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CARTILHA ACESSIBILIDADE EM PADRIMÔNIO BÁSICO

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1 
 
 
Graduanda: Renata Dantas Ataliba 
 
ACESSIBILIDADE FÍSICA X PATRIMÔNIO 
CARTILHA DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS 
 2 
 3 
 
Graduanda: Renata Dantas Ataliba 
ACESSIBILIDADE FÍSICA X PATRIMÔNIO 
CARTILHA DE ORIENTAÇÕES BÁSICAS 
 4 
FICHA TÉCNICA 
Texto e Projeto Gráfico: 
Renata Dantas Ataliba 
Orientação: 
Prof.ª Dr.ª Gleice Azambuja Elali 
Co-orientação: 
Prof.ª Dr.ª Natália Miranda Vieira 
Ilustrações: 
Renata Dantas Ataliba 
 
 
 
Esta Cartilha é parte integrante do TFG:. 
ATALIBA, Renata Dantas. A compatibilização entre acessibilidade física e patrimônio: 
Um estudo aplicado ao Palácio da Cultura, Natal-RN. Trabalho Final de Graduação 
em Arquitetura e Urbanismo. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 
junho /2015. 
 5 
 
Apresentação 
É direito de todo cidadão ter acesso à cultura. Entretanto, os obstáculos que dificultam o acesso de pes-
soas com restrições físicas são enormes, principalmente em construções mais antigas que não foram projeta-
das originalmente para comportar a acessibilidade. Apesar de haver restrições para a sua implantação, é de 
vital importância a adaptação do patrimônio para permitir a utilização do seu espaço por todos os usuários. 
Somada à proposta de: estudar as legislações e conceitos envolvidos; realizar estudos de referência in-
direto em museus e centro culturais nacionais; desenvolver um método de aplicação da acessibilidade no pa-
trimônio e aplicá-lo ao Palácio da Cultura, adaptando sua estrutura interna e externa, acrescentando-lhe 
funcionalidade sem modificar sua estrutura e seu valor histórico; este TFG também resultou em uma carti-
lha confeccionada com o objetivo de trazer orientações básicas sobre a conciliação entre acessibilidade física e 
patrimônio, visando além da difusão desse conhecimento encontrar soluções para permitir o acesso da cultu-
ra a toda população. 
 
 
Renata Dantas Ataliba 
 6 
 
SUMÁRIO 
Considerações Gerais ............................................................................................................................. ............................7 
2. Etapas ............................................................................................................................. ........................................................9 
2.1 Etapa 1 - Conhecer ambas as legislações.........................................................................................................9 
2.2 Etapa 2 - Aplicar o método desenvolvido no TFG .....................................................................................10 
2.3 Etapa 3 - Aplicar a decisão - projeto arquitetônico ...............................................................................9 
3. A Situação Ideal x A Situação Possível....................................................................................................................11 
3.1 Entorno ............................................................................................................................. ..........................................12 
3.2 Mobiliário Urbano ............................................................................................................................. ...................17 
3.3 Estacionamento............................................................................................................................. ..........................18 
3.4 Acesso............................................................................................................................. .............................................20 
3.5 Portas............................................................................................................................. ..............................................22 
3.6 Circulação ............................................................................................................................. ..................................23 
3.7 Rampas ............................................................................................................................. ...........................................26 
3.8 Escadas ............................................................................................................................. ..........................................30 
3.9 Elevadores ............................................................................................................................. ...................................33 
3.10 Plataformas Elevatórias ............................................................................................................................. .....35 
3.11 Mobiliário Interno............................................................................................................................. ...................36 
3.12 Banheiros............................................................................................................................. .....................................39 
3.13 Sinalização............................................................................................................................. ..................................46 
3.14 Aspectos Específicos ............................................................................................................................. ..............50 
4. Desafios ............................................................................................................................. .....................................................51 
Referências ............................................................................................................................. ..................................................52 
 7 
 Considerações Gerais 
 
A NBR 9050/2004 define acessibilidade como “a possibilidade e condição de alcance, percepção e enten-
dimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano 
e elementos” (ABNT, 2004, p.2). 
Segundo Elali (2002): 
 
Acessibilidade Física – é referente aos obstáculos para a utilização do meio, originados pela morfo-
logia dos edifícios ou do espaço urbano. 
 
Os obstáculos encontrados por pessoas com restrições permanentes ou temporárias no acesso aos ambi-
entes construídos são grandes, principalmente nos quais são ofertadas atividades de lazer, tais como museus, 
sendo assim fundamental a adequação desses ambientes culturais para corresponder à todos igualmente. 
 Em 1948 foi promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a Declaração Universal dos Di-
reitos Humanos que diz no seu art. 27 que “todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida 
cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios”. 
O patrimônio é motivo de identidade para todos e direito de todo cidadão, como afirmam Maior, Szilagyi 
e Gomes (2013, p.169): 
 
Estes espaços, categorizados como bens tombados, são muitas vezes tachados como 
 8 
 estruturas estagnadas no tempo – intocáveis – onde ações intervencionistas são malvistas e 
defendidas por decretos, norma regras específicas a cada edificação, dificultando muitas vezes o 
processo de revitalização do bem, chegando a inviabilizar ações corretivas necessárias ao uso de 
uma sociedade contemporânea, principalmente se esse for de uso comum e promova a cultura, a 
exemplo de museus, teatros, sítios arqueológicos, entre outros. 
 
