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ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.1 LIFE-CYCLE COST ANALYSIS ANÁLISE DO CUSTO DO CICLO DE VIDA 1 - DEFINIÇÕES BÁSICAS • Ciclo de Vida: todas as fases através do qual um item, produto, equipamento ou sistema passam desde a sua concepção até sua baixa ou retirada de serviço. • Custo do Ciclo de Vida: o custo total de um equipamento ou sistema ao longo de sua vida global; o total de todos os custos a serem gerados durante o projeto, desenvolvimento, produção, operação, manutenção e processos de apoio. O custo do ciclo de vida incluem custos diretos, indiretos, recorrentes (periódicos) e não recorrentes, tais como: aquisição, instalação, operação, manutenção, melhoramentos, modernização, remoção e baixa. A análise do custo do ciclo de vida de um produto ou sistema, requer a identificação de todos os custos potenciais ao longo de todas as fases do seu ciclo de vida. Isto é: concepção, desenvolvimento, fabricação, instalação, operação (uso), manutenção e baixa. A magnitude das dificuldades quando da formulação dos problemas e custos associados durante a análise do LCC refletem-se no grande número de variáveis que influenciam os custos. A análise do LCC deve ser desenvolvida para assegurar estratégias que conduzam a maximização do lucro líquido. Lucro é uma variável a qual depende da quantidade de tempo ativo em operação do sistema durante o seu período de uso. A análise do LCC, na verdade incorpora a utilização de diversas metodologias e técnicas, tais como: ferramentas estatísticas e de matemática, engenharia econômica e matemática financeira, engenharia da confiabilidade, engenharia da manutenabilidade, disponibilidade de sistemas, controle de estoque, métodos de previsão, .... , assim como, a utilização dos dados e informações presentes nos diversos setores da empresa. Definição dos Requisitos do Sistema Quando da avaliação das alternativas com base no custo do ciclo de vida, o analista precisa projetar cada alternativa em termos das atividades ou eventos do ciclo de vida. Tais atividades (ou eventos) geralmente envolvem a combinação dos requisitos estabelecidos, dos conceitos, dos planos e assim em diante, os quais tem um significante impacto no projeto, na produção, na operação, na manutenção e nos aspectos logísticos. Em outras palavras, a análise do custo do ciclo de vida necessita estar baseada na definição dos requisitos operacionais do sistema, na definição do conceito de manutenção, no plano de programa e num perfil que identifique as grandes atividades do ciclo de vida e o padrão operacional e de manutenção e apoio, ao longo do tempo que será mantido o sistema. ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.2 Categorias de Custo O analista deve desenvolver um árvore de custos mostrando as diversas categorias que são combinadas para fornecer o custo total. Á árvore de custo deve exibir as seguintes características básicas: • Todos os elementos de custo do sistema devem ser considerados. • As categorias de custo devem ser bem definidas. O analista, o gerente, o usuário, o fornecedor, e todos os outros envolvidos devem ter o mesmo entendimento do que está incluído numa dada categoria e o que não está. Tanto a duplicação de custo (considerar o mesmo custo em duas ou mais categorias) quanto as omissões devem ser eliminadas. A perda da definição adequada causa inconsistência na avaliação do processo e pode conduzir a decisões erradas. • A categoria e estrutura do custo deverá ser codificada de tal modo que permita ao analista de certa área de interesse (por exemplo: operação do sistema, consumo de energia, projeto, peças sobressalentes, pessoal de manutenção e de apoio, equipamentos de manutenção e instalações) possa virtualmente conduzir a análise por área específica. Em certos casos, o analista pode desejar acompanhar uma determinada área em profundidade enquanto cobre outras áreas com estimativas mais grosseiras. CUSTO GLOBAL DO SISTEMA Pesquisa e Desenvolvimento Investimento Operação e Manutenção Gerenciamento do Programa Pesquisa e Desenvolvimeto Projeto Engenharia Projeto Elétrico e/ou Eletrônico Projeto Mecânica Confiabilidade Manutenabilidade Fatores Humanos Produtividade Apoio Logístico Desenvolvimento e Testes Engenharia de Dados Modelagem Avaliação e Testes Manufatura Construção Engenharia Ferramentas e Equip. de Teste Fabricação Montagem Inspeção e Testes Controle da Qualidade Material (Inventário) Armazenamento e Embarque Instalações para Fabricação Instalações para Teste Instalações Operacionais Instalações para Manutenção Apoio Logístico Inicial Gerenciamento do Programa Aprovisionamento Peças Sobrerssalentes Iniciais Gerenciamento de Estoque Preparação de Dados Técnicos Treinamento Aquis. de Equip. de Teste e Apoio Transporte Operação Manutenção Pessoal Treinamento dos Operadores Instalações Operacionais Apoio e Equipamentos Pessoal de Manutenção e Apoio Peças