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21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6 Comunicação FORNECER SUBSÍDIOS PARA QUE O ALUNO CONHEÇA OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO. A comunicação é uma forma de convivência e tem por objetivo o entendimento entre os homens. Para que exista esse entendimento, é necessário que os indivíduos compreendam mutuamente o que se comunica, ou seja, os símbolos usados devem ter a mesma significação para ambos. Caso contrário, pode não haver comunicação. Comunicação – Etimologicamente, comunicação – do latim communicare – significa tornar comum – ser como um –, trocar opiniões, fazer saber; implica interação, troca de mensagens. É um processo de participação de experiências que modifica a disposição mental das partes envolvidas, ter empatia, pensar junto. Elementos da comunicação Todo sistema de comunicação envolve um emissor e um receptor, que enviam, através de um canal, uma mensagem elaborada por meio de um código linguístico comum a ambos. Ao efetuarmos uma comunicação com alguém, devemos ficar atentos também ao contexto de sua produção, pois o significado pode variar segundo alterações desse contexto. Emissor: Pessoa que elabora e envia a mensagem. Receptor: Quem recebe a mensagem. Canal: Meio de transmissão – som, palavra, desenho, sinal. Mensagem: Conteúdo ou assunto transmitido. Código linguístico: sistema de signos, como a Língua Portuguesa. Contexto: A situação em que a mensagem foi produzida, a que ela se refere. Língua: A língua é um sistema de signos organizados a partir de certas combinações ou regras que permitem a comunicação. 01 / 05 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/6 a língua é um conjunto de sinais que exprimem idéias, sistema de ações e meio pelo qual uma dada sociedade concebe e expressa o mundo que a cerca; é a utilização social da faculdade da linguagem. Criação da sociedade, não pode ser imutável; ao contrário, tem de viver em perpétua evolução, paralela à do organismo social que a criou. A língua pertence a todos os membros de uma comunidade. Como ela é um código aceito convencionalmente, um único indivíduo não é capaz de criá-la ou modificá-la. A fala, entretanto, é sempre individual e seu uso depende da vontade do falante. Nem a língua nem a fala são imutáveis. A língua evolui, transformando-se historicamente. Do latim, conforme Aurélio, "o conjunto das palavras e expressões usadas por um povo, por uma nação, e o conjunto de regras da sua gramática, idioma". Assim, a língua existe para expressar a cultura, visto que as aquisições culturais são ensinadas e transmitidas em grande parte pela língua. Para Celso Cunha (1975:24), Veja o exemplo: Um chapéu sobre a cabeça de um camponês é um simples utilitário de proteção contra o sol; sobre a cabeça de uma dama numa cerimônia, é um adorno: na fronte de um cardeal, é um símbolo de poder; na mão estendida de um mendigo, quer dizer um pedido de auxílio. Em síntese: o significado é definido por relação. 02 / 05 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/6 Faltando um desses elementos de comunicação, o processo não se completa e a mensagem não é compreendida. Embora o esquema mostre apenas uma direção da comunicação (do emissor para o receptor), ela acontece mutuamente nas duas direções, quando o receptor torna-se emissor e envia uma resposta, por exemplo. Como se pode perceber, a comunicação é um processo dinâmico em que: O emissor recebe um estímulo interno ou externo, que provoca uma reação. Traduz em palavras essa ideia e, por associação, organiza as palavras em uma frase-mensagem. Depois seleciona o meio mais adequado à mensagem e a emite rumo ao receptor. O receptor recebe a mensagem, procurando decodificar o seu significado. Ele decifra os símbolos de acordo com a sua própria interpretação e conhecimento de mundo ou repertório anterior. A reação do receptor é transportada como uma nova mensagem de volta ao emissor, que a interpreta e avalia se o significado que recebeu é coerente com o que enviou. Coincidindo os dois significados, completa-se o círculo da comunicação pela compreensão mútua. Assim, podemos afirmar que a eficácia da comunicação está diretamente