Dessa forma, visando os projetos de acessibilidade aos bens tombados, o Instituto do Patrimônio His-
tórico e Artístico Nacional (IPHAN) disponibilizou diretrizes cabíveis a ações de adaptação de bens históricos 
por meio da Normativa nº1/2003. Contudo, essa se refere apenas a bens federais e não estaduais,dificultando 
os processos projetuais relativos às adaptações de edificações a nível estadual (MAIOR; SZILAGYI; GOMES, 
2013). Com isso os bens estaduais e municipais tombados ficam sem amparo legislativo com força de lei, to-
mando essa normativa por base. Entretanto se a mesma fosse aplicada a todas as esferas: federal, estadual e 
municipal, ou se houvesse uma normativa específica para as duas últimas seria mais prático implantar a 
acessibilidade. 
Por isso, é necessário abordar com cuidado a aplicação da acessibilidade nos projetos de adaptação em 
edificações históricas, notadamente algumas protegidas por órgãos de preservação e que, com o passar dos 
anos, receberam novos usos, a fim de promover intervenções que garantem a acessibilidade e também preser-
vem as características históricas do edifício. 
 9 
 2. Etapas 
Com intuito de intervir do patrimônio deve ser seguidas etapas, as quase estão resumidamente aqui: 
 
2.1 Etapa 1 - Conhecer ambas as legislações 
- Hierarquia de acessibilidade: 
- Para estacionamentos: CONTRAN, Plano diretor, Código de obras, NBR 9050/2004; 
- Demais espaços: NBR 9050/2004, legislação federal em vigor e Código de Obras de Natal. Pa-
ra edificações situadas em outras localidades, deve-se levar em consideração as leis estaduais e 
municipais correspondentes. 
- Embasamento na Normativa nº1 do Iphan de 2003 (Federal), para aplicar em nível estadual e mu-
nicipal, no caso de não existir legislação nessas esferas. 
 
2.2 Etapa 2 - Aplicar o método desenvolvido no TFG 
- Levantamento de informações acerca do histórico do imóvel, intervenções anteriores e a sua relação 
com o entorno que está inserido; 
- Realização de vistoria das condições atuais do imóvel, mapeando os pontos críticos em planta e por 
uso de fotografias; 
- Compatibilizar as informações das condições do imóvel de valor histórico e cultural com as infor-
mações das condições de acessibilidade, e posteriormente propor uma ou mais soluções baseando-
se no melhor resultado com relação: ao porte que as adaptações podem causar nas características 
do imóvel (Pequena-P / Média-M / Grande-G); o prazo necessário para realizar as modificações 
 
 10 
 (Curto-C, 12-18 meses / Médio-M, 18-36- meses / Longo-G, 36-60 meses); a viabilidade econômica 
das obras (Alta-A / Intermediária-I / Baixa-B); e a prioridades de intervenção (Urgente-U / Razoá-
vel-R/ Pode esperar-PD). 
 
2.3 Etapa 3 - Aplicar a decisão - projeto arquitetônico 
- Depois de compatibilizar as informações e encontrar a solução, deve ser consideradas algumas re-
comendações: 
- Falar com os órgãos responsáveis para esclarecimento de dúvidas, pois a legislação pode dei-
xar espaço para mais de uma interpretação; 
- As medições in loco não se esgotam no primeiro momento, dependendo da idade do imóvel e 
da forma de construção da época, merece mais atenção, pois uma solução a principio inofensi-
va ao patrimônio pode gerar problemas estruturais, por exemplo; 
- Os projetos devem contemplar outras legislações vigentes e que estão relacionadas com o pro-
jeto, afinal não adianta propor algo acessível que não passaria pela inspeção do Corpo de 
Bombeiros, por exemplo; 
- A acessibilidade física, por si não esgota toda a abrangência da acessibilidade, sempre que 
possível, acrescentar nos projetos tecnologias que atendam outras deficiências, como as pesso-
as surdas e cegas. 
 11 
 3. A Situação Ideal X A Situação Possível 
 
Mesmo com os avanços da acessibilidade, ainda sim, a situação encontrada em edificações diversas 
não é a ideal, o mesmo se aplica a edificações históricas, pois há a particularidade de serem protegidas por 
órgãos de preservação. 
Isso implica em mais cautela na forma de aplicar a acessibilidade, seja ela em toda a sua complexidade 
ou somente com relação a acessibilidade física, no entanto tem que existir um meio que permita o diálogo a 
fim de contornar as dificuldades e facilitar a sua inserção. 
De fato, cada caso deve ser avaliado individualmente, porém existem situações especificas que podem 
ajudar a estabelecer parâmetros e exemplificar as possibilidades servindo de base para outros casos. 
Dessa forma serão avaliados os principais itens de acessibilidade necessários em edifícios com enfoque 
para as particularidades das edificações históricas. Ressalta-se que será feito alguns comentários das possibi-
lidades de concessão possíveis dos lados envolvidos (Acessibilidade X Patrimônio) 
 12 
 
3.1 ENTORNO 
3.2.1 Calçada 
 
 Deve ter largura mínima de 1,50m, admitindo um faixa livre de no mínimo 1,20m, sem interferên-
cias e altura livre mínima (sem obstáculos aéreos - marquises, faixas e placas de identificação, toldos, 
luminosos, vegetação e outros) de 2,10; 
 
 A inclinação transversal máxima da calçada é de 3%. Isso quer *Eventuais ajustes de soleira devem 
ser executados sempre dentro dos lotes; 
 
A calçada deve estar nivelada com os lotes vizinhos, respeitando o meio-fio. A inclinação longitudi-
nal da calçada deve seguir o alinhamento das vias adjacentes. 
 
Os problemas começam antes de entrar na edificação. Geralmente as edificações estão localiza-
das em bairros históricos da cidade, possuindo desenho urbano diferente de hoje. Não existia uma lar-
gura definida para ruas e calçadas, eram feitas de acordo com a necessidade e possibilidade do espaço, 
não havia preocupação com acessibilidade porque ela não existia. Em alguns casos o acesso a edificação 
já começava na calçada. 
Em casos em não seja possível atender aos itens acima, por exemplo a largura mínima de 1,20m 
da calçada deve ser avaliado a possibilidade de intervir na edificação sem descaracterizá-la totalmente. 
 13 
 
 
 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Calçada lateral sem faixa livre de 1,20m. 
Fonte: Acervo Pessoal 
Fonte: Acervo Pessoal 
 14 
 
3.2.2 Quanto ao piso utilizado 
 
 Deve ser antiderrapante, regular, estável, não trepidante, contínuos, sem ressaltos ou depressões. 
 
