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21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/26 Soluções COMPREENDER O QUE É UMA SOLUÇÃO, CONHECER AS PRINCIPAIS UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO E PROCESSOS DE DILUIÇÃO, E FAMILIARIZAR-SE COM SEUS CÁLCULOS E APLICAÇÕES. Solução é o nome que se dá a uma mistura homogênea, ou seja, a um sistema que apresenta duas ou mais substâncias e ainda assim mantém um aspecto uniforme. Na maioria das vezes pensamos em soluções como sendo sistemas líquidos, mas as soluções podem ser não só sistemas líquidos como também sistemas sólidos ou gasosos. As figuras seguintes mostram exemplos de soluções nos três estados clássicos da matéria: A água mineral é uma mistura homogênea (portanto uma solução) de água e uma pequena quantidade de diversos sais, cujos cátions e ânions você pode conferir no rótulo da garrafa. Alguns exemplos são cálcio, magnésio, potássio, sódio, sulfato, fluoreto, brometo, nitrato, bicarbonato, fosfato... em diversas quantidades. 01 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/26 O aço é uma solução sólida, pois é uma mistura homogênea de metais. No caso do aço inoxidável, presente no nosso dia a dia, o metal principal – em maior quantidade – é o ferro, e a ele se adiciona outros elementos químicos, chamados “elementos de liga”, como cromo e níquel, que aumentam a resistência do aço à corrosão. 02 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/26 O ar atmosférico é uma solução gasosa, pois é uma mistura homogênea de diversos gases como nitrogênio (cerca de 78%), oxigênio (cerca de 20%), argônio e outros. Os componentes de uma solução podem ser classificados em dois tipos: soluto e solvente. Soluto é a substância que está sendo dissolvida e solvente é a substância que efetua a dissolução. Geralmente se diz que o solvente é aquele que está em maior quantidade, e o soluto está em menor quantidade. No exemplo da solução conhecida como água mineral, a água seria o solvente e os sais minerais os solutos. No exemplo da solução conhecida como aço inoxidável o solvente seria o ferro e o cromo seria um dos solutos. No exemplo da solução conhecida como ar atmosférico o gás nitrogênio seria o solvente e o oxigênio seria um dos solutos. No preparo de soluções é necessário observar a quantidade de soluto que uma determinada quantidade de solvente consegue dissolver. Diferentes solventes dissolvem diferentes quantidades de diferentes solutos, e estes processos sofrem influencia de fatores como temperatura e pressão. Isso acontece porque no preparo da solução as partículas do soluto ficam dispersas entre as partículas do solvente e a dispersão depende das forças intermoleculares envolvidas. 03 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/26 Os principais fatores que determinam a quantidade de soluto que se dissolve em um determinado solvente formando uma solução são: a quantidade de solvente disponível e a temperatura. Dados estes fatores, podemos considerar o coeficiente de solubilidade CS, que é “a maior quantidade de soluto X que se consegue dissolver em determinada quantidade de solvente Y, numa dada temperatura Z”. Por exemplo, considerando a pressão constante, se prepararmos um béquer com 100g de água a 40ºC e nele adicionarmos 65g de sal nitrato de potássio KNO sob agitação, perceberemos que resta no béquer 1,1g de sal sem dissolver. 3 04 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/26 Então o valor de CS=63,9g KNO /100g H O 40ºC nos diz que, na temperatura de 40ºC, a quantidade máxima de KNO3 que se consegue dissolver em 100 g de água é 63,9g. Nestas condições qualquer massa acima deste valor permanecerá como corpo-de-fundo (ou seja, ficará sem dissolver). No exemplo acima, temos 1,1g de KNO como corpo-de-fundo. Classificação das Soluções As soluções podem ser classificadas conforme alguns critérios: Condução de corrente elétrica: 3 2 3 05 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/26 Solução molecular: nesta solução as partículas dispersas (partículas do soluto) são apenas