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Casos Clínicos Parasitologia 2015 alunos novo

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Universidade de Brasília 
Faculdade de Medicina 
Laboratório de Parasitologia Médica e Biologia de Vetores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AAppoossttiillaa ddee CCaassooss CCllíínniiccooss 
aapplliiccaaddooss ààss DDiisscciipplliinnaass ddee 
PPaarraassiittoollooggiiaa ee 
PPaarraassiittoollooggiiaa BBáássiiccaa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
2015 
 
 
______________________________________________________________________ 
Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
2 
Prezado (a) aluno (a), 
 
Essa apostila foi elaborada para que você possa enriquecer seu estudo e 
aprofundar seus conhecimentos em Parasitologia. Experimente resolvê-los por conta 
própria e, somente depois, procure ajuda de seus professores ou monitores para 
esclarecer suas dúvidas. Acreditamos que essa seja uma forma de aprender aplicando 
os conhecimentos adquiridos e procurando pelas respostas corretas. Diante desses 
casos clínicos, tentaremos aproximar vocês da realidade dos profissionais de saúde, 
que muitas vezes precisam contar com os conhecimentos prévios e colocá-los em 
prática frente às diversidades impostas pela profissão. Você poderá utilizar livros de 
Parasitologia, de Medicina Interna, de Doenças Infecciosas, de Diagnósticos 
Laboratoriais e outros, mas as perguntas foram elaboradas, principalmente, para que 
você possa pesquisar em livros acadêmicos de Parasitologia Humana. Provavelmente 
um Dicionário Médico ajude-os bastante no significado de termos que são utilizados 
no texto. Esperamos que lembrem sempre da Parasitologia não como uma matéria 
para “decorar”, mas sim como uma ciência que se aprende raciocinando e 
pesquisando. 
 
Bons estudos a todos, 
 
Professores e Monitores da Parasitologia – UnB. 
 
 
 
 
 
 
______________________________________________________________________ 
Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
3 
1) Um médico atende duas crianças, acompanhadas pela mãe, que se queixam de fortes 
dores de barriga. A mãe relata que as crianças defecavam fezes pastosas com presença de 
sangue e que na região onde mora não há água tratada nem coleta de esgoto. Uma das 
crianças também apresentou febre baixa. 
 
A) Qual a sua suspeita? Por quê? 
B) Qual seria o método indicado para confirmação do diagnóstico? 
C) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com os mecanismos de patogênese. 
 
2) Uma mulher de 36 anos relata que há 2 meses começou a apresentar diarréia com 3 a 6 
evacuações nas 24 horas e fezes pastosas e/ou líquidas. Após a realização de uma 
colonoscopia fez diagnóstico de uma retocolite ulcerativa. Mesmo fazendo uso do 
tratamento indicado, o seu quadro diarréico continuou piorando progressivamente, 
apresentando agora 10 a 15 evacuações nas 24 horas, com fezes líquidas acompanhadas 
frequentemente de muco e sangue, além de fraqueza e emagrecimento. 
 
A) Qual sua suspeita diagnóstica? 
B) Por que o paciente está apresentando estes sintomas? 
C) Que investigações deveriam ser feitas para confirmar seu diagnóstico? Qual fase 
de desenvolvimento do parasito você esperaria encontrar na investigação? 
 
3) Um homem vai a uma farmácia relatando ter feito exame de fezes e neste apresentou: 
"cistos de Entamoeba coli e Endolimax nana". A receita médica prescrevia medicação para 
amebíase. Está correta esta prescrição médica? Justifique. 
 
4) F.G.A, homem, 27 anos procura um posto de saúde reclamando de dor ao urinar e de 
coceira “interna” no pênis. Relatou que ao acordar, sua cueca apresentava manchas que ele 
acreditava ser de um líquido esbranquiçado que sai do canal da uretra. Ao ser questionado 
se praticou relação sexual durante os últimos dias e ele afirmou ter tido três parceiras 
durante um mês e que a segunda delas reclamava de dor durante o coito. Complementou 
ainda que percebeu um corrimento amarelo-esverdeado e bolhoso na parceira. 
 
