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Microbiologia Trabalho Tuberculose

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Microbiologia – Tuberculose
Trabalho
(T) (introdução) Tuberculose:
A tuberculose - também chamada em português de tísica pulmonar ou "doença do peito" - é uma das doenças infecciosas documentadas desde mais longa data e que continua a afligir a Humanidade nos dias atuais. Estima-se que sua bactéria causadora tenha evoluído há 15.000 ou 20.000 anos, a partir de outras bactérias do género Mycobacterium.
Doença grave, transmitida pelo ar, que pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial nos pulmões. O microorganismo causador da doença é o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis. 
Historicamente a tuberculose constitui inusitado fenômeno de interpenetração cultural com diversas formas da manifestação humana, por ter vitimado cientistas, literatos, poetas, músicos, pintores e monarcas, interferindo inclusive no curso político de países. Na época anterior à moderna quimioterapia os tratamentos foram bizarros, danosos, bárbaros, românticos e eróticos. O pneumotórax foi o primeiro tratamento racional. Nos sanatórios, os dramas dos doentes, os internamentos por longos anos despersonalizavam os pacientes, criando-se o denominado "Hominis Sanatorialis". Após a descoberta do bacilo por Koch, criaram-se a histeria contra o escarro e ambiente propício ao charlatanismo. 
(T) Histórico:
Descoberta há mais de um século, a tuberculose continua a preocupar a população mundial, matando cerca de 3 milhões de pessoas por ano. 
A 24 de Março de 1882, Robert Koch descobria o microorganismo responsável pela tuberculose, que posteriormente viria a ser batizando de bacilo de Koch. A partir de então, a data passou a ser assinalada como Dia Mundial da Tuberculose.
Embora o bacilo tenha sido identificado no século XIX, só no século posterior é que viria a ser descoberto um microrganismo capaz de resistir e prevenir a doença. Em 1913, Albert Calmette e Camile Guerin identificaram o BCG (abreviatura de bacilo de Calmette e Guerin), dando um importante passo para a prevenção da tuberculose. 
No entanto, a doença permaneceu incurável até 1994, quando foi descoberta a estreptomicina. A partir de então se tornou possível utilizar antibacilares que, quando associados a esta substância, permitiam a cura de quase todos os casos. 
A evolução no tratamento da tuberculose foi positiva até aos anos 80, quando sofreu um retrocesso. Surgia por essa altura uma nova epidemia: o HIV/SIDA. O cruzamento destas duas doenças contagiosas conduziu ao reaparecimento das formas graves de tuberculose e à ineficiência dos fármacos utilizados no seu tratamento. Perante este agravamento, a Organização Mundial de Saúde acabou por declarar a doença como emergência mundial, em 1993. 
Atualmente, com os avanços científicos e tecnológicos nesta área, aliados à existência de uma vacina e de um tratamento eficazes, tornou-se possível controlar a doença. No entanto, a tuberculose continua a ser um problema grave a nível mundial, matando cerca de três milhões de pessoas a cada ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde, os investigadores têm registrado taxas altas de casos multiresistentes nos países do leste europeu e também na China. Segundo o relatório apresentado pela organização, há cerca de 2 bilhões de pessoas infectadas em todo o mundo e nenhum país está seguro, devido às movimentações da população. 
(T) Mycobacterium tuberculosis
As bactérias em forma de bastão (visíveis a vermelho na imagem) são bacilos da tuberculose Mycobacterium tuberculosis.O causador da tuberculose (mais precisamente, a tuberculose pulmonar) é o Mycobacterium tuberculosis (MTB) também conhecido como bacilo de Koch, em homenagem ao seu descobridor, o médico alemão Heinrich Hermann Robert Koch. É uma bactéria aeróbica de crescimento lento, a qual se divide a cada 16 ou 20 horas, o que é bastante lento comparado a outras bactérias cuja divisão se dá em minutos. Não cora com o método de Gram, portanto a classificação Gram +/- não se adequa a ela; sendo uma bactéria ácido-álcool resistente é usada a coloração de Ziehl-Neelsen. É um bacilo (isto é, uma bactéria em forma de bastão) que pode resistir a desinfectantes fracos e pode sobreviver em meio seco durante semanas, porém, só consegue se desenvolver no organismo de um hospedeiro. A tuberculose é uma das mais importantes doenças infecciosas actuais, que até hoje afeta milhões de seres humanos, e depois do surgimento da SIDA/AIDS sua disseminação voltou a crescer.
Levou tempo até que se conseguissem fazer culturas in vitro do M. tuberculosis (ou MTB), porém, atualmente este é um processo laboratorial comum. O MTB é identificável no microscópio após tratamento com solução álcool-ácida e coloração (método de Ziehl-Neelsen). Na técnica de coloração mais comum, os bacilos absorvem um corante vermelho brilhante que contrasta bem com um fundo azul. Os bacilos álcool-ácido resistentes também podem ser visualizados por microscopia fluorescente (técnica do fluorocromo), e por coloração com auramina-rodamina.
O grupo ao qual pertence o M. tuberculosis inclui 3 outras bactérias que também podem causar tuberculose: a M. bovis, a M. africanum e a M. microti. 