Sobressalentes Equip. de Manutenção e Apoio Equipamentos de Teste Manuseio e Transporte Treinamento Instalações de Manutenção Coleta de Dados Modificações do Sistema/Equip. Baixa/Sucateamento ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.3 Acima, como exemplo, podemos identificar algumas categorias de custo dentro de uma determinada estrutura. Estimação dos Custos A estimativa dos custos está baseada na opinião ou julgamento do analista, no que se refere ao custo esperado a ser acumulado quando da aquisição e/ou utilização de um item. A estimativa de custos são determinados a partir de: - taxas ou fatores conhecidos - estimativas relacionadas (análogas e/ou paramétricas) - opinião de especialistas Na primeira categoria (taxas ou fatores conhecidos) o analista (estimador de custos) utiliza o custo corrente de uma unidade incremental de algum item ou serviço e multiplica pela quantidade de unidades envolvidas. Na segunda categoria o analista procura estabelecer alguma nível superior de estimação. Inclui-se nesta categoria o uso de ferramentas analíticas que relaciona várias categorias de custo para gerar custos ou variáveis explanatórias. Por exemplo, é possível relacionar o custo do ciclo de vida em função de unidades de peso, custo por faixa de quilômetros, custo por ação de manutenção, custo por módulo de equipamento, custo por quantidade de pessoal de manutenção/apoio ou em termos da quantidade de pessoal de operação, custo por volume de unidade produzida, custo por unidade de confiabilidade, ... . Estimação de custos relacionados pode assumir numerosas formas, variando de regras informais do modo de obtê-las ou através de simples analogias a partir de relações matemáticas formais determinadas através de análise estatísticas de dados empíricos. Geralmente, custo e dados relacionados são coletados a partir de sistemas existentes e, analisados e convertidos, sob a forma de algum relacionamento, e aplicados para o novo sistema (o qual é similar em forma e funções) como uma ferramenta de predição. Obtido um banco de dados identificável, o analista assume algum relacionamento teórico e então efetua um teste de relacionamento para validação (teste de hipótese). O teste pode abranger o uso de um simples gráfico como um complexo teste estatístico usando amostras de dadosbem definidos. O tipo de técnica usada é dependente do problema que está sendo resolvido e do tipo de dado disponível para o analista. A última categoria de estimar um custo é aquela ditada pela opinião de um especialista. O analista deverá neste caso incluir argumentos que apoiem sua posição. Os seguintes pontos precisam ser considerados: ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.4 Taxa de Desconto refere-se a aplicação de uma taxa de juros para um custo corrente (ponto onde a decisão está sendo conduzida) tal que cada custo futuro é ajustado para o tempo presente. Inflação é outra maneira na qual o elemento tempo pode impactar o valor do dinheiro e, portanto, os custos presentes e futuros. Considerar a inflação é ponto básico em toda análise do custo do ciclo de vida. Os custos são estimados para cada ano e inflacionados para cobrir atividades similares nos anos futuros do ciclo de vida e relacionados em termos de um perfil de custo para o ciclo de vida projetado. Notar que diferentes taxas de inflação podem ser aplicadas para diferentes categorias de atividade (pessoal, material, ... .). Curvas de Aprendizagem está relacionada sob uma base repetitiva de um processo, onde a aprendizagem toma lugar e a experiência obtida freqüentemente resulta na redução de custos. Isto é particularmente verdadeiro no desempenho de qualquer atividade de manutenção ao longo do tempo ou produção de uma grande quantidade de um dado item. A aplicação das curvas de aprendizagem não deve considerar somente os custos do trabalho, mas deverá cobrir também o custo dos materiais o quais podem variar devido a mudanças no método de obtenção (compra de grandes lotes ) e da política de inventário. Há muitos fatores envolvidos e diferentes curvas de aprendizagem podem ser aplicadas dependendo da situação. Para facilitar o processo de estimação dos custos, é recomendado que a primeira coisa a fazer é identificar as funções e atividades que necessitam ser acompanhadas. Isto pode ser feito através da utilização de linguagens de modelagem gráficas tal como o Diagramas de Fluxo Funcional . Depois disso, delinear o tipo e quantidade de recursos necessários para completar cada função e atividade. Estes recursos podem ser em termos de instalações, equipamentos, materiais, pessoal, nível de habilidades requeridas, procedimentos e metodologias, combustível e energia, ... . O encadeamento de recursos (tipo e quantidade) para as diversas áreas de atividade funcional, fornece uma grande oportunidade para estimação mais apurada dos custos, e no futuro, permite uma análise mais efetiva das causas e efeitos quando da investigação dos