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RESUMO PRIMEIROS SOCORROS unip 2018

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RESUMO PRIMEIROS SOCORROS 
 
HISTÓRICO DAS EMERGÊNCIAS MÉDICAS: A área de urgência e emergência constitui-se em 
um importante componente da assistência à saúde. Nos últimos anos, o aumento dos casos de 
acidentes e da violência tem causado um forte impacto sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) 
e o conjunto da sociedade, na assistência pelos gastos realizados com internação em UTI e alta 
taxa de permanência hospitalar, na questão social, ele pode ser verificado pelo aumento de 
30% no índice de anos potenciais de vida perdidos (APVP) 
URGÊNCIAS: A ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de morte, 
cujo portador necessita de assistência médica imediata. 
EMERGÊNCIA: A constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco 
iminente de morte ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, o tratamento médico imediato. 
As principais causas de emergências e urgências no Brasil: 
CAUSAS EXTERNAS: Representaram a primeira causa de morte, principalmente decorrente dos 
homicídios e de acidentes de trânsito. Entre os acidentes, destacaram-se os de transporte 
terrestre. 
CAUSA DAS VIOLÊNCIAS: Os homicídios preponderaram os suicídios. Entre as agressões, as 
armas de fogo foram o principal meio. Já as taxas de mortalidade por acidente de transporte 
terrestre distribuíram-se de forma diversa nas capitais. 
CONSIDERAÇÕES PARA O ATENDIMENTO BÁSICO: 
O atendimento pré-hospitalar (APH): Consiste num conjunto de medidas e procedimentos no 
tempo compreendido entre o instante em que ocorreu o acidente ou uma crise súbita até a 
chegada da vítima à unidade hospitalar. Geralmente o socorro é prestado no próprio local e 
dura até colocar a vítima sob cuidados médicos. 
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu – 192): Implantado nacionalmente a partir 
de setembro de 2003, com base no modelo francês, o Samu reduz o número de mortes, o 
tempo de internação e as sequelas por falta de socorro em tempo adequado. Atende nas 24 
horas do dia, urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica e neonatal, cirúrgica, 
gestacional e de saúde mental, acionando equipes treinadas. 
É importante ressaltar que o Governo do Estado de São Paulo determina que todos os 
policiais de São Paulo que atenderem ocorrências com vítimas graves não poderão socorrê-
las. 
O QUE FAZER EM CASOS DE EMERGÊCIA: Deve-se obedecer a uma sequência padronizada. 
Conhecida como exame do paciente. Durante o exame, a vítima deve ser detalhadamente 
analisada para que sejam estabelecidas prioridades de atendimento. 
Deve-se atentar para: • a segurança do local, primeiramente; • o uso de equipamentos de 
proteção individual – EPIs; • verificar a consciência da vítima; • pedir informações para as 
testemunhas do acidente, tentando fazer a reconstituição da hora do acidente, para só depois 
tocar a vítima e examiná-la à procura de deformidades ou lesões. 
METAS PARA ATENÇÃO BÁSICA: O tempo é um fator essencial no atendimento de urgência. 
Cardíacos (infartos, insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico etc.): tem suas 
chances de ressuscitação mínimas após 10 minutos de atendimento. Entre as pessoas que 
morrem em decorrência de problemas cardíacos, a morte súbita representa 50% das mortes. 
O atendimento deve ocorrer quando a função profissional exige. Também deve ser realizado 
quando preexiste responsabilidade intrínseca, ou seja, no caso de haver relação de 
responsabilidade entre duas pessoas. 
VERIFICAÇOES DAS FUNÇÕES VITAIS: Podem ser obtidas através da: (temperatura, pulso, 
respiração e pressão arterial) e dos sinais de apoio (pupilas, cor e umidade da pele, nível de 
consciência e motilidade e sensibilidade do corpo). Devemos considerar: • as condições 
ambientais • as condições pessoais, como exercício físico recente, tensão emocional e 
alimentação • as condições do equipamento, que devem estar apropriados e calibrados. 
Como verificar sinais vitais: Temperatura: A temperatura normal oscila entre 36,5 e 37,5 
graus. Pulso: Coloque seu indicador e dedo médio no pulso da vítima, conte durante um 
minuto. Confira se necessário. (Pulso recém-nascido:130/140bpm, criança 100/120 bpm, 
adultos 60/100 bpm, idoso 60/70 bpm). Respiração: observe a respiração da vítima, prestando 
atenção na elevação do tórax ou do abdome, contagem (1 inspiração + 1 expiração = 1 
movimento respiratório). A frequência respiratória normal varia entre 40 a 60 movimentos 
respiratórios por minuto no recém-nascido, 20 a 26 na criança, 16 a 20 no adulto e 14 a 18 no 
idoso. 
Como verificar sinais de apoio: FOTORREATIVIDADE PUPILAR: reação das pupilas a 
luminosidade. MIDRÍASE: em situação normal, quando há pouca ou nenhuma luz, a pupila se 
dilata. MIOSE: quando há muita luminosidade, a pupila se contrai. ISOCÓRIA: em situação 
normal, as pupilas se apresentam do mesmo tamanho. ANISOCÓRIA: apresenta em tamanhos 
diferentes, devemos suspeitar de grave lesão cerebral. 
COR E TEMPERATURA DA PELE: ÚMIDA E PEGAJOSA: suspeita de estado de choque. AZULADA 
(cianose): como no caso de asfixia ou exposição ao frio; PÁLIDA: em casos de hemorragias, 
estado de choque ou mesmo tensão emocional, AVERMELHADA em caso de febre, 
queimaduras de primeiro grau ou traumatismos. 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: quando a pessoa percebe normalmente o ambiente que a cerca, com 
todos os órgãos dos sentidos, e consegue responder aos estímulos verbais, motores e 
sensoriais, o nível de consciência é considerado normal. MOTILIDADE E SENSIBILIDADE: a 
vítima pode apresentar alterações para a mobilização de algumas partes do corpo em 
situações de anormalidade. 
