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Resumo Civil 2 parte 1

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Civil
Teoria geral das obrigações
Evolução Histórica
Os Romanos redigiram a Lei das XII tabuas com regras e consequências do descumprimento de obrigações.
Aristóteles dividiu as relações obrigatórias em dois tipos, as voluntárias (que seriam um acordo entre as partes) e as involuntárias (resultante de um fato do qual nasce uma obrigação).
Código de Napoleão de 1804 estabeleceu que os bens do devedor seria a garantia comum de seus credores.
Conceito Geral do Direito das Obrigações:
Trata-se de um conjunto de normas (regras e princípios jurídico) reguladoras das relações patrimoniais entre credor (sujeito ATIVO) e devedor (sujeito PASSIVO) a quem incumbe o dever de cumprir, espontaneamente ou coativamente, uma prestação de dar, fazer ou não fazer.
Noção Geral de Obrigação
A palavra obrigação pode ter acepções diferentes:
- Obrigação como dever social: São obrigações estipuladas pela sociedade com consequências sociais ou obrigações estipuladas por uma religião.
	- Obrigação como dever jurídico: Obrigação imposta por norma jurídica.
- Obrigação como vínculo jurídico: Obrigação em forma de um vínculo (liame) entre credor, devedor e prestação.
- Obrigação como relação jurídica: Aqui a obrigação é uma relação jurídica transitória (que dura um certo tempo) em que o devedor (subordinado) tem dever de realizar uma prestação de natureza econômica, consiste em dar, fazer ou não fazer em favor do credor (sujeito ativo que tem direito de exigir) sob pena pelo descumprimento da obrigação.
*Lembrando: 1) Obrigação tem um carácter transitório que significa que a obrigação depois de cumprida não volta mais. 2) Vale lembrar que não é só o adimplemento (cumprir) que extingue a obrigação, exemplo destruição ou inutilidade do bem aos fins que se destina. 3) O contrato, por si só, não é translativo (transferência) da propriedade.
					Subjetivo/Pessoal ----- Credor/Devedor
Relação Jurídica Obrigacional Objetivo/Material ---- Prestação
					Ideal/Imaterial ------- Vínculo Jurídico
Elementos Constitutivos da Obrigação:
Subjetivo: Os sujeitos da obrigação podem ser qualquer um, mas é necessário ser determinados ou determináveis;
Objetivo: A) Objeto IMEDIATO da obrigação é sempre uma prestação de dar, fazer ou não fazer. B) O objeto MEDIATO é o que se descobre indagando: dar ou fazer o quê? Há de ser Lícito, Possível, Determinado ou Determinável e Economicamente apreciável;
Vínculo Jurídico: Sujeita o devedor a determinada prestação em favor do credor. Compõe-se de dois elementos: Débito e Responsabilidade.
*Diferença entre débito e responsabilidade: Débito consiste no dever de realizar certa atividade que o sujeito passivo (devedor) da relação obrigacional tem com o credor. Responsabilidade é a consequência do descumprimento da obrigação.
*Existe obrigação SEM responsabilidade, que são obrigações morais, e responsabilidade SEM obrigação por exemplo no caso de fiador, ele é responsável, mesmo sem ter dívida, surgindo o seu dever jurídico com o inadimplemento do afiançado em relação à obrigação assumida.
Distinções Conceituais:
	-Obrigação: É o vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra prestação economicamente apreciável.
	-Dever Jurídico: É a necessidade que toda pessoa tem de observar (saber) as ordens ou comandos do ordenamento jurídico sob pena de incorrer (envolver) numa sanção.
	-Ônus (dever/obrigação) Jurídico: Consiste na necessidade de se observar determinada conduta (agir) para a satisfação de um interesse.
