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Apostila Casos Clínicos 2015 RESPOSTAS (1 11)

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Respostas	
  revisadas	
  das	
  questões	
  1	
  a	
  11	
  da	
  apostila	
  de	
  casos	
  clínicos	
  de	
  parasitologia	
  	
  Questão	
  1	
  –	
  Amebíase	
  a) Amebíase	
   intestinal	
   causada	
   pela	
   Entamoeba	
   histolytica,	
   pois	
   na	
   descrição	
   da	
   mãe	
   há	
   a	
  presença	
  de	
   fezes	
  pastosas	
  com	
  sangue,	
  o	
  que	
  é	
  um	
   indicativo	
   forte	
  de	
  amebíase,	
  além	
  de	
  desconforto	
  abdominal	
  e	
  febre	
  que	
  raramente	
  ocorre.	
  A	
  região	
  onde	
  moram	
  é	
  favorável	
  para	
  transmissão	
  do	
  parasito,	
  levando	
  em	
  conta	
  que	
  não	
  há	
  tratamento	
  da	
  água	
  nem	
  de	
  esgoto.	
  b) Exame	
  parasitológico	
  de	
  fezes	
  para	
  detecção	
  de	
  cistos	
  de	
  Entamoeba	
  com	
  a	
  presença	
  de	
  até	
  4	
   núcleos	
   indicativo	
   de	
   infecções	
   por	
   E.	
   histolytica/dispar.	
   Se	
   houver	
   a	
   presença	
   de	
  trofozoítos	
   com	
  hemácias	
   interiorizadas	
  poderia	
   confirma	
  o	
  diagnóstico	
   específico	
  para	
  E.	
  
histolytica.	
  c) A	
  presença	
  de	
   fezes	
  sanguinolentas	
  está	
  relacionada	
  com	
  ulcerações	
  profundas	
  no	
  epitélio	
  intestinal,	
  onde	
  ocorre	
  o	
  processo	
  de	
  adesão	
  da	
  ameba	
  (proteínas	
  como	
  lectinas	
  atuam	
  neste	
  processo)	
   e	
   estas	
   secretam	
   enzimas	
   proteolíticas	
   que	
   causam	
   danos	
   a	
   mucosa	
   intestinal	
  provocando	
  sangramentos.	
  A	
  febre	
  pode	
  estar	
  relacionada	
  a	
  uma	
  reação	
  imunológica.	
  Questão	
  2	
  	
  -­‐	
  Amebíase	
  
a) Amebíase	
  intestinal	
  causada	
  pela	
  Entamoeba	
  histolytica.	
  b) Pois	
   primeiramente	
   ela	
   começou	
   com	
   possível	
   quadro	
   de	
   colite	
   não	
   disentérica,	
  apresentando	
   diarreia	
  mole	
   e/ou	
   pastosas	
   (3	
   a	
   4	
   vezes	
   ao	
   dia).	
   Em	
   seguida	
   ela	
   passou	
   a	
  apresentar	
   evacuações	
   mucossanguinolentas	
   (10	
   a	
   15	
   vezes),	
   caracterizando	
   quadros	
   de	
  amebíase	
  disentérica.	
  Os	
  trofozoítos	
  começam	
  a	
  invadir	
  a	
  mucosa	
  intestinal,	
  multiplicando-­‐se	
  e	
  prosseguindo	
  para	
  os	
  tecidos	
  sob	
  a	
  forma	
  de	
  microulcerações.	
  c) O	
  diagnostico	
  definitivo	
  só	
  poderá	
  ser	
  confirmado	
  se	
  houver	
  a	
  presença	
  de	
  trofozoítos	
  com	
  hemácias	
   interiorizadas	
   característica	
   típica	
   de	
   E.	
   histolytica.	
   Há	
   também	
   o	
   diagnostico	
  laboratorial	
  pelo	
  método	
  de	
  ELISA	
  e	
  imunofluorescência.	
  Questão	
  3	
  	
  Não.	
  Pois	
  essas	
  espécies	
  são	
  amebas	
  não	
  patogênicas	
  e	
  o	
  tratamento	
  não	
  é	
  recomendado.	
  	
