer de normas expressamente estabelecidas na própria lei. Planejamento tributário com base em normas de consentimento expresso • Leis de incentivo à adimplência e recuperação fiscal. • Opções fiscais. Normas de consentimento expresso Combinam a anistia de juros e multas com planos de parcelamento de débitos a prazos mais alongados. Leis de incentivo à adimplência e recuperação fiscal • Última e recente versão do REFIS – Programa de Recuperação Fiscal, instituída pela Lei federal nº 11.941/2009. • PPI – Programa de Parcelamento Incentivado do ICMS do Estado de São Paulo, criado pelo Decreto estadual nº 51.960/2007. Exemplos de leis de incentivo à adimplência e recuperação fiscal • Anistia: hipótese de exclusão do crédito tributário (CTN, art. 175, II), constitui uma exoneração parcial da obrigação tributária. Efeitos da anistia e do parcelamento • Parcelamento: adia e pulveriza o impacto da tributação, além de suspender a exigibilidade do crédito tributário (CTN, art. 151, VI), tornando ainda mais vantajosa a adesão ao programa por parte de empresas oneradas por grandes passivos tributários. Efeitos da anistia e do parcelamento Situações em que a legislação tributária concede ao contribuinte o direito de optar entre duas formas de tributação, possibilitando-lhe a escolha daquela que se lhe afigure menos onerosa. Opções Fiscais Exemplos: opção entre lucro real, lucro presumido e Simples Nacional, que são os regimes de apuração que a lei permite às empresas brasileiras. Opções Fiscais Premissa 1: o planejamento tributário tem por objetivo evitar a incidência tributária, ou fazer com que as consequências dela sejam menos onerosas. Premissa 2: a incidência dá-se com a subsunção de um fato à regra-matriz. Planejamento Tributário no plano dos fatos Conclusão: o planejamento tributário deve estar focado também no plano dos fatos, nisto compreendido conhecer bem o patrimônio, negócios e operações da empresa. Planejamento Tributário no plano dos fatos Tema 3 Etapas do Planejamento Tributário – 1 e 2 Edmo Colnaghi Neves • Temática que se trata na doutrina especializada sem qualquer uniformidade terminológica. • Mas essa ausência de padrão não traz nenhum prejuízo ao estudo em questão. Etapas do Planejamento Tributário • O que importa é a sequência lógica e a abrangência dos procedimentos. • Quantidade e denominação das etapas – uma mera convenção. Etapas do Planejamento Tributário 1ª Etapa – Levantamento de dados. 2ª Etapa – Análise das implicações fiscais. 3ª Etapa – Planejamento preliminar. 4ª Etapa – Avaliação dos impactos. 5ª Etapa – Conclusão. 6ª Etapa – Implantação. Etapas do Planejamento Tributário 1ª Etapa – Levantamento de dados ‘’ 1. Levantamento de dados DEPARTAMENTO DE TRIBUTOS EMPRESA Prospecção de informações junto aos profissionais responsáveis pelas atividades da empresa. 1ª Etapa – Levantamento de dados De preferência mediante entrevistas formais, além da pesquisa e análise de documentos e livros fiscais, com o objetivo de obter e sistematizar dados. 1ª Etapa – Levantamento de dados • Estrutura e atividades operacionais da empresa. • Qualificação fiscal de seus estabelecimentos em face dos tributos devidos. 1ª Etapa – Levantamento de dados Avaliação da cadeia produtiva em que a empresa estiver envolvida, com detalhes sobre a atividade e o mercado, tais como essencialidade dos produtos, regiões e potencial. 1ª Etapa – Levantamento de dados Particularidades das operações industriais, negócios mercantis e prestações de serviços abrangidos pelo planejamento tributário. 1ª Etapa – Levantamento de dados • Origem de todas as transações efetuadas. • Confirmar a ocorrência dos fatos geradores dos tributos pagos. • Verificar se houve ação fiscal sobre fatos geradores atingidos pela decadência. Alguns levantamentos com base nos documentos, livros, guias e declarações Levantar o montante dos tributos pagos nos últimos cinco anos. Alguns levantamentos com base nos documentos, livros, guias e declarações 2ª Etapa – Análise das implicações tributárias DEPARTAMENTO DE TRIBUTOS EMPRESA 2. Análise das implicações tributárias 1. Levantamento de dados Compreende dois momentos sucessivos e coordenados: 2ª Etapa – Análise das implicações tributárias 1º Momento – Articulação das questões fiscais oriundas dos dados levantados. 2º Momento – Amplas pesquisas legislativas jurisprudenciais e doutrinárias. 