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Aula 11 Sistema cardiovascular III

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Embriologia Médica, Selma Kuckelhaus
Universidade de Brasília
Aula 11 - Sistema cardiovascular III
Inicialmente o seio venoso se abre no centro da parede dorsal do átrio primitivo e os seus cornos direito e esquerdo são aproximadamente do mesmo tamanho. O aumento progressivo do corno direito é decorrente de desvios de sangue da esquerda para a direita. À medida que o corno direito cresce, ele recebe todo sangue da cabeça e do pescoço através da veia cava superior, e da placenta e da região caudal do corpo através da veia cava inferior, na parede do átrio direito. Conforme o desenvolvimento do coração avança, o corno esquerdo do seio venoso se torna o seio coronário.
A maior parte da parede do átrio esquerdo, por sua vez, é formada pela incorporação da veia pulmonar comum que se se origina como um brotamento da parede atrial dorsal e se abre no átrio esquerdo primitivo. Posteriormente, com a expansão atrial, há incorporação parcial da veia pulmonar comum. Com 8 semanas, observam-se as 4 veias pulmonares com orifícios atriais separados. 
Além do tecido muscular, observa-se um aspecto membranáceo em uma porção da parede do átrio esquerdo, resultante da incorporação dos tecidos da veia pulmonar primitiva no processo de expansão atrial.
Do sangue que chega ao ventrículo direito, cerca de 10% do sangue vai aos pulmões (alta resistência vascular pulmonar na vida fetal) pelo tronco pulmonar, mas os outros 90% passam através do ducto arterial para a aorta descendente e vão para a circulação sistêmica, retornando para a placenta através das artérias umbilicais.
Após o nascimento, a pressão no átrio se eleva quando o sangue retorna dos pulmões que agora estão funcionando, de modo que o septum primum é pressionado contra o septum secundum e se adere a ele, fechando permanentemente o forame oval e formando a fossa oval.
Na formação das alças cardíacas há anteriorização do ventrículo primitivo, de modo que em uma vista dorsal do coração, observam-se os cornos do seio venoso e a localização dorsal do átrio primitivo. 
No processo de desenvolvimento das veias associadas ao coração, três pares de veias escoam-se para o coração tubular de um embrião de 4 semanas: as veias vitelínicas, as veias umbilicais e as veias cardinais comuns.
Vasos que se relacionam com o coração no feto:
Átrio direito:
Veia cava superior.
Veia cava inferior.
Veia ázigos.
Seio coronário.
Ventrículo direito:
Tronco pulmonar.
Artérias pulmonares.
Ducto arterial.
Átrio esquerdo:
Veias pulmonares.
Veia oblíqua do átrio esquerdo.
Ventrículo esquerdo:
Aorta.
Desenvolvimento das veias associadas ao coração.
Consultar imagens nas páginas 9 e 10.
Veias vitelínicas: mais mediais, transportam sangue pouco oxigenado do saco vitelínico para o seio venoso. 
Direita:
Formação da veia porta, dos sinusoides hepáticos e das demais veias mesentéricas, compondo o sistema portal hepático.
Formação do segmento supra-hepático da veia cava direita.
Formação do segmento hepático da veia cava inferior, em associação com a veia subcardinal direita.
Esquerda:
Trecho proximal desaparece.
Formação da veia porta, dos sinusoides hepáticos e das demais veias mesentéricas, compondo o sistema portal hepático.
Veias umbilicais: mais laterais, ocorrem em cada lado do fígado e transportam sangue oxigenado da placenta para o seio venoso.
Direita:
Trecho proximal desaparece.
Formação dos vasos mesentéricos, compondo o sistema portal hepático.
Esquerda.
Trecho proximal desaparece.
Formação da veia umbilical, que é conectada pelo ducto venoso à veia cava inferior.
O ducto venoso forma um atalho através do fígado, permitindo que a maior parte do sangue que vem da placenta vá diretamente ao coração, sem passar pela rede de capilares do fígado.
Veias cardinais comuns: transportam sangue pouco oxigenado do corpo do embrião para o seio venoso.
As veias cardinais anteriores e posteriores, que drenam as regiões cefálica e caudal do embrião, se juntam às veias cardinais comuns, que drenam para o seio venoso.
Direita:
Formação da veia cava superior, em associação com a veia cardinal anterior direita.
Esquerda:
Formação da veia oblíqua do átrio esquerdo.
Veias cardianais anteriores:
Direita:
Formação de anastomose com a veia cardinal anterior esquerda.
Formação da veia braquiocefálica esquerda com o desaparecimento do trecho distal da veia cardíaca anterior esquerda.
Formação da veia cava superior, em associação com a veia cardinal comum direita.
Esquerda:
Formação de anastomose com a veia cardinal anterior direita.
Formação da veia braquiocefálica esquerda com o desaparecimento de seu trecho distal.
Veias cardinais posteriores:
Direita:
Formação de anastomose com a veia cardinal posterior esquerda.
Formação da veia ilíaca comum direita, da veia ilíaca externa direita, da veia ilíaca interna direita, da veia ilíaca comum esquerda, da veia ilíaca externa esquerda, da veia ilíaca interna esquerda e da veia sacral mediana.