	-Direito Potestativo e Estado de Sujeição: É o poder que a pessoa tem de influir na esfera jurídica de outrem, sem que este possa fazer algo além de se sujeitar. Gerando então o Estado de Sujeição. *Efeitos jurídicos mediante vontade unilateral*
Características da Relação Obrigacional:
	-Obrigação como uma relação complexa: Há uma série de direitos e deveres diferentes do direito subjetivo de crédito e do dever de prestação que surgem ao longo do desenvolvimento da relação, desde a sua formação até o seu cumprimento, seja ele voluntário ou forçado.
	-Carácter Transitório da Obrigação: Extinção da obrigação.
	-Patrimonialidade da Prestação: O interesse não precisa ser econômico, mas o objeto da prestação há de ter conteúdo patrimonial.
	-Eficácia Relativa: O credor pode exigir a prestação somente do devedor.
Teorias do Vínculo Jurídico:
	-Teoria Monista: Débito e responsabilidade NÃO se separam ou tem os dois ou não tem nada.
	-Teoria Dualista: Débito e responsabilidade PODEM se separar, pode ter 1 obrigação só com 1 parte e não a outra.
-Elemento SUBJETIVO = Os sujeitos da relação obrigacional.
-Elemento OBJETIVO = A prestação (prestar)
*Parcelamento é só uma forma de prestação.
Requisitos do Objeto Imediato (prestação) da Obrigação:
Lícito;
Possível;
Determinado ou Determinável;
Economicamente apreciável.
 
1) A licitude da prestação implica o respeito aos limites impostas pela lei, a moral ou bons costumes. Ninguém defenderá, por exemplo, a validade de uma prestação que imponha ao devedor cometer um crime.
*Diferença entre juridicamente impossível e prestação ilícita: 
juridicamente impossível simplesmente não é admitida por lei.
prestação ilícita além de não ser admitida por lei, constitui o ato punível.
2) A prestação, para que seja considerada viável, deverá se física e juridicamente POSSÍVEL.
A) Impossibilidade Física é a que vai contra as leis físicas ou naturais e se torna irrealizável.
B) Impossibilidade Jurídica é quando o ordenamento jurídico proíbe, expressamente, negócios a respeito de determinado bem. 
Impossibilidade Jurídica Absoluta: Quando a prestação é totalmente irrealizável, totalmente nula.
Impossibilidade Jurídica Parcial: Quando a impossibilidade é parcial o credor aceita e escolhe outro tipo de prestação
2.1) A impossibilidade também pode depender do momento da sua ocorrência, poderá ser:
A) Originária: Impossibilidade ocorre no tempo da formação da própria relação jurídica obrigacional.
B) Superveniente: Impossibilidade ocorre posteriormente á formação da relação obrigacional.
3) A prestação Determinada é aquela já especificada, certa, individualizada. A prestação Determinável, por sua vez, é aquela ainda não especificada, mas que contém elementos mínimos de individualização, também chamado de obrigações genéricos.
4) A prestação, mesmo que o interesse seja apenas afetivo ou moral, o objeto da prestação deve necessariamente ter um conteúdo econômico. *Sentimentos não tem como ser avaliado economicamente*
Diferença entre Direitos Reais e Direitos Obrigacionais:
	Direitos Real: Relação de sujeição entre pessoas e coisas. Estudado no Direito das Coisas.
	Direitos Obrigacionais: São relações jurídicas que constituem no dever de prestar algo a alguém. Este vínculo (liame) consiste em condutas humana positiva em dar ou fazer e negativo de não fazer de maneira que descumprindo o dever de prestação há consequências legais.
*Lembrando: Punição é uma pena dada para uma pessoa que cometeu crime. Consequência pode ser o resultado positivo ou negativo de uma ação. Pagamento não é necessariamente dinheiro e sim o simples fato de cumprir a obrigação. Inadimplente é quem não cumpre a obrigação.
Figuras Híbridas
	Hibrido é o que se origina do cruzamento ou mistura de espécies diferentes, assim que constituem um misto de Direitos Pessoais (Obrigações) e Direito Real. 
	As Obrigações Híbridas são:
Propter Rem;
Ônus (dever) Reais
Eficácia Real
*Propter Rem = Própria da Coisa. Propter Personam = Própria da Pessoa.