ligada à percepção do receptor e à habilidade do emissor em elaborar e transmitir a mensagem. Receptor – Da parte do receptor, são empecilhos para a comunicação: Nível de conhecimento insuficiente para a compreensão da mensagem. Falta de experiência. Falta de imaginação. Ausência de atenção (distração). Falta de disposição para entender. Emissor – Da parte do emissor, são empecilhos para a comunicação: Incapacidade verbal (oral ou escrita) para expor o próprio pensamento. Falta de coerência entre os diversos fragmentos de frases ou de pensamentos. Intromissões de opiniões, juízos de valores quando somente os fatos podem gerar soluções. Uso de termos técnicos desconhecidos do receptor. Imprecisão vocabular ou uso de frases longas para impressionar o receptor. Ausência de espontaneidade. Acúmulo de pormenores. Excesso de advérbios e de frases feitas (clichês). É claro que todo esse processo ocorre automaticamente, sem que os falantes parem para pensar em cada etapa da comunicação. Além disso, a divisão em tais etapas tem efeito didático, pois a comunicação é um processo contínuo em que os falantes trocam de papéis a todo momento. 03 / 05 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/6 Em uma conversa ou leitura de um texto, corre-se o risco de atribuir um significado inadequado a um termo ou expressão e isso pode levar a certos resultados inesperados, como se vê nos quadrinhos a seguir. Como complemento e ilustração desta parte da aula, visualize a figura sobre atribuir um significado inadequado . A figura faz parte do conteúdo da aula e facilita a sua compreensão. IMAGEM (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/lptl80/a01i01_lptl80.htm) É fundamental a adequação desses significados para uma comunicação eficiente, pois se um deles ficar em desacordo, a comunicação não acontecerá. Todo processo de comunicação deve ter um feedback (retorno da mensagem ao emissor pelo receptor ), ou seja, é a continuidade da comunicação. Usamos tons de voz, gestos para a nossa comunicação e muitas vezes empregamos as várias funções da linguagem até mesmo sem percebermos, pois já se tornou um ato natural. Função denotativa ou referencial – visa principalmente à informação, portanto, é necessário que seu conteúdo seja objetivo e impessoal, ou seja, apenas informa algo para alguém. (ênfase no contexto) Função expressiva ou emotiva – tem uma linguagem que visa despertar alguma emoção ou sensibilizar o receptor. O tom de voz é diferente; muitas vezes é mais suave e a expressão facial é também muito explorada. (ênfase no emissor) Função conativa ou apelativa – visa à formação de opinião, o objetivo da mensagem é persuadir o destinatário, influenciando seu comportamento. Exemplos: a propaganda seduzindo o consumidor, que é o receptor, para adquirir novos produtos ou serviços anunciados nos veículos de comunicação diariamente. (ênfase no receptor) Função fática : – quando o objetivo da mensagem é simplesmente o de estabelecer ou manter a comunicação. (ênfase no canal) Função metalinguística – quando o objetivo é falar sobre a própria linguagem. Um exemplo dessa função são as definições de verbetes encontrados no dicionário. (ênfase no código) Função poética: – quando o objetivo é chamar a atenção para a própria mensagem. Um exemplo é o poema que revela o trabalho com a linguagem (rimas, sons, imagem etc.). (ênfase na mensagem) REFERÊNCIA BOSCO. Português instrumental. São Paulo:Atlas, 1999. CUNHA, Celso. Nova gramática do Português contemporâneo. São Paulo: Nova Fronteira, 2001. MARCUSCHI, L. A. (2002). Gêneros textuais: definição e funcionalidade In. MORENO, C.; GUEDES, P.C. Curso básico de redação. Porto Alegre: Audipel, 1977. 04 / 05 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/6 PEREZ, Clotilde; BAIRON, Sérgio. Comunicação e Marketing. São Paulo: Futura, 2002. PLATÃO & FIORIN. Lições de texto: leitura e redação. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997. POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo: Saraiva, 1998. SOUZA, Maurício de. Chico Bento. Rio de Janeiro: Globo, n. 335, Nov. 99. 05 / 05 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/6
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