  Questão	
  4	
  -­‐	
  Tricomoníase	
  	
  	
  	
  a) Tricomoníase.	
  b) Na	
  mulher,	
   o	
   processo	
   infeccioso	
   é	
   acompanhado	
  de	
   prurido	
   ou	
   irritação	
   vulvovaginal	
   de	
  intensidade	
  variável	
  e	
  dores	
  no	
  baixo	
  ventre.	
  A	
  mulher	
  apresenta	
  dor	
  e	
  dificuldade	
  para	
  as	
  relações	
   sexuais	
   desconforto	
   nos	
   genitais	
   externos,	
   dor	
   ao	
   urinar	
   (disúria)	
   e	
   frequência	
  miccional	
  (poliúria).	
  No	
  homem,	
  a	
  tricomoníase	
  é	
  comumente	
  assintomática	
  ou	
  apresenta-­‐se	
  como	
  uma	
  uretrite	
  com	
  fluxo	
  leitoso	
  ou	
  purulento	
  e	
  uma	
  leve	
  sensação	
  de	
  prurido	
  na	
  uretra.	
  Pela	
  manhã,	
  antes	
  da	
  passagem	
  da	
  urina,	
  pode	
  ser	
  observado	
  um	
  corrimento	
  claro,	
  viscoso	
  e	
  pouco	
   abundante,	
   com	
   desconforto	
   ao	
   urinar	
   (ardência	
   miccional).	
   Para	
   a	
   mulher	
   o	
  diagnóstico	
  poderia	
  ser	
  confirmado	
  pela	
  análise	
  da	
  secreção	
  vaginal	
  após	
  coleta	
  com	
  swab	
  com	
  auxílio	
  de	
  um	
  espéculo.	
  No	
  homem	
  o	
  parasito	
  é	
  mais	
  frequente	
  no	
  sêmen.	
  Amostras	
  da	
  secreção	
  vaginal	
  e	
  esperma	
  podem	
  ser	
  utilizadas	
  para	
  exame	
  a	
  fresco	
  ou	
  para	
  realização	
  de	
  esfregaços	
  corados	
  com	
  Giemsa	
  os	
  quais	
  são	
  visualizados	
  em	
  microscópio	
  para	
  detecção	
  de	
  trofozoítos	
   característicos	
  de	
  T.	
   vaginalis.	
  ELISA	
  e	
  RIFI	
   também	
  podem	
  ser	
  utilizados	
  para	
  diagnosticar	
  T.	
  vaginalis.	
  
c) Prática	
   do	
   sexo	
   seguro,	
   que	
   inclui	
   aconselhamentos	
   que	
   auxiliam	
   a	
   população	
   a	
   fazer	
   as	
  escolhas	
  sexuais	
  mais	
  apropriadas	
  para	
  a	
  redução	
  do	
  risco	
  de	
  contaminação	
  com	
  os	
  agentes	
  infecciosos;	
  uso	
  de	
  preservativos;	
  abstinência	
  de	
  contatos	
  sexuais	
  durante	
  o	
   tratamento,	
  o	
  qual	
  deve	
  ser	
  feito	
  simultaneamente	
  para	
  parceiros	
  sexuais,	
  mesmo	
  que	
  a	
  doença	
  tenha	
  sido	
  diagnosticada	
  em	
  apenas	
  um	
  dos	
  membros	
  do	
  casal.	
  Questão	
  5	
  -­‐	
  Tricomoníase	
  	
  	
  	
  a) Trichomonas	
  vaginalis.	
  b) Vide	
  item	
  4B.	
  c) Trichomonas	
  vaginalis	
  não	
  é	
  sensível	
  aos	
  antibióticos	
  	
  indicados	
  para	
  infecções	
  bacterianas.	
  A	
   não	
   adesão	
   do	
   marido	
   ao	
   primeiro	
   tratamento	
   pode	
   ter	
   favorecido	
   a	
   manutenção	
   da	
  bacteriana.	
  A	
  utilização	
  da	
  medicação	
  errada	
  favoreceu	
  a	
  manutenção	
  do	
  T.	
  vaginalis.	
  Neste	
  caso	
  a	
  droga	
  recomendada	
  é	
  o	
  metronidazol.	
  	
  d) Vide	
  item	
  4C.	
  Questão	
  6	
  –	
  Giardíase	
  a) Giardíase/	
   isosporose/criptosporidiose.	
   Presença	
   de	
   fezes	
   volumosas	
   e	
   oleosas,	
   com	
  ausência	
   de	
   sangue,	
   sem	
   febre.	
   	