HEMORRAGIAS: é a perda de sangue por ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, 
boca, ânus e vagina etc. Ela também pode ser interna, resultante de um traumatismo. Interna: 
aquela produzida dentro dos tecidos ou cavidades naturais; Externa: aquela cuja perda de 
sangue ocorre para o exterior do organismo 
CHOQUE HEMORRÁGICO: Perda sanguínea intensa com risco de vida. 
A hemorragia interna é uma condição grave e que exige abordagem especializada imediata, 
pois não é possível que o socorrista saiba exatamente o local e a proporção do sangramento. 
Também é impossível o acesso imediato ao local de sangramento, impedindo medidas de 
contenção da hemorragia. 
FERIDA: se aplica a toda e qualquer solução de continuidade (perda) de tecido ou órgão, 
podendo atingir desde a epiderme, até estruturas profundas, como músculos, aponeurose e 
órgãos cavitários. As feridas têm causas diversas, como traumas, cirurgias, isquemia e pressão. 
EFEITOS NA PELE: perda imediata, total ou parcial, do funcionamento do órgão; resposta 
simpática ao estresse; hemorragia e coagulação sanguínea; contaminação bacteriana e morte 
celular. 
CICATRIZAÇÃO: processo de regeneração da pele, manifestado por respostas biológicas e 
proliferação celular. 
FERIDAS AGUDAS: Divididas em feridas cirúrgicas e traumáticas, são aquelas que se 
reconstituem por meio de processo cicatricial, cujas fases obedecem a uma sequência 
esperada de tempo, aparência e resposta a um tratamento. 
FERIDAS CIRURGICAS: São feridas intencionais e podem cicatrizar por primeira ou segunda 
intenção• feridas limpas: não há inflamação e não atingem os tratos respiratório, digestivo e 
genital ou urinário; • feridas limpas contaminadas: são aquelas em que os tratos respiratório, 
digestivo, genital ou urinário são atingidos em condições controladas, não existindo uma 
contaminação incomum; • feridas contaminadas: incluem as feridas acidentais, recentes, 
abertas e procedimentos cirúrgicos com interrupção importante da técnica asséptica ou 
extravasamento do trato gastrintestinal; • feridas infectadas: são aquelas em que os micro-
organismos já estavam presentesno campo operatório antes da cirurgia e causaram infecção 
pós-operatória. 
FERIDAS TRAUMÁTICAS: São lesões teciduais causadas por um agente vulnerante que, 
atuando sobre qualquer superfície corporal de localização interna ou externa, promove 
alteração na fisiologia tissular (TECIDO ORGÂNICO) Podem ser classificadas de acordo com o 
agente produtor da lesão: • feridas incisivas: são produzidas pela ação de um instrumento 
com borda afiada, geralmente pouco profundas e com rara penetração em cavidades; • feridas 
perfurantes: cicatrizam-se por pequenas aberturas na pele e pouco sangramento, podendo 
atingir grande profundidade .São produzidas por instrumentos finos, cilíndricos e pontiagudos, 
como agulhas, pregos e estiletes; • feridas contusas: são produzidas por objeto rombo (que 
não perfura), de modo que o impacto é transmitido através da pele aos tecidos subjacentes 
(POR BAIXO), levando à ruptura de pequenos vasos, com hemorragia e edema, mas sem perda 
da epiderme• feridas laceradas: são aquelas com margens denteadas, irregulares por 
excessiva força de estiramento, podendo lacerar músculos, tendões ou vísceras internas; • 
feridas abrasivas: são caracterizadas pela retirada de células da epiderme por causa da ação 
de fricção ou esmagamento de instrumento mecânico. 
Outro tipo são as feridas crônicas: são aquelas de longa duração ou recorrentes, em que o 
processo de cicatrização se desvia das etapas fisiológicas. Causam problemas como dor, 
sofrimento, gasto financeiro, afastamento do trabalho e alterações psicossociais, exigindo do 
cuidador conhecimento e habilidade. 
TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM): Consiste em uma lesão na coluna vertebral, que pode variar 
de acordo com o grau da lesão e a área atingida. A lesão da medula pode ser primária ou 
secundária. A lesão primária é aquela que ocorre diretamente na medula pelo trauma, 
podendo ser compressiva ou isquêmica. 
ISQUÊMICA: ocorre por oclusão (OBSTRUÇÃO) ou hipoperfusão (BAIXA IRRIGAÇÃO 
SANGUÍNEA) de artérias espinhais ou radiculares. 
COMPRESSIVAS: ocorrem por compressão das estruturas ósseas e hematomas 
Isquemia: Diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea em uma parte do organismo, 
ocasionada por obstrução arterial ou por vasoconstrição. 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA DO TRM: dependem do nível da lesão. Sinais • Deformidades. • 
Inchaço. • Laceração ou contusão. • Paralisia e anestesia. • Incontinência urinária e fecal. 
Sintomas • Dor. • Formigamento, amortecimento ou fraqueza. • Dor com movimentação. • 
Dificuldade de respirar. • Dificuldade para andar. O que fazer • Chamar o resgate. • Imobilizar 
o pescoço e a coluna ou impedir que a vítima se movimente até que chegue socorro. • Avaliar 
o nível de consciência. • Avaliar e cuidar dos demais ferimentos, hemorragias etc. O que não 
fazer • Não transporte ou movimente a vítima sem que haja real necessidade. • Não ofereça 
alimentos ou bebidas, mesmo que esteja consciente. 