A) Em se tratando de uma DST, qual sua suspeita diagnóstica? 
B) Quais os sintomas apresentados pelo paciente ou por sua parceira poderiam ajudar 
em sua suspeita? Quais exames complementares você pediria para confirmar sua suspeita 
diagnóstica? 
C) Após confirmar sua suspeita, que orientação você daria a esse homem para evitar 
uma nova infecção? 
 
5) I.M.A., 20 anos, casada, queixa-se de prurido vaginal intenso, corrimento constante e dor 
durante o ato sexual. Relata que já foi medicada com antibióticos três vezes para o mesmo 
problema sob suspeita de infecção por bactérias; nestes casos o marido só aderiu ao 
primeiro tratamento. Revelou que após os tratamentos apresentou discreta melhora. Ao 
exame clínico foram verificadas algumas escoriações na região pubiana, eritema de vulva e 
vagina, presença de secreção vaginal de cor creme com aspecto espumoso e cervicite. Foi 
colhido material para exame laboratorial. 
 
 
______________________________________________________________________ 
Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
4 
A) Qual parasito poderia ser incluído na suspeita? 
B) Que exames laboratoriais poderiam ser indicados para confirmar a suspeita? 
C) Indique duas possibilidades para que os tratamentos anteriores não tenham dado 
resultado. 
D) Quais medidas profiláticas poderiam ser recomendadas para a paciente? 
 
6) Após visita de uma semana de duração a uma cidade no interior de Minas Gerais, um 
vendedor de 31 anos procura o pronto-socorro relatando a ocorrência de fezes volumosas e 
oleosas, dor abdominal, acompanhadas de náuseas e arrotos. Vem utilizando medicamentos 
para controlar diarréia e enjoo desde que os sintomas surgiram, há um mês, porém os 
sintomas vêm piorando nos últimos dias. O paciente também apresentou perda de peso. 
Não há presença de catarro, pus ou sangue nas fezes. (Temperatura corporal: 36,5°C). 
 
A) Qual(is) sua(s) suspeita(s) diagnóstica(s)? Por quê? 
B) Qual exame pode ser realizado para confirmar o diagnóstico? 
C) Qual a relação entre a viagem feita pelo paciente e a ocorrência da parasitose? 
D) Qual o tratamento indicado para este paciente? 
 
7) Paciente de 10 anos, natural e procedente de Pernambuco, apareceu com história de lesão 
no lábio inferior há mais ou menos dois meses. Ao exame dermatológico, evidenciou-se 
lesão exulcerada e crostosa associada a edema na região do lobo inferior. Foi realizado teste 
de Montenegro, cujo resultado foi positivo. O exame anatomopatológico demonstrou um 
infiltrado inflamatório misto, com histiócitos contendo parasitos. 
 
A) Qual sua suspeita diagnóstica? Por quê? 
B) Em que consiste o Teste de Montenegro? 
D) Qual o tratamento mais adequado? 
 
8) Um senhor, com idade acima de 60 anos, relata que foi para a cidade de Eldorado (MS), 
região endêmica de leishmaniose, febre amarela, malária e doença de Chagas numa 
pesquisa de campo para captura dos vetores. Pouco depois ele apresentou sintomas de 
faringite, procurou um orotorrinolaringologista, que confirmou o diagnóstico de laringite e 
indicou o tratamento com antibiótico, que foi feito durante 2 anos. Após este período, o 
senhor relata que “melhorava e piorava da faringite”. Posteriormente, foi verificado que o 
mesmo tinha comprometimento do septo nasal. 
 
A) Qual a sua suspeita diagnóstica? Por quê? 
B) Como o senhor pode ter adquirido a doença? 
C) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com os mecanismos de patogênese. 
 
9) Um menino de nove anos, procedente de Sobradinho (DF), apresentou-se com lesão 
circular ulcerocrostosa seca com bordo em moldura, localizada no membro superior 
esquerdo, com início há aproximadamente sete meses.A) Qual sua suspeita diagnóstica?Por quê? 
B) Quais exames complementares você solicitaria para confirmar sua hipótese? 
 