2ª Etapa – Análise das implicações tributárias • É quando se definem as características do planejamento tributário. • Ou seja, se ele visa à anulação, à redução ou ao adiamento do ônus fiscal. Articulação das questões fiscais oriundas dos dados levantados • Determinação dos tributos incidentes sobre a atividade empresarial. • Análise quanto a eventuais cobranças indevidas ou recolhimento maior de tributos. Articulação das questões fiscais oriundas dos dados levantados • Verificação de fatos geradores não declarados que tenham sido atingidos pela decadência. • Identificação de créditos fiscais não aproveitados pela empresa. Articulação das questões fiscais oriundas dos dados levantados Amplas e profundas pesquisas legislativas, jurisprudenciais e doutrinárias a respeito dos princípios, diretrizes, conceitos, categorias, institutos e procedimentos jurídico-normativos que devem nortear a elaboração do planejamento tributário, bem como conferir- lhe legitimidade, operatividade e disciplinar- lhe a execução. Pesquisas legislativas, jurisprudenciais e doutrinárias Tema 4 Etapas do Planejamento 3,4, 5 e 6 Edmo Colnaghi Neves 3ª Etapa – Planejamento tributário preliminar DEPARTAMENTO DE TRIBUTOS EMPRESA 2. Análise das implicações tributárias 3. Planejamento tributário preliminar • Tem base nos trabalhos desenvolvidos na segunda etapa. • Diz respeito à definição das diretrizes e estratégias do planejamento tributário que se pretende implementar. 3ª Etapa – Planejamento tributário preliminar Escolher atividades e transações menos onerosas do ponto de vista fiscal. Exemplos de diretrizes e estratégias de planejamento tributário preliminar • Pedir restituição de tributos pagos indevidamente. • Desconsiderar créditos tributários não honrados atingidos pela decadência. Exemplos de diretrizes e estratégias de planejamento tributário preliminar • Optar por regime de tributação mais vantajoso. • Usufruir de incentivos fiscais existentes, tais como isenções, redução de alíquotas etc. • Aproveitar créditos fiscais antes não aproveitados pela empresa. Exemplos de diretrizes e estratégias de planejamento tributário preliminar 4ª Etapa – Avaliação dos impactos DEPARTAMENTO DE TRIBUTOS EMPRESA 3. Planejamento tributário preliminar 4. Avaliação dos impactos • O planejamento preliminar é posto à prova diante das questões impactantes avaliadas. • Poderá haver a eliminação ou reformulação de um ou mais pontos do planejamento preliminar. 5ª Etapa – Conclusão Finalmente, deve ser confeccionado um expediente formal para a implementação do planejamento elaborado, também formulado com redação clara, concisa, harmônica e objetiva. 5ª Etapa – Conclusão 6ª Etapa – Implantação DEPARTAMENTO DE TRIBUTOS EMPRESA 5. Conclusão 6. Implantação É quando se dá andamento ao expediente formalizado para implantação do planejamento tributário elaborado. 6ª Etapa – Implantação Apresentado e obtido o “aprovo” da alta direção, o expediente seguirá com a implantação, no departamento de tributos e nos demais setores da empresa envolvidos, de todas as medidas e estratégias planejadas. 6ª Etapa – Implantação Referências Bibliográficas BORGES, H. B. Gerência de impostos: IPI, ICMS, ISS, IR. 6ª. ed. São Paulo: Atlas, 2007. CARLIN, E. L. B. Auditoria, planejamento e gestão tributária. Curitiba: Juruá, 2008. CARVALHO, P. B. Teoria da norma tributária. 5ª. ed. Quartier Latin, 2009. CHAVES, F. C. Planejamento tributário na prática: gestão tributária aplicada. São Paulo: Atlas, 2009. JACINTHO, G. C. As opções fiscais das empresas brasileiras. Contas em Revistas, nº 33, out/nov de 2004. MACHADO, H. B. Planejamento tributário e crime fiscal na atividade do contabilista. In PEIXOTO, M. M. et al. (coord.). Planejamento tributário. São Paulo: MP Editora, 2007. MÁRIO, P. C.; RIBEIRO, A. E. L. Utilização de metodologias de reestruturação societária como ferramenta de planejamento tributário: um estudo de caso. Revista Contabilidade Vista e Revista. v. 19, n. 4, p. 107-128, out-dez 2008. MARTINS, A.; SCARDOELLI, D. Resumo de direito tributário. Leme: J. H. Mizuno, 2008. PAULSEN, L. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência. 12ª. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado: 2010. REALE, M. Lições preliminares de direito. 27ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. SUPERIOR Tribunal de Justiça – STJ – Recurso Especial nº 1111156 – 1ª Seção – Rel. Min. Humberto Martins – DJe 22/10/2009. SUPREMO Tribunal Federal – Recurso Extraordinário nº 183403/SP – 2ª. Turma – Rel. Min. Marco Aurélio – julg. 07/11/2000. SUPREMO Tribunal Federal nº 134071/SP – 1ª. Turma – Rel. Min. Ilmar Galvão – julg. 15/09/1992. Referências bibliográficas SUPREMO Tribunal Federal – Recurso Extraordinário nº 63486/SP – Rel. Min. Aliomar Baleeiro – DJ 08/03/1968. TEIXEIRA, S. F. A Jurisprudência como fonte do direito e o aprimoramento da magistratura. Revista Brasileira de Direito Processual, v.28, p.107-120, jul./ago. 1981. YOUNG, L. H. B. Planejamento tributário: fusão, cisão e incorporação – Coleção Prática Contábil. 