As duas primeiras provocam raros casos da doença, e a última não causa infecção em humanos.
A tuberculose é uma das infecções  micobacterianas mais frequentes e aquela que nos coloca os mais graves problemas: 
Em patologia humana, a tuberculose é  um exemplo típico de infecção não obrigatoriamente seguida de doença ( só em 7 à 10 % dos casos ), existindo muitos indivíduos que, embora sendo infectados, não adoecem.o número de micobactérias presentes no inóculo e a sua capacidade de multiplicação é importante na posterior evolução da infecção.  
(T) Contagio
O contágio é feito por inalação de perdigotos ( partículas de 1 a 5 mm de diâmetro ) originados na tosse, espirros, fala e risada de portadores do microrganismo.
Como o bacilo de Koch se reproduz e desenvolve rapidamente em áreas do corpo com muito oxigênio, o pulmão é o principal órgão atingido pela tuberculose.
Os bacilos são fagocitados pelos macrófagos alveolares. Se os fagócitos conseguirem destruir completamente os microganismos, não há lesão e ocorre a chamada “resistência natural à infecção bacteriana”. Porém, os bacilos podem sobreviver dentro dos fagocitos porque as bacterias usam glicopeptideos fenólicos da parede celular para remover os radicais hidroxilicos ou anions superperóxidos produzidos pelos fagócitos para eliminar agentes intrusos.  Neste caso os macrófagos morrem e libertam os bacilos formando um centro caseoso denominado  tubérculo ou granuloma: "lesão da primo-infecção de tuberculose". 
 Consoante a resposta imunológica, pode ocorrer disseminação hematogénea do bacilo. Os bacilos continuam vivos nos tecidos, mas não se multiplicam já que o ambiente caseoso não é propício para isso contituindo assim o “estado latente”.
Quando a imunidade está baixa, o centro do tubérculo pode liquefazer-se, formando cavidades cheias de ar nos quais os bacilos se multiplicam de forma extracelular.
As cavidades ao encher podem romper o tubérculo levando ao espalhamento dos bacilos nos bronquíolos, por todo o pulmão e finalmente para outros pontos de organismo ( rins, intestino, osso...).  
Somente as gotículas menores (1-5mm) com 1 a 3 bacilos alcançam os alvéolos já que as gotículas de maior dimensão ficam retidas nas vias aéreas superiores e são removidas por um mecanismo de limpeza mucociliar. 
Tendo em conta que a principal defesa do nosso organismo contra Mycobacterium são macrófagos e linfócitos T (CD4), entende-se porque os doentes com HIV que têm deficiência em CD4 têm 100 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença.  
A incidência da tuberculose em doentes com SIDA oscila entre 4 e 21 % nos estados Unidos e até 40 % em países africanos.   
Parece não haver dúvidas que a epidemia da SIDA desempenha um papel fundamental no aumento da incidência da tuberculose, o qual, mesmo em países desenvolvidos,atinge valores alarmantes.  
(T) Sintomas 
Os principais sintomas são: tosse crônica (o grande marcador da doença é a tosse durante mais de 21 dias); febre; suor noturno (que chega a molhar o lençol); dor no tórax; perda de peso lenta e progressiva.
Quem tem tuberculose não sente fome, fica anoréxico (sem apetite) e com adinamia (sem disposição para nada). 
(T) Dignostico
 Uma avaliação médica completa para a tuberculose inclui um histórico médico, um exame físico, o teste subcutâneo de Mantoux, um raio-x do tórax e estudo sob microscópio e culturas microbiológicas.
O histórico médico inclui a obtenção de sintomas da tuberculose pulmonar, a avaliação de exposição anterior à tuberculose, na forma de infecção ou doença; tratamento anterior de TB; fatores de risco demográficos para a TB; e condições médicas que aumentem o risco de infecção por tuberculoses, tais como a infecção por HIV.
Um exame físico é feito para avaliar a saúde geral do paciente e descobrir outros fatores que podem afetar o plano de tratamento da TB. Não pode ser usado como diagnosticador da TB.
Um raio-x posterior e anterior do tórax é o tradicionalmente feito; outras vistas (lateral ou lordótico) ou imagens de tomografia computadorizada podem ser necessárias. Em geral, a tuberculose anteriormente tratada aparece no raio-x como nódulos pulmonares na área hilar ou nos lóbulos superiores, apresentando ou não marcas fibróticas e perda de volume. Bronquiectastia (isto é, dilatação dos brônquios com a presença de catarro) e marcas pleurais podem estar presentes. Anormalidades detectadas em radiografias do tórax podem sugerir, porém, nunca são exatamente o diagnóstico, de uma TB. Entretanto, estas radiografias podem ser usadas para descartar a possibilidade de tuberculose pulmonar numa pessoa que tenha reação positiva ao teste de tuberculina mas que não tenha os sintomas da doença.