moléculas, não apresentam carga elétrica e não conduzem corrente elétrica detectável por aparelhos comuns de laboratório. Exemplo: solução de açúcar (sacarose) em água. C H O C H O Onde a sacarose C H O é uma substância molecular Solução iônica ou eletrolítica: nesta solução as partículas dispersas são íons, e portanto conduzem corrente elétrica que pode ser detectada em laboratório. Exemplo: solução de sal (cloreto de sódio) em água. NaCl Na Cl Onde o cloreto de sódio NaCl é uma substância iônica Aqui é importante lembrar que substâncias iônicas solúveis se dissociam e liberam íons formando soluções eletrolíticas, mas as substâncias moleculares que forem capazes de sofrer ionização em presença de água também liberam íons e formam soluções eletrolíticas, como acontece, por exemplo, com o ácido acético: 12 12 11(s) 12 12 11(aq) 12 22 11 (s) +(aq) + - (aq) 06 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/26 CH COOH +H O H O +CH COO Onde o ácido acético CH COOH é uma substância molecular Quanto maior for a quantidade de íons livres em solução, maior será a corrente elétrica conduzida. Concentração de soluto na solução: em relação à concentração do soluto na solução ela pode ser classificada como: 3 (I) 2 (l) 3 +(aq) 3 -(aq) 3 07 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/26 Solução diluída: nesta solução a concentração do soluto é considerada pequena. Embora não haja um padrão rigoroso, a maioria dos autores considera uma solução diluída aquela que apresenta no máximo 0,1 mol de soluto por litro de solução. Solução concentrada: nesta solução a concentração do soluto é considerada elevada. Embora não haja um padrão rigoroso, a maioria dos autores considera uma solução concentrada aquela que apresenta mais que 0,1 mol de soluto por litro de solução. Coeficiente de Solubilidade: a classificação em função do coeficiente de solubilidade depende da proporção soluto/solvente que se estabelece em uma determinada temperatura. Os valores de coeficientes de solubilidade (CS) para as substâncias são cientificamente conhecidos e tabelados. Soluções Insaturadas: são aquelas que apresentam, em uma determinada temperatura, uma quantidade de soluto inferior à quantidade do coeficiente de solubilidade conhecido. Exemplo: para o sal nitrato de potássio o valor de CS= 63,9g de KNO em 100 g H O, a 40ºC. Assim sendo, uma solução preparada a 40ºC dissolvendo-se em 100g de H O uma quantidade qualquer de KNO inferior a 63,9g deverá ser classificada como “solução insaturada”. Soluções Saturadas: são aquelas que apresentam, em uma determinada temperatura, uma quantidade de soluto exatamente igual à quantidade do coeficiente de solubilidade conhecido. Exemplo: a 40ºC, para o sal nitrato de potássio, teremos uma solução saturada apenas se dissovermos 63,9g deste sal em 100 g de H O. Ou, mantendo a proporção e a temperatura, 127,8g de KNO em 200 g de H O e assim por diante. Soluções Supersaturadas: são sistemas instáveis nos quais a mínima perturbação faz com que o excesso de soluto sofra precipitação. Nestes sistemas existe uma quantidade maior que o coeficiente de solubilidade dissolvida no solvente, em uma determinada temperatura. Geralmente são preparadas dissolvendo a quente o soluto e depois resfriando lentamente e em repouso absoluto o sistema. As soluções supersaturadas são de difícil obtenção. Unidades de Concentração No preparo deuma solução podemos dissolver diversas quantidades de soluto em uma determinada quantidade de solvente até atingir o ponto de saturação. 3 2 2 3 2 3 2 08 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/26 Sabemos preparar, por exemplo, aqueles “sucos de pacote”: basta dissolver o conteúdo do pacote em um litro de água, conforme explicado na embalagem. No entanto, se você desejar um suco “mais fraco”, pode usar uma quantidade menor de granulado ou uma quantidade maior de água. Se desejar um suco “mais forte” pode acrescentar outro envelope de suco ou colocar menos água... Na realidade, ao preparar um suco “mais forte” ou “mais fraco”, o que estamos fazendo é alterar a concentração da solução “suco” proposta pelo fabricante. É importante conhecer a relação entre as quantidades de soluto e solvente em uma solução. Isso é feito na medicina, na indústria, no comércio e principalmente na ciência... quem nunca ouviu falar que a diferença entre o veneno e o remédio é a dose? Quando estudamos as relações entre as quantidades de soluto e solvente estas quantidades podem ser dadas em massa, em volume, ou em mols (quantidade de matéria). 