Obrigações Propter Rem:
Vinculação a um Direito Real, ou seja, a determinada coisa de que o devedor é proprietário ou possuidor;
Possibilidade de exoneração do devedor pelo abandono do Direito Real, renunciando o direito sobre a coisa.
Transmissibilidade por meio de negócios jurídicos, caso em que a obrigação recairá sobre o adquirente (novo proprietário).
Não é ela um Direito Real, pois este se desnatura pela obrigação de fazer que o acompanha, pois,seu objeto não é uma coisa, mas a prestação do devedor.
Características Propter Rem: I- Responsabilidade ilimitada. II- Efeitos podem permanecer mesmo havendo perecimento da coisa III- Aceita prestação negativa. IV- O titular só responde ne vigência do seu direito.
Ônus Reais são obrigações que restringem um dos poderes inerente (essencial) à propriedade (uso, gozo e disposição), tem oponibilidade Erga Omnes (vale para todos).
Características: I- Responsabilidade limitada. II- Se perecer o objeto, ônus reais também desaparecem. III- Prestação sempre positiva. IV- Titular responde por obrigações mesmo antes da aquisição do seu direito. V- A ação cabível é de natureza real (in rem scriptae)
Obrigações de eficácia real é aquela que, embora constituída apenas entre credor e devedor, gera efeitos perante terceiros. Diferente da obrigação propter rem que decorre da qualidade de titular do Direito Real, enquanto a obrigação com Eficácia Real surge da vontade das partes.
Princípios Norteadores de Relação Obrigacional
	-Autonomia Privada: Seria uma regulamentação pessoal onde o sujeito tem liberdade para estabelecer regras próprias dentro do padrão das leis.
AUTONOMIA -> NEGOCIOS JURÍDICOS -> DIREITO OBRIGACIONAL
	-A Boa Fé: Existe a boa fé SUBJETIVA de socialmente ou psicologicamente julgado pela sociedade. Existe a boa fé OBJETIVA seria o dever de cooperação com respeito e lealdade recíprocos sem abuso de poder.
	-Responsabilidade Patrimonial: Geralmente estabelecido quando o devedor não cumpre o seu dever de prestação sofrerá as consequências impostas pela legislação. Ex: Juros, multa, perda de patrimônio.
	-Relatividade das obrigações: O credor de uma obrigação pode apenas exigir o dever de prestação do seu devedor.
Prescrição
	Perda da exigibilidade de um direito pelo recorrer do tempo. A prescrição atinge o vínculo obrigacional na responsabilidade, cobrança judicial e proteção de crédito. Prescrevendo a dívida não tem como cobrar judicialmente. Ex: Se o credor não cobrou em um determinado período, o Estado retira a exigibilidade, pois cobrança não é eterna.
*Lembrando que uma dívida prescrita não tem mais RESPONSABILIDADE, porém o DÉBITO continua.
Fontes das Obrigações
Atos Jurídicos Negociais;
Atos Ilícitos;
FATOS Jurídicos em Sentido Estrito;
ATOS Jurídicos em Sentido Estrito;
Fontes – A) Imediata -B) Mediata.
Atos Jurídicos Negociais: Os negócios jurídicos, bilaterais (ex: contrato), unilaterais (ex: Testamento e Títulos de Crédito) ou plurilaterais, são Fontes de Obrigações. Fonte mais relevante por estar relacionado à circulação de bens e serviços.
Atos Ilícitos: O ato ilícito gera obrigação de reparação de danos, sejam estes patrimoniais ou extrapatrimoniais. É o campo de estudo da responsabilidade civil.
Fatos Jurídicos em Sentido Estrito: Também pode ser fontes de obrigações. Com efeito, no campo da responsabilidade objetiva, mesmo se o evento danoso decorrer de caso fortuito ou força maior, poderá haver dever de indenizar.