Paresia: diminuição da força muscular. 
Parestesia: formigamento, amortecimento. 
CRISE CONVULSIVA: Distúrbio que ocorre no cérebro, podendo ocasionar contrações 
involuntárias da musculatura, provocando movimentos desordenados e perda da consciência. 
Causas • Acidentes com traumatismo de crânio. • Febre alta. • Epilepsia. • Alcoolismo. • 
Drogas. • Medicamentos. • Tumores cerebrais. • Toxoplasmose. • Lesões neurológicas. • 
Choque elétrico. Como socorrer • Deite a vítima no chão, afastando tudo que estiver ao seu 
redor. • Torne o ambiente calmo, afastando os curiosos. • Proteja a vítima contra os 
traumatismos. • Lateralize a cabeça para que a saliva escorra. • Retire objetos como próteses, 
óculos, colares etc. • Coloque um pano ou lenço dobrado entre os dentes e desaperte a roupa 
da vítima. • Observe se a respiração está adequada e se não há obstrução das vias aéreas. • 
Não dê líquido e nem medicação a pessoas que estejam inconscientes. • Se a convulsão for 
provocada por febre alta, no caso de crianças, atenda da mesma maneira e dê um banho de 
água morna no chuveiro. • Cessada a convulsão, deixe a vítima repousar calmamente, pois 
poderá dormir por minutos ou horas. • Anote a duração da convulsão. • Acabada a fase de 
movimentos bruscos, coloque a pessoa na posição lateral de segurança. • Mantenha a pessoa 
num ambiente tranquilo e confortável. • No caso de crianças ou jovens, avise os pais. • Envie-a 
ao hospital sempre que: — for a primeira convulsão; — a convulsão durar mais de 8 minutos; 
— a convulsão se repetir. 
AFOGAMENTO: É a asfixia provocada pela imersão prolongada do organismo em um meio 
líquido que chega a inundar o sistema respiratório. Representa, no mundo, a segunda causa de 
morte por acidente na faixa de 1 a 25 anos de idade. 
Sinais e sintomas • Agitação. • Dificuldade respiratória. • Inconsciência. • Parada respiratória. 
• Parada cardíaca. Tipos de afogamento • Seco (sem aspiração de líquido – 10%): ocorre por 
espasmo da glote. • Úmido (com aspiração de líquido): quando já ocorreu inundação do 
aparelho respiratório. Causas • Afogamento primário: ocorre sem motivo externo que 
interfira. São casos clássicos a vítima que não sabe nadar, uma pessoa que se afoga por fadiga 
e aquele que não sabe nadar e cai acidentalmente na parte funda da piscina. • Afogamento 
secundário: tem como causa um evento de origem clínica (por exemplo: crise convulsiva, 
infarto agudo do miocárdio) ou traumática (por exemplo: TCE, acidente com barcos), o que 
sempre leva a uma alteração do estado de consciência, iniciando o afogamento. 
• Reação em cadeia: 
— Agitação na superfície: a vítima debate-se, na tentativa de manter-se à superfície, iniciando 
seu processo de fadiga e acúmulo de CO2; 
— Apneia reflexa: quando a vítima percebe que vai afundar, interrompe a respiração 
imediatamente; porém, há o agravante do alto nível de CO2 previamente acumulado; 
— Grande inspiração: por mais que a vítima queira, não consegue manter a apneia debaixo 
d’água, pois, estando em hipercapnia, seu centro respiratório é estimulado, o que o leva a 
realizar uma inspiração, mesmo sabendo que está submersa; 
— Convulsão por asfixia: a hipóxia cerebral, a hipotermia e a própria inundação do aparelho 
respiratório são as causas da crise convulsiva; 
— Parada respiratória: o resultado desse quadro é a interrupção da função pulmonar, 
podendo ainda haver batimentos cardíacos; entretanto, também encontramos vítimas de 
afogamento em PCR. 
Como proceder: 1) Aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça 
fora d’água. 2) Inicie imediatamente a respiração de socorro boca a boca, ainda com a vítima 
dentro d’água. 3) Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas), com a cabeça mais 
baixa que o corpo. 4) Insista na respiração de socorro boca a boca, se necessário. 5) Execute a 
massagem cardíaca externa, se a vítima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas. 6) 
Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação. 7) 
Remova imediatamente a vítima para o serviço de salvamento ou o hospital mais próximo. 
Possibilidades de sobrevivência: As possibilidades de sobrevivência dependerão basicamente 
da rapidez no atendimento; porém, sabemos que a baixa temperatura da água pode retardar 
os malefícios da hipóxia cerebral (falta de oxigênio no cérebro). 
POLITRAUMATIZADO: o é o indivíduo que apresenta ferimentos de pelo menos duas regiões 
do corpo, que exigiriam, cada um deles, um tratamento hospitalar. Ele é o mais grave doente 
do serviço de emergência, requer equipe multiprofissional. 
Características: • a mortalidade aumenta com o número de ferimentos (em casos de 5 
ferimentos, 50% sobrevivem); • em casos de ruptura de fígado, a mortalidade é de 30%; • as 
combinaçõesmais frequentes são lesões de crânio e tórax; • a combinação mais rara é de 
caixa torácica e abdômen; • essa é considerada uma doença grave e também um sério 
problema social; • é a principal causa de morte na faixa etária nos adultos jovens (até 45 anos), 
perdendo somente para as doenças cardíacas e o câncer; • devido à era industrial, à alta 
tecnologia e às condições socioeconômicas, o número de casos tem aumentado. 