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Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
5 
C) Correlacione o ciclo do parasito com a lesão dermatológica apresentada por este 
paciente. 
 
10) Berenice é uma senhora de 72 anos, residente em região rural próxima à Bocaiúva 
(norte de Minas Gerais), que sente “muito cansaço, falta de ar” e tem “as pernas inchadas”. 
Há também uma história de disfagia e odinofagia de longa data, causa de grande 
emagrecimento. Apresenta ainda quadro de intensa dispneia. A radiografia de tórax 
evidencia um coração demasiadamente aumentado. 
 
A) Qual sua suspeita diagnóstica? Por quê? 
B) Quais outras investigações você realizaria? Por quê? 
C) Como Berenice deve ter adquirido essa parasitose? 
D) Que tratamento você indicaria para Berenice? 
 
 
11) Um caminhoneiro é encaminhado a um hospital de Brasília, e suspeita-se de que ele 
esteja com malária. Entretanto, ele alega ter adquirido malária numa viagem a Manaus há 
mais de 5 anos e que não viajou mais para área endêmica para esta doença. Pergunta-se: 
 
A) Você acha que houve erro de diagnóstico ou é realmente possível que o 
caminhoneiro em questão tenha a parasitose? Explique sua resposta. 
B) Caso sua resposta tenha sido afirmativa, qual a espécie de Plasmodium envolvida? 
C) Haveria a possibilidade de o caminhoneiro ter adquirido a doença em Brasília? 
Justifique. 
 
12) Um homem de 38 anos, sabidamente portador da Síndrome de Imunodeficiência 
Adquirida (SIDA), queixa de “visão borrada”. Sua última contagem de linfócitos CD4 foi 
de 20 células/mm³ e foi admitido no hospital para tratamento de pneumonia por 
Pneumocystis carinii e sarcoma de Kaposi. A fundoscopia revela áreas de infiltrados 
brancos e hemorragias compatíveis com o diagnóstico de retinocoroidite. No exame de 
sangue não foi detectada eosinofilia. 
A) Qual a sua suspeita diagnóstica? 
B) Qual exame pode ser realizado para confirmar o diagnóstico? 
C) Qual é o prognóstico deste paciente? 
D) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com os mecanismos de patogênese. 
 
13) LBM, 28 anos, natural de Ceilândia (DF), casada, do lar. Primeira consulta de pré-natal, 
7 semanas de gestação, apresenta tonturas e náuseas. História de feto morto na gestação 
anterior. Resultados dos exames: hemograma (normal), anti-HIV (negativo), rubéola 
(sorologia positiva) e toxoplasmose (IgM e IgG negativas). Repetindo o exame para 
toxoplasmose 2 meses após, constatou IgM positiva e IgG positiva moderada. 
 
A) Ela está na fase aguda ou crônica da doença? Justifique. 
B) Há risco de transmissão para o feto? Nesse caso quais seriam as consequências? 
C) Cite as principais medidas profiláticas. 
 
 
 
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Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
6 
14) Um homem de 29 anos, procedente de Ribeirão Preto (SP), com antecedente de uso de 
drogas endovenosas ilícitas, apresenta intensa diarréia aquosa há três meses (5 a 10 
evacuações/dia) e dor abdominal. Infecção por HIV foi confirmada, com alta carga viral e 
baixa contagem de linfócitos CD4+. O paciente foi internado e foram administrados 
antibióticos, sem melhora do quadro. O paciente continuou com a diarreia aquosa com 
perda de 3 a seis litros de água por dia e acentuada perda de peso. Não foi observado 
sangue nas fezes e o exame parasitológico foi negativo para Giardia lamblia e Entamoeba 
histolytica. O exame de sangue não revelou eosinofilia. O quadro agravou-se, ocorrendo 
óbito do paciente. 
 
A) Qual a suspeita diagnostica? 
B) Qual exame pode ser realizado para confirmar o diagnóstico? 
C) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com o ciclo de vida do parasito. 
 
