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PAPER DIREITO TRABALHISTA 03.12

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DIREITO TRABALHISTA
Itala Marques
 Laila Silva
 Lucas Costa 
Renata Alves
Uanderson Bulhões
Prof. Orientador: Márcio Damasceno
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI
 Seminário Interdisciplinar (EMP 0020) – Paper
20/11/2017
RESUMO
Este trabalho é a soma de pesquisas sobre direito trabalhista e tem como objetivo apresentar os princípios dos direitos do trabalhador enfatizando, marcos históricos situando quando começou o direito trabalhista no Brasil que deu origem a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), discorrendo sobre as mudanças de regras com a reforma trabalhista contribuindo assim para nossa organização profissional.
Palavras-chave: Direito trabalhista, reforma, profissional.
1 INTRODUÇÃO
Primeiramente o tema Direito Trabalhista será apresentado através de seu conceito, esclarecendo relações dentro das definições existentes. 
Será apresentado em seguida como o direito trabalhista passou a ser visto, após a Revolução Industrial, período em que o trabalho executado apenas pelo homem foi substituído por máquinas depois serão explicados alguns princípios do Direito Trabalhista, quando ele chegou ao Brasil, no final do século XIX, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e finalmente as constituições brasileiras, com os principais direitos do trabalhador brasileiro e a reforma trabalhista. 
Como dizia Máximo Gorki “Quando o trabalho é um prazer, a vida é bela! Mas quando nos é imposto, a vida é uma escravatura”. A nova cultura começa quando o trabalhador e o trabalho são tratados com respeito. O trabalho é a melhor e a pior das coisas: a melhor se for livre; a pior se for escravo.
2 CONCEITO DE DIREITO TRABALHISTA
É um sistema jurídico permeado por institutos de valores, regras e princípios dirigidos aos trabalhadores, subordinados aos empregados, empresa tomadores de serviço, para tutela do contrato mínimo de trabalho e de suas obrigações decorrentes das relações de trabalho, das medidas que visam à proteção da sociedade trabalhadora.
2.1 DEFINIÇÕES DE LEGISLAÇÃO TRABALHISTA
É o conjunto de normas que regulam as relações de trabalho entre o empregado e o empregador, ocupando-se ainda da condição social dos trabalhadores.
 Leis que se refere ao direito do trabalho tem o nome de legislação trabalhista, no Brasil surgiu em 1943 à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que é incorporada por regras constitucionais e leis especiais que organizam a teoria geral do direito do trabalho, o direito individual do trabalho, o direito sindical ou coletivo, o direito internacional o direito público e direito processual do trabalho.
2.1.1 Marcos históricos internacionais para obtenção do direito trabalhista
1802 – Pela 1º vez, na Inglaterra, é fixado o prazo máximo de 12 horas de jornada de trabalho.
1919 - Constituição Alemã de Weimar deu origem ao movimento constitucionalista que consagrou  direitos dos trabalhadores em relação à educação, à cultura, à previdência e reestruturou o Estado em função da sociedade e não mais do indivíduo.
No mesmo ano de 1919 foi cria a O.I. T (Organização Internacional do Trabalho) que é responsável pela formulação e aplicação das normas internacionais do trabalho.
1948- Declaração Universal dos direitos dos homens foi criada após as atrocidades cometidas na 2ª Guerra Mundial, que deu inicio ao principio da solidariedade assegurando direitos à seguridade social, direito ao trabalho e à proteção contra ao desemprego, principais direitos ligados ao contrato de trabalho, como remuneração igual por trabalho igual, salário mínimo, o repouso e o lazer a limitação horaria da jornada de trabalho, e as férias remuneradas, a livre sindicalização dos trabalhadores, direito à educação, ensino elementar obrigatório e gratuito.
2.1.2 Marcos históricos do direito trabalhista no Brasil
No Brasil a proteção ao direito o trabalho, existe desde a Constituição do Império, que sofreu influência da revolução francesa. 
Em 1930 Getúlio Vargas então presidente cria Ministério do Trabalho, Indústria e Comercio.