Prevenção: — primária: visa à eliminação dos fatores determinantes do trauma. Exemplos: 
sinalização de vias públicas e educação da população; — secundária: procura reduzir a 
gravidade das lesões decorrentes do traumatismo. Exemplos: uso de cinto de segurança, 
capacete e air bag; — terciária: está relacionada ao atendimento pré e hospitalar. Exemplos: 
treinamento da equipe e redução da morbimortalidade a partir de uma assistência adequada. 
Número de óbitos: • 50% são imediatas, ocorrendo segundos ou minutos após o trauma; • 
30% são mediatas, ocorrendo algumas horas após o trauma; • 20% tardias, ocorrendo dias ou 
semanas após o trauma devido a infecções, complicações pós-operatórias e sepse. 
Avaliação inicial do politraumatizado: • Planejamento: preparo pré e intra-hospitalar. • 
Triagem: a triagem no local do acidente é onde as vítimas deverão ser classificadas de acordo 
com o tipo de tratamento necessário, para que sejam encaminhadas ao hospital adequado. • 
Avaliação primária (CBA): — C: circulação com controle de hemorragia. — B: respiração e 
ventilação. — A: vias aéreas com controle da coluna cervical. 
A avaliação neurológica: Como regra básica para avaliação do paciente politraumatizado, 
usamos o método AVDI: • A: alerta. • V: responde ao estímulo verbal. • D: só responde à dor. 
• I: irresponsivo aos estímulos. 
Reanimação (CBA): • C: circulação. • B: respiração/ventilação/oxigenação. • A: vias aéreas. 
Avaliação secundária e história: só se inicia quando a primária for completada. Nela, o 
paciente é avaliado da cabeça aos pés, incluindo sinais vitais e procedimentos especiais. 
A sondagem vesical (SONDA INTRODUZIDA ATÉ A BEXIGA A FIM DE RETIRAR A URINA) é 
contraindicada nos casos suspeitos de lesão de uretra e hematoma escrotal; já a sondagem 
nasogástrica (SONDA INTRODUZIDA NA NARINA ATÉ O ESTÔMAGO) é contraindicada em 
casos de suspeita de fratura de base de crânio. 
Monitoração e reavaliação contínua: Além de monitorização completa, deve-se realizar a 
gasometria arterial (exame de sangue, para detectar gases no sangue) e avaliar o débito 
urinário, fazendo exame físico e aplicando a escala de coma de Glasgow (escala neurológica 
que indica o nível de consciência de uma pessoa. 
Tratamento definitivo: Os critérios de triagem determinam o grau, o ritmo e a intensidade do 
tratamento definitivo. 
TRAUMATISMOS: É um conjunto de perturbações causadas subitamente por um agente físico. 
Os traumatismos dão origem a um trauma ou ferida de extensão muito variadas. 
TRAUMATISMO ABDOMINAL: É responsável por um grande número de mortes, muitas vezes 
evitáveis. A cavidade intraperitoneal (abdome), juntamente com a cavidade torácica e com o 
espaço retro peritoneal, são os locais do organismo que comportam sangramentos, podendo 
levar a choque hemorrágico se não detectados a tempo. É geralmente causado por ferimentos 
de arma de fogo (FAF) ou arma branca (FAB). O QUE FAZER: • pedir para alguém chamar 
socorro médico; • manter a vítima deitada; • avaliar o local da lesão, observando dano 
tecidual e sangramento; • conversar com a vítima, avaliando seu estado de consciência; • 
orientar e informar quanto ao seu estado e comunicar que já chamou socorro médico, o que 
irá tranquilizá-la; • afrouxar as roupas da vítima. 
TRAUMATISMO TORÁCICO: o também pode ser caracterizado por ferimentos penetrantes ou 
contusos, como no traumatismo intra-abdominal. Também são graves e afetam a respiração 
normal do indivíduo. Quanto ao agente causador, há o FAF, o FAB ou os acidentes 
automobilísticos. Quanto à manifestação clínica, há o pneumotórax, o hemotórax ou o 
tamponamento cardíaco, com lesão de grandes vasos. Quanto às lesões específicas, há a 
contusão pulmonar, sendo a principal causa o impacto direto. Ela está ligada a lesões da 
parede torácica. 
Pneumotórax: presença de água na pleura. (Membrana que envolve o pulmão) 
Hemotórax: presença de sangue na pleura. 
Tamponamento cardíaco: acúmulo de líquido no pericárdio (membrana que envolve o 
coração). 
O que fazer: • pedir para alguém chamar o socorro • fazer uma rápida avaliação do que 
aconteceu e de como a vítima se feriu; • manter a vítima deitada com a cabeça pouco elevada, 
manter as vias aéreas superiores livres. 
TRAUMATISMO CRANIO ENCEFÁLICO: Como o crânio (parte óssea) é rígido e o cérebro é mais 
macio, uma hemorragia irá gerar um hematoma, que por sua vez irá crescer, comprimindo o 
cérebro – o que certamente trará lesões neurológicas. Algumas vezes nem há sangramento, 
apenas o “balançar” do cérebro dentro da caixa craniana é o bastante para fazê-lo inchar e 
comprimir a ele próprio. 
 O que fazer: • Peça ajuda em caráter de emergência. •Tente acalmar a vítima, se ela estiver 
consciente. •Pense na possibilidade de fratura no pescoço antes de movimentar a vítima. • 
Mantenha a vítima deitada e aquecida. • Cuide dos demais ferimentos. 
FRATURAS: é a perda de solução de continuidade de um osso ou cartilagem. Também definida 
como lesão das extremidades. 