   O	
   fato	
   de	
   ter	
   retornado	
   de	
   uma	
   viagem	
   a	
   uma	
   área	
  provavelmente	
  endêmica	
  reforça	
  a	
  suspeita.	
  b) Para	
   confirmar	
   a	
   suspeita	
   clínica	
   deve-­‐se	
   fazer	
   o	
   exame	
   parasitológico	
   de	
   fezes,	
  preferencialmente	
   com	
   três	
   amostras	
   colhidas	
   em	
   dias	
   alternados.	
   	
   Em	
   fezes	
   formadas	
  poderão	
  ser	
  identificados	
  os	
  cistos/oocistos	
  e	
  nas	
  fezes	
  diarreicas	
  poderão	
  ser	
  visualizados	
  os	
  trofozoítos	
  de	
  Giardia.	
  c) Essa	
  forma	
  é	
  muito	
  comum	
  entre	
  viajantes	
  originários	
  de	
  áreas	
  de	
  baixa	
  endemicidade	
  que	
  visitam	
  áreas	
  endêmicas.	
  d) O	
  tratamento	
   indicado	
  é	
  pelo	
  uso	
  dos	
   imididazóis,	
  principalmente,	
  o	
  metronidazol	
  (Flagil),	
  tinidazol	
  (Fasigyn),	
  omidazol	
  (Tiberal)	
  e	
  secnidazol	
  (Secnidazol).	
  	
  	
  Questão	
  7	
  -­‐	
  Leishmaniose	
  a) Leishmaniose	
  mucocutânea	
  devido	
  à	
  presença	
  de	
  lesões	
  destrutivas	
  envolvendo	
  mucosas	
  e	
  cartilagens.	
  	
  b) O	
  teste	
  intradérmico	
  de	
  Montenegro	
  avalia	
  a	
  reação	
  de	
  hipersensibilidade	
  tardia	
  do	
  paciente	
  ao	
  antígeno	
  deLeishmania	
   injetado	
  sob	
  a	
  pele.	
  Mede-­‐se	
  a	
  presença	
  de	
  reação	
   inflamatória	
  48-­‐72hs	
  após	
  a	
   inoculação.	
  Considera-­‐se	
  um	
  resultado	
  positivo	
  quando	
  houver	
  a	
   formação	
  de	
  uma	
  lesão	
  >	
  5mm.	
  	
  c) A	
  droga	
  de	
  primeira	
  escolha	
  para	
  o	
  tratamento	
  da	
  leishmaniose	
  é	
  o	
  antimonial	
  pentavalente,	
  Glucantime	
   (antirnoniato	
   de	
   N-­‐metilglucamina).	
   Nos	
   casos	
   onde	
   há	
   restrições	
   ao	
   uso	
   da	
  droga,	
  pode	
  ser	
  utilizado	
  a	
  anfotericina	
  B	
  ou	
  ainda,	
  nos	
  casos	
  de	
  resistência	
  ao	
  antimonial.	
  	
  Questão	
  8	
  -­‐	
  Leishmaniose	
  a) Leishmaniose	
   mucocutânea	
   por	
   causa	
   do	
   comprometimento	
   tanto	
   da	
   mucosa	
   faríngea,	
  quanto	
  da	
  cartilagem	
  nasal.	
  b) Por	
  ter	
  estado	
  em	
  área	
  endêmica	
  da	
  doença,	
  ele	
  pode	
  ter	
  sido	
  picado	
  pelo	
  flebotomíneo.	
  c) As	
   formas	
   promastigotas	
   são	
   inoculadas	
   na	
   derme	
   durante	
   o	
   repasto	
   sanguíneo	
   do	
  flebotomineo	
   e	
   são	
   fagocitadas	
   por	
   macrófagos.	
   As	
   promastigotas	
   se	
   transformam	
   em	
  amastigotas,	
  passam	
  a	
  se	
  replicar	
  dentro	
  dos	
  macrófagos,	
  os	
  abarrotando	
  e	
  lisando	
  a	
  célula.	
  
As	
  células	
  destruídas	
  atraem	
  outras	
  células	
  do	
  sistema	
  monocítico	
  fagocitário.	
  Dessa	
  forma,	
  cria-­‐se	
  um	
  infiltrado	
  inflamatório,	
  levando	
  ao	
  desenvolvimento	
  das	
  lesões.	
  Após	
  a	
  metástase	
  dos	
  parasitos	
  o	
  paciente	
  apresenta	
  as	
  lesões	
  mucosas	
  com	
  a	
  destruição	
  do	
  septo	
  nasal.	
  	