Se o piso não for original ou não tiver valor agregado à edificação não há problema em modificá-
lo, caso contrário deve ser avaliado a possibilidade de deixar uma faixa de 1,20m ou no mínimo 0.90m 
(espaço para circulação de uma cadeiras de rodas) que esteja conectada a entrada acessível e demais 
itens da calçada (guias rebaixada para pedestres e próximas a vagas reservadas na via – por exemplo). 
 
 
3.2.3 Quanto às guias rebaixadas para pedestre 
 
 Deve estar localizada em frente à faixa ou esquina caracterizada como travessia ou associada à vaga 
para PCD em via pública (oficializada pelo órgão gestor de trânsito); 
 Deve possuir: inclinação máxima de 8,33%; largura mínima de 1,20m; abas laterais com largura 
mínima de 0,50m com inclinação máxima de 10%; piso antiderrapante; sinalização tátil de alerta em 
torno da guia em cor contrastante a do piso. 
 15 
 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Guia rebaixada para pedestres. 
Fonte: Acervo Pessoal 
 16 
 
3.2.4 Quanto às guias rebaixadas para veículos 
 
 Não deve interferir na faixa livre da calçada deixando-a nivelada e sem cortes. 
 A guia rebaixada para veículos ou desníveis no acesso ao estacionamento/garagem devem ser venci-
dos no interior do lote. 
 
3.2.5 Quanto à vegetação 
 
 A vegetação existente deve preservar o piso do passeio. 
 O tipo de vegetação (sem espinhos, não venenosas, que não desprendam muitas folhas, flores e fru-
tos) deve atender às recomendações da norma técnica. 
 Os elementos da vegetação (ramos, galhos e arbustos de árvores), muretas, orlas e grades, devem es-
tar localizados fora da faixa livre de circulação (rota acessível) e em área contígua ao meio-fio. 
 17 
 
3.2 MOBILIÁRIO URBANO 
3.2.1Telefones públicos 
 
 Deve ser acessível para P.C.R. ou pessoa com baixa estatura permitindo aproximações frontal e late-
ral ao telefone; 
 A parte operacional superior do telefone acessível para P.C.R deve está a altura de no máximo 1,20 m 
com o comprimento do fio de no mínimo 0,75m; 
 O anteparo superior de proteção deve possuir altura livre de no mínimo 2,10 m do piso para oferecer 
conforto na utilização do mesmo por pessoas em pé; 
 No mínimo 5% do número total de telefones devem dispor de amplicador de sinal; 
 Em casos de cabine telefônica, deve possuir entrada localizada no lado de menor dimensão, possuin-
do um vão livre de no mínimo 0,80 m permitindo as aproximações frontal e lateral ao telefone. 
 O piso da cabine deve ser do mesmo nível do piso externo. 
 A cabine deve ter apoio de objetos pessoais instalada a uma altura entre 0,75m e 0,85 m, com altura 
livre inferior de no mínimo 0,73 m do piso e com profundidade mínima de 0,30 m, além da existência 
de barras de apoio verticais, como recomenda a NBR 9050/04. 
 18 
 
3.3 ESTACIONAMENTO 
 
 Deve haver reserva de 2% das vagas com dimensões mínimas exigidas para pessoas com deficiência 
e mobilidade reduzida; 
 Deve haver reserva de 5% das vagas com dimensões mínimas exigidas para idosos; 
 As vagas devem estar localizadas de forma a evitar a circulação entre veículos e deve haver guia re-
baixada de acesso à calçada; 
 Deve haver espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de largura, quando afastada da 
faixa de travessia de pedestres, ao lado da vaga para pessoas com deficiência; 
 O piso da vaga deve ser antiderrapante, nivelado e sem inclinação. 
 
Se existir estacionamento interno definido, deve ser previsto vagas reservadas com sinalização 
horizontal e vertical adequada. Em caso contrário, deve ser prevista vagas externas próximas à edifica-
ção. 
 19 
 
 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Vagas reservadas para pessoas com 
deficiência e idosos alinhadas ao meio fio. 
Fonte: Acervo Pessoal 
 20 
 
3.4 ACESSO 
 
 Deve existir no mínimo um acesso, vinculado através de rota acessível à circulação principal e 
às circulações de emergência (no caso de existirem), com distância entre cada entrada acessível e as 
demais de até 50m (no máximo). 
 
Essa é uma das grandes dificuldades em edificações antigas, pois dependendo do tamanho da 
edificação nem sempre há espaço suficiente, sendo necessário se apropriar de lotes vizinhos ou fazer mo-
dificações nas fachadas. De qualquer forma, é essencial que haja um acesso acessível seja na entrada 
principal ou secundário, essa rota alternativa deverá ser sinalizada. 
 
3.4.1 Acesso ao lote 
 
 Deve estar livre de desníveis acima do máximo permitido (0,5cm); 
 No caso de existir desníveis entre o lote e o nível da calçada, estes devem ser vencidos no interior do 
lote por rampa de acordo com a norma. 
 
Em casos em que não seja possível distinguir o acesso ao lote do acesso à edificação, deve ser con-
siderado as barreiras encontradas no acesso à edificação. 
 21 
 
3.4.2 Acesso à edificação 
 
 Deve ter no mínimo um dos acessos ao interior da edificação livre de barreiras e de obstáculos. 
 
Em casos em que o acesso à edificação ocorra por escadas ou rampas ocupando o passeio, desde 
que não interfiram na faixa livre de 1,50m (admissível de 1,20m) e não existindo outra possibilidade de 
acesso, pode ser considerada a sua permanência desde que possua os itens de acessibilidade exigidos 
(corrimãos, guarda-corpo, sinalização adequada, guia de balizamento, entre outros). 
 
