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Aula 2 Processo de fertilização (2)

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Embrio aula 2
Túnica albugínea
Mitose paralisada em prófase 1. 
Mitose paralisada em prófase 1 (tem núcleo). A diferenciação morfológica funcional ocorrerá a partir de estímulo de FSH e LH. As células que eram pavimentosas, quando estimuladas passam a ter caráter cuboide. Quando há captação pelos receptores de FSH e LH, há estímulo para a atividade das ciclinas e inicia-se a meiose 2.
Atuação sinérgica de LH e FSH.
 Folículos primários multilaminar – percebe-se uma estratificação do epitélio que antes era simples e passa a ser estratificado. Além disso, há formação de uma estrutura na parede do ovócito, a Zona Pelúcida.
Zona pelúcida: um glicocálice diferenciado fundamental não só na fertilização, mas para garantir que não entre mais de um espermatozoide e ainda para garantir a segmentação de um blastômero. Vai garantir também a não adesão do zigoto ou da mórula à tuba uterina.
O que acontece se o blastocisto aderir à tuba uterina? Nidação na tuba, a mais comum das ectopias. A ectopia tubária é um problema e pode até matar a mãe. Uma característica é o sangramento exacerbado devido à grande vascularização daquela região.
Ectopia: nidação extrauterina.
A zona pelúcida evita o rompimento prematuro. Estratificação do epitélio, permintindo apercepção de um glicocalice PAS+, a zona pelúcida
Maturação do ovócito
Dentro da célula, a meiose 2 é muito mais rápida que a meiose 1. Placa metafásica deslocada
Citoplasma: uma célula grande e uma minúscula. A célula grande capta e sintetiza muitas coisas (fase G1), de modo que ter que armazenar tudo para garantir pelo menos 15 dias de sobrevivência do concepto, ou seja, há uma grande quantidade de nutrientes no ovócito. 
Grande quantidade de granulações. 
Grânulos maiores: lisossomas
Enzimas digestivas em pH baixo. Interage com a zona pelúcia e tem papel importante na fertilização
Grânulos menores: Ca2+
Grânulos não vão se fusionar na membrana, ficam dentro da célula, ou seja, eles não propiciarão despolarização. A despolarização virá de fora.
Cálcio possibilita a movimentação de proteína
Quando o cálcio for liberado na célula, o que acontece na fertilização, ele desloca as vesículas maiores, de modo que estas fusionem com a membrana. Esse processo acarreta enrijecimento da Zona Pelúcida.
Outra atividade importante do cálcio é movimentar as proteínas de modo a regular a atividade das ciclinas, passando a permitir a movimentação das proteínas do fuso e permitindo o desencadeamento do fim do ciclo de meiose
Esse processo só ocorre com a entrada do espermatozoide.
Ovócitos tem mitocôndrias em quande quantidade, de modo que na grande maioria das pessoas as mitocôndrias vem de herança materna
Existem indivíduos quimera que exibem DNA mitocondrial materno e paterno.
Qualquer célula podem ter mecanismos semelhantes à contração muscular (há presença de actina e miosina em diversos tipos celulares) de modo a propiciar o deslocamento das proteínas.
Zona pelúcida não é uma região totalmente aderida à célula, porém apresenta estruturas trabeculadas que garantem essa intergração entre essas estruturas, elas ficam no denominado espaço perivitelino.
Zona pelúcida é formada por unidades proteicas globulares, subunidades ligadas por proteínas filamentosas estruturais denominadas ZP1. Dessas globulares existem ZP2 e ZP3. 
Funções da Zona Pelúcida
Ser permeável para a entrada de nutrientes e saída de metabólitos. Contudo, ela favorece bem mais a entrada que a saída, já que o ovócito precisa de um grande acúmulo de substâncias.
Há importância para garantir o reconhecimento espécie a espécie (uma Zona Pelúcida não é penetrável por um espermatozoide de outra espécie.
Provoca a reação acrossômica
Reação acrossômica: fato dessa interação de potencial diferente, de modo a propiciar a perda do capuz acrossômico e a liberação das vesículas com enzimas digestivas para o espermatozoide adentrar o ovócito
Ovócito tem cerca de 40µm de diâmetro, enquanto o folículo tem cerca de 100 µm de diâmetro.
Estruturas do folículo
Há uma região que prende o folículo à parede
O antro folicular é basta
A camada granulosa é separada da teca interna por uma membrana basal.
Do lado de fora dessa membrana há uma teca interna. Tecido epitelial, tecido que ficará bem epitelióide (?)