5ª. ed. Curitiba: Juruá, 2009. Referências bibliográficas 1 - GER. E PLAN TRIBUTARIO/SLIDE 4.pdf Aula 04 – Tema 01 – Planejamento e Lucro Real Edmo Colnaghi Neves Conteúdo Geral da Aula • Planejamento tributário e regimes de tributação. • Planejamento tributário, aproveitamento de créditos e compensações de tributos. • Planejamento tributário internacional. Regimes de Tributação e Opções Fiscais Lucro real. Lucro presumido. Lucro arbitrado. Opções Fiscais Situações em que a legislação tributária concede ao contribuinte o direito de optar entre duas ou mais formas de tributação. Exemplo: opção que se faz entre lucro real, lucro presumido e Simples Nacional. • Simples Nacional (Lei complementar 123/2006) – restrito às pequenas e médias empresas optantes. Lucro real • Não optantes do Simples Lucro presumido Opções de Regimes para Tributação do Lucro (IRPJ e CSLL) Importância do Departamento de Tributos na opção pelo regime de tributação do lucro O momento legalmente adequado é o início de cada exercício fiscal ou atividade empresarial. Tributação do Lucro no CTN (art. 44) A base de cálculo do Imposto de Renda é o montante real, presumido ou arbitrado. Tributação pelo Lucro Arbitrado Não é uma opção ordinária do contribuinte. Tem lugar em situações excepcionais: • Se não é possível identificar o lucro da empresa. Lucro Real Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal (RIR/1999, art. 247). Lucro Líquido (RIR/1999, art. 248) O lucro líquido do período de apuração é a soma algébrica de: Lucro operacional. Resultados não operacionais. Participações. Determinação com observância das leis comerciais. LALUR – Livro de apuração do lucro real (RIR/1999, art. 262) De natureza estritamente fiscal, serve para a apuração extracontábil do lucro real tributado pelo IR. Destinado às adições, exclusões e compensações. LALUR – Livro de apuração do lucro real (RIR/1999, art. 262) Contém elementos que poderão afetar o resultado de períodos de apuração futuros. E-LALUR: Instrução Normativa RFB nº 989/2009. Lucro líquido....................... R$ 68 milhões (+) Adições............................... R$ 42 milhões (+) Exclusões e compensações... R$ 10 milhões (-) Lucro real.........................R$ 100 milhões (=) Exemplo de Apuração do Lucro Real Tema 2 Lucro Real, Presumido e ICMS Edmo Colnalghi Neves Opções de períodos de apuração do Lucro Real Anual: recolhido por antecipação, mensalmente e em regime de estimativa. Suspensão ou redução do recolhimento mensal se estimativa superior (importante ter a contabilidade em dia). Opções de períodos de apuração do Lucro Real No fim do exercício é feita a apuração contábil final para: I. Pagamento da diferença paga a menos. II. Ou obtenção de um crédito a ser compensado (ou restituído) a partir do próximo período. Opções de períodos de apuração do Lucro Real Trimestral: forma definitiva (sem estimativa). Empresa deve considerar cada trimestre um exercício encerrado, resultando em quatro apurações por ano, sem nenhum ajuste a ser efetuado em 31/12. Opções de períodos de apuração do Lucro Real É raro que haja vantagens para uma empresa escolher o lucro real trimestral em relação ao lucro real anual. Apuração pelo Lucro Presumido Aplicação de um percentual sobre a receita bruta para obtenção da base de cálculo. Percentual, previsto no artigo 15, § 1º da Lei 9.249/1995, variável conforme a atividade. Apuração pelo Lucro Presumido Opção definitiva em relação a todo o ano calendário (Lei 9.718/1998, art. 13, § 1º). Apuração pelo Lucro Presumido Permitida a empresas com receita bruta inferior a R$ 48 milhões. Vedação a empresas obrigadas à apuração do lucro real, mesmo que tenham receita bruta inferior a R$ 48 milhões (Lei 9.718/1998, art. 14). Exemplo de Apuração pelo Lucro Presumido Apuração da base de cálculo trimestral do IRPJ Valores R$ 780.000,00 x 32% (receita bruta X % atividade).......... R$ 120.000,00 (ganho de capital)..................................... R$ 249.600,00 R$ 120.000,00 Base de cálculo de IRPJ (soma).................................... R$ 349.600,00 Cálculo do Imposto (exemplo anterior) Cálculo do IRPJ devido Valores R$ 349.600,00 x 15%........................................................ Adicional = (349.600 – 60.000) = R$ 289.600 x 10%....... R$ 52.440,00 R$ 28.960,00 IRPJ a pagar..................................................................... R$ 81.400,00 Tema 3 Planejamento da Tributação do Lucro Edmo Colnaghi Neves Impossibilidade da opção Pelo Simples Nacional - A receita bruta anual será de aproximadamente R$ 3.120.000,00. - Ficará excluída a opção pelo regime do Simples Nacional, em razão do limite de R$ 2,4 milhões do art. 3º, II da Lei Complementar. Planejamento na Tributação do Lucro Planejamento tributário consistirá em estudar e realizar as projeções necessárias para verificar se o lucro real não seria um regime de apuração mais vantajoso para a empresa. Planejamento na Tributação do Lucro Agora, é preciso considerar que empresas do lucro real estão obrigadas à tributação não cumulativa do PIS e da COFINS, cujas as alíquotas são maiores. Análise das Implicações Tributárias Etapa do planejamento tributário em que: É feita uma análise sobre eventual cobrança