 
3.4.3 Quanto ao piso utilizado 
 
 Deve ser antiderrapante, regular, estável e não trepidante; 
 Deve haver piso tátil de alerta com largura mínima de 0,25m (onde for necessário); 
 Deve haver piso tátil direcional com largura mínima de 0,20m (onde for necessário). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
3.5 PORTAS 
 
 As portas devem possuir largura livre mínima de 0,80m e altura de 2,10m; 
 Em casos de portas com duas folhas, pelo menos uma delas deve possuir o vão livre de 0,80m. Em 
casos de portas do tipo vaivém, as mesmas devem possuir visor com largura mínima de 0,20m distan-
do entre 0,40m e 0,90m do piso, e a face superior de no mínimo 1,50m; 
 Em caso da necessidade de portas giratórias ou catracas, deve haver outro caminho vinculado à rota 
acessível; 
 Devem estar dispostas de maneira a permitir sua completa abertura, com maçanetas do tipo alavan-
ca estando com altura entre 0,90m e 1,10m; 
 Em caso de estar localizada em corredor e a aproximação ocorra de forma lateral, deve existir largu-
ra mínima de 1,50m em frente à porta quando ela abre na direção da pessoa e de largura mínima de 
1,20m quando ela abre no sentido contrário; 
 Caso a aproximação seja feita de forma frontal e a porta abra na direção da pessoa, deve haver espa-
ço lateral de, no mínimo, 0,60m que possibilite a aproximação à maçaneta e de, no mínimo, 0,30m 
caso a porta abra no sentido contrário ao da pessoa; 
 As portas acionadas por sensores de presença devem detectar pessoas de baixa estatura, crianças e 
usuários de cadeiras de rodas; 
 O trilho das portas de correr deve ser nivelado com o piso e ter frestas máxima de 15mm. 
 
Se as portas internas comprometerem a circulação e não forem originais (esquadrias restaura-
das, por exemplo) as mesmas podem ser retiradas desde que com estudo prévio da edificação. 
 23 
 
3.6 CIRCULAÇÃO 
 
 Deve haver afastamento de no mínimo 0,80m entre os obstáculos existentes nos ambientes; 
 Deve haver afastamento de no mínimo 0,90m entre os obstáculos com extensão superior a 0,40m 
existentes nos ambientes; 
 Para corredores de uso comum com extensão até 4m: deve possui largura mínima de 0,90m; 
 Para corredores de uso comum com extensão até 10m: deve possuir largura mínima de 1,20m; 
 Para corredores com extensão superior a 10m e para corredores de uso público: deve possuir largura 
mínima de 1,50m; 
 
Em casos de edificações antigas de uso público que não for possível a largura mínima de 1,50m, 
pode-se admitir a largura mínima de 1,20m que permite a passagem de uma pessoa em cadeira de rodas 
e uma pessoa em pé, ainda que isso não seja possível pode ser admitido a circulação mínima de 0,90m 
que permite a passagem de uma pessoa em cadeira de rodas. Esse último caso só deve ser aplicado em 
casos extremos, quando a ampliação da circulação causar descaracterização de algum elemento caracte-
rístico da edificação ou quando a estrutura do imóvel não permitir. 
 24 
 
Fonte: NBR 9050/2004 
Fonte: NBR 9050/2004 
Apresenta dimensões referenci-
ais para deslocamento de pes-
soas em pé. 
Largura para deslocamento em 
linha reta. 
 25 
 
 Em reformas, no caso de ser impraticável a adequação dos corredores, deve existir bolsões de retorno 
com dimensões (1,50x1,20m), sendo, no mínimo, um bolsão a cada 15m, e o corredor com largura míni-
ma de 0,90m; 
 Deve ser antiderrapante, regular, estável e não trepidante; 
 Deve possuir piso tátil de alerta com largura mínima de 0,25m, onde couber; 
 Deve possuir faixa de piso tátil direcional com largura mínima de 0,20m, onde couber; 
 Carpetes ou forrações devem ter as bordas firmemente fixadas ao piso e serem aplicados de forma a 
evitar enrugamentos. (tapetes devem ser evitados em rotas acessíveis); 
 Capachos devem estar embutidos no piso e nivelados de forma que não ultrapasse 5mm. 
 
3.6.1 Quanto às juntas e às grelhas 
 
 Grades, ralos e tampas de inspeção devem estar niveladas com o piso, com frestas, ressaltos ou rebai-
xos máximos de 1,5cm; 
 Os vãos das grelhas devem ter distanciamento máximo de 1.5cm e o sentido das aberturas é transver-
sal ao deslocamento. 
 26 
 
3.7 RAMPAS Deve possuir largura mínima de 1.20m. No entanto, em edificações construídas antes de 2004, pode 
ter largura mínima admissível de 90cm (segmentos de, no máximo, 4,00m); 
 Deve possuir inclinação de acordo com a tabela abaixo: 
 
Fonte: NBR 9050/2004 
 
 No caso de reformas e sendo impraticável as inclinações entre 5 % e 8,33%, deve possuir inclina-
ção de acordo com a tabela 6: 
 27 
 
 
 
 
 
 
 
 Deve ser previsto patamar com dimensão longitudinal mínima recomendável de 1.50m, sendo ad-
missível 1.20m (no início e no término da rampa); 
 Deve possuir inclinação transversal máxima de 2% em rampa interna e 3% em rampa externa; 
 Deve possuir corrimão: de seção circular entre 3.0cm – 4.5cm; prolongando-se 0.30m antes do início 
e após o término; com extremidades curvadas; afastados no mínimo de 4cm entre a parede e o mesmo; 
duplo e contínuo nas duas laterais (h=0.70m e h=0.92m); 
 Para rampas com largura a partir de 2,40m, deve haver corrimão intermediário; 
 Na ausência de paredes, deve haver guarda-corpo associado, com altura de 1.05m; 
 Na ausência de paredes laterais deve existir guia de balizamento com altura mínima de 5cm. 
Fonte: NBR 9050/2004 
A rampa pode ser um elemento de destaque ou pode ser instalada discretamente, isso vai depen-
der das características da edificação e do projeto. 
 28 
 