Tipos de fraturas: abertas (compostas), em que a parte terminal do osso fraturado atravessa a 
pele; e a fechadas (simples), nas quais não há comunicação com o exterior. Como socorrer: 
Fratura fechada, deve-se: • verificar circulação, tato e movimentos dos membros; • imobilizar, 
usando talas e ataduras para impedir movimentos. Fratura aberta: • não se deve tocar no 
osso; • deve-se cobrir o local com pano limpo. Em caso de fratura de coluna, deve-se: • 
verificar os sinais vitais SSVV; • deixar a vítima na mesma posição; • imobilizar todo o corpo. 
Em caso de estiramento, contusão e entorse, deve-se: • aplicar gelo picado envolvido por 
toalha ou saco plástico; • comprimir com atadura elástica sem apertar; • elevar o local afetado 
acima do nível do coração; • não aplicar calor até 48 horas após a lesão. 
Em caso de luxação: • checar circulação; • checar temperatura; • checar sensibilidade; • 
imobilizar articulação. 
As lesões nos nervos e vasos sanguíneos que nutrem a pele e as extremidades são as 
complicações mais comuns das fraturas e das luxações. Por isso, a avaliação da sensibilidade 
e da circulação (pulso, função motora e sensorial) distal nas fraturas é muito importante 
Metas para a atenção básica: As lesões dos pés têm lesões associadas à coluna lombar. 
/Lesão dos joelhos pode ser associada à lesão dos quadris. De maneira parecida, as lesões dos 
quadris podem ter dor irradiada até o joelho. /As quedas sobre os punhos das mãos 
frequentemente provocam lesão no antebraço. /O mesmo acontece com o tornozelo e com a 
parte próxima à tíbia no lado externo da perna. /Qualquer lesão no ombro deve ser 
examinada de forma cuidadosa, pois pode facilmente envolver o pescoço e o tórax. /As 
fraturas de pelve normalmente se associam a grandes perdas de sangue, e deve-se sempre 
suspeitar que houve o choque. 
QUEIMADURAS: 
FUNÇÕES DA PELE: • proteção; • síntese de vitamina D; • manutenção da temperatura 
(termorregulação); • impedir perda excessiva de líquidos; • fazer a comunicação com o meio, 
já que é o órgão dos sentidos. 
 Considerações gerais sobre a pele: • é o maior órgão do corpo humano; • compõe 16% do 
peso corpóreo total; • possui um volume de 4000 ml; • 30% do sangue circulante se encontra 
nos vasos cutâneos. 
Sobre a anatomia e fisiologia da pele,afirma-se que: — epiderme: superficial; — derme: 
intermediária; — hipoderme: profunda (subcutânea). • ela possui anexos: pêlos, unhas e 
glândulas. 
Classificações das queimaduras: • Primeiro grau: lesão das camadas superficiais da pele, com 
vermelhidão, inchaço e dor local suportável. Não há formação de bolhas. Ex: queimaduras 
causadas pelos raios solares. • Segundo grau: lesão das camadas mais profundas da pele 
(epiderme e derme). Há formação de bolhas, desprendimento de camadas da pele, dor e 
ardência locais de intensidade variável. A recuperação dos tecidos é mais lenta e pode deixar 
cicatrizes e manchas claras ou escuras. • Terceiro grau: lesão de todas as camadas da pele, o 
local pode ficar esbranquiçado ou carbonizado (escuro). A dor é geralmente pequena, pois 
danificam as terminações nervosas da pele. Pode ser muito grave e até fatal, dependendo da 
porcentagem de área corporal afetada. Deixam cicatrizes, necessitam de tratamento cirúrgico 
e fisioterápico para retirada de lesões e aderências que afetem a movimentação. Algumas 
cicatrizes podem ser foco de carcinomas de pele, e por isso o acompanhamento de tais lesões 
é fundamental. 
O risco de morte é maior nos grandes queimados, com em crianças com mais de 10% ou 
adulto com mais de 15% de área corporal queimada. Saber diferenciar a queimadura é muito 
importante para que os primeiros cuidados sejam efetuados corretamente. 
Cuidados com queimaduras: 1) Prevenir o estado de choque. 2) Controlar a dor. 3) Evitar a 
contaminação (a queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao manuseá-la e evite 
ao máximo contaminá-la). 
Queimaduras Térmicas: O que não fazer: • não toque a área afetada; • nunca fure as bolhas; 
• não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele – se necessário • não use qualquer 
outro produto doméstico sobre a queimadura; • não cubra com algodão; • não use gelo ou 
água gelada para resfriar. O que fazer: • tente remover objetos e roupas antes que o corpo 
inche; • se for de pouca extensão, resfrie o local com água fria; • seque o local delicadamente 
com um pano limpo ou chumaços de gaze; • cubra com compressas de gaze; • em 
queimaduras de 2º grau, aplique água fria e cubra a área afetada com compressas de gaze; • 
mantenha a região queimada mais elevada do que o resto do corpo, para diminuir o inchaço; • 
dê bastante líquido para a pessoa ingerir e, se houver muita dor, um analgésico; • se a 
queimadura for extensa ou de 3º grau, procure um médico imediatamente. 
Queimaduras químicas: O que fazer: • retire as roupas da vítima rapidamente, tendo o 
cuidado de não queimar as próprias mãos; • lave o local com água corrente por 10 minutos (se 
forem os olhos, 15 minutos); • enxugue e cubra o local com um curativo limpo e seco; • 
procure ajuda médica imediata. 
Queimaduras solares: O que fazer: • refresque a pele com compressas frias; • faça a pessoa 
ingerir bastante líquido; • mantenha-a na sombra, em local fresco e ventilado; • procure ajuda 
médica. 