indevida ou recolhimento maior de tributos. Faz-se um diagnóstico quanto a créditos fiscais legítimos porventura não aproveitados. Análise das Implicações Tributárias Resultados da análise das implicações tributárias: Pedidos de repetição de indébito tributário. Compensações e aproveitamento de créditos antes não usufruídos pela empresa. Créditos Legítimos não Aproveitados Já os créditos legítimos não aproveitados decorrem, geralmente, da tributação não cumulativa dos tributos indiretos. Impostos indiretos sujeitos à tributação não cumulativa: ICMS e IPI. Tributação não Cumulativa do ICMS Sistema de débito e crédito. Os créditos relativos às operações anteriores são registrados nas entradas, ao passo que os débitos referentes às operações próprias do contribuinte efetivam-se nas saídas. Restrições da Legislação ao Crédito de ICMS A lei complementar faz várias restrições ao direito ao crédito do ICMS. Por exemplo: vedação ao creditamento relativo a aquisições de mercadorias que não se consomem no processo de industrialização (materiais de uso e consumo), válida até 2011 (Lei Complementar 87/1996, art. 33, I). Crédito Acumulado de ICMS Decorrente de saldos credores que a atividade normal de certas empresas não absorve. Crédito Acumulado de ICMS O crédito acumulado poderá ser aproveitado nos termos da legislação. Estratégias de crédito no liame entre evasão e elisão fiscal Há estratégias preconizadas por alguns especialistas que se situam no liame entre a evasão e a elisão. Estratégias de crédito no liame entre evasão e elisão fiscal Fundamentos contrários à compensação com precatórios: Fundamentos Contrários A compensação só é possível em caso de expressa previsão legal, cf. CTN, art. 170. Possibilidade de compensação restrita a precatórios não alimentares (STJ, 2010). Tema 4 Planejamento Internacional Edmo Colnaghi Neves Planejamento tributário internacional Tax heaven – uso de países com tributação favorecida. Treaty shopping e tratados contra dupla tributação. O problema da dupla tributação da renda Surgiu em 1995, por meio da Lei 9.245/1995. Decorrência do princípio da universalidade: IR alcança sujeitos passivos localizados no exterior, desde que domiciliados (sediados) no Brasil. Tax Heaven (Paraísos Fiscais) Países com tributação favorecida. O paraíso fiscal pode ser considerado uma região geograficamente limitada, caracterizada por proporcionar aos não residentes a isenção ou redução de impostos. Tax Heaven – Conceito Legal Brasileiro Lei 9.430/1996, artigo 24: Define país de tributação favorecida como aquele que não tribute a renda ou que a tribute com a alíquota máxima inferior a vinte por cento. Tax Heaven e Planejamento Tributário Valem-se da ausência, na ordem jurídica pátria, de vedações legais ao uso dos países com tributação favorecida para reduzir o pagamento de tributos. Tax Heaven e Planejamento Tributário Obstáculos da legislação brasileira: Lei nº 9.779/1999: veio estabelecer a tributação na fonte à alíquota de 25% das remessas de capitais para paraísos fiscais. Exemplo de Treaty Shopping Empresa brasileira que pretende pagar dividendos à sua controladora no Chile. Por força de um tratado Brasil-Chile, essa operação está isenta do imposto de renda (IR) no Brasil, mas é tributada no Chile, por força de sua legislação interna. Exemplo de Treaty Shopping Para excluir tributação, as empresas podem se valer de uma outra empresa controlada, situada na Argentina, aproveitando-se de dois tratados que versam sobre tributação da renda. Referências Bibliográficas BITTENCOURT, F. S.; OLIVEIRA, A. S.; RIBEIRO, O. D. J.; ROSA, R. M. MAPATRI – Mapa do planejamento tributário. ABEPRO, 2007. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR590444_8944.pd f>. Acesso em: 23 set. 2014. CHAVES, F. C. Planejamento tributário na prática: gestão tributária aplicada. São Paulo: Atlas, 2009. LUZ, J. S. A hora do planejamento tributário para 2010 chegou. Newslog, 2010. Disponível em: <http://www.newslog.com.br/site/default.asp?TroncoID=907492&Secao ID=508074&SubsecaoID=627271&Template=../artigosnoticias/user_exi bir.asp&ID=252226&Titulo=A%20hora%20do%20planejamento%20trib ut%E1rio%20para%202010%20chego.u>. Acesso em: 23 set. 2014. MÁRIO, P. C.; RIBEIRO, A. E. L. Utilização de metodologias de reestruturação societária como ferramenta de planejamento tributário: um estudo de caso. Revista Contabilidade Vista e Revista. v. 19, n. 4, p. 107-128, out-dez 2008. ONU, J.; RODRIGUES, F. Planejamento tributário – lucro presumido, lucro real ou SIMPLES – algumas vantagens e desvantagens. Migalhas, 2007. Disponível em: < http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI34478,21048- Planejamento+Tributario+Lucro+Presumido+Lucro+Real+ou+SIMPLES+ Algumas >. Acesso em: 23 set. 2014. SHINGAKI, M. Gestão de impostos para pessoas físicas e jurídicas. 