Teca externa
Musculatura lisa
Camada de tecido conjuntivo propriamente dito
O folículo pode chegar a 2,5mm de tamanho, quase o tamanho total do ovário
Essa estrutura dentro do ovário é enorme. Essa estrutura comprime o epitélio do ovário no 14º dia de um ciclo regular.
Produção de estrógeno e progesterona pelas teca interna e camada granulosa.
Teca interna: produz progesterona a partir do colesterol que ela capta. Progesterona irá produzir testosterona. A testosterona mediada por uma enzima chamada 3HSB transforma a testosterona em um precursor do estrógeno, a androstenediona. Esta é captada pelas células da camada granulosa e daí tem a conversão dela a estrógeno.
Ou seja, a camada granulosa produz estrógeno e as duas produzem progesterona.
As duas camadas trabalham conjuntamente para a manutenção desses hormônios, que garante a secreção e afofa o útero.
Elas captam nutrientes da corrente sanguínea que passa pela membrana basal. Quando cehga próximo do ciclo, as células musculares da teca externa vão contrair e empurrarão essa estrutura para comprimir o epitélio, provocando sua apoptose. A fragmentação culmina com a contração da s células musculares da teca externa, fazendo com que aquele jato de fluido antral junto com o ovócito, seja jogado para a periferia, para o fundo da parede do ovário. O ovócito será jogado pela fora e será “salvo” pela tuba uterina, na região das fímbrias. 
 “Reza a lenda” que existe uma fímbria ovariana, maior que todas as outras. As fimbrias envolvem a região da ampola e envolvem o ovário. Fimbrias não ficam paradas, ficam em movimento, fazem movimento peristáltico. No momento que a teca externa coisa essa estrutura, sai um bolo de alguma coisa de um lado só e esse ovócito é jogado para fora. As fimbrias captam o ovócito e o conduzem para a tuba uterina. Ele fica lá paralisado em metáfase 2 com coroa radiada, que protege a zona pelúcida e o ovócito como um todo. Zona pelúcida nessa fase é muito aderente.
Essa estrutura fica viável na tuba por um dia. Se passar desse tempo, os grânulos de cálcio ativam as enzimas dentro da célula e elas entram um processo de apoptose. Ela sofre um processo de autólise por conta do cálcio. (A liberação das enzimas digestivas, quando feita dentro da célula, geram autólise; quando feita fora da célula, ela enrijece a zona pelúcida)
O corpo amarelo serve para formar agora um tecido epitelióide que se chama corpo lúteo. 
Aquela membrana basal que havia entre a teca interna e a camada granulosa é degradada e as células começam a crescer, formam células grande poliédricas. A camada granulosa fica indiferenciável da teca interna formando um grande corpo lúteo produtor de estrógeno e progesterona. As células da camada granulosa ficam um pouco maiores que da teca interna. Todas essas células vão trabalhar conjuntamente pela ausência de membrana basal. 
Quanto tempo dura o corpo lúteo?
O tempo o bastante para, no mínimo, a placenta produzir estrógeno e progesterona.
A gestação é altamente dependente de estrógeno e progesterona, e cabe ao corpo lúteo propiciar a secreção desses hormônios enquanto a placenta ainda não tem essa capacidade.
Quando tempo demora para se dar a produção de estrógeno e progesterona pela placenta?
 É uma produção crescente. Começa a produção beta HCG, que atua no ovário para aumentar a produção de estógeno e progesterona. O corpo lúteo, em caso de nidação, cresce, permanece ativo, atinge um pico por volta de 2 meses e começa a desaparecer no final do terceiro mês. Nesses processo ele ocupa o tamanho de quase todo o ovário. A partir do terceiro mês a placenta já passa a produzir estrógeno e progesterona e o corpo lúteo passa a se desintegrar. 
A teca externa reveste o corpo lúteo,contudo não tem função na produção hormonal. 
Gravidez psicológica simula uma gravidez e deve-se a respostas hormonais. 
O nível de LH é muito alto na gravidez para luteinizar as células do corpo lúteo para produzir estrógeno e progesterona.
Existem proteínas denominadas fatores de gravidez que são sintetizadas pelos blastômeros antes mesmo de ocorrer a nidação. 
Nos homens
Os espermatozoides só adquirem movimentos se eles tiverem nutrientes. Esse processo inicia-se apenas no epidídimo. Dentro do epidídimo ainda não há sêmen
Vesícula seminal produz boa parte da secreção que vai no bolo junto com os espermatozoides. Secreção rica em nutrientes, prostaglandina, pH em torno de 8, básico. Ele precisa ser básico devido ao pH ácido da vagina.
O pH vaginal é ácido porque há uma microbiota produtora de ácido láctico, mantendo aquela microbiota ativa nesse pH. Um aumento do pH mata essa microbiota e possibilita a candidíase. 
O sêmen é formado pela secreção da vesícula seminal (maior parte), próstata e bulba uretral.
Da vesícula seminal: Recebe uma secreção viscosa, pH básico, rica em nutrienetes e prostaglandinas. Prostaglandina é uma proteína que tem efeito no sistema imunitário, diminui reações inflamatórias, mas também tem função na contração muscular
A bulba uretral produz uma secreção básica de alta densidade liberada antes do processo de ejaculação. Quando o sêmen passar, o pH vai estar básico e ele só vai ter “dificuldade” com o pH vaginal agora.
Estereocílios – relacionados à maturação e à proteção dos espermatozoides.
O espermatozoide de junta com essas secreções à medida que há estímulo para a ejaculação. 
A secreção é liberada no ducto deferente e na uretra prostática
Epidídimo – Canal Defetente – Ducto Deferente – Glândula Seminal – Ducto Ejaculatório – Uretra Prostrática – Uretra (previamente limpa pela secreção da bulba uretral).
Sêmen
Cada ejaculado contem aproximadamente 3ml de sêmen, sendo que lá há aproximadamente 300 milhões de espermatozoides.
Cor: Perolado
pH: Básico
Nutrientes: Alta Concentração
Presença de prostaglandina e frutose.
A viscosidade do sêmen só é garantido por 15 minutos, depois ele se liquefaz
Para uma fertilização de sucesso, o sêmen deve ser ejaculado bem próximo ao útero. Caso ele se liquefaça na vagina, os espermatozoides estarão sujeitos ao pH vaginal ácido e morrerão. Após essa liquefação os espermatozoides terão mais mobilidade para ascender até a tuba.
Até 20% de formas anormais é considerado normal. Acima disso já passa a ser um problema.
Toda contração muscular que gera o prazer no ato sexual atua para motricidade do espermatozoide.
A membrana do espermatozoide está incapacitada devido à presença de glicoproteinías ácidas. Eles precisam permeabilizar a zona pelúcida e para isso precisam liberar as enzimas digestivas na hora correta. Os espermatozoides atuam em conjunto. É importante que aja enzima digestiva sendo liberada para liberarem o trajeto. 
As células da coroa radiada estão apoiadas por ácido hialurônico, não há junções oclusivas entre a coroa radiada e a zona pelúcida. Para esse ácido hialurônico sair, é necessária a liberação de hialuronidase, secretada por enzimas do capuz acrossômico. Um espermatozoide que é usado para abrir a coroa radiada dificilmente penetrará a zona pelúcida.
De 100 a 200 espermatozoides chegam ao ovócito. Os primeiros abrem a coroa radiada.
ZP3 faz um reconhecimento entre membranas e no momento que ZP3 se liga às proteínas do ovócito, ele faz com eu o capuz acrossômico fusione com a membrana e libere as proteínas. A interação da ZP3, portanto, favorece a reação acrossômica.
ZP2 - reconhecimento específico, de modo que não pode haver cruzamento entre gametas no qual não há reconhecimento de espécie.
Reação acrossômica no momento correto – permeabilização da zona pelúcida e não rompimento. 
Mecanismo rápido do bloqueio da poliespermia: Despolarização da membrana do ovócito como um todo pela presença do primeiro espermatozoide, de modo que, no caso de um segundo espermatozoide, a mudança do potencial da membrana do ovócito vai inviabilizar a interação entre eles (o porquê disso eu não sei, mas deixa pra lá...)
A membrana dos gametas são fusionadas, mas todo o citoesqueleto do espermatozoide entra no ovócito, inclusive mitocôndrias e axonema.
Mecanismo lento do bloqueio da poliespermia: A despolarização ocasionada pelo encontro dos dois gametas perturba o ovócito, de modo a liberar as vesículas de cálcio (grânulos pequenos). No momento em que o cálcio é liberado, os grânulos maiores são fusionados com a membrana e as enzimas são liberadas para enrijecer a zona pelúcida
GLOSSÁRIO
Tuniba albugínea
Teca externa
Teca interna
Camada granulosa
Prostraglandina
Candidíase
Região dos estereocílios
Placa metafásica

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