 
Fonte: Acervo Pessoal 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Rampa com itens de acessibilidade instala-
da adjacente à fachada principal. 
 29 
 . 
Fonte: Acervo Pessoal 
Fonte: Acervo Pessoal 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Rampa com itens de acessibilidade insta-
lada adjacente à fachada principal. 
 30 
 
3.8 ESCADAS 
 
 O primeiro e último degrau de cada lance deve atender à distância mínima de 0.30m da área de cir-
culação adjacente; 
 Deve possuir: profundidade do piso entre 0.28m e 0.32m; altura do espelho entre 0.16m e 0.18m; piso 
antiderrapante e estável; degraus interligados (sem espelho vazado); largura mínima de 1.50m, sendo 
admissível 1.20m; patamar com, no mínimo, a mesma largura da escada (quando das mudanças de 
direção ou a cada 3.20m de altura); 
 Deve possuir corrimão: de seção circular entre 3.0cm – 4.5cm; prolongando-se 0.30m antes do início 
e após o término; com extremidades curvadas; afastados no mínimo de 4cm entre a parede e o mesmo; 
contínuo nas duas laterais (h=0.92m), duplo em casos de instituições de ensino (h=0.70m e h=0.92m); 
 Para escada com largura a partir de 2,40m, deve haver corrimão intermediário; 
 Na ausência de paredes, deve haver guarda-corpo associado, com altura de 1.05m; 
 No caso de existirem escadas compondo as rotas de fuga, devem ser previstas, fora do fluxo de circu-
lação, áreas de resgate com espaço reservado e demarcado para o posicionamento de pessoas em ca-
deira de rodas. Deve demarcação do módulo de referência na área de resgate. 
 
 Às escadas existentes devem ser incorporadas itens de acessibilidade 
 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Escada existente com acréscimo de itens 
de acessibilidade. 
Fonte: Acervo Pessoal 
 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Acesso principal à edificação acessível. 
Fonte: Acervo Pessoal 
 33 
 
3.9 ELEVADORES 
 
 Deve oferecer acesso a todos os pavimentos. 
 Deve possuir piso da cabine em superfície rígida, antiderrapante e contrastando com o da circula-
ção; 
 Deve possuir portas contrastando com o acabamento da parede circundante; 
 Deve possuir cabine com dimensões mínimas de 1,40m x 1,10m; 
 Deve possuir porta com largura livre mínima de 0,80m; 
 Deve possuir espelho ou outro dispositivo que permita ao usuário de cadeira de rodas observar obs-
táculos enquanto se move para trás ao sair do elevador; 
 Deve possuir corrimão fixado nos painéis laterais e de fundo da sua face superior ao piso (h=0,85m e 
h=0,90m); 
 Deve possuir dispositivo entre 1,80m e 2,50m que emite sinais sonoro e visual, indicando o sentido 
em que a cabine se movimenta; botoeira do pavimento localizada entre 0,90m e 1,10m do piso; 
 Deve possuir botoeira da cabine está localizada entre 0,90m e 1,30m do piso; 
 O desnível entre o piso da cabine e o piso externo deve ser de, no máximo, 1,5cm; 
 A distância horizontal entre o piso da cabine e o piso externo deve ser de, no máximo, 3,5cm. 
 34 
 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Rota acessível interna. 
Em azul o percurso da rota 
acessível no pavimento térreo. 
Elevador: rota acessível ao 
pavimento superior. 
Fonte: Acervo Pessoal 
 35 
 
3.10 PLATAFORMAS ELEVATÓRIAS (NBR 15.655-1/2009) 
 
 Em caso da plataforma ser de percurso aberto (caixa não enclausurada, utilizada para vencer desní-
veis de até 2m), deve possuir fechamento contínuo em todas as laterais até a altura de 1,10m do piso; 
 Em caso da plataforma ser de percurso fechado (caixa enclausurada, utilizada para vencer o desnível 
entre 2m e 4m), deve possuir fechamento contínuo das laterais até altura de 2.00m do piso; 
 Deve possuir entrada livre mínima de 90cm com altura de 2m; 
 Deve possuir cabine com largura livre mínima de 90cm e comprimento livre mínimo de 1.40m; 
 O desnível no acesso à plataforma deve ser de, no máximo, 1,5cm; 
 Para desnível de até 5cm, a rampa deve possuir inclinação máxima de 25%; 
 Para desnível de até 7,5cm, a rampa deve possuir inclinação máxima de 16,6%; 
 Para desnível de até 10cm, a rampa deve possuir inclinação máxima de 12,5%; 
 Para desnível superior a 10cm, a rampa deve possuir inclinação máxima de 8,33%; 
 A distância horizontal entre o piso da plataforma e o fechamento, bem como entre plataforma e so-
leira do pavimento deve ser de, no máximo, 2cm; 
 A porta deve abrir para fora da caixa da plataforma; 
 A porta deve ser de fechamento autônomo, porém estável na posição aberta; 
 Caso a porta não seja de material transparente, deve possuir visor com largura de no mínimo 60cm e 
borda inferior com altura entre 30cm e 90cm do piso; 
 Caso a porta seja de material transparente, deve possuir marcas visuais entre 1,40m e 1,60m de altu-
ra; 
O revestimento do piso da plataforma deve ser antiderrapante; 
 36 
 
 Os dispositivos operacionais, de parada de emergência e de alarme de emergência devem estar locali-
zados em uma região entre 0,80 e 1,10 do piso. 
 Deve existir corrimão localizado em altura entre 0,90m e 1,10m do piso, em lado que não seja o de 
entrada da plataforma. 
 
Havendo pouco espaço na edificação, é mais viável a instalação de plataforma ou elevador do que 
rampa para vender desníveis entre pavimentos, pois ocupa menos espaço interferindo menos na estrutu-
ra existente. 
 