3ª. ed. São Paulo: Saint Paul, 2005. SUPREMO Tribunal Federal – Recurso Extraordinário nº 63486/SP – Rel. Min. Aliomar Baleeiro – DJ 08/03/1968. Referências Bibliográficas UTUMI, A. C. A. Arts. 43 a 45. In: MACHADO, A. C. C. (org.); QUEIROZ, M. A. (coord.). Código tributário nacional interpretado artigo por artigo parágrafo por parágrafo. Barueri: Manole, 2009. ELIAS, E. A. Planejamento tributário internacional através do uso de tratados internacionais contra a dupla tributação da renda: treaty shopping. Fiscosoft. Disponível em: <http://www.fiscosoft.com.br /a/46r3/planejamento-tributario-internacional-atraves-do-uso-de-tratados- internacionais-contra-a-dupla-tributacao-da-renda-treaty-shopping- eduardo-arrieiro-elias>. Acesso em: 23 set. 2014. FERNANDES, E. C. Considerações sobre o planejamento tributário internacional. In: PEIXOTO, M. M. et al. (coord.). Planejamento tributário. São Paulo: MP Editora, 2007. SHOUERI, L. E. Planejamento fiscal através de acordo de bitributação. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995, p. 21. Referências Bibliográficas 2 - VALUATION/Colaborar - Av - Avaliação de Empresas - Valuation - Nm.pdf 2 - VALUATION/SLIDE 1.pdf Tema 01 – Apresentação do curso e do tema Prof Dr Daniel Pitelli de Britto Agenda • Por que estudar avaliação de empresas • F&A no Brasil • A escolha do modelo de Valuation • Abordagens para avaliação – Avaliação contábil e liquidação – Avaliação relativa – Fluxo de Caixa Descontado – Custo de Capital – Opções Reais Bibliografia • DAMODARAN, A. Avaliação de Investimentos. Rio: Qualitymark, 1997. • RAPPAPORT, A. Gerando Valor para o Acionista. São Paulo: Atlas, 2001. • COPELAND, T et al. Avaliação de Empresas. São Paulo: Pearson, 2002. • MARTELANC, R.; PASIN, R.; CAVALCANTE, F. Avaliação de Empresas. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. • LOW, J.; Kalafut, P.C. Vantagem Invisível. Porto Alegre: Bookman, 2003. Tema 2 Os modelos de Avaliação Por que estudar Avaliação de Empresas? Valuation F&A Gestão do Valor Gestão de Carteiras O Papel da Avaliação • A Avaliação e a Gestão de Carteiras – Representa pouco para investidores passivos e muito para ativos – Investidores Ativos – Observadores de mercado e Selecionadores de Ação. Este último, principalmente no caso de Analistas Fundamentalistas • A Avaliação na Análise de Aquisições – Deve desempenhar papel principal – Quanto vale e quanto custa? – Fatores Especiais a considerar • Efeito da Sinergia • Efeitos decorrentes da mudança da gerência – Problemas com Tendências • Valor demasiadamente otimista! • Pressão sobre o avaliador, quando há interesse estratégico do comprador, em que a conta feche • A Avaliação nas Finanças Corporativas – Se o objetivo é a maximização do valor da empresa, o relacionamento entre decisões financeiras, estratégia e valor tem que ser delineado – A gestão do valor toma, portanto, lugar de análises puramente contábeis para análises de valor Tema 3 F&A no Brasil – O patamar atual e o que esperar *Fonte: PWC, 2009 *Fonte: PWC, 2009 – Material divulgado na Imprensa Mas quais têm sido as transações? Tema 4 E qual é o resultado prático das F&A? F&A é bom negócio? Ti p o d e Ev en to Fusão Oferta de Tomada de Controle Venda P la ye r Cia Adquirida Cia Adquirente Cia Adquirida Cia Adquirente Desmembramento Alienação - Vendedor - Comprador Cisão R et o rn o M éd io p ar a o A ci o n is ta 20% 2-3% 35% 3-5% 2,5% 0,5-1,0% 0,34% 2% *Fonte: COPELAND, 2002. O Valor das Coisas Quanto vale? Máquina de Lavar Roupa de 8kg Considere: • Quanto tempo você gastaria lavando roupas • O preço de uma diarista • O custo do capital e a depreciação da máquina • O que mais você pensar que pode lhe auxiliar neste processo! 2 - VALUATION/SLIDE 2.pdf Tema 01 – Os modelos de avaliação de empresas Prof Dr Daniel Pitelli de Britto Agenda • Por que estudar avaliação de empresas • F&A no Brasil • A escolha do modelo de Valuation • Abordagens para avaliação – Avaliação contábil e liquidação – Avaliação relativa – Fluxo de Caixa Descontado – Custo de Capital – Opções Reais AVALIAÇÃO DE EMPRESAS O Valor, os Modelos e os Intangíveis Premissas de Valuation Investimento Seguro Ativos O Preço Os Modelos • Postulado do investimento seguro é que um investidor não pague mais por um ativo do ele realmente vale • Ativos são algo com possibilidade de geração de riqueza (renda) futura. • O preço pago por qualquer ativo deve refletir os fluxos de caixa que se espera que eles gerem • Os modelos de avaliação procuram relacionar valor com o nível e o crescimento esperado desses fluxos de caixa Tema 2 Reflexões sobre o Avaliação e Como escolher o modelo mais adequado Algumas Reflexões “Uma vez que os modelos de avaliação são quantitativos, a avaliação é objetiva” E os intangíveis? Qual será a reação da concorrência? “Uma avaliação bem pesquisada e bem feita é eterna” Quanto valerá o dólar no ano que vem? Qual é o valor da Carbrás? “Uma boa