Atos Jurídicos em Sentido Estrito: Também pode ser fontes de obrigações, como ocorre com o pagamento indevido, atos unilaterais.
Fontes:
Imediata (ou Direta): Lei, costume.
Mediata (ou Indireta): Analogia, jurisprudência, princípios gerais do Direito, doutrina e a equidade.
Classificações das Obrigações
Quanto ao vínculo obrigacional
-Perfeitas: Apresenta tanto débito quanto responsabilidade. É dizer que o credor tem o direito de exigir determinada prestação do devedor.
Ex.: A obrigação do Estado de garantir a saúde de seus cidadãos. 
-Imperfeitas: São aquelas que faltam vínculo jurídico sendo ele o débito ou responsabilidade.
-Morais: Obrigação que não tem vínculo jurídico, apenas moral.
-Naturais: Tem apenas débito (ex: jogo, aposta, bolão, dívida prescrita...)
-Civis: Vínculo jurídico tem o débito e responsabilidade.
Quanto à natureza da prestação
-Obrigação de dar: A prestação consiste na entrega de um bem móvel ou imóvel, determinado ou determinável, ao credor. Ex: Obrigação de restituir.
-Obrigação de fazer: A prestação corresponde à realização de uma atividade, um serviço pelo devedor ao credor. Ex: Médico tratar de um paciente.
-Obrigação de NÃO fazer: Aquela prestação em que o devedor se abstem da prática de um ato em favor do credor. Ex: Acordo entre vizinhos de não fazer.
-Positiva: Conduta comissiva de dar ou fazer.
-Negativa: Conduta omissiva de não fazer.
Quanto ao objeto
-Obrigações Simples: 1 objeto, 1 prestação a ser realizada pelo devedor.
-Obrigações Alternativas: Duas ou mais prestações, desobrigando-se o devedor de cumprir uma delas. Escolha.
-Obrigações Cumulativas: Há pluralidade de prestações, e o devedor precisa cumprir todas elas.
-Obrigações Facultativas: Existe 1 prestação principal e 1 prestação subsidiária podendo o devedor substituir a prestação principal pela subsidiária.
-Obrigações Líquidas: São aquelas em que há certeza quanto à existência e determinação do objeto.
-Obrigações Ilíquidas: Objeto incerto e depende de apuração.
-Obrigações Divisíveis: O objeto da prestação pode ser fracionado sem que isso resulte em perda do valor econômico, destruição de bem ou perda do interesse do credor.
-Obrigações Indivisíveis: O objeto da prestação é suscetível de fracionamento.
Quanto à estrutura
-Obrigações Simples: 1 credor 1 devedor 1 prestação.
-Obrigações Complexas: Existe pluralidade subjetiva (credores e/ou devedores) e/ou objetiva (mais de uma prestação).
-Obrigações Complexas Solidarias: Pluralidade subjetiva
-Obrigações Alternativas: Pluralidade Objetiva. Ex: Obrigação do governo com a comunidade.
Quanto aos sujeitos
-Obrigações Fracionais: Não importa quantos credores e/ou devedores, cada um é responsável por sua parte para o cumprimento da sua obrigação. Divisível entre sujeitos.
-Obrigações Conjuntas: A prestação (obrigação) somente pode ser realizada em sua integralidade. Indivisível entre sujeitos.
-Obrigações Disjuntivas: Há mais de um devedor, mas o credor pode escolher de qual devedor cobrará a prestação.
-Obrigações Solidárias: Há mais de um credor ou mais de um devedor, cada um com direito ou obrigado à dívida toda.
-Obrigações Conexas: Apesar de obrigações distintas elas estão conectadas no mesmo contrato. Ex: Só tem como cobrar a prestação de um pintor depois que o pedreiro acabar de cumprir sua prestação.
Quanto ao modo de execução
-Obrigações Instantâneas: É uma execução imediata. Se cumpre no mesmo momento que a prestação surgiu.
-Obrigações Periódicas: Execução continuada ou trato sucessivo. É uma obrigação que se prolonga no tempo. Ex: Parcelamento.