altos custos contribuintes que possam vir a ser avaliados objetivando 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 10 30 50 70 90 110 130 90% 80% 70% C us to p or U ni da de (R $ x 10 0) Fator de Aprendizagem Unidades Produzidas (x 1000) CURVA DE APRENDIZAGEM ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.5 melhoramentos ou redução do custo do ciclo de vida do sistema global. Esta metodologia é também chamada de ABC (Activity Based Condition). Em resumo, a estimação de custos envolve uma grande variedade de técnicas e depende da disponibilidade de dados de diversas categorias. A fonte de muitos desses dados, geralmente, estão distribuídos por toda a organização. Modelos de Custo Um modelo é uma representação da situação real e é uma ferramenta analítica empregada nos processos de tomada de decisão. CUSTO DO CICLO DE VIDA Dados da Engenharia de Projetos Dados de Confiabilidade e Manutenabilidade Dados de Apoio Logístico Dados de Produção ou Operação Dados de Análise do Mercado Dados de Planejamento Dados Orçamentários Fonte de Dados para Análise do Custo do Ciclo de Vida Subrotina Custo do Ciclo de Vida (resumo) Subrotina Outros Custos Subrotina Custo do Apoio para Suprimento Subrotina Custo do Serviço ao Usuário Subrotina Custo da Distribuição do Produto Subrotina Custo da Emgenharia de Projeto Subrotina Custo do Planejamento do Produto Subrotina Custo das Instalações Subrotina Custo de Fabricação Dados Dados Dados DadosDadosDados D ad os D ad os ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.6 Perfil do Custo Uma vez que os custos tenham sido determinados para cada ano do ciclo de vida projetado devemos considerar o efeito da inflação de modo que possa refletir uma real estimativa orçamentária, os resultados podem ser apresentados sob a forma de um perfil de custos. Dois perfis são mostrados acima. O primeiro, é o perfil sem descontar a inflação que é mostrado para refletir futuros orçamentos requeridos. O segundo, para propósitos comparativos, é o perfil de custo descontado (assumindo uma taxa de desconto de 15%). Confiabilidade e Manutenabilidade Freqüentemente dizem que a competição é a melhor política do mercado. Certamente a competição é um fator primordial na tendência atual que nos conduz a assegurar que o custo efetivo de um equipamento será mantido ao longo de sua vida de uso. Em muitos casos o custo de aquisição de um produto é bem menor que o custo de mantê-lo ao longo de toda sua vida. Os custos ocultos associados com a operação e de apoio de um equipamento pode alcançar valores superiores a 75% do custo do ciclo de vida total. Em alguns casos, o custo de mantê- lo pode, no final, se igualar a 10 ou 100 vezes o custo original de aquisição. O custo para manter um equipamento inclui: custos operacionais (custo de pessoal, instalações e utilidades), custo de manutenção, custo de testes, custo de reforma e venda, custo de aquisição de dados técnicos, custo de treinamento de pessoal de operação e manutenção, custo de peças sobressalentes e ferramental, custo do estoque de peças sobressalentes, e outros custos de apoio. Os maiores impactos relacionados aos custos de manter um equipamento ao longo de sua vida útil são resultantes de decisões feitas durante as fases iniciais do projeto. 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 700.000 1 1513119753 Ciclo de Vida (anos) C us to A nu al (R $) Sem Desconto Com Desconto Perfis do Custo do Ciclo de Vida ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.7 Custos Associados com a Confiabilidade e Manutenabilidade Os custos da confiabilidade e manutenabilidade de um equipamento são fatores importantes com relação ao custo total de um equipamento durante a sua vida de uso. Há muitos componentes de custo de investimento relacionados a confiabilidade e manutenabilidade. Esses incluem: o custo do equipamento, do gerenciamento da engenharia de sistemas, das peças sobressalentes, dos equipamentos de apoio, dos dados, do treinamento, dos sistemas de teste e avaliação, de novas instalações operacionais, da prevenção de falhas, da avaliação de falhas internas / externas e da avaliação da confiabilidade. A confiabilidadecomo um investimento de capital: é possível analisar a atratividade da confiabilidade de um produto, devido ao impacto da confiabilidade sobre o preço do produto e sua relação com valor, isto é, com o investimento de capital. O Retorno do Investimento (ROI) é a medida básica de atratividade. Devemos notar que o “ROI” fornece somente uma aproximação pois assume-se que o produto tem uma vida indefinida e não leva em consideração o valor do dinheiro no tempo. Apesar disto, a abordagem do “ROI” pode fornecer uma “rápida e grosseira” avaliação do custo dos programas de confiabilidade que irão evitar ou reduzir as falhas mais caras dos equipamentos. O custo da confiabilidade sob o ponto de vista do fabricante: o custo total relacionado a confiabilidade que um fabricante incorre