Após alguns anos Getúlio Vargas em 1943 cria CLT.
3.0 DIREITO TRABALHISTA NO BRASIL
 A história do direito trabalhista no Brasil começou a partir da abolição da escravidão, no final do século XIX.
Nesse período, com necessidade de mão de obra assalariada, começaram a surgir às demandas por normas que definissem as regras destas relações. 
A partir daí surgiu à possibilidade de um trabalhador a vincular-se e desvincular-se de uma atividade de acordo com sua própria vontade.
Apesar dos esforços anteriores, nenhum período do governo brasileiro buscou estabelecer tantas leis trabalhistas quanto o período Vargas.
Ao tomar o governo em 1930, Vargas precisava gerar uma solução que acalmasse os ânimos dos trabalhadores insatisfeitos e dos empresários, também preocupados com essa situação.
Para solucionar essa questão, Vargas criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e, em 1934, colocou as leis trabalhistas com o nível de importância constitucional. 
Na lição de PAOLO BARILE (1984, p. 105) “A garantia de proteção ao trabalho não engloba somente o trabalhador subordinado, mas também aquele autônomo e o empregador, enquanto empreendedor do crescimento do país”.
3.1 Consolidação das leis trabalhistas (CLT)
A CLT foi um esforço para reunir toda a legislação trabalhista, de forma a garantir o direito trabalhista a todos os trabalhadores.
Como lembra CAMARGO (1996), está contido nas leis trabalhistas que o empregado deve ter um contrato individual e um coletivo de trabalho, também deve possuir uma carteira de emissão do Ministério do Trabalho, onde ali devem estar contidos todos os termos dos contratos individuais de trabalho que reuniu durante sua vida de trabalho (...). Os contratos individuais em sua totalidade devem seguir normas, as quais estipulam as mínimas condições de trabalho para qualquer trabalhador, já os contratos de trabalho coletivos não podem ir contra estas normas, apenas melhorá-las. 
Junto à iniciativa uma série de garantias e benefícios foi criada, o máximo de horas normais por semana e de horas extras por dia, o salário mínimo, a remuneração de horas extras, férias e abono, o trabalho noturno, o décimo terceiro a estabilidade de emprego para a mulher grávida, as licenças maternidade e paternidade, salário-família, o aviso prévio e direito ao FGTS, multa em caso de demissão sem justa causa, direito ao seguro-desemprego, normas especiais para trabalhos perigosos, à proibição do trabalho para menores de 14 anos, e esforços como maior fiscalização sobre acidentes de trabalho, e ocasiões de insalubridade. 
As principais instituições do mercado de trabalho brasileiro foram introduzidas nos anos 30 e 40 e consolidadas em 1943, num código trabalhista denominado Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A CLT é um conjunto de leis muito abrangente que regula quase todos os aspectos do contrato de trabalho no país. O código estipula a existência de contratos individuais e coletivos de trabalho e cria uma divisão especial da Justiça, a Justiça do Trabalho, responsável pela resolução de conflitos nos níveis individual e coletivo. (CAMARGO, 1996, p. 14).
 Após a criação da CLT, muitas leis foram adicionadas, mas a CLT é o marco definitivo do estabelecimento de uma lei trabalhista clara e protetiva no Brasil.
4.0 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
Fica evidenciado atualmente que existe liberdade de trabalho, visto que, não há mais predominância da servidão ou a escravidão, dando inicio ao “Principio “ inicio de uma nova regra onde os empregadores livres para contratar e os trabalhadores livres para aceitar um novo modal com direitos e deveres.
Exemplos de princípios do direito do trabalho
O princípio da proteção ao trabalhador – Responsável pela proteção do trabalhador, que parte mais fraca da relação de trabalho.
O princípio in dubio pro operário – Na dúvida, deve-se aplicar a regra trabalhista que mais beneficiar o trabalhador.
O princípio da norma mais favorável –A normado direito do trabalho sempre será em favor do empregado e as vantagens que já foram conquistadas pelo empregado não podem mais serem modificadas para pior.
