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Paramyxoviridae, Orthomyxoviridae, Coronaviridae

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Aula 21 – RNAvirus parte 1
Paramyxoviridae
É um vírus de genoma RNA fita simples de polaridade negativa e envelopado que infecta animais e humanos. Sua partícula viral é grande e seu genoma também. 
No envelope viral possui 2 glicoproteinas, a hemaglutinina (HN) e proteína de fusão (F). a HN se liga ao receptor celular para dar estabilidade ao vírus e a proteína F realiza a adsorção com fusão do envelope.
Ele possui duas subfamílias:
Paramyxovirinae = possui 5 gêneros
 Gênero Avulavirus (doença de Newcastle e paramyxovirus aviário 2 a 9)
 Gênero Henipavirus (vírus Hendra e vírus Nipah)
 Gênero Morbillivirus (cinomose e sarampo)
 Gênero Respirovirus (parainfluenza bovino 3, parainfluenza humano 1 e 3 e vírus Sendai)
 Gênero Rubulavirus (caxumba e parainfluenza humano 2, 4 e 5)
Pneumovirinae = possui 2 gêneros
 gênero Metapneumovirus (tipo aviário e humano)
 gênero Pneumovirus (vírus respiratório sincicial bovino, vírus respiratório sincicial humano)
de forma geral ele possui uma resistência considerável a temperatura em relação aos vírus envelopados, mas é sensível a solventes lipídicos, detergentes e agentes oxidantes. 
Doença de Newcastle 
É uma doença de aves altamente contagiosa e aguda. Foi descoberta na Inglaterra por volta de 1927 na cidade de Newcastle e afeta aves silvestres e domésticas.
Ela causa problemas respiratórios com diarréia e edema na cabeça.
Por ser altamente contagiosa patogênica e resistente na carne congelada, ela é uma doença de notificação obrigatória e formação de barreira sanitária.
Sua capacidade patogênica vai determinar a gravidade e os tipos de sinais clínicos apresentados pelos animais, podendo ter 3 níveis e são chamados respectivamente de:
Virulência alta: velogênica
Virulência moderada: mesogênica
Virulência baixa ou nula: lentogênica. São as utilizadas em vacinas.
Áreas consideradas livres da doença não utilizam a vacina para que seja possível identificar o animal infectado pelo vírus selvagem e não confundi-lo com um animal vacinado. 
O grande problema são os surtos com as criações rústicas, que ao ter contato com uma ave silvestre infectada, adquire e transmite a doença por meio de contato direto e indireto, vias áreas e objetos/pessoas infectadas. 
Ele é encontrado nas secreções, excreções, ovos e tecidos.
Os sinais clínicos da doença de Newcastle são a depressão, anorexia, diarréia, edema na cabeça e barbela e levando ao óbito. 
O diagnostico é realizado com a analise de amostras de fezes, suabes traqueais/cloacais, e amostras de animais necropsiados. Em laboratório se utiliza os testes de hemaglutinação e ELISA, alem do isolamento do vírus.
O controle é feito por meio de vacinas e monitoramento. Em caso de infecção a propriedade é isolada e precisa passar por um processo de desinfecção e o controle de pessoas que entram na propriedade é rígido. 
Cinomose 
É uma doença que afeta canídeos selvagens e domésticos, podendo causar efeitos neurológicos. A proteína H do envelope viral vai possibilitar a entrada em células nervosas. É envelopando, sendo sensível a desinfetantes e temperaturas... ele possui apenas um tipo de vírus, mas que possui uma diversidade genética extremamente variada.
Ela está presente no mundo to e afeta diversos animais, mas com freqüência em filhotes de cães não vacinados, podendo ocorrer em cães vacinados também por baixa dosagem ou falha vacinal. 
O vírus infecta por meio de contato com secreções nasais e orais, urina, instrumentos infectados e locais infectados.
Quando infectados ou até mesmo em recuperação, secretam os vírus por um período de até 6 meses. 
Os sintomas clínicos vão variar do estado imunológico e idade do animal. 
Um problema que vem crescendo ultimamente é a infecção e morte de animais silvestres novos pelo vírus selvagem (leões, hienas, quati). O vírus pode infectar gatos, mas eles normalmente não desenvolvem a doença. 
A patogenia do vírus se da com a replicação no trato respiratório, indo para linfonodos e órgãos linfóides e infectando macrófagos, resultando em febre, seguida de viremia com febre novamente, chegando então na pele, trato digestivo, respiratório, urogenital e sistema nervoso.
 Na sua forma aguda, apresenta os sintomas de conjuntivite purulenta, mancha nos dentes, encefalite. Na sua forma crônica, ocorrendo em animais adultos entre 3 e 8 anos, são característicos sinais neurológicos como tremores e incoordenação.
Os filhotes que estão na janela de susceptibilidade têm uma chance maior de contrair o vírus.