durante o projeto, manufatura e período de garantia de um produto pode ser chamado de “custo da confiabilidade”. O conceito do custo da confiabilidade está relacionado a noção do “custo da qualidade”, cujos princípios foram estabelecidos em 1950 e tem sido verificados e validados desde então na grande maioria dos setores de manufatura. A abordagem dos custos de qualidade envolvem três passos: medida da posição da qualidade, identificação das áreas para melhoramento da qualidade, e verificar e documentar a eficiência e o impacto das iniciativas para o melhoramento da qualidade. Os elementos que compõem o custo total da qualidade – custo externo da qualidade, custo interno da qualidade, avaliação dos custos, e custo de prevenção de falhas – facilmente se aplicam ao custo da confiabilidade, como mostrado na figura abaixo. CUSTO DA CONFIABILIDADE Custo Interno das Falhas Custo Externo das Falhas Custo de Avaliação da Confiabilidade Custo da Prevenção de Falhas ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.8 O custo interno das falhas inclui o custo de reprojeto, retrabalho e de retestes, assim como, o custo de paralisação do equipamento e a perda de produção. Alguns componentes do custo externo de uma falha são os custos para análise das falhas, o custo de peças sobressalentes em estoque e o custo da “não confiabilidade” durante o período de garantia. O custo da prevenção de falhas inculpe a cobertura da confiabilidade, revisão do projeto, qualificação do teste produto, treinamento de confiabilidade, desenvolvimento de diretrizes e padrões de confiabilidade, pesquisa dos requisitos do cliente, e o desenvolvimento da FMEA e FTA (“Modos de Falha e Análise dos Efeitos” e “Árvore de Falhas”). A avaliação do custo da confiabilidade inclui elementos tais como: o custo da simulação da confiabilidade, o teste de vida, a testabilidade, a avaliação do efeito ambiental, e a análise e relatórios das falhas. O custo da confiabilidade, sob a perspectiva do fabricante, é dada por: GPFRPR CCCCTR ++= CTR = custo total da confiabilidade CPR = custo do projeto da confiabilidade CFR = custo da manufatura da confiabilidade CGP = custo da garantia do produto ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.9 2 - CUSTO DO CICLO DE VIDA: CONCEITOS E MODELOS MATEMÁTICOS Devemos observar que após a aquisição de um equipamento ou sistema devemos mantê-lo operando durante toda a sua vida útil. Na grande maioria das situações, o custo de aquisição de um produto é muito menor do que o custo de apoio durante todo o seu ciclo de vida. Dependendo do tipo de equipamento, o custo de propriedade de um equipamento, ao longo de sua vida útil, pode variar de 10 a 100 vezes o custo de aquisição. Portanto, torna-se necessário examinar o custo do ciclo de vida de um produto em vez, somente, analisar o seu custo inicial. Um dos primeiros documentos, em torno de 25 anos atrás, sobre o custo do ciclo de vida de equipamentos foi o “Life Cycle Costing in Equipment Procurement”, este documento foi um estudo conduzido pelo “Logistics Management Institute”, Washington – DC, para o “Assistant Secretary of Defense for Installations and Logistics”. Desde 1974, muitos estados americanos tem legislação que torna a análise do custo do ciclo de vida obrigatória no planejamento, projeto e construção de edifícios públicos. Algumas definições: Custo do Ciclo de Vida: é a soma de todos os custos durante a vida de um item, isto é, o custo total de aquisição e de propriedade. Custo de Obtenção: é o custo total de investimento ou de aquisição. Custo de Propriedade: é a soma de todos os custos durante o tempo de vida de um item (menos o custo de obtenção). Custo Repetitivos: são os custos o qual periodicamente repetem-se durante a vida de um projeto (ex.: custos associados com manutenção e mão-de-obra, custos operacionais, custo de material e custo de apoio). Custo Não Repetitivo: são aqueles custos que não se repetem (ex.: custo inicial de treinamento, custo de pesquisa e desenvolvimento, custo de melhoramento da confiabilidade e da manutenabilidade, custo de apoio, custo de qualificação, custo de instalação e montagem, custo de transporte, custo de teste do equipamento, ... ). Confiabilidade: é a probabilidade que um item irá conduzir sua missão satisfatoriamente por um período de tempo desejado quando usado de acordo com as condições especificadas. Falha: o término da capacidade de um item em realizar sua missão ou funções estabelecidas. Custo da Manutenção: é o custo da mão-de-obra e materiais requeridos para manter um item(s) numa condição operacional aceitável. Custo de Fabricação: é a soma dos custos fixos e variáveis gastos para produção de um item específico. ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.10 Manutenabilidade: é a probabilidade de um item que tenha falhado seja restabelecido para seu estado operacional dentro de um intervalo de tempo especificado de acordo as ações de manutenção. Redundância: a existência de mais de um meio para realizar uma função estabelecida. Modelos de Custo: é uma abordagem, baseada em parâmetros programáticos e técnicos, para calcular todos os custos envolvidos. Manutenção: todas as ações programadas e não programadas para manter um item numa condição de uso ou para restabelecê-lo para uma condição de uso aceitável. Inclue: inspeção, reparo, modificação, conservação, remoção e substituição, ... . Anuidade: uma série de pagamentos iguais, em intervalos iguais. Custo: a quantidade de dinheiro pago ou pagável para a obtenção de serviços, materiais ou propriedades. Tempo de Paralisação: é o tempo total durante o qual um produto (ou item) não está em condições para realizar sua missão ou função pretendida. Taxa de Falha: é o numero de falhas de um item por unidade de vida (tempo, ciclos, quilômetros, ... .). Redundância Ativa: o termo usado quando todas as unidades redundantes estão operando simultaneamente. Estimação dos Custos: uma equação relacionando custo de uma variável dependente para uma ou mais variáveis independentes. Tempo Médio Para Reparo (TMPR): o tempo médio necessário para reparar um item. Custo do Reparo: o custo para restabelecer um item ou uma instalação para sua condição ou desempenho inicial. Montante Composto: o valor futuro do dinheiro investido ou emprestado para uma determinada taxa de juro composto. Conceitos Básicos O custo do ciclo de vida requer que os custos futuros sejam calculados levandoem consideração o valor do dinheiro no tempo. Isto é devido ao fato que o mesmo montante de dinheiro recebido ou gasto em vários pontos diferentes no tempo terá diferentes valores. No custo do ciclo de vida, os custos futuros, tais como: de operação e manutenção devem ser convertidos para seus valores apropriados antes de adicioná-los ao custo de aquisição do item. Há diversas fórmulas desenvolvidas na economia para converter o dinheiro de um ponto para outro no tempo. Nos estudos do ciclo de vida tais fórmulas são essenciais para as análises. ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.11 O custo de propriedade de um item pode ser muito significante e freqüentemente excede o custo de aquisição. Portanto, em qualquer análise de obtenção de um item ou produto, deve-se também considerar o custo de propriedade. As decisões com base somente no custo de aquisição podem não ser a melhor decisão a longo prazo. A análise do custo do ciclo de vida, pode ser descrita como um processo de obtenção o qual considera os custos globais (isto é: custo de aquisição e de propriedade) de um item. Como exemplo de alguns itens sobre o qual a análise do custo do ciclo de vida pode ser conduzida são: aviões, computadores, sistemas militares, equipamentos da indústria pesada, automóveis, navios, instrumentos, instalações hospitalares e edifícios. Necessidade e aplicações da análise do custo do ciclo de vida A aplicação da análise do custo do ciclo de vida vem crescendo muito nos últimos anos. Isto se dá devido a vários fatores, tais como: • Aumento da inflação • Limitações de orçamento • Competição entre empresas • Custo dos produtos • Aumento dos custos de manutenção • Consciência do aumento do custo entre usuários Informações necessárias para análise do custo do ciclo de vida Para que possamos conduzir estudos acerca do custo do ciclo de vida, algumas informações relevantes devem ser identificadas e coletadas. Em qualquer caso, antes de começar o estudo do custo do ciclo de vida devemos procurar respostas para os seguintes pontos: • Dados necessários • Objetivo da análise • Regras e questões básicas • Restrições associadas com a análise • Envolvimento de pessoal Usos do Custo do Ciclo de Vida Seleção de Licitantes Orçamentos e Planejamento de Longo Prazo Comparar Projetos Comparar Concepções Logísticas Decidir a Substituição de Equipamentos Controlar Projetos em Atividade ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.12 • Limitações de fundo • Tempo programado para análise • Procedimentos de estimação • Tratamento das incertezas • Empenho da organização • Responsabilidade dos analistas • Condução da análise • Usuários da análise • Detalhamento requerido • Precisão requerida da análise • Processo de controle e acompanhamento Alguns itens podem ter algumas superposições. Em geral, a informação específica requerida para desempenhar estudos com relação ao custo do ciclo de vida, são: • Vida útil operacional do item em anos • Taxa de desconto, depreciação, investimento/crédito, ... . • Custo anual de manutenção anual do item • Valor Residual de um item • Custo de obtenção / aquisição de um item • Custo de instalação e transporte (distribuição) • Custo anual de operação do item • Custo da energia • Custo do fornecimento • Custo da mão-de-obra • Custo do material • Seguros Disciplinas requeridas para a análise do custo do ciclo de vida De modo a desempenhar uma análise efetiva do custo do ciclo de vida o analista deve