O princípio da irrenunciabilidade dos direitos – Os direitos do trabalhador são de suma importância, ou seja, ele não pode abrir mão de direitos que são seus de acordo com as leis trabalhistas. A renúncia a qualquer direito trabalhista é nula, e serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos do direito do trabalho.
O princípio de que toda tentativa de fraudar o direito do trabalho será nula – A justiça trabalhista não admite fraude e não reconhece os atos praticados que estejam em desacordo com o direito do trabalho. É como se esses atos simulados não houvessem existido.
Princípio da continuidade da relação de emprego – O contrato de trabalho terá validade por tempo indeterminado. O ônus de provar o término do contrato de trabalho é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
Princípio da intangibilidade salarial – É proibido ao empregador efetuar descontos no salário do empregado. Este princípio visa proteger o salário do trabalhador, é o princípio da irredutibilidade do salário.
O princípio da primazia da realidade – Vale a realidade dos fatos e não o que tiver sido escrito, ou seja, mais vale o que o empregado conseguir provar na justiça do trabalho, e as testemunhas são uma parte importante desse processo perante a justiça trabalhista, do que os documentos apresentados pelo empregador.
4.1 PRINCÍPIOS DO DIREITO TRABALHISTA NO BRASIL E SUA ATUAÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO
Princípios dos direitos trabalhistas no Brasil reuni regras que determinam quais as principais normas que as leis trabalhistas devem seguir.
Sabe-se que, desde o estabelecimento da CLT, no governo Vargas, os princípios do direito trabalhista brasileiro buscam proteger tanto o trabalhador quanto o empregador, dando sempre um cuidado especial ao lado geralmente mais fraco desta relação, que é o empregado.
5.0 REFORMA TRABALHISTA 
Foi aprovada no senado, a votação da tão comentada reforma trabalhista, que trará consideráveis mudanças às relações de trabalho dos brasileiros. Desde o início das especulações, tal projeto gerou muita revolta, reivindicações e debates entre os que estavam contra e a favor da ação, que irá afetar a vida de muitos. Por conta da insatisfação não só nas ruas, mas também por parte de alguns deputados, o projeto de lei recebeu no final de março na câmara de deputados, mais de 800 propostas de emendas ao texto original, com o objetivo de lapidar, ou seja, torná-la menos “agressiva” e radical. Mesmo com algumas alterações, ainda existem insatisfação e receio sobre o que está por vir. 
 Mas afinal, o que há neste PL 6.787/16? O projeto vem sofrendo algumas mudanças, inclusive, mesmo estando agora no Senado, recebem emendas, e pode voltar à Câmara, mas algumas das principais propostas estarão dispostas nos sub tópicos a seguir. 
Contrato por hora e home Office
Foi apresentada na Câmara dos Deputados, a regulamentação de duas formas de trabalho: por jornada ou hora de serviço, e o tele trabalho, chamado de home Office ou trabalho de casa.
O trabalho em casa não é expresso na legislação atualmente, entretanto, o texto exibido na Câmara, abarca tal ofício, estabelecendo regras para seu exercício. Cita também, certas situações em que é necessária a presença do empregado.
Evidente que deve haver uma especificação clara no contrato, com o intuito de que ambas as partes estejam a par do que será feito. 
A outra forma de trabalho levada em consideração é o intermitente, ou seja, aquele em que o agente é pago apenas pelas horas de serviço prestadas. Segundo o relatório, o empregador deve avisar com no mínimo cinco dias de antecedência a precisão do profissional.
Acordo Coletivo
Este é sem dúvida, um dos grandes destaques no que se refere a tal reforma. Segundo a proposta, o que for acordado entre patrão e funcionário é de certa forma a lei, pois ficará acima da legislação trabalhista. Não obstante, as empresas não poderão discutir o fundo de garantia, o salário mínimo, o 13º e as férias proporcionais. Além disso, existem sim outras normas para não tornar tal medida abusiva. Pode-se citar como exemplo a jornada de 12 horas, que só poderá ser aplicada, se posteriormente houver um descanso de 36 horas.