09 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 10/26 Concentração comum (C): A concentração comum é dada pela massa do soluto (m) que se encontra dissolvida em certo volume (V) de solução. Na maioria das vezes a massa é expressa em gramas (g) e o volume em litros (L), e portanto a concentração comum virá expressa em gramas de soluto por litro de solução (g/L), mas eventualmente a concentração comum pode aparecer em gramas por mililitro (g/mL), gramas por centímetro cúbico (g/cm ) ou kilogramas por litro (kg/L). Exemplo: O soro fisiológico é uma solução de cloreto de sódio de concentração comum igual a 9,00 g/L. Qual é a massa de cloreto de sódio que deve ser pesada para o preparo de 15 litros de soro fisiológico? Então temos C = 9,00 g/L ; m = ? ; V = 15 L Concentração molar (M) ou molaridade: é dada pela relação entre a quantidade de matéria do soluto (número de mols do soluto) e o volume da solução em litros. Neste caso, a unidade será sempre mol por litro (mol/L). 3 10 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 11/26 Onde M = concentração molar (em mol/L) n = número de mols m = massa em gramas V = volume em Litros MM = massa molar (g/mol) Exemplo: calcule qual é a massa de hidróxido de sódio necessária para preparar 1,50 L de solução com concentração molar igual a 0,25 mol/L. Dado de massa molar do NaOH = 40 g/mol. Então temos: MM = 40 g/mol ; m = ? ; V = 1,50 L ; M = 0,25 mol/L Assim teremos: m = 15 g de NaOH Existe uma relação matemática entre a concentração comum e a concentração molar que pode facilitar seus cálculos: dividindo as fórmulas correspondentes, membro a membro, teremos: Onde: C = concentração comum em g/L M = concentração molar (mol/L) MM = massa molar do soluto (g/mol) Então, a relação entre concentração comum g/L e concentração molar é C = M . MM Título ( ): geralmente se usa o título em massa. O título em massa é a relação entre a massa do soluto e a massa da solução, conforme as expressões abaixo: soluto soluto 11 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 12/26 Pois a solução nada mais é do que a soma de soluto e solvente. Se você observar bem, o título será sempre um número adimensional, ou seja, puro, pois a unidade será sempre a mesma tanto no numerador como no denominador da fração (grama com grama, miligrama com miligrama etc). Outra dica importante é que o valor do título obrigatoriamente será menor que 1, pois sempre o numerador (massa do soluto) é menor que o denominador (soma das massas do soluto e solvente) da fração. Se o valor do título for multiplicado por 100, teremos a porcentagem em massa do soluto na solução. %soluto(m/m) = .100 Exemplo: Um frasco de enxaguante bucal contém 250g de solução, na qual o triclosan age como principal agente anti-séptico. O rótulo indica a presença de 0,075g de triclosan no frasco, entre outras substâncias. Calcule: a. O título da solução: b. A porcentagem em massa de triclosan no enxaguante bucal: Então m = 0,075g ; m = 250g t = ? a. b. % soluto (m / n) = . 100 então % soluto (m / n) = 0,0003 . 100 ⇒ = ? De triclosan no enxaguante bucal soluto solução 12 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 13/26 Também existe o título calculado em termos de volume ( ), que só é usado quando todos os componentes da solução são gasosos ou líquidos. Como os volumes não são necessariamente aditivos (pois o volume da solução não é sempre igual a soma dos volumes do soluto e solvente) temos a seguinte expressão para o título em volume: e assim fica a porcentagem em volume do soluto na solução: %soluto (V/V) = . 