3.11 MOBILIÁRIO INTERNO 
 
3.11.1 Telefone público 
 
 Deve ser acessível para P.C.R. ou pessoa com baixa estatura permitindo aproximações frontal e late-
ral ao telefone; 
 A parte operacional superior do telefone acessível para P.C.R deve está a altura de no máximo 1,20 m 
com o comprimento do fio de no mínimo 0,75m; 
 O anteparo superior de proteção deve possuir altura livre de no mínimo 2,10 m do piso para oferecer 
conforto na utilização do mesmo por pessoas em pé; 
 No mínimo 5% do número total de telefones devem dispor de amplicador de sinal. 
 
 
 
 37 
 
3.11.2 Bebedouros 
 
 Havendo bebedouros no pavimento, 50% com no mínimo um devem ser acessíveis; 
 Deve possuir altura livre inferior de 0,73m e espaço que permita a aproximação frontal de P.C.R..O 
dispositivo de acionamento deve estar na parte frontal ou na lateral próximo a bordafrontal do equi-
pamento. A bica deve estar no lado frontal do equipamento, ter altura de 0,90m e permitir a utilização 
por meio de copos. 
 
 Em caso de possuir altura livre inferior de 0,73m, mas não haver avanço que permita a 
aproximação frontal de P.C.R. deve possibilitar aproximação lateral e apresentar o dispositi-
vo de acionamento da bica e o manuseio de copos em altura entre 0,80 e 1,20m. 
 
 Em caso de não possuir altura livre inferior de 0,73m e avanço que permita a aproximação 
frontal de P.C.R. deve possuir altura máxima de 0,90m, com altura livre de 0,73m do piso e 
0,90m no mínimo de extensão e permitir que o usuário de cadeira de rodas avance no míni-
mo 0,30m sob o balcão. 
3.11.3 Balcão de atendimento 
 
 Deve possuir altura máxima de 0,90m, com altura livre de 0,73m do piso e 0,90m no mínimo de 
extensão e permitir que o usuário de cadeira de rodas avance no mínimo 0,30m sob o balcão. 
 
 38 
 
3.11.4 Assentos fixos 
 
 Deve haver ao lado de pelo menos 5% dos assentos fixos em rotas acessíveis um M.R., sem interferir 
com a faixa livre de circulação. 
 
3.11.5 Bilheteria 
 
 As bilheterias e atendimentos rápidos, exclusivamente para troca de valores, devem ser acessíveis a 
P.C.R., estando localizados em rotas acessíveis e com o guichê a uma altura máxima de 1,05 m do piso 
 Deve ser garantida área de manobra com rotação de 180° e um M.R. posicionado para a aproxima-
ção lateral à bilheteria; 
 Os corredores junto a bilheterias devem possuir largura de no mínimo 0,90 m e serem acessíveis pa-
ra P.C.R., estando vinculados a rotas acessíveis e garantindo as áreas de circulação e manobra no seu 
início e término; 
 As bilheterias e atendimentos rápidos, exclusivamente para troca de valores, devem ser acessíveis a 
P.C.R., estando localizados em rotas acessíveis e com o guichê a uma altura máxima de 1,05 m do piso; 
 Deve ser garantida área de manobra com rotação de 180° e um M.R. posicionado para a aproxima-
ção lateral à bilheteria; 
 Os corredores junto a bilheterias devem possuir largura de no mínimo 0,90 m e serem acessíveis pa-
ra P.C.R., estando vinculados a rotas acessíveis e garantindo as áreas de circulação e manobra no seu 
início e término. 
 39 
 
3.12 BANHEIROS 
 
 Deve dispor de pelo menos um banheiro acessível, por pavimento, com entrada independente dos 
sanitários coletivos, respeitando o mínimo de 5% do total de cada peça instalada acessível; 
 Em caso de possuir desnível acima de 5mm, deve haver rampa para eliminar o obstáculo.; 
 O piso deve ser antiderrapante e o banheiro deve ter dimensão mínima (situação que não inclui chu-
veiro) de 1.50m x 1.70m, atendendo à especificidade da norma técnica; 
 A porta deve possuir um vão livre de 0,80m e ter sentindo de abertura para fora contendo uma bar-
ra horizontal com largura igual à metade da dimensão da porta, afixada na parte interna da mesma, 
distando 0,90m do piso acabado e 0,10m da dobradiça; 
Tratando-se de box para bacia sanitária comum, deve possuir distância entre o vaso e a porta 
(quando aberta) de, no mínimo, 0,60m e com vão livre mínimo de 0,80m. 
 
3.12.1 Quanto à bacia sanitária 
 
 Deve possuir área de transferência (0,80m x 1,20m) lateral, diagonal e perpendicular e caso o projeto 
contemple mais de um banheiro acessível, as bacias sanitárias, áreas de transferência e barras de apoio 
devem estar posicionadas de lados diferentes; 
 Em caso de bacia sanitária com assento, a altura deve ser de 0,46m e de 0,43 a 0,45m sem assento; 
 40 
 
 Em caso de haver sóculo, sua dimensão deve respeitar o excedente máximo de 5cm da base da bacia 
sanitária; 
 Deve possuir barras de apoio com comprimento mínimo de 80cm, fixadas na parede de fundo e na 
lateral da bacia sanitária, distando 0,75m do piso acabado. A barra de apoio localizada na lateral do 
sanitário deve estar a 0,30m da parede de fundo e de no mínimo 0,30m (em direção à barra lateral) do 
eixo da bacia sanitária; 
 O eixo da bacia sanitária deve estar a 0,40m da barra de apoio afixada na lateral do sanitário. A bar-
ra de apoio deve possuir seção circular entre 3cm e 4,5cm de diâmetro e distar no mínimo 4cm da pa-
rede; 
 A válvula de descarga deve atender à altura de 1m. 
 