15) Uma mulher de 36 anos, residente em área rural de criação de bovinos em Curitiba 
(Paraná), não etilista, apresenta aumento volumoso do abdome e icterícia. É vegetariana e, 
portanto, tem hábito de ingerir grande quantidade de verduras frescas que colhe de sua 
horta. 
 
A) Qual a sua suspeita? Por quê? 
B) Por que o paciente apresentou estes sintomas? 
C) Como deve ser feito o diagnóstico? 
 
16) Paciente, M.G.S., 28 anos, é atendida em um posto de saúde na cidade de São Paulo, 
SP. A paciente apresenta icterícia, perda de apetite, dor abdominal e quadros diarréicos 
intercalados por períodos de constipação intestinal. Há também a presença de sangue nas 
fezes e hepatoesplenomegalia discreta. A paciente relata que durante a infância tinha o 
hábito de tomar banho de rio na fazenda dos seus avós situada em São Lourenço da Mata, 
região metropolitana de Recife-PE. 
 
A) Qual a suspeita diagnóstica? Por quê? 
B) Quais exames complementares você solicitaria para a confirmação do diagnóstico? 
C) Relacione os sintomas apresentados com os mecanismos de patogênese. 
D) Qual seria o tratamento indicado? 
E) Como pode ser feita a profilaxia desta parasitose? 
 
17) Uma mulher de 56 anos, residente da Cidade da Estrutural (DF), relatou dores 
abdominais frequentes, náuseas, vômitos e perturbações do apetite. Além destes sintomas 
ela relatou que vem eliminando há 3 dias “pedaços brancos, achatados e retangulares” sem 
ter que ir ao banheiro e que frequentemente come carne de porco. 
 
A) Qual a sua suspeita? Por quê? 
B) Como podemos confirmar sua suspeita? 
C) Existe algum perigo para a parasitose em questão o fato do vômito? Explique. 
D) Por que a mulher apresentou estes sintomas? 
E) Qual a profilaxia que você indicaria para esta parasitose? 
 
 
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Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
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18) Um homem de 45 anos apresenta fortes dores de cabeça, delírio, “cansaço” e ataques 
epileptiformes. Ele relatou que apresenta esses sintomas há 6 meses e que teve teníase há 5 
anos. 
 
A) Qual a sua suspeita? Por quê? 
B) Como podemos confirmar sua suspeita? 
C) Como esse homem deve ter adquirido a parasitose? 
 
19) E.L., mulher, 36 anos, procedente de Bagé (Rio Grande do Sul) procura um posto de 
saúde na sua cidade queixando-se de fortes dores na região esquerda do abdômen. Durante 
a palpação o médico sente o fígado demasiadamente elevado. Ao ser questionada sobre seu 
trabalho a mulher relatou morar em uma fazenda onde se criam ovelhas para o abate, sendo 
ela responsável pelos cuidados com os cães de pastoreio do local. Durante a conversa ela 
deixou clara que esses cães são alimentados com as vísceras dos ovinos. Em relação ao 
hábito alimentar disse que, como uma “boa gaúcha”, sempre comeu muito churrasco 
bovino mal passado, porém a carne de porco estava sempre frita e bem cozida, pois seus 
pais diziam que “carne de porco crua tem canjiquinha”. Ainda em relação aos hábitos 
alimentares relatou que há uns seis meses deixou de comer carne vermelha (porco, boi) e 
adquiriu hábitos vegetarianos não ingerindo nem mesmo carne branca (peixe, frango). 
 
A) Qual a sua suspeita? Por quê? 
B) Quais exames médicos você solicitaria que a mesma realizasse? 
C) Qual seria o tratamento recomendado a essa paciente? 
D) Quais os métodos profiláticos você recomendaria para evitar a infecção? 
 
20) Uma criança de 4 anos, leucoderma, residente em área rural de Planaltina (DF), vítima 
de desnutrição acentuada, apresentou episódio súbito de vômitos com vermes adultos. A 
mãe informou também que a criança não evacua há 5 dias e apresenta dor abdominal em 
cólica. A mãe relata que a filha vomitou vermes (com tamanho em torno de 40cm) pela 
boca e apresenta manchas brancas na pele. 
 