Queimaduras elétricas: • não tocar na vítima; • desligar a eletricidade na caixa de fusíveis ou 
chave geral; • ligar para a companhia de eletricidade vir desligar a rede; • estando a vítima na 
rua, afastar o fio elétrico com um pedaço de pau; • chamar o resgate (Corpo de Bombeiros). 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC): Distúrbios vasculares cerebrais é um termo genérico 
que se refere a qualquer anormalidade funcional do sistema nervoso central (SNC) que 
acontece quando o suprimento sanguíneo normal para o cérebro é prejudicado, sendo o 
acidente vascular cerebral (AVC) o principal desses distúrbios. É a terceira causa principal de 
mortes. O risco de AVC aumenta com a idade, sobretudo após os 55 anos. O aparecimento da 
doença em pessoas mais jovens está mais associado a alterações genéticas. Pessoas negras e 
com histórico familiar de doenças cardiovasculares também têm mais chances de ter um 
derrame. 
Linha de cuidado do AVC na rede de atenção às urgências: deve incluir: rede básica de saúde, 
Samu, unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda, reabilitação ambulatorial e 
programas de atenção domiciliar, entre outros aspectos. 
PREVENÇÃO: Levar uma vida saudável, cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos 
regularmente são medidas que podem ser tomadas para evitar que esse problema aconteça. 
Existem dois grandes grupos de acidentes vasculares cerebrais: os isquêmicos e os 
hemorrágicos. 
AVC ISQUÊMICO: Se dá devido à falta de irrigação sanguínea num determinado território 
cerebral, causando morte de tecido cerebral 
AIT ou ataque isquêmico transitório: uma isquemia passageira, que não chega a constituir 
uma lesão neurológica definitiva e não deixa sequela. 
AVC HEMORRAGICO: é menos comum, mas não menos grave, e ocorre pela ruptura de um 
vaso sanguíneo intracraniano, levando à formação de um coágulo que afeta determinada 
função cerebral. 
Como identificar o acidente vascular cerebral: • pedir para que a pessoa sorria. Se ela mover 
sua face só para um dos lados, pode estar tendo um AVE; • pedir para que ela levante os 
braços. Caso haja dificuldades para levantar um deles ou, após levantar os dois, um deles caia, 
procure socorro médico. Como devem ser os primeiros socorros: • acalmar e repousar a 
vítima; • transportá-la em decúbito lateral; • transportá-la ao hospital no menor tempo 
possível! 
O tratamento mais eficaz para esta doença é a prevenção, ou seja, identificar os fatores de 
risco na população e combatê-los. Os principais fatores de risco para a doença 
cerebrovascular são: hipertensão arterial, diabetes mellitus, sedentarismo, tabagismo e 
obesidade. 
IAM (Infarto Agudo do Miocárdio): se refere à morte de parte do músculo cardíaco 
(miocárdio), o que ocorre de forma rápida (ou aguda) devido à obstrução do fluxo sanguíneo 
das artérias coronárias para o coração. 
Artérias coronárias: As artérias coronárias são vasos sanguíneos que irrigam o coração. 
TRATAMENTO: deve ser feito rapidamente, no sentido de desobstruir as artérias coronárias e 
evitar a morte do músculo cardíaco. 
Os espasmos das artérias estão relacionados a: • uso de determinadas drogas, como a 
cocaína; • dor intensa ou estresse emocional; • exposição ao frio extremo; • hábito de fumar 
cigarro. 
SINAIS E SINTOMAS: podem variar de pessoa para pessoa. Dor no peito ou desconforto 
torácico de grau moderado a intenso são os mais comuns do infarto. Sensação de desconforto 
nos ombros, braços, dorso (costas), pescoço, mandíbula ou estômago também é sintoma. 
Algumas pessoas podem ainda ter uma sensação de dor tipo aperto nos braços e incômodo na 
língua ou no queixo. 
TRATAMENTO: O tratamento precoce pode prevenir e limitar os danos causados ao músculo 
cardíaco. O importante é agir rápido diante dos primeiros sintomas de infarto agudo do 
miocárdio, procurando um atendimento médico prontamente. 
O socorrista, ao abordar uma vítima com suspeita de IAM, deve seguir os passos do CBA, 
bem como ter conhecimento dos ritmos letais que levam à parada cardíaca e das 
complicações no caso de edema agudo de pulmão (ACÚMULO DE FLUÍDOS NOS PULMÕES) 
ocasionado por insuficiência ventricular esquerda – um quadro bastante comum que 
acompanha o infarto. 
Diretrizes de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) 2010: Muitas vítimas de PCR podem 
sobreviver caso os socorristas ajam imediatamente, enquanto a FV (FIBRILAÇÃO 
VENTRICULAR) ainda está presente, mas o sucesso da reanimação é menor quando o ritmo de 
FV passa para assistolia (PARADA CARDÍACA). O tratamento para PCR com FV é reanimação 
cardiopulmonar (RCP) e desfibrilação imediata. 
Considerações para o atendimento básico: A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é o 
tratamento inicial em casos de mortesúbita. Ela, que tem o objetivo de manter a viabilidade 
cerebral até a chegada de socorro especializado ou recuperação do paciente, evita a morte e 
restabelece a circulação e a oxigenação, já que o atendimento imediato da vítima reduz as 
chances de lesões cerebrais por falta de circulação e oxigenação cerebral. 
 A PCR pode ocorrer por parada cardíaca e parada respiratória. A parada respiratória ocorre 
imediatamente após a parada cardíaca; entretanto, se a parada respiratória ocorrer primeiro, 
o coração pode continuar a bater por mais alguns minutos, levando à necessidade apenas da 
respiração de resgate. 