  	
  Questão	
  9	
  -­‐	
  Leishmaniose	
  a) Leishmaniose	
   Cutânea.	
   Por	
   causa	
   da	
   lesão	
   circular	
   ulcerocrostosa	
   seca	
   com	
   bordo	
   em	
  moldura,	
   característico	
   da	
   Leishmaniose	
   Cutânea.	
   Além	
   disso,	
   o	
   paciente	
   reside	
   em	
   uma	
  região	
  endêmica.	
  	
  b) Coleta	
  do	
  aspirado	
  da	
  borda	
  da	
  lesão	
  para	
  a	
  pesquisa	
  de	
  amastigotas;	
  Teste	
  de	
  Montenegro;	
  RIFI/ELISA.	
  c) Vide	
  item	
  8C	
  Questão	
  10	
  –	
  Doença	
  de	
  Chagas	
  a) Doença	
  de	
  Chagas.	
  Ela	
  é	
  residente	
  em	
  Bocaiúva	
  (norte	
  de	
  MG)	
  que	
  é	
  uma	
  região	
  endêmica	
  de	
  Chagas,	
   evidencia	
   um	
   coração	
  demasiadamente	
   aumentado,	
   com	
   sintomas	
  que	
   remetem	
  a	
  insuficiência	
   cardíaca.	
   Além	
   disso	
   a	
   paciente	
   apresenta	
   disfagia	
   e	
   odinofagia,	
   o	
   que	
  caracteriza	
  a	
  forma	
  digestiva	
  da	
  doença.	
  b) Já	
   que	
   a	
   paciente	
   se	
   encontra	
   na	
   fase	
   crônica,	
   os	
   exames	
   sorológicos	
   são	
   os	
   mais	
  recomendados:	
   IFI,	
   ELISA,	
   HAI.	
   Pode	
   ser	
   realizada	
   a	
   PCR	
   para	
   elucidação	
   dos	
   casos	
  duvidosos.	
  c) Já	
   que	
   é	
   uma	
   área	
   endêmica,	
   o	
   barbeiro,	
   vetor	
   da	
   Doença	
   de	
   Chagas,	
   após	
   o	
   repasto	
  sanguíneo	
   pode	
   ter	
   defecado	
   sobre	
   a	
   pele	
   da	
   senhora,	
   já	
   que	
   essa	
   é	
   a	
   principal	
   via	
   de	
  transmissão.	
  d) Tratamentos	
   paliativos	
   (antihipertensivos,	
   anti-­‐arritmia,	
   cirurgia	
   no	
   caso	
   de	
  megacólon	
   e	
  megaesôfago,	
   etc)	
  que	
   seriam	
  para	
   tentar	
   tratar	
  os	
   sintomas,	
   já	
   que	
   a	
  doença	
   crônica	
  não	
  tem	
  cura.	
  O	
  tratamento	
  é	
  recomendado	
  apenas	
  nos	
  casos	
  de	
  fase	
  aguda	
  ou	
  crônicos	
  recentes.	
  
	
  Questão	
  11	
  –	
  Malária	
  a) É	
   possível	
   que	
   ele	
   realmente	
   esteja	
   com	
  malária.	
   Pois	
   existe	
   a	
   forma	
   latente	
   que	
   fica	
   nos	
  hepatócitos	
  até	
  serem	
  reativados,	
  que	
  são	
  os	
  hipnozoítos.	
  
b) Plasmodium	
  vivax.	
  c) Pouco	
  provável.	
  A	
  principal	
  área	
  endêmica	
  no	
  Brasil	
  é	
  na	
  Amazônia	
  Legal,	
  que	
  inclui	
  Manaus.	
  A	
  probabilidade	
  de	
  o	
  caminhoneiro	
  apresentar	
  uma	
  forma	
  latente	
  de	
  Plasmodium	
  é	
  maior	
  do	
  que	
  ele	
  ter	
  adquirido	
  Malária	
  em	
  Brasília,	
  apesar	
  de	
  existirem	
  anofelinos	
  na	
  capital.	
  Porém,	
  para	
   ocorrer	
   uma	
   transmissão	
   autóctone	
   haveria	
   necessidade	
   dos	
   vetores	
   estarem	
  infectados,	
  o	
  que	
  até	
  momento	
  não	
  foi	
  comprovado	
  em	
  Brasília.

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