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Calendário de Vacinação (criança, adolescente, adulto, idoso e profissionais de saúde)

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21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/5
Calendário de Vacinação (criança,
adolescente, adulto, idoso e
profissionais de saúde)
Introdução
Na segunda metade do século XX, criou-se na opinião pública, uma falsa expectativa de que todas as
doenças transmissíveis estariam próximo à extinção. Esse quadro não é verdadeiro para o Brasil, nem
mesmo para os país desenvolvidos, como demonstrado pelos movimentos de emergência de novas doenças
transmissíveis como a Aids, de ressurgimento, em novas condições, de doenças antigas como a cólera e o
dengue, de persistência de endemias importantes , como a tuberculose, e de surtos inusitados de doenças,
como a febre do Nilo Ocidental, nos Estados Unidos, e da pneumonia atípica em várias partes do mundo. A
idéia de que, naturalmente, todas as doenças transmissíveis seriam erradicadas contribuiu para que, no
passado, as ações de prevenção e controle fossem sendo subestimadas na agenda de prioridades em saúde,
com evidentes prejuízos para o desenvolvimento de uma adequada capacidade e resposta governamental e
com a perda de oportunidade de tomada de decisão sobre medidas que teriam um impacto positivo nessa
área. Com diferenças associadas às condições sociais, sanitárias e ambientais, as doenças transmissíveis
ainda se constituem em um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A erradicação completa
de doenças, como no caso da varíola na segunda metade da década de 1970, ainda o único e solitário
exemplo de erradicação em escala mundial, é produto de décadas de esforço continuado de governos, da
sociedade, e da disponibilidade de medidas amplamente eficazes e efetivas.
Um pouco de História
Nas primeiras décadas do séc. XX, houve um grande crescimento econômico no Brasil, no entanto , foi um
período de crise sócio-econômica e sanitária, porque as epidemias ameaçavam a economia agroexportadora
brasileira, prejudicando principalmente, a exportação do café, pois as tripulações dos navios estrangeiros
recusavam-se a atracarem nos portos brasileiros, o que também reduzia a imigração 
de mão–de-obra.
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Eleito presidente da República Federativa do Brasil em 1902, Rodrigues Alves, que 
perdera a filha vitimada pela febre amarela, centra seu programa de governo na mudança da imagem do país
no exterior. O programa visava melhoria do porto da Cidade do Rio de Janeiro, a reforma e o
embelezamento da cidade e combate às epidemias. Sua realização ficou sob a responsabilidade de Oswaldo
Cruz e Pereira Passos, sendo o primeiro indicado , em 1903, para a direção da Saúde Pública e o segundo
para ocupar a Prefeitura do Distrito Federal. Esta não era a primeira vez que Rodrigues Alves patrocinava
ações de vulto na área da saúde. Já em 1900, quando à frente do governo do Estado de São Paulo, apoiara as
iniciativas de Emílio Ribas e Adolfo Lutz no combata à febre amarela.
As reformas urbanas e sanitárias atraíam grande oposição e agitavam as páginas dos 
jornais e as conversas dos moradores da cidade do Rio de Janeiro. Protestos populares e 
sublevações militares resultaram na Revolta da Vacina, ocorrida entre 10 a 16 de novembro de 1904.
Deflagrada a partir da divulgação da Lei da vacinação obrigatória contra a varíola, a Revolta foi considerada
como um dos maiores levantes populares ocorridos no Brasil no século XX e integravam movimentos anti-
governamentais militares ligados à Floriano Peixoto? intelectuais positivistas, republicanos radicais,
monarquistas e parcelas da população afetadas pelo "bota-abaixo",nome pelo qual ficou conhecida a
política de reorganização do espaço urbano da cidade do Rio de Janeiro, implementada pelo prefeito Pereira
Passos.
Não esquecendo que o Brasil havia deixado recentemente de ser uma monarquia para ser alçado à condição
de República Federativa em 1989, sendo assim, os interesses políticos das diversas ideologias ainda
impregnavam quaisquer manifestações populares. Além do que, a recente abolição da escravatura um ano
antes (em 1888) levou para as cidades as pessoas que até então, exploradas e violentadas sob a condição de
escravos, não possuíam qualificação para pleitear trabalho na incipiente manufatura a ser desenvolvida nos
centros urbanos.