Para que a manobra de reanimação cardiorrespiratória (RCP) seja eficiente, a vítima deve estar 
em decúbito dorsal (com as costas apoiadas no chão) sobre uma superfície dura, firme e plana. 
Se a vítima estiver em decúbito lateral ou ventral, o socorrista deve virá-la em bloco de modo 
que a cabeça, o pescoço e os ombros movam-se simultaneamente, sem provocar torções. O 
socorrista deve se colocar ao nível dos ombros da vítima e se ajoelhar quando ela estiver no 
solo. 
Antes de chegar até a vítima, observe se existe perigo para ela ou para o socorrista no local, 
como fios elétricos soltos e desencapados, vazamento de gás e tráfego de veículos. Evite 
pânico e procure colaboradores. Afaste os curiosos, evitando confusão e abrindo espaço 
para que se possa trabalhar da melhor maneira possível. A ressuscitação cardiorrespiratória 
deve iniciar-se até 4 minutos após a PCR. 
A reanimação deve ser iniciada primeiramente por meio das compressões torácicas, que foram 
alteradas de aproximadamente 100 por minuto para no mínimo 100 por minuto e 2 polegadas 
de intensidade. De acordo com a nova orientação, somente a massagem cardíaca pode ser 
aplicada pelo leigo. 
INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO: INTOXICAÇÃO: consiste em uma série de efeitos 
sintomáticos produzidos quando uma substância tóxica é ingerida ou entra em contato com a 
pele, olhos ou membranas mucosas, ou ainda caso seja inalada ou injetada. 
ENVENENAMENTO: qualquer substância ingerida em grande quantidade pode ser tóxica e 
configurar envenenamento. Podem ser fontes comuns: produtos domésticos, agrícolas, 
químicos e industriais, plantas, substâncias alimentícias, alimentos mal condicionados e 
medicamentos. 
A intoxicação pode ser um acidente ou uma tentativa de assassinato ou suicídio. As crianças, 
especialmente aquelas com menos de 3 anos de idade, são particularmente vulneráveis à 
intoxicação acidental, assim como as pessoas idosas (porque se confundem em relação aos 
seus medicamentos) e os trabalhadores da indústria (pela exposição a produtos químicos 
tóxicos). 
Os objetivos dos primeiros socorros nessas situações são: • suporte às funções vitais 
(circulação e respiração); • diminuição do contato (atuando com medidas gerais de 
desintoxicação); • aquecimento da vítima; • prevenção de novos agravos (convulsões e 
estados de agitação). Como proceder em uma situação de intoxicação: • cheque a segurança 
da cena; • identifique o veneno e a forma de administração; • faça a abordagem primária; • 
realize a CBA, com atenção para as vias aéreas livres; • se a vítima ainda está consciente: 
coloque-a em posição semissentada; ofereça água em quantidade moderada, exceto em caso 
de ingestão por soda cáustica e derivados do petróleo, cuidando para não provocar 
engasgamento (não dê leite); induza o vômito em crianças até 1 hora após a ingestão e até 3 
horas em adultos. • se inconsciente ou sonolenta: coloque-a na posição lateralizada para 
evitar aspiração de vômitos; não dê líquidos e não induza o vômito. • mantenha a vítima 
aquecida; • se possível, recolha parte do vômito para análise da causa da intoxicação; • chame 
pelo atendimento (Samu ou bombeiros) para transportar a vítima para um hospital, levando 
quaisquer materiais ou frascos que você suspeite ser a causa da intoxicação. 
SINTOMAS: Os sintomas podem ser pouco importantes, mas desagradáveis (por exemplo, 
prurido, boca seca, visão borrada e dor), ou podem ser graves (por exemplo, confusão mental, 
coma, arritmias cardíacas, dificuldade respiratória e agitação intensa) 
BOTULISMO: é uma forma grave de intoxicação alimentar, devendo haver vigilância contínua. 
Sinais e sintomas mais comuns • Queimaduras ou manchas em mucosas, ou sensação de 
queimação. • Hálito com cheiro de veneno. • Salivação excessiva ou espuma pela boca, com 
dificuldade para engolir. • Dor na boca e/ou vômito. • Respiração anormal e pulso alterado. • 
Suor acentuado. • Tremores, agitação. • Dor de cabeça. • Alteração de consciência; alterações 
das pupilas. • Convulsão. • Choque. 
• Em casos de intoxicação por contaminação da pele e mucosas, o local deve ser lavado 
abundantemente com água corrente. • Guarde material de limpeza fora do alcance de 
crianças. • Identifique as caixas dos medicamentos e mantenha-as em local fechado e seguro. 
• Mantenha os alimentos nas condições de refrigeração indicada pelo fabricante e despreze o 
que estiver fora da validade. • Não use produtos cujas latas estejam amassadas, velhas ou 
estufadas. • Não coma frutos do mar se não conhecer a procedência. • Não reutilize 
embalagens. • Utilize sempre alimentos frescos. • Feche o gás do botijão ou aquecedor todas 
as noites. • Ao utilizar produtos de limpeza, mantenha portas e janelas abertas; não misture 
produtos de limpeza (principalmente cloro e amônia). • Não deixe o carro ligado em 
ambientes fechados 
Jamais provoque vômitos: • em crianças menores de 6 meses ou em idosos; • em vítimas 
inconscientes e/ou em convulsões • em vítimas com sangramento oral; • em vítimas com forte 
dor, sensação de ardência ou queimação na boca e/ou garganta; • em vítimas que ingeriram: 
derivados de petróleo; alvejantes de uso doméstico (água sanitária); soda cáustica; ácidos em 
geral; amônia ou Iodo. 