As férias poderão ser divididas em até três períodos, mas nenhum deles poderá ser menor que cinco dias corridos ou maiores que 14 dias corridos. Trabalhadores com mais de 50 anos, atualmente são proibidos de dividir as férias, o que passa a ser autorizado no texto da reforma. 
Contribuição Sindical
Pelo sistema vigente, por ano, o trabalhador contribui o equivalente a um dia de trabalho em prol do sindicato. Com a possível mudança, tal contribuição passa a ser opcional.
Mesmo com constante crítica, insatisfação e reclamação de muitos, a proposta segue em discussão no senado. Todavia, obviamente não existem apenas acusadores, há quem diga que tal medida acarretará uma mudança positiva para principalmente a diminuição do desemprego que assola fortemente o país, chegando a 12 milhões de brasileiros presentes nesta categoria.
Flexibilizar e estreitar as relações de trabalho, reduzir a carga tributária presente na remuneração do trabalhador, permitir que haja liberdade de acordo coletivo de trabalho, opção de se vincular ou não ao sindicato, leis flexíveis que estimulam o empreendedorismo e a geração de emprego, superar a crise econômica atravessada pelo Brasil são os objetivos buscados com o alcance da aprovação da PL 6.787/16.
No presente momento, não se sabe ao certo o que virá a seguir, e ainda mais importante: se a aprovação das propostas realmente trará benefícios para os brasileiros, principalmente para a classe trabalhadora.
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5.1 Mudanças propostas pela reforma trabalhista
A reforma passará por três comissões do Senado, sendo elas: Assuntos Econômicos (CAE), Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e Assuntos Sociais (CAS). Vale ressaltar que o documento chegou oficialmente à Comissão de Assuntos Econômicos, onde será relatado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
Inicialmente, o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), havia determinado que o projeto passasse apenas pela CAE e pela CAS, podendo ser votada ainda no final de maio (05/2017). Entretanto, para a oposição, o ideal é que a proposta passe por quatro comissões. Após um acordo, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) também foram inclusa, aumentando o tempo de desfecho da votação.
De acordo com o advogado trabalhista do escritório Chagas Advocacia, Fernando Biagioni, o PL 6.787/16 irá alterar e refletir em basicamente 100 artigos da atual CLT, criada em 1943. Entre estes, merecem destaque especial os seguintes pontos:
Trabalho intermitente- Para aquele que é pago por hora trabalhada ao invés de jornadas tradicionais prescritas na CLT, como citado anteriormente, há previsão do pagamento das férias, do 13ª, RSR e adicionais, garantindo as férias. Contudo, não prevê remuneração e depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Horas extras- Referente às horas extras, os empregadores e empregados poderão negociar diretamente a carga
Horária laboral, observado o limite de até 12 horas por dia e 48 horas por semana. A jornada de 12 horas, entretanto, só poderá ser realizada desde que seguida por 36 horas de descanso.
Férias- Em relação às férias, o projeto prevê a possibilidade de flexibilização no respectivo pagamento em até três vezes, sempre seguido do terço constitucional. Contudo, há ressalva de que uma das frações deva corresponder a ao menos duas semanas de trabalho.
Trabalho parcial- Na CLT, o trabalho parcial é aquele que não ultrapassa 25 horas de jornada semanal. Com a reforma, o limite passará a ser de 30 horas, sem possibilidade de que a jornada seja estendida.No entanto, o trabalhador que desempenha sua função de forma parcial e que não ultrapassou o limite de 26 horas semanais, está habilitado a praticar até seis horas extras por semana.
Banco de horas- Houveram alterações significativas, obrigando o pagamento de horas extras não compensadas no prazo máximo de seis meses, sendo o prazo da CLT atual de um ano. Isso eleva o adicional a 50% como previsto constitucionalmente, já que na legislação vigente, praticava-se o equivalente a 20%.
Sindicatos- A contribuição sindical agora será opcional e não mais obrigatória. Com isso, prevê também a desnecessidade de homologação sindical para o caso de eventuais demissões.