possuir um conceito global das seguintes disciplinas: • Finanças e Contabilidade • Logística • Engenharia de Confiabilidade e Manutenabilidade • Análise Estatística e Controle da Qualidade • Engenharia • Contratação e Fabricação • Métodos de Previsão É muito difícil que um analista consiga conhecer todas essas disciplinas, o que acontece na prática é a utilização de diversos especialistas, nas seguintes áreas: • Engenharia de Produção • Engenharia de Confiabilidade e Manutenabilidade ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.13 • Engenharia de Projeto • Engenharia de Logística • Engenharia de Teste • Engenharia de Controle de Qualidade • Engenharia de Planejamento • ... . Modelos de Custo do Ciclo de Vida Atualmente há diversos modelos disponíveis para os estudos do ciclo de vida. Incluem tantos modelos gerais quanto específicos. Há basicamente três tipos de modelos do custo do ciclo de vida, isto é: • modelos heurísticos • modelos conceituais, e • modelos analíticos Uma grande variedade de modelos analíticos podem ser encontrados em diversas literaturas sendo que estes, normalmente, estão baseados em algum tipo de relação matemática. Algumas entradas para os modelos do custo do ciclo de vida de equipamentos, estão abaixo definidas: • custo de treinamento • valor do TMEF (Tempo Médio Entre Falhas) • valor do TMPR (tempo Médio Para Reparo) • lista de preços (Price List) dos Sistemas • custo das intervenções de manutenção (corretiva, preventiva e preditiva) • período de cobertura da garantia • custo da instalação • tempo gasto com deslocamentos • custo de peças sobressalentes • custo de ferramental e equipamentos de teste • custo de estocagem e transporte das peças • custo do gerenciamento (manutenção, ...) Modelos Matemáticos do Custo do Ciclo de Vida Os modelos matemáticos podem ser classificados em duas categorias: específicos e não específicos. Os específicos são aqueles desenvolvidos para equipamentos ou sistemas particulares. Os não específicos são aqueles de uso geral, não estão ligados a um sistema ou item específico. Devemos ter em mente, que todos os modelos de custo do ciclo de vida devem ser visíveis, transparentes e efetivos na representação de sistemas, equipamentos, subsistemas ou aparelhos. ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.14 Tipos de Modelos do Custo do Ciclo de Vida Modelos de Uso Geral • Custo do Ciclo de Vida – Modelo 1 Aqui considera-se que o custo do ciclo de vida tem dois componentes principais: Custos Recorrentes (C1) e Custos Não Recorrentes (C2). Logo, o custo total do ciclo de vida é expresso, por: 21CC CCL += Onde: LCC é o custo do ciclo de vida C1 é o custo recorrente C2 é o custo não recorrente Os componentes do custos recorrentes, são os seguintes: • Custos associados com a manutenção • Custos associados com a mão-de-obra • Custos operacionais • Custo do inventário • Custo de apoio Os componentes dos custos não recorrentes, são: • Custo de treinamento • Custo de pesquisa e desenvolvimento • Custo de obtenção • Custo de melhoramento da confiabilidade e manutenabilidade • Custo de apoio • Custo de qualificação • Custo de instalação • Custo de transporte • Custo de teste do equipamento • Custo do gerenciamento do custo do ciclo de vida • Custo do Ciclo de Vida – Modelo 2 Neste caso, consideramos que o custo do ciclo de vida tem três grandes componentes: custo de aquisição, custo logístico inicial e custos recorrentes. O custo total é dado,por: CRCLICALCC ++= Onde: ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.15 LCC é o custo do ciclo de vida CA é o custo de aquisição CLI é o custo logístico inicial CR é o custo recorrente O custo de aquisição representa o total dos preços unitários. O custo logístico inicial, tal como: custo de obtenção de novos serviços de apoio para o equipamento, treinamento operacional e de manutenção, modificações no equipamento e gerenciamento de dados técnicos iniciais. O elementos do custo recorrente, são os seguintes: custo de manutenção, custo de operação e custo do gerenciamento. • Custo do Ciclo de Vida – Modelo 3 Este modelo estima o custo do ciclo de vida de um sistema sem redundância. O custo do ciclo de vida é dado por: CINCOPCFLLCC ++= Onde: CFL é o custo da falha COP é o custo operacional CIN é o custo inicial O custo inicial é a resultante de todo o investimento de capital (custo inicial de peças sobressalentes e treinamento, equipamentos, software, etc. O custo de salários, consumíveis, manutenção preventiva e/ou preditiva, ... pertencem ao custo operacional. O custo das falhas inclue os custos de reparo e as perdas operacionais atribuídas as falhas do sistema. O custo médio de uma falha para um sistema simples sem redundância pode ser estimado pela seguinte expressão: ( ) ( ) CHCTRTMPRCPACHPTRTMPRCAMTPCMFL ⋅+++⋅+++= Onde: CMFL é o custo médio de uma falha TP é o custo da substituição do componente CAM é o custo para abortar a missão associados com cada parada