3.12.2 Quanto ao chuveiro 
 
 Em caso de possuir desnível acima de 5mm, deve haver rampa para eliminar o obstáculo; 
 O box deve ter a dimensão mínima de 0,90m x 0,95m e possuir banco articulado ou removível com 
profundidade mínima de 0,45m, 0,46m de altura do piso e comprimento mínimo de 0,70m; 
 Na parede de fixação do banco deve haver uma barra vertical com altura de 0,75m do piso acabado 
e comprimento mínimo de 0,70m, a uma distância de 0,85m da parede lateral ao banco; 
 Deve possuir área de transferência (0,80m x 1.20m) externa ao boxe, possibilitando a aproximação 
paralela ao banco e estar deslocada 0,30m em relação à parte posterior da parede, onde o banco está 
fixado. 
 41 
 
 O chuveiro deve ser equipado com desviador para ducha manual e o controle de fluxo ducha/
chuveiro deve ser na ducha manual; 
 O registro do chuveiro deve ser do tipo alavanca e deve encontrar-se instalado na altura de 1,00m do 
piso acabado, e distando 0,45m da parede que se encontra fixado o banco; 
 Deve haver barras de apoio vertical e horizontal ou em L (em substituição às anteriores) na parede 
lateral ao banco. A barra vertical deve possuir comprimento mínimo de 0,70m, e estar a uma altura de 
0,75m do piso e a uma distância de 0,45m da borda frontal do banco. A barra horizontal deve possuir 
comprimento mínimo de 0,60m, está a uma altura de 0,75 m do piso e a uma distância máxima de 
0,20 m da parede de fixação do banco; 
 A barra em L deve ter segmentos de 0,70 m de comprimento mínimo, estar a uma altura de 0,75 m 
do piso no segmento horizontal e a uma distância de 0,45 m da borda frontal do banco no segmento 
vertical; 
 A barra de apoio deve possuir seção circular entre 3cm e 4,5cm de diâmetro e distar no mínimo 4cm 
da parede. 
 
3.12.3 Quanto ao lavatório 
 
 Tratando-se de banheiro acessível, deve haver obrigatoriamente lavatório dentro do box de modo a 
não interferir na área de transferência para a bacia sanitária; 
 Deve estar fixado a uma altura entre 0,78 e 0,80m do piso e respeitando altura livre de 0,73m (borda 
inferior). 
 42 
 
 Deve possuir barra de apoio junto ao lavatório fixada na altura do mesmo. A barra deve distar no 
mínimo 4cm da parede; 
 O sifão e a tubulação devem estar situados a 0,25m da face externa frontal da barra de apoio e pos-
suir dispositivo de proteção do tipo coluna suspensa ou similar; 
 O comando da torneira deve estar, no máximo, a 0,50m da face externa frontal da barra de apoio e 
deve ser acionada por alavanca, sensor eletrônico ou dispositivo equivalente. 
 
3.12.4 Quanto ao mictório 
 
 Deve existir área de aproximação frontal para PMR (diâmetro de 0,60m) e para PCR (0,80m x 
1,20m; 
 Os modelos suspensos devem ter altura (na borda frontal) entre 0,60m a 0,65m; 
 Deve ter o acionamento da descarga, tipo alavanca ou automática, com altura de 1.00m do seu eixo; 
 Deve possuir barras de apoio com afastamento de 0,60m (centralizado pelo eixo), comprimento mí-
nimo de 0,70m, fixadas em altura inferior de 0,75m. 
 
3.12.5 Quanto aos acessórios 
 
 O espelho deve possuir borda inferior a no máximo 0,90m e borda superior a no mínimo 1,80m. Ca-
so o espelho tenha altura (da borda inferior) acima de 0,90m, deve estar instalado com inclinação de 
10º; 
 43 
 
 Em caso de papeleira embutida ou que avance até 10cm em relação à parede, ela deve possuir altura 
inferior entre 0,50m e 0,60m e dista, no máximo, 0,15m da borda frontal do sanitário. Para os demais 
tipos, a papeleira deve estar alinhada com a borda frontal da bacia e o acesso ao papelestá entre 
1.00m a 1,20 m do piso acabado; 
 Os acessórios (cabide, saboneteira, toalheiro, porta-objetos) devem atender à altura entre 0,80m e 
1,20m; 
 Se existir ducha higiênica, ela deve estar instalada na área de alcance manual conforme figuras 13 e 
14 da NBR 9050:2004. 
Devem ser projetos sanitários femininos e masculinos adaptados, quando não for possível deve 
ser previsto um sanitário unissex adaptado interligado a uma rota acessível. É mais viável que os sani-
tários acessíveis fiquem próximos dos sanitário coletivos, no caso de não ser possível os banheiros acessí-
veis podem ser colocados em outros espaços desde que devidamente sinalizados. 
 44 
 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Banheiro acessível. 
Fonte: Acervo Pessoal 
Fonte: Acervo Pessoal 
 45 
 
Exemplo de intervenção no Palácio da Cultura (Pinacoteca) - Banheiro acessível. 
Fonte: Acervo Pessoal 
Fonte: Acervo Pessoal 
 46 
 
3.13 SINALIZAÇÃO 
 
 Na existência de planos e mapas táteis, as superfícies com estas informações devem ser instaladas a 
uma altura entre 0,90m a 1,10m e possuir reentrância na parte inferior com, no mínimo, 0,30m de al-
tura e 0,30m de profundidade, para permitir aproximação frontal de PCR. 
 
3.13.1 Sinalização da calçada 
 
 Deve existir piso tátil de alerta ao longo do meio-fio. Na ausência da linha guia (estacionamento, 
acessos, etc) deve existir sinalização com piso tátil (recomendado o direcional) indicando o limite do 
lote para balizamento das pessoas com deficiência visual; 
 
3.13.2 Sinalização da calçada 
 
 Deve possuir sinalização em cor contrastante com a do piso; 
 Deve existir piso tátil de alerta em torno da guia ou na rampa principal. 
 
 
3.13.3 Sinalização das guias rebaixadas para veículos 
 
Deve existir sinalização visual e sonora na entrada e saída de veículos. 
 47 
 
 
3.13.4 Sinalização do telefone público 
 
 Deve estar sinalizado com o símbolo internacional de acesso – SAI; 
 Devem possuir sinalização com piso tátil de alerta para os modelos tipo “orelhão”. 
 