Substituição gradativa pela veia subcardinal direita e pela veia supracardinal direita.
Esquerda:
Formação de anastomose com a veia cardinal posterior direita.
Formação da veia ilíaca comum direita, da veia ilíaca externa direita, da veia ilíaca interna direita, da veia ilíaca comum esquerda, da veia ilíaca externa esquerda, da veia ilíaca interna esquerda e da veia sacral mediana.
Substituição gradativa pela veia subcardinal esquerda e pela veia supracardinal esquerda.
Veias subcardinais: formam-se primeiro no processo de substituição gradativa das veias cardinais posteriores.
Direita:
Formação de anastomose com a veia subcardinal esquerda, com a veia cardinal posterior direta e com a veia cardinal posterior esquerda.
Formação do segmento hepático da veia cava inferior, em associação com a veia vitelínica direita.
Formação do segmento pré-renal da veia cava inferior.
Formação do segmento renal da veia cava inferior, em associação com a veia supracardinal direita.
Formação da veia renal direita.
Formação da veia suprarrenal direita.
Formação da veia gonadal direita (testicular ou ovariana).
Esquerda:
Formação de anastomose com a veia subcardinal direita, com a veia cardinal posterior direta e com a veia cardinal posterior esquerda.
Formação da veia renal esquerda.
Formação da veia suprarrenal esquerda.
Formação da veia gonadal esquerda (testicular ou ovariana).
Veias supracardinais: formam-se primeiro no processo de substituição gradativa das veias cardinais inferiores.
Direita: 
Formação da veia ázigos, em associação com a veia supracardinal esquerda.
Formação da veia hemiázigos, em associação com a veia supracardinal esquerda.
Formação do segmento renal da veia cava inferior, em associação com a veia subcardinal direita.
Formação do segmento pós-renal da veia cava inferior.
Esquerda:
Trecho distal desaparece.
Formação da veia ázigos, em associação com a veia supracardinal esquerda.
Formação da veia hemiázigos, em associação com a veia supracardinal esquerda.
Desenvolvimento da veia cava inferior:
Segmento supra-hepático: a partir da veia vitelínica direita.
Segmento hepático: a partir da veia vitelínica direita e da veia subcardinal direita.
Segmento pré-renal: a partir da veia subcardinal direita.
Segmento renal: a partir da veia subcardinal direita e da veia supracardinal direita.
Segmento pós-renal: a partir da veia supracardinal direita.
Relaciona-se com o fígado, apresentando um trajeto tortuoso da região pélvica à cardíaca, resultante das alterações nas veias primitivas do tronco.
A formação da veia cava inferior demanda o surgimento de veias subsidiárias.
O segmento renal relaciona-se à formação das veias renais, das veias suprarrenais e das veias gonadais (testicular ou ovariana).
Entre as mudanças às quais o seio venoso está sujeito, já foi citado, lá no início da aula (item 1), que o aumento progressivo do corno direito é decorrente de dois desvios de sangue da esquerda para a direita:
O primeiro desvio resulta das alterações das veias vitelínica e umbilical,em que apena o trecho proximal da veia vitelínica direita é preservado, formando então o segmento supra-hepático da veia cava inferior.
O segundo desvio ocorre quando as veias cardinais se tornam conectadas por uma anastomose. Essa comunicação desvia o sangue da veia cardinal esquerda para a direita. O desvio torna-se, finalmente, a veia braquiocefálica esquerda. A veia cardinal anterior direita e a veia cardinal comum direita se tornam a veia cava superior.
O sistema porta visa redução da velocidade de circulação sanguínea para efetividade do metabolismo hepático. Inclui a veia porta, para a qual é drenado o sangue da região mesentérica, formando uma rede de capilar sinusoide, a partir da qual se formam veias hepáticas, que deixam o fígado em torno duas ou três.
O metabolismo hepático, em especial o relacionado ao processo de desintoxicação, é pouco desenvolvido nos estágios iniciais da gravidez, pois as trocas de metabólitos ainda são efetuadas pela placenta. Dessa forma, apresenta menores exigências de nutrientes e de oxigênio.
O desenvolvimento do fígado é acentuado com a intensificação do seu papel hematopoetico. 
Transformação das veias umbilicais:
Os trechos proximais da veia umbilical direita e da veia umbilical esquerda, entre o fígado e o seio venoso, desaparecem.
O trecho distal persistente da veia umbilical esquerda torna-se a veia umbilical, que transporta todo o sangue da placenta para o embrião.
Um grande desvio venoso – o ducto venoso – se desenvolve no interior do fígado e conecta a veia umbilical a veia cava inferior. O ducto venoso forma um atalho através do fígado, permitindo que a maior parte do sangue que vem da placenta vá diretamente ao coração, sem passar pela rede de capilares do fígado. Isso permite que o sangue, ainda que com teor médio de oxigênio, alcance a periferia com maior rapidez.
Ligamento venoso, ligamento redondo do fígado e ligamento arterial:
O ducto venoso transforma-se no ligamento venoso. O ligamento venoso passa pelo fígado desde o ramo esquerdo da veia porta até a veia cava inferior, à qual é conectado.