100 Um exemplo bastante simples que ilustra o título em termos de volume é o teor alcoólico nos rótulos de bebidas. Se o rótulo de uma garrafa de um vinho indica que a bebida apresenta teor alcoólico de 11%, isso significa que a cada 100 mL de vinho, 11 mL são de álcool puro. v V 13 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 14/26 e assim %soluto (V/V) = . 100 %soluto (V/V) = 0,11.100 %soluto (V/V) = 11% Concentração em ppm (partes por milhão): é a expressão mais utilizada quando se trabalha com soluções extremamente diluídas. Ela indica quantas partes do soluto podem ser encontradas em um milhão de partes de solução - em volume ou em massa. Se as concentrações forem ainda menores, é possível usar a concentração em ppb (parte por bilhão): indica quantas partes do soluto podem ser encontradas em um bilhão de partes de solução. Com frequência usa-se concentração em ppm ou em ppb na quantificação de resíduos de agrotóxicos em plantas, de resíduos de fármacos em produtos cárneos, de poluentes atmosféricos e muitas outras. As expressões matemáticas são: Densidade (d): assim como a concentração comum, a densidade também é uma relação entre massa e volume, mas tome cuidado: enquanto a concentração comum traz uma relação entra massa de soluto e volume da solução, a densidade traz a relação da massa da solução e volume da mesma solução. Observe: Assim sendo, podemos dizer que a densidade da solução relaciona a massa da solução com seu próprio volume, ou seja, a densidade indica a massa de solução que corresponde a uma unidade de volume. Apesar da densidade não ser exatamente uma unidade de concentração, ela é importante pois está relacionada com a concentração da solução. É possível correlacionar em apenas uma expressão matemática o título, a concentração comum e a densidade de uma mesma solução: C = 1000 . d . V 14 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 15/26 Na dedução desta expressão já foram levadas em conta as unidades mais frequentes para concentração comum (g/L) e densidade (g/mL) e como nestes casos as unidades de volume diferem, o fator de correção já está embutido na fórmula. Assim, quando precisar usar esta expressão matemática, certifique-se de trabalhar com a concentração comum em g/L e com a densidade da solução em g/mL. Diluição Na rotina de um laboratório químico é comum o preparo de soluções e também o trabalho com soluções prontas previamente. Frequentemente é necessário partir de uma solução mais concentrada e acrescentarcerta quantidade do próprio solvente para obter uma solução menos concentrada, ou seja, é necessário fazer uma diluição. 15 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 16/26 O processo de diluição de uma solução também é muito usado no dia-a-dia, seja na vida doméstica quando se dilui um suco de frutas para suavizar seu sabor; seja na indústria, quando se acrescenta solvente para diminuir a viscosidade de um lote de tinta antes da aplicação em uma linha de montagem de automóveis; seja na utilização de um produto de limpeza, que precisa ser diluído no balde antes de ser aplicado no chão. Sempre que ocorre adição de solvente a uma amostra de solução haverá aumento de volume, mas não de soluto. Assim sendo, a concentração da solução resultante será menor que a concentração da amostra de partida. Um exemplo bastante simples é a adição de água a uma xícara de café que inicialmente estava muito “forte” (mais concentrado). Após a adição de água o volume de café na xícara aumenta, mas o café resultante será mais “fraco” (menos concentrado). Cálculos simples podem ser usados para conhecer as concentrações das soluções antes e depois da diluição. O modo mais prático é usar uma das correlações seguintes: 16 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 17/26 Onde C = Concentração comum da solução inicial C = Concentração comum da solução após a diluição V = Volume utilizado da solução inicial V = Volume da solução após a diluição Exemplo: no laboratório um técnico dispõe de uma solução de nitrato de cálcio 8,50 g/L. Calcule o volume desta solução que ele deverá utilizar para preparar 500 mL de solução de nitrato de cálcio 2,00 g/L. Resolução: C = 8,50g/L V = ? C = 2,00g/L V = 500 mL V = 0,500 L C .V = C .V e então 8,50.V = 2,00 . 