do serviço. TMPR é o tempo médio para reparo (horas) TR é o tempo de resposta para reparar o sistema (horas) – tempo de espera CHP é o custo horário da perda do serviço CPA é o custo dos eventos relacionados as perdas administrativas associados com cada falha CHC é o custo horário da organização de reparo do comprador ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.16 O custo da falha (CFL) é definido por: STMEF VSHCMFLCFL ⋅= Onde: CMFL é o custo médio da falha VSH é a vida do sistema em horas TMEFS é o tempo médio entre falhas do sistema (horas) Como CINCOPCFLLCC ++= , e substituindo o valor de CFL pela fórmula acima, temos: CINCOP TMEF VSHCMFLL S CC ++⋅= Podemos observar que a relação STMEF CMFL é o custo médio por hora de cada falha (R$ / hora). Custo do Ciclo de Vida – Modelo 4 Neste caso, o custo do ciclo de vida tem quatro grandes componentes: custo da pesquisa e desenvolvimento, custo da produção e construção, custo de operação e de serviços de apoio, e custo de retirada de serviço ou de venda. Matematicamente, o custo do ciclo de vida, LCC é dado por: CRSVCOSCPCCPDLCC +++= Onde: CPD é o custo da pesquisa e desenvolvimento CPC é o custo de produção e construção COS é o custo de operação e serviços de apoio CRSV é o custo de retirada de serviço e venda - O custo da pesquisa e desenvolvimento (CPD) pode ser estimado da seguinte relação: ∑ = = 7 1i iCPDCPD Onde: CPD é o i-nésimo componente de custo relacionado a pesquisa e desenvolvimento, isto é: i = 1 (planejamento do produto) i = 2 (projeto de engenharia) i = 3 (avaliação e teste do sistema) ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.17 i = 4 (gerenciamento do custo do ciclo de vida do produto/sistema) i = 5 (software do produto/sistema) i = 6 (pesquisa do produto) i = 7 (documentação do projeto) - O custo de produção e construção (CPC) é definido por: ∑ = = 5 1i iCPCCPC i = 1 (fabricação) i = 2 (controle de qualidade) i = 3 (construção) i = 4 (engenharia industrial e análise operacional) i = 5 (serviços de apoio logístico inicial) - O custo dos serviços de apoio e de operação é dado por: ∑ = = 3 1i iCOSCOS i = 1 (distribuição do produto/sistema) i = 2 (apoio logístico sustentado) i = 3 (operações do produto/sistema) - O custo da retirada de serviço e venda (CRSV) é dado por: ( )( )[ ]VRCVINMNPCDRSCRSV −α+= CDRS é o custo final de retirada do serviço do produto/sistema VR é o valor de recuperação ou de regeneração CVI é o custo de alienação ou venda do item α é o fator de condenação ou reprovação NMNP é o número de ações de manutenção não programadas Modelos de Uso Específico Custo do Ciclo de Vida de Motores Elétricos O custo do ciclo de vida é expresso por: COMCAMLCCM += CAM é o custo de aquisição do motor COM é o custo operacional do motor Na equação acima não consideramos o custo da manutenção do motor. O custo anual de operação de um motor elétrico pode ser estimado pela seguinte fórmula: ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.18 1000EFM CE746,0HPHOPCOM ⋅ ⋅⋅⋅= HOP é as horas de operação do motor por ano HP é a potência do motor (HP) CE é o custo da energia elétrica expressa em R$ / MWh EFM é a eficiência do motor (fração) COM é o custo anual de operação do motor em Reais. Custo do Ciclo de Vida de Módulos O custo do ciclo de vida (LCM) é definido por: v 5 1i i TCMLCM −=∑ = Onde “CMi” é o i-nésimo custo, ou seja: i = 1 (custo inicial dos módulos sobressalentes por sistema) i = 2 (custo do módulos críticos por sistema) i = 3 (custo do reabastecimento dos módulos sobressalentes) i = 4 (custo inicial dos módulos usados por sistema) i = 5 (custo do reparo dos módulos por sistema) Tv é o custo terminal dos módulos por sistema. Assumindo que Tv = CM2 = CM5 = 0, o custo do ciclo de vida dos módulos pode ser expresso por: ( ) ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ⋅−λ++= ++= ∑ = VSRMD1 M NIS 1MCLCM CMCMCMLCM ii i i m 1i ii 431 Onde: VS é a vida do sistema expressa em horas. RMDi é a relação de módulos desabilitados do tipo “i” os quais podem ser colocados no estado economicamente operacional para substituir módulos reparáveis do tipo “i” (fator de cobertura). “m” são os tipos de módulos num sistema. λi é a taxa de falha dos módulos do tipo “i”. Ci é o custo de cada módulo do tipo “i” NISi é o número inicial de módulos sobressalentes do tipo “i” necessários por sistema. Mi é a quantidade de módulos do tipo “i” Para o caso de RMDi = 0, a equação acima simplifica-se para: [ ]VSMNISMCLCM iiiim 1i i ⋅λ⋅++⋅= ∑ = ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.19 Custo do Ciclo de Vida de Aparelhos Este modelo estima o custo do ciclo de vida de aparelhos (congeladores, secadores elétricos, aquecedores de água, ar condicionado de janela, fogão de cozinha, fornos, ... .) O custo do ciclo de vida de um aparelho é expresso por: ( )∑ = ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ + ++= VU 1j j j f j )i1( R1FC CENCAALCCA VU é a vida de uso do aparelho expressa