REAÇÕES ALÉRGICAS: é uma manifestação do organismo devido ao contato com determinada 
substância, geralmente inofensiva, que desencadeia uma série de reações químicas 
envolvendo o aparelho imune e implica o surgimento de alterações nos diversos sistemas do 
nosso corpo. 
Reações leves: são aquelas nas quais o contato da substância com a pele provoca alterações 
cutâneas locais. Como: • vermelhidão; • inchaço; • coceira; • aumento da temperatura na 
região; • dor local. 
Reações moderadas: são aquelas em que ocorre contato com a substância, seja por ingestão, 
inoculação (em caso de animais) ou contato com a pele. Após o contato, ocorre uma resposta 
orgânica que pode afetar diversos órgãos. Podemos definir os sintomas a partir dos sistemas 
que a reação alérgica afeta: • pele: VERMELHIDÃO (eritema), INCHAÇO (edema) e (COCEIRA) 
prurido difuso pelo corpo, principalmente em região anterior do tórax e pescoço; • sistema 
digestivo: náuseas, vômitos, cólicas e diarreia; • sistema nervoso: tonteira e vertigem; • 
sistema cardiovascular: taquicardia e aumento da pressão arterial. 
Reações graves: são aquelas onde ocorre uma evolução rápida e progressiva de uma reação 
moderada, podendo atingir meios de um sistema em poucos minutos. 
ANAFILAXIA: é agravada por um edema das vias aéreas com posterior obstrução; além disso, 
ocorre uma queda abrupta da pressão arterial que pode levar ao choque e, em alguns casos, a 
uma redução do nível de consciência e parada cardiorrespiratória. E que pode evoluir para sua 
forma mais grave, o choque anafilático. 
Reações alérgicas relacionadas ao uso de anestésicos locais, principalmente em consultórios 
dentários: Os anestésicos locais podem desencadear reações alérgicas dos tipos I 
(hipersensibilidade imediata) e IV (dermatite de contato). Outras ocorrências, tais como 
dispneia, hipertensão arterial ou síncope tambémpodem estar presentes. Deve-se ter cuidado 
com os pacientes asmáticos alérgicos. Em reações graves, a procura pela unidade de saúde 
deve ser imediata devido à evolução rápida e potencialmente fatal desses eventos, podendo 
levar ao choque, coma e morte. 
Acidentes com animais peçonhentos: Animais peçonhentos se caracterizam por produzir 
substâncias e apresentar uma estrutura ou aparelho especializado para inoculação dessas 
substâncias (o veneno), com glândulas que se comunicam com dentes ocos (ou ferrões, ou 
aguilhões) por onde o veneno passa ativamente. Habitam tanto zonas rurais como urbanas. 
Nessas últimas, principalmente áreas de reserva florestal ou bosques. 
Os três animais de maior relevância para a saúde pública: serpentes (jararaca, cascavel, 
surucucu e coral), escorpiões (amarelo e preto) e aranhas (armadeira, marrom e viúva-negra). 
SINTOMAS: variam desde dor, a alterações fisiológicas orgânicas devido aos efeitos 
neurotóxicos e anticoagulantes do veneno de algumas espécies. 
ATENDIMENTO BÁSICO: Lavar o local da picada com bastante água e sabão. Manter a vítima 
deitada e evitar que ela se movimente. Manter o membro ou região afetada em uma posição 
mais elevada. Levar a vítima o mais rapidamente possível ao centro de saúde mais próximo 
para receber o soro a tempo. Compressas com água morna podem ser aplicadas sobre o local 
e analgésicos para o alívio da dor podem ser administrados até a chegada ao centro hospitalar. 
Descrever ao profissional de saúde, se possível, as características do animal agressor, 
facilitando o diagnóstico. 
O QUE NÃO FAZER: •Não fazer torniquetes impedindo a circulação. • furar, cortar, queimar, 
espremer ou chupar o local da ferida, nem aplicar folhas, pó de café ou terra sobre ela para 
não causar infecção; dar à vítima pinga, querosene ou fumo, como é de costume em algumas 
regiões do país. 
Picadas de cobra: Caso ocorra a picada de uma cobra, deve-se aplicar uma imobilização com 
atadura por pressão com o objetivo de minimizar a disseminação do veneno, já que tal medida 
visa a retardar o fluxo linfático. 
Ferroadas de água-viva: apresentam um balão flutuador de coloração azul-purpúrica, de onde 
partem inúmeros tentáculos. A frequência dos acidentes é maior no verão, quando podem 
atingir a praia em grande número, provocando centenas de ocorrências 
Procedimentos • Repouso do segmento afetado e retirada de tentáculos aderidos: não usar 
água doce para lavar o local ou esfregar panos secos. Os tentáculos devem ser retirados 
suavemente, levantando-os com a mão enluvada, pinça ou bordo de faca. O local deve ser 
lavado com água morna (se possível). • Inativação do veneno: o uso de ácido acético a 5% 
(vinagre comum), inativa o veneno local. • Retirada de nematocistos remanescentes: deve-se 
aplicar uma pasta de bicarbonato de sódio, talco e água do mar no local, esperar secar e retirar 
com o bordo de uma faca. Aplicar também bolsa de gelo ou compressas de água morna por 5 a 
10 minutos. Deve-se ir ao médico, visto que ele receitará medicamentos para alívio 
prolongado da dor e dos sintomas. 
Himenópteros: (abelhas, vespas-amarelas, vespões, marimbondos e formigas) 
Lepidópteros: (lagartas ou taturanas e mariposas) 
 Coleópteros: (besouros) 
Celenterados (anêmonas, hidras, caravelas e medusas, conhecidas como águas-vivas)

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