A) Qual (is) sua (s) suspeita (s) diagnóstica (s)? Por quê? 
B) Como evitar esta parasitose? 
C) É possível que haja auto-infecção? Explique sua resposta. 
D) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com os mecanismos de patogênese. 
E) Qual o tratamento indicado? 
 
21) Jeca Tatu, célebre personagem de Monteiro Lobato, era um indivíduo anêmico, fraco e 
desanimado, com uma palidez típica na face, apresentando diarréia sanguinolenta e tosse. 
Retratava um quadro de sintomas característico do trabalhador rural das regiões pobres do 
Brasil de 1919. 
 
A) Esse quadro de sintomas se refere à qual patologia? Por quê? 
B) Por que Jeca Tatu apresentava esses sintomas? 
C) Como deve ser feito a profilaxia dessa parasitose? 
 
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Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
8 
 
22) Tião, um trabalhador rural de 45 anos, tem o hábito de comer verduras da horta que 
cuida enquanto trabalha, sem sequer lavá-las. Ele também não tem o hábito de usar 
calçados. Recentemente, vem se queixando de fraqueza e desânimo intensos, apresenta-se 
pálido e com diarréia sanguinolenta, além de tosse. 
 
A) Qual o provável diagnóstico? 
B) Qual seria o método indicado para confirmação do diagnóstico? 
C) Relacione os sintomas e explique por que ocorrem. 
D) Como Tião deverá ser tratado? 
 
23) Um homem de 73 anos, natural do Rio de Janeiro, portador de Doença Pulmonar 
Obstrutiva Crônica e asma brônquica, fazendo uso de imunossupressores por tempo 
prolongado, apresentou quadro de pneumonia grave, com insuficiência respiratória aguda. 
Os exames revelaram eosinofilia periférica persistente. Úlcera duodenal, diarreia, dor 
abdominal e urticária também foram constatadas. 
 
A) Qual sua suspeita diagnóstica? Por quê? 
B) Que outras investigações você realizaria? 
C) Qual a relação entre esta parasitose e a imunossupressão? 
D) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com os mecanismos de patogênese. 
 
24) Uma menina de 5 anos apresenta prurido anal à noite, insônia, nervosismo e vaginite. A 
mãe relata ter observado nas fezes de sua filha algumas “lagartinhas”. 
 
A) Qual a sua suspeita? Por quê? 
B) Qual seria o método indicado para confirmação do diagnóstico? 
C) Por que a paciente apresenta esses sintomas? 
D) Como deve ser feito o tratamento? 
 
25) Uma garotinha de 6 anos, apresenta prurido anal noturno, vaginite e um leve corrimento 
vaginal. Sua mãe também apresenta corrimento (amarelo-esverdeado, fétido), e dor ao 
urinar. Além disso, dias atrás começou a sentir o mesmo prurido anal que a filha. Seu 
exame ginecológico revelou inflamação da mucosa vaginal. 
 
A) Quais as suas suspeitas de diagnóstico? Como possivelmente ocorreram as infecções 
na mãe e filha? 
B) Relacione os parasitos com os sintomas. 
C) Quais são os melhores métodos de diagnóstico laboratoriais para essa situação? 
D) Cite e explique algumas medidas profiláticas para evitar novas infecções. 
 
 
26) Uma mãe procura o serviço de saúde mais próximo de sua casa. Durante a consulta, ela 
relata que sua filha de 4 anos vem apresentando cólicas abdominais e diarréias há 2 
semanas. Além disso, a criança relata uma frequente “vontade de fazer cocô”, mesmo que 
improdutiva. Os incômodos têm causado agitação, insônia e emagrecimento moderado. A 
mãe ainda relata que no mesmo dia da consulta o ânus da criança estava “virando do 
 
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Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
9 
avesso”, e que ela pode notar uma grande quantidade de vermes esbranquiçados aderidos à 
mucosa do reto. 
 
A) Qual helminto intestinal deve estar causando os sintomas na criança? Justifique. 
B) Como ela pode ter se infectado? 
C) