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Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 1 Leis da Termodinâmica PARANÁ 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 2 O objetivo da termodinâmica é investigar as relações entre os tipos de energia e suas diversas manifestações. As leis da termodinâmica governam a transformação de um tipo de energia em outro. 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 306/04/2016 A fissão dos átomos de urânio aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320oC e 157 atm. O gerador de vapor realiza uma troca de calor entre as águas do primeiro circuito e a do circuito secundário. A água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta a turbina a 1.800 rpm acionando o gerador elétrico. Depois de mover a turbina, esse vapor passa por um condensador onde é refrigerado pela água do mar, trazida por um terceiro circuito independente. A existência desses três circuitos impede o contato da água que passa pelo reator com as demais. Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 4 2.1 Princípio Zero da Termodinâmica – Equilíbrio térmico O Princípio zero da Termodinâmica está baseado na experiência de que sistemas em contato térmico não estão em equilíbrio completo um com o outro até que tenham alcançado a mesma temperatura. 06/04/2016 Dois sistemas que estão em equilíbrio térmico com um terceiro estão em equilíbrio térmico entre si. Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 5 2.2 Primeiro Princípio da Termodinâmica - Energia WdQddU WQU Variação de U a partir dos efeitos nas vizinhanças O Primeiro Princípio da Termodinâmica é a expressão mais geral do princípio da conservação da energia. Não é conhecida nenhuma exceção a esse princípio. O primeiro princípio requer apenas que a quantidade total de energia seja a mesma antes e após a conversão da energia de uma forma a outra. 06/04/2016 As limitações na conversão de energia de um tipo a outro leva ao segundo princípio da Termodinâmica. Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 6 2.3 Primeiro Princípio da Termodinâmica – Conceitos Importantes Sistema Fronteira Vizinhança Propriedades de um sistema Estado de um sistema Mudança de estado Caminho da transformação Ciclo Isolado Aberto Fechado 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 7 Primeiro Princípio da Termodinâmica – Conceitos Importantes Se um sistema estiver sujeito a qualquer transformação cíclica, o trabalho produzido nas vizinhanças é igual ao calor extraído das vizinhanças. WdQd 0 WdQd 0 WdQd 0dU No primeiro princípio, os efeitos de calor e trabalho observados nas vizinhanças estão relacionados a energia. WdQddU 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 8 2.4 Primeiro Princípio da Termodinâmica – Sinal do Calor e do Trabalho - Exemplo Sujeitando-se um mol de um gás ideal a várias mudanças de estado, qual será a variação da energia em cada caso? a) Perda de 512 J de calor; destruição de 134 J de trabalho; b) Absorção de 500 J de calor; produção de 500 J de trabalho; c) Sem escoamento de calor; destruição de 126 J de trabalho. WQU ?Q ?W JQ 512 JQ 500 JQ 0 JW 134 JW 500 JW 126 JU 378 JU 0 JU 126 a) b) c) 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 9 2.5 Primeiro Princípio da Termodinâmica – Conceito de trabalho (W) Qualquer quantidade que escoa através da fronteira de um sistema durante uma mudança de estado e é completamente conversível na elevação de uma massa nas vizinhanças. )0( hmgW )0( hmgW Produzido nas vizinhançasDestruído nas vizinhanças Escoou p/ as vizinhançasEscoou a partir das vizinhanças Expansão Compressão WW 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 10 2.6 Primeiro Princípio da Termodinâmica – Conceito de calor (Q) Qualquer quantidade que escoa através da fronteira de um sistema, durante uma mudança de estado, em virtude de uma diferença de temperatura entre o sistema e suas vizinhanças. Escoa de um ponto a temperatura mais alta para um ponto a temperatura mais baixa. Q Q resfria aquece Massa de água O calor escoa a partir das para as vizinhançasnas vizinhanças 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 11 2.7 Mudança de Estado a Volume Constante – Equação de dU WQU ),( VTUU dVVUdTTUdU )()( Num processo a volume constante, o calor extraído das vizinhanças é igual ao aumento de energia do sistema. VQU 06/04/2016 dTCdU V dV pT dTCdU V Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 12 Calcule a variação de energia na transformação de 1 mol de hélio, a volume constante, de 25oC para 45oC. Dados (capacidade calorífica a volume constante): Mudança de Estado a Volume Constante – Exercício R 2 3 CV 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 13 2.8 Mudança de Estado a Pressão Constante – Definição de entalpia – Equação de dH HpVU pQH Num processo a pressão constante, o calor extraído das vizinhanças é igual ao aumento de entalpia do sistema. )p,T(HH dppHdTTHdH )()( 06/04/2016 dTCdH p dpTVdTCdH p )1( Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 14 Calcule a variação de energia na transformação de 1 mol de hélio, a pressão constante, de 25oC para 45oC. Dados (capacidade calorífica a volume constante): Mudança de Estado a Pressão Constante – Exercício R 2 3 CV 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 15 Mudança de Estado a Pressão Constante – Exercício Calcule a variação de entalpia para a transformação de 1 mol de prata, de 25oC até o ponto de fusão, a 961oC, a 1 atm de pressão. T00628,043,23)molJK(C 11p ...32 cTcTbTaCp 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 16 Mudança de Estado a Pressão Constante – Exercício 06/04/2016 a b / 10-3 K-1 c / 10-7 K-2 d / 10-9 K-3 H2 3,4958 -0,1006 2,419 O2 3,0673 +1,6371 -5,118 Cl2 3,8122 1,2200 -4,856 Br2 4,2385 0,4901 -1,789 N2 3,2454 0,7108 -0,406 CO 3,1916 0,9241 -1,410 HCl 3,3876 0,2176 +1,860 HBr 3,3100 0,4805 0,796 NO 3,5326 -0,186 12,81 -0,547 CO2 3,205 +5,083 -17,13 H2O 3,633 1,195 +1,34 NH3 3,114 3,969 -3,66 H2S 3,213 2,870 -6,09 SO2 3,093 6,967 -45,81 +1,035 CH4 1,701 9,080 -21,64 C2H6 1,131 19,224 -55,60 C2H4 1,424 14,393 -43,91 C2H2 3,689 6,352 -19,57 C3H8 1,213 28,782 -88,23 C3H6 1,637 22,703 -69,14 C3H4 3,187 15,595 -47,59 C6H6 -0,206 39,061 -133,00 C6H5CH3 +0,290 47,048 -157,14 C(grafita) -0,637 7,049 -51,99 1,384 Tab. 7.1: Capacidade calorífica dos gases em função da temperatura Cp / R = a + bT + cT 2 + dT 3 Faixa de temperatura: 300 K a 1500 K 06/04/2016 16 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 17 Variação de Entalpia nas Reações Químicas A variação de entalpia de uma reação é calculada atribuindo 0 para a entalpia padrão dos elementos. )(3)(2)(3)( 2232 lOHsFegHsOFe o )inicial( o )final( o HHH )g,H(H3)s,OFe(H)l,OH(H3)s,Fe(H2H 2 o 32 o 2 ooo Fe(s) = 0 J/K.mol; H2O(l) = -285,8 J/K.mol; Fe2O3(s) = -1118 J/K.mol; H2(g) = 0 J/K.mol ?H o 06/04/201606/04/2016 17 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 18 2.9 Segundo Princípio da Termodinâmica - Entropia 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 19 Segundo Princípio da Termodinâmica - Entropia Que qui’é entropia, intão? Para entender entropia, veja como ela varia com a temperatura, volume e pressão … bla, bla,bla… 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 20 Segundo Princípio da Termodinâmica - Entropia T Qd dS rev A energia do universo é constante e a entropia tende a alcançar um máximo - Clausius O primeiro princípio da Termodinâmica não diz nada acerca da preferência de um processo por uma direção, relativamente à direção oposta. Ele exige apenas que a energia do universo permaneça a mesma antes e depois da transformação. O Segundo Princípio da Termodinâmica tem relação com a direção dos processos naturais. 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 21 Segundo Princípio da Termodinâmica - Entropia 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 22 2.10 Variações de Entropia em Transformações Isotérmicas Se a temperatura do reservatório for aumentada, infinitesimalmente, uma pequena quantidade de calor escoa do reservatório para o sistema e algum líquido vaporiza, fazendo a massa M elevar-se. Os estados líquido e gasoso da água podem estar em equilíbrio entre si a 100oC se a pressão for 1 atm; e podem estar em equilíbrio a 25oC a pressão de 23,756 torr. 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 23 Variações de Entropia em Transformações Isotérmicas Mudanças no estado de agregação T Qd dS rev Aplicação: • T Q S T Qd dS rev rev S S 2 1 2 1 eb vap vap T H S f fus fus T H S 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 24 Variações de Entropia em Transformações Isotérmicas – Exercício Calcule a mudança na entropia quando 50 kJ de energia é transferida, reversivelmente e isotermicamente, como calor para um grande bloco de ferro a a) 0 oC e b) 70oC T Qd dS rev T Q S rev 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 25 2.11 Variações de Entropia em Transformações Isotérmicas – Regra de Trouton Para muitos líquidos Svap é um valor de 85 (90) J/K.mol, no ponto normal de ebulição. Essa