O teste de Mantoux (teste intradermico de tuberculina) deve ser feito em todos os casos de suspeita de tuberculose, apesar de que seus resultados devem ser interpretados com cuidado. O derivado de proteína purificada (ou PPD), que é um precipitado obtido de culturas filtradas e esterilizadas, é injetado de forma intradérmica (isto é, dentro da pele) e o exame é feito entre 48 e 72 horas depois. Um paciente que foi exposto à bactéria deve apresentar uma resposta imunológica na pele. Um endurecimento de mais de 5-15 mm (dependendo dos fatores de risco da pessoa) a 10 unidades de Mantoux é considerado um resultado positivo, indicando infecção por TB. Dentre a gama de testes disponíveis para avaliar a possibilidade de TB, o teste de Mantoux envolve injeção subcutânea de tuberculina e a medição do tamanho de qualquer reação após três dias.
Análises de amostras de escarro e culturas microbiológicas devem ser feitas para detectar o bacilo, caso o paciente esteja produzindo secreção. Se não estiver produzindo-a, uma amostra coletada na laringe, uma broncoscopia ou uma aspiração por agulha fina podem ser consideradas. O bacilo pode ser cultivado, apesar de crescer lentamente, e então corado (com a técnica de Ziehl-Neelsen) e observado ao microscópio óptico. A identificação   baseia-se no tempo de crescimento ( lento, de 12 a 28 dias ), na morfologia das colónias ( rugosas ) e pigmentação ( não cromogéneas ). 
Existem 3 testes bioquimicos essenciais para Mycobacterium tuberculosis  “teste de Niacin“ já que a bactérias acumula niacin e depois excreta-o para o meio de cultura ;   ”teste de redução dos nitratos“ e "teste da catalase 68ºC" já que a bactéria tem a particularidade de possuir essa enzima e de ser estável ao calor.
(T) Tratamento
A prevenção usual é a vacina BCG, aplicada nos primeiros 30 dias de vida e capaz de proteger contra as formas mais graves da doença. Se houver a contaminação, o tratamento consiste basicamente na combinação de três medicamentos: rifampicina, isoniazida e pirazinamida. O tratamento dura em torno de seis meses. Se o tuberculoso tomar as medicações corretamente, as chances de cura chegam a 95%. É fundamental não interromper o tratamento, mesmo que os sintomas desapareçam.
O tratamento da infecção latente é essencial para o controle e eliminação da TB, pela redução do risco de a infecção vir a tornar-se doença ativa. Avaliação para descartar TB ativa é necessária antes que um tratamento para tuberculose latente seja iniciado. Candidatos ao tratamento de tuberculose latente são aqueles grupos de muito alto risco, com reação positiva à tuberculina de 5 mm ou mais, assim como aqueles grupos de alto risco com reações cutâneas de 10 mm ou mais. Há vários tipos de tratamento disponíveis, a critério médico.
Os tratamentos mais recentes para a tuberculose ativa incluem uma combinação de drogas, às vezes num total de quatro, que são reduzidas após certo tempo, a critério médico. E por que várias drogas e não uma só? Porque se for usada apenas uma, todas as bactérias sensíveis à droga morrem, e, três meses depois, o paciente sofrerá infecção de bactérias que conseguiram resistir à primeira droga. Alguns medicamentos matam a bactéria, outros agem contra a bactéria infiltrada em células, e outros, ainda, impedem a sua multiplicação. Ressalte-se que o tratamento deve seguir uma continuidade com acompanhamento médico, e não suspenso pelo paciente após uma simples melhora. Com isto evita-se que cepas da bactéria mais resistentes sobrevivam no organismo, e retornem posteriormente com uma infecção mais difícil de curar.
(T) Imunização 
O BCG (bacilo de Calmette e Guérin) vem sendo utilizado como vacina há várias décadas e tem por finalidade evitar que a primo-infecção natural, causada por Mycobacterium tuberculosis, evolua para doença.
O BCG-ID provoca primo-infecção artificial e inofensiva, ocasionada por bacilos não virulentos, com o objetivo de que essa infecção artificial contribua para aumentar a resistência do indivíduo em face de uma infecção ulterior, causada por bacilos virulentos.
O BCG (bacilo de Calmette e Guérin) é preparado com bacilos vivos de cepa de Mycobacterium bovis com virulência atenuada, contendo também glutamato de sódio.
A vacina BCG liofilizada, após diluição com solução de cloreto de sódio e completa homogeneização, é aplicada por via intradérmica na dose indicada de 0,1 ml, na inserção inferior do músculo deltóide do braço direito.
A vacina BCG-ID pode causar eventos adversos locais, regionais ou sistêmicos, que na maioria das vezes são decorrentes do tipo de cepa utilizada, da quantidade de bacilos atenuados administrada, da técnica de aplicação e da presença de imunodepressão congênita ou adquirida.
Bibliografia
http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-460X1999000200002&lng=pt&nrm=iso
http://www.santalucia.com.br/pneumologia/tuberculose.htm
http://www.vacinas.org.br/novo/manuais_t_cnicos/manual_de_eventos_adversos/evenadv06.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/tuberculose/
http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0304/Tuberculose/doc/MYCOBACTERIUMTUBERCULOSIS.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mycobacterium_tuberculosis

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