Seguro-desemprego- O Programa Social do Seguro-Desemprego também deixará de ter efeito lógico para trabalhadores dispensados sem um motivo justo. A reforma estabelece que a habilitação em referido programa apenas ocorra se for previamente convencionada entre trabalhador e empregador.
Terceirização- As empresas terão permissão para terceirizar quaisquer atividades, não apenas atividades acessórias da entidade, o documento proíbe a demissão de um trabalhador efetivo para fins de sua contratação como terceirizado, em um prazo mínimo de 18 meses.
É importante ressaltar, que todos os trabalhadores nesta situação, deverão ter os mesmos benefícios e condições de trabalho do que os funcionários efetivos de uma mesma empresa.
Outros ajustes- Além dessas mudanças, a advogada especializada em direito.
 Trabalhista, Helena Lahr, frisa outros ajustes nos seguintes artigos:
Art. 3. Não há mais a figura do grupo econômico por coordenação, ou seja, a identidade de sócios não é suficiente para caracterização de grupo econômico. Isso possibilita que, determinada empresa encerre suas atividades e reinicie com os mesmos sócios sob outra denominação sem arcar com as obrigações trabalhistas.
Art. 11. O crédito trabalhista que estiver sendo executado, se o processo permanecer sem movimentação por dois anos, o crédito é prescrito, podendo o próprio juiz do trabalho decretar sua extinção. Nas causas cíveis e tributárias o prazo é de cinco anos.
Art. 58. O Projeto exclui o pagamento das horas “in itinere”, ou seja, o tempo em que o trabalhador é renumerado pelo deslocamento até seu posto de trabalho e da saída do mesmo também.
Art. 75. Há previsão do trabalho do tele trabalho (trabalho a distância). No que se refere à aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos e da infraestrutura e reembolso das despesas será previsto em contrato.
Art. 134. Há possibilidade de fracionamento do gozo das férias, sendo um período mínimo de 14 dias e os demais de no mínimo cinco corridos cada um.
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Art. 223. O dano extrapatrimonial (moral) foi categorizado em níveis leve, médio e grave definindo os limites de indenização em 5x, 10x e 50 vezes o último salário. Isso
Significa que os empregados que ganharem maior salário terão maior indenização, como se a dor humana obedecesse faixa salariais.
Art. 456. Define que compete ao empregado lavar seu uniforme, afastando a eficácia de inúmeras cláusulas de convenções coletivas.
Art. 457. Define que não integram o salário a ajuda de custo, vale-refeição, diárias, prêmio e abonos.
Art. 461. Inclui a contemporaneidade como requisito para equiparação e exclui a equiparação por paradigma remoto.
5.2 Prós e contras da reforma trabalhista
A proposta de reforma apresentada em lei trará consigo muitas mudanças que, por sua vez flexibiliza e complementa as normas já existentes na constituição, buscando consequentemente formalizar relações de trabalho, tendo em vista que milhões de brasileiros trabalham hoje sem carteira assinada e sem os benefícios assegurados pela CLT. 
Essas mudanças podem ser entendidas como um distanciamento da influência do estado sobre as relações de trabalho. O acordado sobre o legislado faz com que os acordos coletivos tenham força de lei, dando mais liberdade para a negociação de direitos, que em caso de redução, terá que ser apresentada juntamente uma cláusula compensatória que transformará um benefício em outro, como a diminuição do horário de almoço em um aumento do auxílio alimentação. 
Contudo, proporcionar força de lei a esses acordos poderá dar azo a fraudes em grande escala, sabendo que os sindicatos terão o poder de fazê-los, facilmente o poder do dinheiro dos macros empresários pesará na negociação e a classe operária que terminará pagando a conta. 
Uma das grandes mudanças trazidas com a reforma é a terceirização, que antes só era possível para atividades meio, sendo aprovada poderá ser efetuada também em atividades fim, abrindo ala para as empresas contratarem prestadoras de serviços com
mão de obra especializada e com menores custos, assim podendo contratar mais pessoas. 
Entretanto, a terceirização rompe a lógica do direito do trabalho, transformando o trabalhador em mercadoria que poderá ser leiloado livremente e vendido pelo menor preço. Abrirá também brechas para uma ''quarteirização'' que é quando o empregador contrata uma prestadora que logo após contrata outra prestadora que enfim contratará o empregado que, por sua vez, ganhará menos, pois pela lógica do capitalismo cada empresa envolvida tenderá e tirar sua parcela de lucro pelo serviço prestado.
Fazendo parte desse pacote de modificações tem o parcelamento das férias em até três períodos, que visa dar uma melhor flexibilidade para o gestor encaixar as férias os seus colaboradores e também atender pedidos dos seus funcionários, será criado também regras para regulamentar o trabalho remoto e esclarecer os direitos e deveres de quem trabalha em casa ou viajando.
A especialista em direito trabalhista, Helena Lahr, explica que caso a reforma trabalhista seja aprovada nos moldes em que se encontram, as mudanças serão rapidamente aplicadas, uma vez que sinalizarão significativa redução de custos da mão de obra e maior flexibilização na gestão de pessoas, permitindo intensa rotatividade da mesma por meio de instrumentos jurídicos. Outro fator apontado pela especialista é a não garantia da liberdade e segurança do trabalhador, uma vez que o projeto parte do princípio que, o empregado está em posição de igualdade com o empregador, podendo negociar livremente às cláusulas do contrato de trabalho.
Números de ações trabalhistas despencam após o inicio da nova lei trabalhista, exemplo desses aspectos é relacionado à restrição dos empregados ao acesso à Justiça do trabalho. 
Com a nova Lei 13.467 a gratuidade para ações trabalhistas para o reclamante trabalhador dependerá de sua remuneração, ou seja, tem que ser igual ou inferior a 40% do teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), valor hoje equivalente a R$ 2.200. 
Caso o trabalhador não tenha sucesso com ação trabalhista cabe ele como parte perdedora da ação pagar os honorários, que com certeza vai intimidar o trabalhador no momento de mover uma ação.
Segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), o maior do país, em São Paulo houve uma a drástica queda no ingresso de ações trabalhista após o dia 11 de novembro 2017.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mediante as constantes alterações que ocorrem nas Leis brasileiras o trabalhador precisa estar atento aos seus direitos. Sendo assim o conhecimento sobre o direito trabalhista é de fundamental importância na vida do trabalhador. Essa pesquisa relata desde o surgimento dos princípios trabalhista até a nova reforma, citando os marcos histórico e detalhando os artigos da nova Lei. Este trabalho teve como principal objetivo nos capacitar no conhecimento de nossos direitos e deveres como trabalhador. Vale ressalta que também contribuiu para o crescimento pessoal e profissional na vida acadêmica de toda equipe.
REFERÊNCIAS:
BARATA SILVA, Carlos Alberto. Compêndio de Direito do Trabalho. 4 ed.São Paulo: Ltr, 1986. .
GOMES, Orlando & GOTTSCHALK, Élson. Curso de Direito do Trabalho. v.1, 7ed. Rio de Janeiro: Forense, 1978JHERING, Rudolf VON. O espírito do Direito Romano: nas diversas fases de seu desenvolvimento. (trad. Rafael Benaion). v1.. Rio de Janeiro: Lavradio, 1943.
 MARTINS FILHO, Ives Granda da Silva. Breve História da Justiça do Trabalho. In: História do Trabalho, do direito do trabalho e da justiça do Trabalho. p. 181-183
As compilações de direito do trabalho anteriores à CLT em 1943, não englobam os projetos de lei trabalhista, nem mesmo pouca legislação existente como o Código Sanitário. Esse é o caso da compilação de Compilação legislativa do Departamento Nacional do trabalho (1910-1933) com prefácio de  LOUZADA, Alfredo João.
USSOMANO, Mozart Victor. Curso de Direito do Trabalho. 5ed. Curitiba: Juruá, 1995.

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