3.13.5 Sinalização de obstáculos suspensos (caixa de correio, lixeira, jardinei-
ras etc) 
 
 Deve haver piso tátil de alerta ao redor do obstáculo suspenso (necessário somente quando há volu-
me superior, com altura entre 0,60 e 2,10m, maior do que a base). 
 
3.13.6 Sinalização do estacionamento 
 As vagas reservadas para pessoas com deficiência devem possuir sinalização horizontal de acordo 
com a Resolução 236/07 do CONTRAN (modelo em anexo) e sinalização vertical de acordo com a Re-
solução 304/08 do CONTRAN (modelo em anexo); 
 As vagas reservadas para idosos devem possuir sinalização horizontal e vertical de acordo com a Re-
solução 303/08 do CONTRAN (modelo em anexo). 
 48 
 
3.13.7 Sinalização no acesso à edificação 
 
 Caso todas as entradas não sejam acessíveis, deve haver sinalização informativa, indicativa e direcio-
nal da localização das entradas acessíveis. 
 
3.13.8 Sinalização na rampa 
 Deve haver sinalização com piso tátil de alerta antes do início e após o final, com largura entre 0,25 
m a 0,60 m, afastada de 0,32 m no máximo do ponto onde ocorre a mudança do plano. 
 
3.13.9 Sinalização na escada 
 
 Deve possuir sinalização visual na borda dos degraus, com largura entre 2 e 3cm; 
 Deve haver sinalização com piso tátil de alerta antes do início e após o final, com largura entre 0,25 
m a 0,60 m, afastada de 0,32 m no máximo do ponto onde ocorre a mudança do plano; 
 No caso de existirem escadas compondo rotas de fuga, estas devem possuir identificação com sinali-
zação em material fotoluminescente em sua porta de acesso e a área de resgate deve ser sinalizada 
com o MR. 
 49 
 
 
3.13.10 Sinalização nas portas 
 
 Deve possuir sinalização visual no centro da porta ou na parede adjacente, ocupando área entre 
1,40m e 1,60m e sinalização tátil em relevo e Braille ao lado da maçaneta, a uma altura entre 0,90 e 
1,10m; 
 As portas dos sanitários devem ser sinalizadas com o símbolo internacional de sanitário e as portas 
dos sanitários acessíveis devem ser sinalizadas com o símbolo internacional de acesso ao lado do sím-
bolo internacional de sanitário. 
 
3.13.11 Sinalização nos elevadores 
 
 Deve possuir sinalização com piso tátil de alerta distando, no máximo, 0,32m da porta do elevador e 
sinalização sonora no andar para identificar a chegada da cabine; 
 As botoeiras devem possuir sinalização em Braille localizada ao lado esquerdo ou sobre os botões. 
 
3.13.12 Sinalização nas plataformas elevatórias 
 
 O dispositivo de alarme de emergência deve ser de cor amarela e ser identificado por um símbolo de 
sino; 
 O dispositivo de parada de emergência deve ser de cor vermelha e se identificado por um símbolo 
STOP; 
 50 
 
 Deve existir símbolo internacional de acesso (SIA) com 15cm de altura em todas as portas da plata-
forma como consta no tópico 5.5.5.2. da NBR 9050/04. 
 
3.13.13 Sinalização nos banheiros 
 
 Os banheiros com entrada independente devem possuir, ao lado da bacia sanitária e do chuveiro, 
dispositivo de sinalização de emergência. 
 
3.14 ASPECTOS ESPECÍFICOS 
 Todos os elementos expostos para visitação pública devem estar em locais acessíveis; 
 Os elementos expostos, títulos e textos explicativos, documentos ou similares devem possuir alarmes 
sonoros que emitem sons com intensidade de no mínimo 15 dB acima do ruído de fundo: 
 intensidade e frequência entre 500 Hz e 3 000 Hz; 
 frequência variável alternadamente entre som grave e agudo, se o ambiente tiver muitos obs-
táculos sonoros (colunas ou vedos); 
 intermitência de 1 a 3 vezes por segundo; 
 intensidade de no mínimo 15 dBA superior ao ruído médio do local ou 5 dBA acima do ruído 
máximo do local. 
 Os títulos, textos explicativos ou similares devem estar em Braille. 
 51 
 
4. Desafios 
É sabido que tomar decisões projetuais em edifícios já existentes é complicado, ainda mais 
quando possuem valor histórico, entretanto é possível chegar a um consenso. 
De forma geral os desafios maiores são: 
 Passeio público inadequado; 
 Acesso ao lote/ Acesso à edificação; 
 Escadas e rampas sem itens de acessibilidade; 
 Circulação estreita; 
 Piso danificado e com inclinações; 
 Desníveis internos; 
 Falta de sinalização visual, tátil e sonora; e 
 Falta de sanitários adaptados. 
 
 52 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050: acessibilidade de pessoas porta-
doras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. 
 
ELALI, Gleice Azambuja. Um sistema para avaliação da acessibilidade em edificações do campus central da 
UFRN. In: SEMINÁRIO ACESSIBILIDADE NO COTIDIANO, 2002, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: 
PROARQ, 2002. Não paginado. 
 
MAIOR, Mônica Maria Souto; SZILAGYL, Emmanuel Brito von; GOMES, Marjorie Maria de Abreu. Acessibi-
lidade: uma ferramenta indispensável para a sobrevivência do patrimônio histórico. In: COSTA, Angelina 
Dias Leão; ARAÚJO, Nelma Miriam Chagas de. Org(s). Acessibilidade no Ambiente Construído: Questões 
Contemporâneas. João Pessoa: IFPB, 2013. p. 167-187. 
 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) –Declaração Internacional de Direitos Humanos, 1948. Dis-
ponível em: <www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php>. Acesso em: 05 jan. 2015. 
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