A porção intra-abdominal da veia umbilical torna-se o ligamento redondo do fígado ou ligamento Teres, que se estende do umbigo à porta do fígado; aí, ele está ligado ao ramo esquerdo da veia porta.
Comumente a luz desses vasos venosos não desaparece completamente, de modo que pode ser utilizado para injeção de contraste ou de drogas, como quimioterápicos. 
Normalmente, o fechamento funcional do ducto arterial e a consequente formação do ligamento arterial são completados nos primeiros dias após o nascimento, em razão do aumento da pressão no átrio esquerdo. O fechamento anatômico pode ocorrer posteriormente por fibrose do tecido. Esse ligamento denso e curto vai da artéria pulmonar esquerda ao arco da aorta.
O fechamento do ducto arterial é mais efetivo do que o venoso em razão das propriedades musculares que são mais evidentes nas artérias.
Esses ligamentos não são funcionais do ponto de vista fisiológico.
Circulação fetal:
Consultar imagem na página 11.
O sangue altamente oxigenado e rico em nutrientes retorna da placenta pela veia umbilical. Ao se aproximar do fígado, cerca da 50% do sangue sob alta pressão passa diretamente para o ducto venoso, um vaso fetal que comunica a veia umbilical com a veia cava inferior; consequentemente, esse sangue é desviado do fígado. Os outros 50% do sangue da veia umbilical flui para os sinusoides hepáticos e entra, através das veias hepáticas, na veia cava inferior.
A circulação do sangue através do ducto venoso é regulada por um esfíncter próximo à veia umbilical. Quando o esfíncter se relaxa, passa mais sangue por esse ducto. Quando o esfíncter se contrai, mais sangue é direcionado para a veia porta e sinusoides hepáticos e menos para o ducto venoso. 
Após um pequeno trajeto na veia cava inferior, o sangue entra no átrio direito do coração. Como a veia cava inferior contém sangue pobremente oxigenado vindo dos membros inferiores, do abdome e da pelve, o sangue que chega ao átrio direito não é tão bem oxigenado quanto o que vem da veia umbilical, mas ainda tem um alto teor de oxigênio. A maior parte do sangue da veia cava inferior é direcionado através do forame oval, para o átrio esquerdo. Aí, ele se mistura com uma quantidade de sangue relativamente pequena e fracamente oxigenada que está retornando dos pulmões pelas veias pulmonares. Os pulmões fetais extraem oxigênio do sangue, em vez de provê-lo. O sangue passa, então, do para o ventrículo esquerdo e deixa, assim, o coração através da aorta ascendente. 
As artérias para o coração, cabeça, pescoço e membros superiores recebem sangue bem oxigenado. O fígado também recebe sangue bem oxigenado da veia umbilical. A pequena quantidade de sangue bem oxigenado da veia cava inferior que sobra no átrio direito se mistura ao sangue pouco oxigenado da veia cava superior e do seio coronariano e passa para o ventrículo direito. Esse sangue, com um conteúdo médio de oxigênio, deixa o coração através do tronco pulmonar.
Cerca de 10% do sangue vai aos pulmões, mas 90% do sangue restante passa através do ducto arterial para a aorta descendente e vai para o corpo fetal, retornando, através das artérias umbilicais, para a placenta. O ducto arterial protege os pulmões da sobrecarga circulatória e permite que o ventrículo direito se fortaleça em preparação para a sua total capacidade funcional ao nascimento. Por causa da alta resistência vascular pulmonar na vida fetal, a circulação pulmonar é baixa. Somente um pequeno 10% do sangue da aorta ascendente entra na aorta descendente. Aproximadamente 65% do sangue na aorta descendente passam para as artérias umbilicais e retornam para a placenta para a reoxigenação. Os 35% do sangue restante suprem as vísceras e a parte inferior do corpo.
Considerações relevantes:
O alto teor de oxigênio no sangue disponibilizado para cérebro e para o fígado tem grande relevância do ponto de vista do metabolismo energético, pois são os órgãos com as maiores demandas no organismo. 
Por isso os recém-nascidos têm cabeção e corpinho.
O sangue lançado na aorta ascendente apresenta alto teor de oxigênio, enquanto o lançado na aorta descendente apresenta médio teor de oxigênio.
Do sangue com alto teor de oxigênio proveniente da aorta ascendente, 90% é direcionado para a porção cranial do feto. Os outros 10% seguem para a aorta descendente e se misturam com o sangue com médio teor de oxigênio.
Do sangue com médio teor de oxigênio proveniente do ducto arterioso, 35% é direcionado para a porção caudal do feto. Os outros 65% seguem para as artérias umbilicais e são reoxigenados na placenta.
Regiões de mistura:
Fígado. 
Veia umbilical e veia porta.
Segmento supra-hepático da veia cava inferior.
Segmento hepático da veia cava inferior e ducto venoso.
Átrio direito.
Segmento supra-hepático da veia cava inferior e veia cava superior.
Átrio esquerdo.
Segmento supra-hepático da veia cava inferior e veias pulmonares.
Aorta descendente.
Aorta ascendente e ducto arterial.

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