-Obrigações Diferidas: Constitui o pagamento no momento (imediatamente) mas transfere a execução dessa obrigação para outro momento.
Quanto ao Conteúdo
-Obrigações de Meio: O devedor obriga-se a utilizar de suas habilidades com prudência, diligência e perícia, sem assegurar um resultado específico. Ex: Cirurgia Plástica Reparadora. 
-Obrigações de Resultado: Conteúdo é o resultado, sem resultado não há cumprimento de obrigação. Ex: Cirurgia Plástica.
Quanto aos Elementos Acidentais
-Obrigações Condicionais: Sujeita à condição de um evento futuro e incerto para cumprir com o resultado.
-Obrigações a Termo: Sujeita a evento futuro e certo ainda que o tempo seja indeterminado. 
Obrigações com Encargo: Obrigação sujeita a encargo (compromisso). “desde que”.
Obrigações Reciprocamente Consideradas
-Obrigações Principais: Existem de maneira autônoma, independentemente de outra obrigação.
-Obrigações Assessórias: Depende da existência de uma outra obrigação.
Obrigação de Dar
Definição Jurídica: Ato da entrega, transferência ou restituição da coisa.
1-Objeto: Todas as obrigações se resumem no objeto da prestação (lícito, possível, determinado ou determinável)
2-Especies: A) Certa [3] B) Incerta [5] C) Pagar quantia certa ou obrigação pecuniária (com dinheiro) [4].
3-Obrigação de Dar Coisa CERTA ou Obrigação Específica
A coisa certa é aquela em que o objeto da prestaçãoé certo, determinado, individualizado no qual apresenta peculiaridades próprias que o distingue das demais de mesmo gênero e espécie.
Princípio de acessoriedade são FRUTOS, PRODUTOS E BENFEITORIAS.
-FRUTO: É o bem que produz de forma periódica e cuja percepção mantém intacta a substância do bem que produziu. Estado do Fruto pode ser: Pendente (ligado a coisa que o produziu), Percebido (escolhido), Estantes (quando armazenados para venda ou expedição), Percipiendo (que deveriam ter sido, mas não foram percebidos) ou Consumido (que não existe mais).
-PRODUTO: Não se renova, diminuição da quantidade até esgotamento. Ex: Mina.
-BENFEITORIAS: São obras ou despesas que sirva para melhoria de um bem. As Espécies de benfeitoria são: Voluptuárias (Decoração luxuosa), Úteis (Modernização) e Necessárias (Melhoria com objetivo de evitar sua deterioração).
Responsabilidade pela perda do objeto [4, B] tem de ser levado em conta a Perda = A destruição ou inutilização completa do bem. O Momento = Em que ocorreu a perda, se foi antes ou depois da tradição. E a Culpabilidade no Direito Civil culpabilidade abrange tanto o dolo quanto a culpa em sentido estrito.
*Lembrando que reparo ao dano no Direito Civil é definido pela extensão do dano e não pela culpabilidade.
Responsabilidade pela deterioração [4, C]. Deterioração é a perda parcial, danificando a coisa e afetando seu valor.
Direito sobre melhorias e acrescidos são tudo quanto opera mudança para melhor, valorizando a coisa, dando-lhe mais utilidade, comodidade, beleza. (Art. 237, CC) Até a tradição o bem pertence ao devedor podendo assim, com os seus melhoramentos exigir aumento no preço.
4- Obrigação de Restituir
Objeto: O devedor é obrigado a devolver ao credor o bem que está em seu poder.
Responsabilidade pela perda e seus efeitos: (Art. 238 e 239 do CC)
-SEM culpa do devedor: Antes da tradição = retornar ao estado anterior (status quo ante) Depois da tradição = Novo dono não pode reclamar.
-COM culpa do devedor: Antes da tradição = Devedor terá que resolver a obrigação e o restabelecimento do status quo ante e responderá pelos prejuízos patrimoniais (danos emergentes e lucros cessantes) e extrapatrimoniais que o credor tiver suportado. Depois da tradição: (Art. 234 do CC) Não é especificado pelo código, porém geralmente pode pedir reparação de danos.
Responsabilidade pela deterioração e seus efeitos: (Art. 240 do CC)
-SEM culpa do devedor: Antes da tradição = res perit domino ou seja
a coisa perece para o dono, ou aceitar a coisa no estado em que se encontra com abatimento no preço. Depois da tradição = (art. 235 do CC) Não é especificado pelo código, porém a regra é que a coisa pertence ao seu novo dono e este terá de suportar a deterioração.
-COM culpa do devedor: Antes da tradição = Credor terá que escolher entre resolução da obrigação (status quo ante) ou aceitação com abatimento do preço. Depois da tradição = (art. 236 do CC) Também não é claro sobre essa hipótese, mas a regra é que o devedor terá que responder por todos os prejuízos causados ao credor.
Direito Sobre Melhorias e Acréscimos:
-COM despesa ou trabalho do devedor, o credor deverá ressarcir o devedor enquanto este agiu de boa-fé.
-SEM qualquer interferência do devedor, o credor terá direito a receber a coisa no estado em que se encontra, sem qualquer ressarcimento ao devedor.
5- Obrigação de dar coisa incerta
Objeto: Coisa especificada apenas pelo gênero e quantidade.
Ato de Concentração ou Escolha: Por princípio, o Código Civil assume que o ato de concentração cai sobre o devedor e este não poderá dar coisa pior, mas também não está obrigado a prestar a melhor.
Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa incerta: Independe da culpa do devedor (mesmo que por força maior). Gênero nunca perece (Genus Nunquam Perit). Gênero limitado = Somente perderá a obrigação quando se tratar de gênero limitado no qual se extingue toda a espécie.
	
Obrigação de Fazer
Objeto: Consiste na atividade que o devedor tem de realizar (conduta comissiva) ou abster-se de realizar (conduta omissiva) em favor do credor
Espécies:
Fungível= Que pode ser substituído ou que pode ser feito por terceiros de igual natureza, mesma qualidade.
Infungível= É aquele que não pode ser substituível. A obrigação não pode ser feita por terceiros.
Responsabilidade Pela Impossibilidade (recusa) do objeto:
SEM culpa do devedor = status quo ante.
COM culpa do devedor = Além da resolução, haverá a necessidade de reparar os danos sofridos pelo credor. (Art. 248, CC)
*Diferença entre dar e fazer as vezes pode ficar difícil de estabelecer. Geralmente, para estabelecer, podemos identificar se a prestação é necessária fazer para depois dar, se sim, a obrigação é fazer.
 
Responsabilidade Pela Reusa ou Mora (atraso):
Na obrigação de fazer infungível (Art. 247, CC) 
-SEM culpa do devedor = Sem necessidade de indenizar.
-COM culpa do devedor = Será estipulado uma multa diária, e se for urgente e realizado por terceiros terá que pagar as despesas da prestação mais perdas e danos.
Na obrigação de fazer fungível (Art. 249, CC)
I- Resolução da obrigação mais perdas e danos.
II- Cumprimento por terceiro mais perdas e danos.
	*Diferença entre urgência e pressa: urgência não tem como esperar uma ação judicial. Pressa Estado de ansiedade.
Obrigação de Não Fazer (Prestação negativa ou Comportamento Omissivo)
Objeto = Abstenção da prática de algum ato.
Responsabilidade pelo descumprimento:
SEM culpa do devedor = Extingue a obrigação de não fazer.
COM culpa do devedor = I- Desfazer ou contratar terceiros para desfazer, mais perdas e danos. II- Somente perdas e danos.
*Resumo de diferenças entre obrigações:
Alternativa- Multiplicidade de prestações possíveis e o cumprimento de uma delas já satisfaz o credor. Em regra, a escolha da prestação cabe ao devedor.
Facultativa-É simples, com apenas uma prestação. Não existe indefinição do objeto. Comum em vendas em consignado.
Solidária- Na mesma obrigação com mais de um credor ou mais de um devedor, cada um com direito ou obrigado à dívida toda. Solidariedade não se presume.
Cumulativa- Há uma multiplicidade de prestações e o devedor se obriga a cumprir com todas.
Obrigações Alternativas
Objeto: Pluralidade de objetos (prestações), com possibilidade de escolha sendo que depois da escolha não há mais domínio de alteração.
Direito de Escolha: Em regra, quem faz a escolha é o devedor, porém pode ser estipulado pelas partes (no momento da celebração do contrato) que o credor terá o direito de escolha.
Riscos e Responsabilidades:
Critérios de Determinação
I- De quem é o direito de escolha.
II- Se houve culpa ou não do devedor.
III- Se parte ou todos os objetos se impossibilitaram (perda)
5 Hipóteses:
I- Impossibilidade de apenas parte dos objetos 
[Direito de Escolha devedor];
*Se parte das prestações se tornar inexequível (não pode ser executado), a prestação será feita nas outras escolhas. (Art. 253, CC)
II- Impossibilidade de todos os objetos, com a culpa do devedor. 
[Direito de Escolha do devedor];
*Se, por culpa do devedor, não puder cumprir nenhuma das prestações, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou mais perdas e danos. (Art. 254, CC)
III- Impossibilidade de parte dos objetos, com culpa do devedor 
[Direito de Escolha Credor];
*Quando a escolha é do credor, e uma das prestações torna-se impossível por culpa do devedor, o credor terá o direito de exigir o valor da que se tornou inexequível mais perdas e danos OU exigir prestação alternativa. (Art. 255 parte A, CC)
IV- Impossibilidade de todos os objetos, com culpa do devedor 
[Direito de Escolha do Credor];
*Se por culpa do devedor todas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer uma das prestações mais perdas e danos (Art. 255 parte B, CC)
V- Impossibilidade de todos os objetos, sem culpa do devedor;
*Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-áa obrigação. (Art. 256, CC)
* Diferença entre Alternativa e Dar Coisa Incerta:
	Obrigações Alternativa
	Obrigações de Dar Coisa Incerta
	-Pluralidade de prestações,
	-Apenas uma prestação (objeto),
	-A escolha é definida no objeto/prestação,
	-A escolha é definida entre a qualidade do único objeto/prestação existente.
	-Diversos objetos, porém cada um deles possuem individualidade própria.
	-O objeto tem apenas o gênero e não possui individualidade própria.
Obrigações com Prestação Facultativa
Objeto: Uma prestação comum em consignação (contrato estimatório)
Diferença de obrigação alternativa: Facultativa não tem várias prestações. 
Obrigações Divisíveis e Indivisíveis
Critério Determinante: (Art. 87, CC) Bens divisíveis são os que podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição do valor ou prejuízo do uso a que se destinam.
Obrigação Divisível:
Pluralidade de sujeitos (devedores e/ou credores)
Inexistência de corresponsabilidade (cada sujeito com a parte que lhe cabe).
Presunção Relativa de divisão em partes iguais.
* Presunção Relativa admite prova ao contrário. Presunção Absoluta é incontestável.
Obrigação Indivisível:
Pluralidade de sujeitos.
Corresponsabilidade em função da indivisibilidade do objeto.
Critérios de indivisibilidade:
Natureza do bem;
Indivisível por contrato;
Indivisível estabelecido por lei.
Efeitos jurídicos no caso de pluralidade de devedores: Se havendo pluralidade de devedores na prestação indivisível cada um será obrigado pela dívida toda. (Art. 259, CC) 
Efeitos jurídicos no caso de pluralidade de credores: Poderá cada um destes exigir a dívida inteira, mas o devedor ou devedores se obrigarão, pagando todos conjuntamente OU pagando a um, dando caução de ratificação dos outros credores.