avaliação oferece uma estimativa precisa de valor” As projeções tem variância? “Quanto mais quantitativo o modelo, melhor a avaliação” (2 ou 3) x (5 ou 6) = ? “O mercado geralmente está errado” Quem irá pagar o preço? Quem dita as premissas econômicas? “O produto da avaliação é o que importa, o processo da avaliação não é importante” Preço é igual a Valor? ABORDAGENS PARA A AVALIAÇÃO Avaliação por Fluxo de Caixa Descontado Avaliação Relativa Avaliação por Direitos Contingentes Métodos de Avaliação de Empresas Modelos de Avaliação Modelos de Fluxo de Caixa Descontado Modelos de Avaliação Relativa Modelos de Precificação de Opções Detentor de Direitos Empresa Acionista Dividendos Fluxos de Caixa Líquidos do Acionista Três Estágios Dois Estágios Crescimento Estável Padrão de Crescimento Abordagem: •Fundamentos •Empresas Comparáveis • Regressões Índices: •Preço/Lucro •Preço/Valor Contábil •Preço/Vendas Patrimônio Líquido Produto Recursos Naturais Tema 3 Avaliação Contábil e de Liquidação AVALIAÇÃO CONTÁBIL E LIQUIDAÇÃO O Valor, os Modelos e os Intangíveis Primeiro: o Balanço Ativos Passivos Patrimônio Líquido Receitas - Custos Operacionais - Despesas Operacionais = EBITDA - Depreciação = EBIT - IR/CSLL = NOPAT Juros Líquidos Lucro Líquido Tema 4 Avaliação Relativa ou por múltiplos AVALIAÇÃO RELATIVA O Valor, os Modelos e os Intangíveis Avaliação Relativa • O valor de um ativo deriva da precificação de ativos “comparáveis”, padronizados pelo uso de uma variável comum, como lucros, fluxos de caixa, valores contábeis ou receitas • Maneiras de Utilizar – Empregando Fundamentos – Utilizando Comparações Avaliação Relativa • Exemplo: Usina Elétrica • Preço = R$ 1 bi • Múltiplo = R$ 100 mi/MW 10 MW • Preço = R$ 600 mi • Múltiplo = R$ 120 mi/MW 5 MW • Preço = R$ ? • Múltiplo = R$ ? 20 MW Casos de Avaliação Relativa • Determinar os múltiplos do mercado de Real Estate • Contexto • Dados • Utilizar empresas do setor de Real Estate comparáveis. • Dados disponíveis em www.fundamentus.com.br • Construir uma tabela comparativa e concluir o estudo de caso. • Você está procurando oportunidades de investimento no setor de Real Estate • Utilizando os índices abaixo, determine qual empresa do setor está subvalorizada – Preço / Lucro – Preço / Receita – Market to Book – Preço / EBIT 2 - VALUATION/SLIDE 3.pdf Tema 01 – Modelo de Fluxo de Caixa Descontado Agenda • Por que estudar avaliação de empresas • F&A no Brasil • A escolha do modelo de Valuation • Abordagens para avaliação – Avaliação contábil e liquidação – Avaliação relativa – Fluxo de Caixa Descontado – Custo de Capital – Opções Reais FLUXO DE CAIXA DESCONTADO O Valor, os Modelos e os Intangíveis Avaliação por Fluxo de Caixa Descontado Relaciona o valor de um ativo ao valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados relativos àquele ativo Fluxo de Caixa ÷ Taxa Perpetuidade ÷ (Taxa - g) Valor do Ativo Qual fluxo deverá ser descontado? HJ Passado Projeções Valor do Ativo Reflexões Acionista ou Empresa? Antes ou depois de um evento (IPO,F&A)? Cíclico, constante ou em estágios? Por quanto tempo? FCL -1FCL -2FCL -3 FCL -4 FCL -5 Tema 2 Erros e Projeções de Fluxo de Caixa Avaliação por Fluxo de Caixa Descontado • Erro-chave – Combinar fluxos de caixa e taxas de desconto, como descontar fluxos de caixa do PL pelo WACC • Limitações – Empresas em dificuldades, Cíclicas, com Ativos não-Utilizados, com Patentes ou Opções subutilizados, em Processo de Reestruturação, de Capital Fechado Na Prática: Projete o Caixa! 2009 2010 2011 2012P 2013P 2014P Receitas 3.500 3.850 4.190 - Gastos Op. 2.100 2.200 2.500 = Resultado Op. 1.400 1.650 1.690 - IR+CSLL 430 580 570 = NOPAT 970 1.070 1.120 + Depr/Amort 100 110 120 +/- OPEX (50) (40) (35) +/- CAPEX (150) (140) (130) = FCLE 870 1.000 1.075 +/- Financiamentos (50) (45) (40) = FCLA 820 955 1.035 Exemplo de Fluxo de Caixa Descontado FCLE 500 FCLE -300 FCLE 400 FCLE 600 FCLE 800 1 2 3 4 5 Valor = ? WACC = 10% aa Tema 3 Modelo de Precificação de Ativos Exemplo de Fluxo de Caixa Descontado FCLE 500 FCLE -300 FCLE 400 FCLE 600 FCLE 800 1 2 3 4 5WACC = 10% aa 𝐕𝐀𝐋𝐎𝐑 = 500 (1+0,10)1 + −300 (1+0,10)2 + 400 (1+0,10)3 + 600 (1+0,10)4 + 800 (1+0,10)5 = 1.413,68 No Excel: =VPL(10%;500;-300;400;600;800) O CAPM Como determinar o retorno esperado para um ativo 12 Modelo de Precificação de Ativos de Capital – CAPM • No início da década de 1960, pesquisadores em finanças (Sharpe, Treynor e Lintner) desenvolveram um modelo de formação de preços de ativos que considera somente o grau de risco sistemático que um ativo possui. • Em outras palavras, notaram que a maioria das ações cai quando as taxas de juros sobem, mas que algumas caem muito mais. • Concluíram que, se pudessem medir essa variabilidade – o risco sistemático –, então poderiam desenvolver um modelo para avaliar ativos usando apenas esse tipo de risco. • O risco não sistemático (específico à empresa) é irrelevante porque poderia ser facilmente eliminado com a montagem de uma carteira diversificada. Como o modelo roda... • Para medir o grau de risco sistemático de um ativo, simplesmente estimaram a regressão dos retornos da carteira de mercado – a carteira formada por todos os ativos – contra os retornos de um ativo individual. • A inclinação da linha de regressão – beta – mede o risco sistemático (não-diversificável) de um ativo. • Em geral, empresas de atividade cíclica, como as da indústria automobilística, apresentam betas altos, ao passo que empresas relativamente estáveis, como as concessionárias de serviços de utilidade pública, apresentam betas baixos. • O cálculo de beta é mostrado no próximo slide. Risco de uma carteira Modelo de formação de preços de ativos (CAPM) Tema 4 CAPM na Prática Risco de uma carteira Modelo de formação de preços de ativos (CAPM) Risco de uma carteira Modelo de formação de preços de ativos (CAPM) Premissa Básica do Modelo • Taxa Livre de Risco – Em geral, títulos do governo de longo prazo • Prêmio pelo Risco – O prêmio por risco de uma ação tem duas partes: • O prêmio por risco do mercado, ou seja, o retorno exigido ao se aplicar em qualquer ativo com risco, em lugar de aplicar à taxa livre de risco. • Beta, um coeficiente de risco que mede a sensibilidade do retorno da ação específica a variações das condições do mercado. Taxa Livre de Risco Prêmio pelo Risco Retorno Esperado CAPM • Vamos considerar a Usiminas como exemplo: – Beta = 1,25 – Rf = 5,0% – Rm = 15% – Qual é o retorno esperado? ki = RF + [bi x (Rm – RF)], onde ki = retorno esperado ou exigido de um ativo RF = taxa de retorno livre de risco bi = beta de um ativo ou carteira Rm = retorno esperado da carteira de mercado ki% bi RF = 5% 1,251 15% 17,5% SML Prêmio por risco do mercado (10%) Prêmio por risco do ativo (12,5%) Linha de Mercado de Títulos 2 - VALUATION/SLIDE 4.pdf Aula 01 – A Avaliação de Empresas Tema 01 – O WACC – Custo Médio Ponderado de Capital Agenda • Por que estudar avaliação de empresas • F&A no Brasil • A escolha do modelo de Valuation • Abordagens para avaliação – Avaliação contábil e liquidação – Avaliação relativa – Fluxo de Caixa Descontado – Custo de Capital – Opções Reais Na vida real… • Os betas são fortemente influenciados por crises e relação oferta e demanda, causando instabilidade • Betas setoriais e betas do ativo • Alavancagens – Quanto maior a alavancagem operacional, maior será o risco – Quanto maior a alavancagem financeira, maior será o risco – Nas avaliações, desalavancamos o beta do setor e realavancamos ao nível da empresa alvo. – bu=bL/[1+(1+t)(D/E)] • Na prática: – ke = kf + p + bs (km- kf) + kpaís – ki = kf (1-t) Pesos da estrutura de capital WACC = ka = wiki + wpkp + wskr or n Os pesos na equação acima devem representar uma combinação de recursos (onde wi = % de capital de terceiros, wp = % de ações preferenciais e ws= % de capital próprio). Especificamente, esses pesos são as proporções ideais de capital de terceiros e capital próprio que minimizarão o custo geral de financiamento da empresa. Custo médio ponderado de capital Tema 02 – Como dimensionar o WACC Um método utiliza valores contábeis extraídos do balanço da empresa. Por exemplo, para estimar o peso de capital de terceiros, simplesmente se divide o valor contábil do exigível de longo prazo da empresa pelo valor contábil de seus ativos totais. Para estimar o peso do capital próprio, simplesmente se divide o valor contábil do patrimônio líquido pelo valor contábil dos ativos totais. Custo médio ponderado de capital Pesos da estrutura de capital WACC = ka = wiki + wpkp + wskr ou n Um segundo método usa os valores de mercado do capital de terceiros e do capital próprio da empresa. Para encontrar a proporção de capital de terceiros a valor de mercado, simplesmente se multiplica o preço das obrigações da empresa pela quantidade existente. Isso é igual ao valor total de mercado do capital de terceiros da empresa. A seguir, faz-se o mesmo cálculo para o capital próprio da empresa, multiplicando-se o preço da ação pelo número total de ações existentes. Custo médio ponderado de capital Pesos da estrutura de capital WACC = ka = wiki + wpkp + wskr or n Finalmente, somam-se os valores de mercado do capital próprio e do capital de terceiros da empresa, gerando assim o valor total de mercado dos ativos da empresa. Para estimar os pesos a valores de mercado, simplesmente se divide o valor de mercado do capital de terceiros ou do capital próprio pelo valor de mercado dos ativos da empresa. Custo médio ponderado de capital Pesos da estrutura de capital WACC = ka = wiki + wpkp + wskr or n Tema 03 – Exemplos de WACC Por exemplo, suponha-se que o valor de mercado das dívidas da empresa seja de $ 40 milhões, que o valor de mercado das ações preferenciais seja de $ 10 milhões e que o