O diagnóstico é feito através dos sinais clínicos e alguns exames laboratoriais (imunofluorescencia, ELISA, RP-PCR)
As vacinas utilizam cepas vivas (atenuadas) e devem ser aplicadas em filhotes de 30 dias com reforço mensal e anual. Para evitar novas contaminações, deve se utilizar luvas ao entrar em contato com esses animais infectados e desinfetar o ambiente e instrumentos.
Vírus Hendra
Causou um surto de doença respiratória e neurológica em 1994 que afeitou cavalo e humanos na Austrália. 
O reservatório natural desse vírus são as raposas voadoras (morcego gigante).
Houve apenas 3 casos em humanos.
Seu diagnostico é feito por ELISA e isolamento do vírus de suabes nasal e SNC.
Vírus Nipah
É um vírus que esta relacionado ao vírus Hendra, mas não é idêntico.
Ele foi isolado em 1999 na malásia e Singapura, onde causou um surto de encefalite e doença respiratória em humanos que trabalhavam com suinocultura.
O reservatório natural do vírus são morcegos da malásia. 
Vírus Parainfluenza/vírus respiratório sincicial/vírus metapneumovirus
Causam enfermidade em crianças de até 5 anos. São os principais vírus causadores de pneumonia e juntos causam mais infecções que a dengue, gripe e H1N1.
Suas infecções são brandas, mas causam uma taxa de internação alta de crianças que podem causar pneumonia 
O vírus respiratório sincicial tem a proteína F que faz a fusão e formação de sincício, possibilitando a passagem de célula a célula, formando células gigantes com vários núcleos.
Vírus respiratório sincicial humano – hRSV
É o maior causador de internações, podendo causar inúmeras infecções durante a vida. 
Ele causa surtos mais localizados com em comunidades, não em regiões. É comum aumentar os casos de infecções em épocas mais frias. Boa parte das suas ocorrências está ligado ao vírus influenza.
Em idosos, que são pessoas imunocomprometidas, pode causar óbito.
Os casos mais graves precisam de internação e com tratamento se dando com o uso de Ribavirina, imunoglobulinas anti-hRSV e anticorpos monoclonais. 
A vacina que foi utilizada causou uma sensibilização do organismo que ao contrair o vírus, gerou uma infecção mais severa. 
O diagnostico é feito com imunofluorescencia e PCR.
Vírus respiratório sincicial bovino – BRSV
Foi descoberto no Japão e suíça em 1965 quando causou uma doença respiratória severa em bovinos, sendo assim de distribuição mundial. Ele infecta animais jovens de preferência causando bronquiolite e pneumonia intersticial, alem de pertencer a um dos causadores do complexo respiratório bovino.
Ele é mais comum em épocas frias, se mantendo no rebanho de animais infectados. A umidade, vento e amônia (confinamento) são fatores que auxiliam na disseminação da doença, que afeta as defesas do trato respiratório e possibilita que o animal contraia infecções secundarias por bactérias. 
Para realizar o diagnostico é preciso detectar de antígenos virais nas amostras e por imunofluorescencia. 
Para evitar o contagio da doença é preciso vacinar e melhorar as condições de manejo. 
Vírus parainfluenza humano
Tem como principal causa o grupe/laringotraqueobronquite, mas não é o único causador dessas doenças, sendo que influenza também pode causar. 
Ele pode causar a bronquiolite, pneumonia e resfriados.
O diagnostico é feito pela detecção de antígenos em amostras da nasofaringe e garganta.
Vírus parainfluenza bovino 3
É comum nos EUA, mas está distribuído mundialmentee sendo conhecida como febre do transporte. 
A infecção ocorre em situações de estresse como em caso de transporte, excesso de lotação e ventilação inadequada. Os ovinos podem agir como transmissores do vírus.
A febre do transporte é caracterizada pela presença de febre, hipertermia, lacrimejamento, secreção nasal, depressão, dispnéia e tosse. Alem da doença em si, ela pode favorecer o surgimento de uma infecção secundaria por bactéria ao afetar o sistema imunológico. 
O diagnostico se da pelo isolamento do vírus.
Orthomyxoviridae
São os vírus causadores da gripe “verdadeira”, tendo origem do nome influenza na Itália. São os vírus mais importantes causadores de doenças epidêmicas. 
Vírus influenza
Seu genoma é formado por RNA fita simples negativa e segmentado, possibilitando rearranjos desses segmentos e formando novos vírus ou vírus mais patogênico. Eles não possuem um formato definido e são envoltos pelo envelope. 
Eles possuem o seu próprio RNApolimerase viral e no seu envelope tem as proteínas hemaglutinina (H) e neuraminidase (N). quando ocorre alguma alteração antigênica dessas proteínas, ocorrem as epidemias.