regra não vale para líquidos associados. Exemplo: Para o Br2, a Teb = 59,2 oC. A partir desse valor, calcule o seu calor de vaporização. Valor experimental de Hvap = 29,45 kJ mol -1. T H S vap 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 26 2.12 Entropia como uma Função da Temperatura e do Volume dVdT T C dS V dV V nR dT T C dS V dV T p dU T dS 1 Esta é uma equação diferencial total, geral para qualquer substância. Entretanto, para líquidos e sólidos, dV é muito pequeno: Equação fundamental 06/04/2016 T Qd dS rev Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 27 Entropia como uma Função da Temperatura e do Volume - Exemplo Um mol de argônio é aquecido a volume constante de 300 K a 500 K. Calcule a variação de entropia para essa mudança de estado. Dado: R 2 3 CV 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 28 2.13 Entropia como uma Função da Temperatura e da Pressão dpVdT T C dS p dp p Rn dT T C dS p dp T V dH T 1 dS Esta é uma equação diferencial total, geral para qualquer substância. Entretanto, para líquidos e sólidos, dp é muito pequeno: Equação fundamental 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 29 Entropia como uma Função da Temperatura e da Pressão - Exemplo Calcule a variação de entropia de um sistema líquído quando a pressão for aumentada de 1 atm, a temperatura constante. Dados: = 10-3 K-1; Volume molar do líquido igual a 100 cm3/mol. Repita os cálculos para um sólido, onde = 10-4 K-1 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 30 Entropia como uma Função da Temperatura e da Pressão - Exemplo Qual seria a pressão necessária, aplicada em um mol de um sistema líquido, para produzir uma diminuição na entropia de 1 J K-1 mol-1? 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 31 Entropia como uma Função da Temperatura e da Pressão - Exemplo Calcule a variação de entropia de um mol de um sistema gasoso quando a pressão for aumentada de 1 atm para 2 atm, a temperatura constante. 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 32 Entropia como uma Função da Temperatura e da Pressão - Exemplo Calcule a mudança da entropia para uma expansão isotérmica de 1,0 mol do alumínio sólido de 100 bar a 1,0 bar. Dados: = 2,21 x 10-5 K-1 e ρ = 2,702 x 103 kg m-3. 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 33 Entropia como uma Função da Temperatura e da Pressão - Exemplo Um mol de um gás ideal, inicialmente a 20oC e a uma pressão de 1 atm, é convertido a 50oC e a uma pressão de 8 atm. Calcule S. Dado: R 2 3 CV 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 34 2.14 Terceiro Princípio da Termodinâmica M. Planck: A entropia de uma substância pura e perfeitamente cristalina é zero no zero absoluto de temperatura. 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 35 Terceiro Princípio da Termodinâmica dT T C dS p )p,T(Material)p,0(Material dpVdT T C dS p 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 36 Terceiro Princípio da Termodinâmica dT T C dS p eb vap vap T H S f fus fus T H S dT T C dS 11T 0 T 0 p S S dTT C SS T p T 1 1 0 0 dT T C SS T p T 1 1 0 0 dT T C S 1 1 T 0 p T 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 37 Terceiro Princípio da Termodinâmica dT T C T H dT T C T H dT T C S T Teb p eb vap T T p f fus T 0 p T eb f f Especificando melhor )( )( )( 1 gCC lCC sCC atmp pp pp pp dT T gC T H dT T lC T H dT T sC S T Teb o eb vap T T o f fus T o p eb f p f p T )()()( 0 0 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 38 2.15 Variação de Entropia nas Reações Químicas A variação de entropia de uma reação é calculada da mesma forma que é a variação de entalpia, mas sem atribuir 0 para a entropia padrão dos elementos. )(3)(2)(3)( 2232 lOHsFegHsOFe o inicial o final o SSS )()( ),(3),(),(3),(2 2322 gHSsOFeSlOHSsFeSS ooooo Fe(s) = 27,28J/K.mol; H2O(l) = 109,6 J/K.mol; Fe2O3(s) = 87,40 J/K.mol; H2(g) = 130,684 J/K.mol oS 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 39 2.16 A Energia Livre de Helmholtz TSUA TSpVHA 06/04/2016 pVHU pVUH Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 40 2.17 A Energia Livre de Gibbs TSpVUG TSHG pVAG TSHG 111 TSHG 222 TSHG STHG 06/04/2016 Capítulo 2 Leis da Termodinâmica 41 A Energia Livre de Gibbs H = - S = + STHG H = - S = - H = + S = + A maioria das reações químicas comuns são exotérmicas na direção natural com pequena influência de TS. Para reações endotérmicas na direção natural, o termo TS é muito importante na determinação da posição de equilíbrio. 06/04/2016
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