0,500 e portanto V = 0,118 L ou 118 mL Exemplo: Uma amostra de 23,4 mL de solução de NaOH 0,015 mol/L foi colocada em um béquer e este béquer adicionou-se 75,0 mL de água. Calcule a molaridade da solução diluída. Resolução: 1 2 1 2 1 1 2 2 2 1 1 2 2 1 1 17 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 18/26 Embora a concentração esteja em mol/L, neste caso não foi necessário fazer a conversão da unidade de volume pois tanto V como V já estavam na mesma unidade (mL). Mistura de soluções de mesmo soluto e mesmo solvente Neste caso podemos considerar o esquema abaixo: Observamos que quando duas soluções de mesmo soluto e mesmo solvente são misturadas, a massa de soluto presente na solução resultante será a somatória das massas presentes nas soluções iniciais e o volume da solução resultante também será a somatória dos volumes das soluções inicialmente misturadas. Então, como existe a relação. podemos escrever m = C . V E assim teremos: 1 2 soluto solução solução 18 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 19/26 m = m + m então C . V t = C .V + C .V O mesmo raciocínio é válido para soluções cuja concentração é dada em quantidade de matéria por litro (concentração molar), e assim vem a relação: m . V = m . V + m . V Mistura de soluções de solutos diferentes sem reação Quando se mistura soluções de solutos diferentes sem que haja reação química entre eles, não haverá variação de massa de nenhum deles e consideramos que o os volumes se adicionam. Portanto é como se os solutos apenas sofressem diluição e assim podemos calcular a concentração de cada um deles na solução final. Mistura de soluções com solutos diferentes com reação química A mistura de soluções contendo solutos que reagem entre si deve ser analisada como reação química. Conhecendo-se as proporções estequiométricas da reação que ocorre no processo se pode determinar as quantidades de solutos presentes, excedentes ou produtos da reação através de um processo conhecido como “titulação”. As reações mais comuns trabalhadas em titulações são reações entre um ácido e uma base, entre solução de um oxidante e solução de um redutor; ou soluções de dois sais que reagem entre si. A titulação é uma técnica de análise volumétrica e o exemplo mais comum é a titulação entre um ácido e uma base. Neste método coloca-se para reagir uma solução de concentração conhecida – que chamaremos “titulante” – com uma solução da qual se deseja conhecer a concentração – que chamaremos de “titulado”. Quando se mistura um ácido e uma base ocorre entre eles a chamada “reação de neutralização”, na qual íons H (ou H O ) provenientes do ácido neutralizam íons OH provenientes da base com formação de molécula de água. Quando se usa ácido e base fortes e a neutralização é completa, o pH do meio fica próximo a 7, ou seja, pH neutro. A reação química que ocorre entre o ácido e a base deve ser perfeitamente conhecida para que sua estequiometria seja utilizada nos cálculos que devem ser feitos ao término do processo de titulação. Nas titulações frequentemente se usa substâncias conhecidas como “indicadores”, que são substâncias capazes de mudar de coloração de acordo com o meio químico no qual estão. Dependendo da reação química que se deseja trabalhar na titulação, há um indicador mais adequado. Os indicadores são adicionados previamente ao frasco reacional da titulação. sol result sol1 sol2 result resul sol1 sol1 sol2 sol2 result result 1 1 2 2 + 3 + - 19 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 20/26 Durante a titulação adiciona-se o ácido à base (ou vice-versa) aos poucos, sob gotejamento. Quando a reação estiver próxima do ponto de equivalência o indicador troca de cor devido a variação brusca do pH (é o chamado “ponto de viragem”) e a adição do reagente na titulação deve ser interrompida. Anota-se o volume de titulante gasto e os cálculos já podem ser feitos. Descrição da técnica: 1. Determinar com precisão (geralmente com o auxílio de uma pipeta) o volume da solução de concentração desconhecida, transferindo-o para um erlenmeyer. 