em anos ”i” é a taxa de desconto (%) CAA é o custo de aquisição do bem CENi é o consumo de energiano ano “j” expressa em milhões de BTU Rf é a taxa anual de aumento de energia (%) FC é o custo da energia no primeiro ano expressa em Reais por milhão de BTU Para um consumo anual de energia (CENj) e uma taxa de aumento de energia (Rf) constante durante toda a vida do aparelho, a equação acima simplifica-se para: ( ) jVU 1j j f )i1( R1 FCCENCAALCCA ∑ = ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ + +⋅⋅+= Vida típica dos aparelhos: Congeladores (Freezers) 20 anos Secadores Elétricos 14 anos Aquecedores de Água 10 anos Ar Condicionado de Janela 10 anos Fogão de Cozinha e Fornos 14 anos Refrigeradores 15 anos Secadores a Gás 11 anos Custo do Ciclo de Vida de Chaves Seccionadoras O custo do ciclo de vida é dado por: ( )CPSCRVPCILCCC CCLCCC FI +⋅⋅λ+= += Onde: CI é o custo de aquisição CF é o custo da falha λ é a taxa de falhas VP é a vida esperada do produto ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.20 CR é o custo do reparo CPS é o custo das peças sobressalentes Custo do Ciclo de Vida Aplicado a Seleção de Equipamentos Exemplo: Assumir que uma empresa está considerando comprar um determinado sistema. Dois fabricantes “A” e “B” estão licitando para vender o sistema. Os dados dos sistemas são apresentados abaixo. Qual dos dois sistemas deverá ser comprado pela empresa ? Dados dos Sistemas Item Descrição Sistema do Fabricante A Sistema do Fabricante B 1 Preço de Venda R$ 100.000,00 R$ 120.000,00 2 Taxa de Falha por Ano 0,04 falhas/ano 0,05 falhas/ano 3 Custo do Dinheiro (Taxa de Juros Anual) 10% aa 10% aa 4 Vida de Operação Esperada 10 anos 10 anos 5 Custo Esperado de uma Falha R$ 10.000,00 R$ 12.000,00 6 Custo Esperado de Operação Anual R$ 6.500,00 R$ 3.000,00 Sistema do Fabricante A: O custo esperado (CEFA) das falhas por ano do fabricante “A”, é: ( ) 00,400$R00,000.10$R04,0CE FA == O Valor Presente (VPMA) do custo do ciclo de vida da manutenção do sistema do fabricante “A”, é: ( ) ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ +−= − i i11CEVP m FAMA , onde “i” é a taxa de juros e “m” é a vida de uso do sistema. O fator ( ) ⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ +− − i i11 m é conhecido como “Fator de Valor Constante” de uma série uniforme. Neste exemplo, nós temos “i = 10% aa”, CEFA = $400,00 e “m = 10 anos”. Substituindo os dados na fórmula acima, temos: ( ) 83,457.2$R1446,6400 10,0 10,011400VP 10 MA =⋅=⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ +−= − Similarmente, o custo do ciclo de vida (VPOA)da operação do sistema do fabricante “A”, é: ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.21 ( ) ( ) 69,939.39$R1446,6500.6 10,0 10,011500.6VP 10 OA =×=⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ +−= − Logo o custo total do ciclo de vida do sistema do fabricante “A”, é: OAMAFAFA VPVPPVLCC ++= Onde: PVFA é o preço de venda do sistema do fabricante “A” 52,397.142$R69,939.3983,457.2000.100LCCFA =++= Sistema do Fabricante B: O custo esperado (CE FB) das falhas por ano do fabricante “B”, é: ( ) 00,600$R00,000.12$R05,0CE FB == O Valor Presente (VPMB) do custo do ciclo de vida da manutenção do sistema do fabricante “B”, é: Nós temos “i = 10% aa”, CEFB = $600,00 e “m = 10 anos”. Substituindo os dados na fórmula, temos: ( ) 74,686.3$R1446,6600 10,0 10,011600VP 10 MB =⋅=⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ +−= − Similarmente, o custo do ciclo de vida (VPOA)da operação do sistema do fabricante “A”, é: ( ) ( ) 70,433.18$R1446,63000 10,0 10,011000.3VP 10 OB =⋅=⎥⎥⎦ ⎤ ⎢⎢⎣ ⎡ +−= − Logo o custo total do ciclo de vida do sistema do fabricante “A”, é: OBMBFBFB VPVPPVLCC ++= Onde: PVFA é o preço de venda do sistema do fabricante “A” 44,120.142$R70,433.1874,686.3000.120LCCFB =++= O sistema “B” é levemente mais econômico que o sistema “A”. A empresa deverá adquirir o sistema “B” pois o seu custo global do ciclo de vida é menor que o sistema “A”. ENGENHARIA DE CONFIABILIDADE ANEXO 9 – CUSTO DO CICLO DE VIDA (LCC) Eduardo de Santana Seixas - Abraman Pág: Anx. IX.22 Trabalho Dirigido Assumir que uma organização está considerando adquirir um determinado equipamento objetivando aumentar o seu nível de produção. Três fabricantes apresentaram as licitações para a venda do equipamento. Os dados são apresentados abaixo. Qual dos três equipamentos deverá ser o mais econômico para a empresa adquirir ? Dados dos Sistemas Item Descrição Sistema do Fabricante A Sistema do Fabricante A Sistema do Fabricante B 1 Custo Esperado da Falha $10.000,00 $11.000,00 $12.000,00 2 Taxa de Falha por Ano 0,05 falhas/ano 0,06 falhas/ano 0,07 falhas/ano 3 Custo do Dinheiro (Taxa de Juros Anual) 15% aa 15% aa 15% aa 4 Vida de Operação Esperada 15 anos 15 anos 15 anos 5 Preço de Venda $90.000,00 $100.000,00 $110.000,00 6 Custo Esperado de Operação Anual $10.000,00 $9.000,00 $6.000,00
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