*Caução de Ratificação é quando um credor recebe por outros credores apresentando um documento que garante que os outros credores estão de acordo com aquele negócio jurídico.
Perda de qualidade indivisível: Quando um dos critérios de indivisibilidade desaparece ou se converte em perdas e danos.
Obrigações Solidárias
Definição: Há solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais de um credor ou mais de um devedor, cada um com direito ou obrigado à dívida toda. Solidariedade não se presume.
Fontes de Solidariedade: 
Solidariedade convencional = vontade entre sujeitos.
Solidariedade legal = vontade jurídica.
*Sub-rogação= Substituir, tomar o lugar do outro. Ex: fiador. Remição= É a forma de extinção da obrigação (libertação, quitação). Remissão= Perdão.
3) Complexidade: Art. 266, CC “A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.”
4) Espécies:
Solidariedade Ativa = Pluralidade só de Credores
Solidariedade Passiva = Pluralidade só de Devedores
Solidariedade Mista = Sem regra específica.
Obrigação Solidária Ativa (Art. 267, CC)
*Tende a cair em desuso. Risco de prejuízo notório. *Ex: Conta Conjunta*
Pluralidade de credores;
Direito dos credores sobre a obrigação:
Cada credor pode cobrar sozinho a integralidade da obrigação ou parte dela se o objeto permitir.
Podem remitir (perdoar) a dívida sozinho ou integralmente.
O devedor pode pagar a qualquer deles, exceto se já houver cobrança judicial.
Com a morte de um dos credores a solidariedade não se transmite aos herdeiros de falecido. O crédito se transmite sim. O crédito não é um bem, é um direito de caráter patrimonial geralmente transferido na herança (a não ser crédito personalíssimo)
A conversão em perdas e danos não retira a solidariedade. (Art. 271, CC)
*Risco: A remição de um dos credores para o devedor, e se isso acontecer e esse credor será obrigado a pagar os outros credores. Excesso de poder. 
f. Oposição de exceções (argumento de defesa)
	Pessoal= Argumento de defesa que atinge somente aquele devedor. 
Ex: Erro, vício
	Geral= Atinge a obrigação por inteiro. Ex: Prescrição, Ilicitude do Objeto
Art. 274, CC “Julgamento contrário... não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes...” 
Obrigação Solidária Passiva (Art. 275, CC)
*A mais usada. * 
Pluralidade de devedores.
Para exigir o cumprimento da obrigação pode
Cobrar um, alguns ou todos os devedores.
Cobrar todo o crédito ou parte dele.
Renúncia da solidariedade do devedor não pode ser presumida, a solidariedade se extingue, porém, a dívida não.
A cobrança de um devedor não implica em renúncia da solidariedade. Ex: 3Devedores, Dívida 30mil, Pago 10mi
Possibilidade: Art. 282 CC *Remissão do credor a um devedor a dívida mantem intacta. *
Pagamento para a extinção parcial ou total.
Pagamento da dívida realizado por um devedor (Art. 283, CC) poderá cobrar dos outros devedores a parte que lhe cabem. Se um deles é insolvente, a parte da dívida do insolvente será dividida entre os devedores. Ex: Devedor 1 paga tudo. Devedor 2 é insolvente e deve 2mil. Devedor 3 terá que pagar sua parte que lhe cabe para A e a parcela do insolvente (divido mil entre devedor 1 e 3 cada um paga mil)
Modificação na obrigação (por um dos sujeitos) Art. 278, CC Só é válido para melhorar a posição da solidariedade.
Descumprimento sofre efeitos jurídicos para cada um.
Impossibilidade- (Art. 279, CC) “Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.”
Todos pagam pelos juros da mora (atraso) mesmo que a culpa é só de um dos devedores, depois o culpado deverá restituir os outros devedores solidários.
Morte de um dos devedores solidários: Débito pago com um patrimônio do falecido.
Art. 285, CC “Se a dívida interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar”
Fim dos Assuntos Tratados na AV1

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