Em que pese à ação desses grupos, é inegável que a obrigatoriedade da vacinação trazia consigo força
suficiente para provocar reações violentas em defesa da privacidade e da livre determinação. Houve
aproximadamente 30 mortes, 110 feridos, 945 prisioneiros, dos quais 454 enviados para o Acre e, dentre os
revoltosos destacou-se o lendário "Prata Preta", ex-escravo que, da mesma forma revoltado com a imposição
da obrigatoriedade da vacinação, enfrenta às autoridades. Algumas frases foram cunhadas nessa época:
"isso para não andarem dizendo que o povo é carneiro", "é para mostrar ao governo que ele não põe o pé no
pescoço do povo", "abaixo a vacina" . Dizia-se na época que a vacina podia matar ou, no mínimo, deixar a
pessoa com a cara de bezerro (isso porque Edward Jenner havia descoberto a vacina contra a varíola em
1796 a partir da observação e experiências com as vacas acometidas pela doença- vaccinia). Observa-se
assim, a total falta de informação da população acerca dos reais benefícios da vacinação.
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Contudo a saúde pública brasileira aprendeu a lição. Informar às pessoas faz parte de 
qualquer programa de controle de doenças. As vacinas, devidamente aperfeiçoadas, são hoje bem aceitas?
mães e pais procuram as unidades de saúde em busca do cumprimento do calendário vacinal de seus filhos,
assim como os adolescentes, adultos, idosos e profissionais de saúde apresentam aceitação para este
eficiente método de prevenção das doenças, mesmo tendo a certeza de que ainda existem brasileiros que
não podem contar com a cobertura total de vacinação para todas as doenças imunopreveníveis
disponibilizadas pela ciência e tecnologia, uma vez que várias doenças possíveis de imunoprevenção não
estão disponíveis na rede pública, como é o caso da varicela? meningite meningocócica (apenas para os
casos de surtos ou epidemias)? gripe (disponível apenas para idosos, profissionais de saúde)? hepatite B
(disponível para pessoas até 
19 anos, profissionais de saúde e grupos de risco). Ficando evidente o não cumprimento dos princípios
filosóficos de universalidade, igualdade e integralidade contemplados 
no Sistema Único de Saúde.
Programa Nacional de Imunização (PNI)
O Programa Nacional de Imunização (PNI) foi instituído em 1973 e tem como objetivo 
proteger a população contra as doenças imunopreveníveis (aquelas que contam com vacinas 
como modo de prevenção). Impulsionado pelos excelentes resultados obtidos pela Campanha da
Erradicação da Varíola, foi transformado ao longo dos tempos, em um dos mais bem-sucedidos programas
de vacinação do mundo.
O PNI tem ampla cobertura: crianças, adolescentes, adultos, idosos, moradores de grandes centros urbanos
ou das regiões mais longínquas são da mesma forma, alvo da cobertura vacinal deste programa que conta
com a FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) como órgão responsável pelas ações programáticas
desenvolvidas, atuando sempre em parceria com estados e municípios, e totalmente financiado por recursos
públicos. O PNI, como formulador e executor de políticas públicas, trabalha de maneira articulada coma
vigilância epidemiológica e, entre suas atividades incluem o monitoramento de efeitos adversos
relacionados à vacina e o incentivo ao aprofundamento dos processos de controle de qualidade e produção
de vacinas pelos laboratórios públicos nacionais.
Vigilância epidemiológica é o conjunto de atividadesque permite reunir a informação 
indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história natural das 
doenças, assim como detectar ou prever alterações de seus fatores condicionante salva com o fim de
recomendar oportunamente, sobre bases firmes, as medidas indicadas e eficientes que levem à prevenção e
ao controle de determinadas doenças.
Agora que você já estudou esta aula, resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso
fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida com seus colegas e professor.
QUIZ (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/sac40/a19ex01_sac40.htm)
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21/04/2018 AVA UNINOVE
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REFERÊNCIA
CAMPOS, W. de S. (org.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec? Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2006.
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21/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/5

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