20 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 21/26 2. A este erlenmeyer adiciona-se o indicador selecionado previamente. 3. A solução de concentração conhecida (titulante) é colocada numa bureta graduada. 21 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 22/26 4. Posiciona-se o erlenmeyer com o titulado sob a bureta e abre-se a torneira da bureta lentamente, despejando gota a gota, com agitação; a reação vai acontecendo. 5. Em certo momento, a quantidade adicionada da solução titulante vai reagir completamente com a solução titulada e neste instante o indicador adicionado no início da titulação muda de cor, mostrando o momento de parar o gotejamento. Fecha-se a torneira da bureta. 6. Através da leitura do volume gasto do titulante é possível calcular a concentração da solução desconhecida através da proporção estequiométrica. Como exemplo para o cálculo tomemos um volume de 15,0 mL de solução de H SO de concentração desconhecida (titulado), colocado no erlenmeyer. Como adicionamos a fenolftaleína como indicador ácido- base a coloração inicial da solução titulada é incolor. Como solução titulante usaremos solução padronizada de NaOH de concentração 0,10 mol/L. Iniciamos a titulação adicionando gotas de NaOH e quando a coloração no erlenmeyer “vira” de incolor para cor-de-rosa, interrompemos a adição de NaOH e anotamos o volume de base gasto, por exemplo VNaOH = 17,8 mL. Assim sendo, temos os seguintes dados: 2 4 22 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVEhttps://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 23/26 Então aplicando a relação acima temos: 1 . 0,10 . 17,8 = 2 . M . 15,0 M = 0,06mol/L E assim sabemos que a concentração inicial da solução de H2SO4, nosso titulado, era de 0,06 mol/L. ATIVIDADE ácido 23 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 24/26 A tabela seguinte mostra os valores de coeficiente de solubilidade do NaCl em função da temperatura do sistema. A respeito das soluções preparadas dissolvendo NaCl em água foram feitas as seguintes afirmativas: I – Uma mistura preparada com 94,5g de NaCl dissolvidos em 250g de água a 60ºC é uma solução saturada sem corpo-de-fundo. II – Uma mistura preparada com 40g de NaCl dissolvidos em 150g de água a 30º C é uma solução insaturada III – Uma mistura preparada com 40g de NaCl dissolvidos em 100g de água a 90ºC formará uma solução saturada com 1,0g de corpo-de fundo. Analise as afirmativas acima e assinale a alternativa correta: A. São verdadeiras somente as afirmativas I e II B. São verdadeiras somente as afirmativas II e III C. São verdadeiras somente as afirmativas I e III D. É verdadeira somente a afirmativa III ATIVIDADE 24 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 25/26 Um creme de uso tópico apresenta 0,05% de uma substância X que funciona como princípio ativo. A embalagem comercializada deste creme vem com 15g de produto. A respeito deste creme foram feitas algumas afirmativas: I - Uma amostra de 0,20 g de creme contém 1x10 g de substância X. II - A embalagem contém um total de 7,5 mg de substância X. III - Para aplicar 1mg de substância X na pele, será necessário aplicar 2g de creme. A. Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. B. Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. C. Todas as afirmativas são verdadeiras. D. Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. REFERÊNCIA <http://www.files.chem.vt.edu/chem-ed/ac-basic.html>. Acesso em 08/10/2013 <http://www.mundoeducacao.com/quimica/titulacao-acido-base.htm>. Acesso em 08/10/2013 REIS, M. Completamente química – Físico-Química. Ciência, Tecnologia & Sociedade. 1 ed. São Paulo: Editora FTD S.A. 2001 p. 592. RUSSELL, J.B. Química Geral. 2 ed. São Paulo: Makron Books, 2004. v. 1. USBERCO, J.; SALVADOR, E. Química. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. -4 25 / 25 21/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 26/26
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