Existem 4 tipos de influenza, sendo eles:
Tipo A – Flu A = é o mais importante por causar pandemias em humanos
Tipo B – Flu B = causa epidemias e surtos isolados
Tipo C – Flu C = afeta apenas humanos causando doença respiratória leve
Tipo D – Flu D = apenas em suínos e bovinos
 O hospedeiro natural do vírus influenza são as aves selvagens, que transmitem o vírus para as demais espécies.
O contagio dele ocorre em aglomerados de pessoas, contato físico e em partículas virais no ar ao estar perto de alguém que espirrou.
O Flu A causou inúmeras pandemias na humanidade, sendo a mais importante em 1918 com a gripe espanhola. Uma epidemia aparece em media a cada 15 anos.
Ele é o vírus causador da gripe verdadeira que tem como característica febre alta, tosse, calafrios, tremores, escorrimento nasal, espirro e rouquidão em casos normais, e podendo apresentar também dor de cabeça, dor de garganta, dor muscular, mal-estar, fraqueza e cansaço. Tem uma duração de até uma semana. Casos graves podem levar a morte crianças com menos de 10 anos e idosos com mais de 60 anos.
Quando ocorre uma complicação, geralmente esta ligada a pneumonia, podendo aumentar o risco de AVC e otite media.
Em amostras de origem aviaria da Ásia tem apresentado características de pneumonia fatal e falha múltipla dos órgãos.
As glicoproteinas do envelopa são as HA e NA. em humanos existem apenas 3 tipos de HA e 2 tipos de NA, já em aves existem 16 tipos de HA e 9 tipos de NA.
A hemaglutinina é a glicoproteina que estimula o sistema imune, sendo utilizada nas vacinas. Mas por ser o pára-choque do vírus, sofrem algumas mutações e podem passar despercebidas. Ela se liga ao receptor de acido sialico das células, que em humanos é do tipo Alpha-2,6 , em aves é do tipo Alpha-2,3 e em suínos tem os dois tipos.
Apesar de ser um RNAvirus, ele se replica no núcleo por não ter CAPS e cauda de PoliA.
Existem duas classificações para identificar as variações antigênicas sofrida pelo vírus. O tipo Drift antigênico são para mutações pontuais, já o Shift antigênico são para recombinações que normalmente causam pandemia.
A maioria das pessoas possuem anticorpos contra as tipos de vírus circulantes. O surgimento de epidemia ocorre quando essas glicoproteinas sofrem alterações e não sendo mais reconhecidas e combatidas pelo sistema imune pré existente.
O vírus influenza H5N1 é um vírus de ave que tem uma capacidade zoonotica, tendo infectado alguns humanos já. Algumas variações possibilitaram que cerca de 150 pessoas fossem infectadas, tendo uma taxa de mortalidade em 30% no primeiro surto e chegando a 70% no segundo surto, resultando em um sacrifício de mais de 300 milhões de aves.
A preocupação na capacidade de transmissão entre humanos não se tornou realidade porque o vírus manteve sua especificidade de receptor tipo Alpha-2,3. Para infectar humanos, precisa de uma enorme concentração de vírus no trato respiratório até chegar no trato respiratório inferior, que é onde nos possuímos receptores de membrana tipo Alpha-2,3.
O diagnostico da infecção se da com a localização de antígenos em amostras, imunofluorescencia, hemaglutinação e ELISA.
As vacinas são inativadas e preparadas em ovos, feitas para combater os tipos A e B e sendo revisadas anualmente.
Coronaviridae
São vírus RNA fita simples positivo e envelopado. Seu genoma é o maior dos RNAvirus e possui RNA subgenomicos que possibilitem pequenas recombinações gênicas fora o genoma principal.
Coronavirus em animais
Gastrenterite transmissível dos suínos é uma doença contagiosa em leitões que causa diarréia e vomito, tendo o vírus persistente no organismo
Peritonite infecciosa dos felinos (PIF) está presente em todos os felinos, mas apenas alguns são afetados por conta de uma mutação que transforma o vírus em patogênico, causando diarréia, febre e morte
Vírus da bronquite infecciosa das galinhas 
Coronavirus em humanos
Principal causador de resfriados em crianças.
Síndrome respiratória aguda severa (SARS)
O vírus pode ser transmitido por morcegos e outro mamífero. Não se parece em nada com os coronavirus e é letal.
Seus sintomas são febre, doença gripal e dificuldade respiratória
Síndrome respiratória do Oriente médio (MERS-CoV)
É transmitido pelo camelo, causando doenças grave respiratória
O diagnostico para esse tipo de vírus se da com testes sorológicos e RT-PCR de amostras de fezes, soro e secreção respiratória. Pode se fazer teste de hemaglutinação.
Arenaviridae
Tem genoma de RNA fita simples negativa e é envelopado. É um agente causador da febre hemorrágica, tendo como hospedeiro os roedores silvestres. 
No Brasil ele é conhecido como vírus Sabiá e causa a febre hemorrágica brasileira

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