valor de mercado do capital próprio seja de $ 50 milhões. Dividindo cada componente pelo total de $ 100 milhões obtemos pesos de 40% para o capital de terceiros, 10% para as ações preferenciais e 50% para o capital próprio, a valores de mercado. Custo médio ponderado de capital Pesos da estrutura de capital WACC = ka = wiki + wpkp + wskr or n Usando os custos anteriormente calculados, juntamente com os pesos de valor de mercado, podemos calcular o custo médio ponderado de capital da seguinte maneira: CMPC = 0,4(5,67%) + 0,1(9,62%) + 0,5 (15,8%) = 11,13% Isso pressupõe que a empresa tem lucros retidos suficientes para financiar quaisquer projetos de investimento esperados. Custo médio ponderado de capital Pesos da estrutura de capital WACC = ka = wiki + wpkp + wskr ou n Exemplo: WACC da Natura a valor de mercado INV Capital de Terceiros Capital Próprio X ki X ke Juros Lucro Mínimo Custo Médio Ponderado de Capital Wd x Ki + We x Ke Tema 04 – WACC na Prática e Opções Reais Exemplo: WACC da Natura a valor de mercado INV VE = 10,7bi Capital de Terceiros DIV = 2,6bi Capital Próprio VM = 8,1bi X ki = 10% X ke = 15% Wd x ki = 24,3% x 10% = 2,43% We x Ke = 75,7% x 15% = 11,35% WACC = 2,43% + 11,35% = 13,78% OPÇÕES REAIS O Valor, os Modelos e os Intangíveis Avaliação por Opções Reais • Opção é um ativo que se paga apenas sob determinadas contingências – Se o valor do ativo subjacente exceder um valor preestabelecido para uma opção de venda ou atingir um valor menor que o preestabelecido para uma opção de compra • Uma opção pode ser avaliada como função das seguintes variáveis: – O valor corrente e a variância em valor do ativo subjacente – O preço de exercício da opção e o prazo até o vencimento da opção e a taxa de juros livre de risco * DAMODARAN, A. Avaliação de Investimentos. Rio: Qualitymark, 1997. 3 - NEG. E MARK. EMPRESARIAL/Colaborar - Av - Negociação e Marketing Empresarial - Nm.pdf 3 - NEG. E MARK. EMPRESARIAL/SLIDE 1.pdf Negociação e Marketing Empresarial Negociação e Marketing Corporativo Apresentação da Disciplina • Fundamentos básicos de Negociação, as etapas e os métodos no desenvolvimento de uma negociação. • Principais conceitos de marketing como base do relacionamento entre empresas e os públicos intervenientes nesta relação. Negociação e Marketing Corporativo Aula 1 Fundamentos da Negociação O que é Negociação Arenas da Negociação As Cinco Estratégias Genéricas de Negociação Fatores: Relacionamento versus Resultado Aula 2 Estilos de Negociação Perfis dos Negociadores Aspectos Periféricos de uma Negociação Preparação – Condução – Pós-Negociação Negociação e Marketing Corporativo Aula 3 Princípios e Fundamentos de Marketing Tipos de Demanda e Ambientes de Marketing Mix de Marketing – 4 Ps: Produto, Preço, Praça, Promoção Aula 4 Estratégia Mercadológica Estratégias do Marketing Mix Segmentação de Mercados e Posicionamento Marketing de Relacionamento e de Serviços TEMA 1 – NEGOCIAÇÃO: FUNDAMENTOS E DEFINIÇÕES O objetivo desta aula é: Desmistificar o conceito errôneo de que negociação diz respeito a “truques” sobre e como “levar vantagem em relação à outra parte”. Aula 1 – Fundamentos da Negociação O objetivo desta aula: Entendermos como a negociação pode construir uma relação duradoura. Quais são as condicionantes de uma boa negociação. Analisarmos os diversos perfis de negociadores e seus objetivos na negociação. Aula 1 – Fundamentos da Negociação Negociação Mitos Bons negociadores são pessoas que lograram êxito em sua empreitada e que atingiram o resultado desejado! Cultura Popular “Levar vantagem em tudo” – bom negociador é aquele que conseguiu levar vantagem sobre a outra parte! “As pessoas negociam para obter um resultado melhor do que obteriam se não negociassem” William Ury Harvard University http://es.paperblog.com Busca de uma posição de melhoria em relação ao que estamos vivenciando em uma determinada situação, ou seja: a negociação é um conjunto de ações necessárias a mudanças entre o estado atual e o desejado. Negociação Questão fundamental: Saber negociar é uma condição nata ou não? Negociação Qualquer pessoa pode tornar-se um bom negociador. O talento para negociar também é importante. Negociação Se estamos o tempo todo negociando, poderemos dizer que naturalmente possuímos talento e prática para negociar. Negociar = Talento + Prática Se você for bem-sucedido em todas as negociações, você conseguiu obter uma boa combinação entre talento e prática. Negociação Para ganhar não necessitamos derrotar. Negociar não diz respeito à competição, e sim a melhorias para ambas as partes. Em qualquer negociação há interesses e objetivos a serem satisfeitos: • Nem sempre estes interesses e objetivos são claros para ambas as partes; ou • Interesses e objetivos das partes não são coincidentes; ou • Nem possuem interesses com a mesma
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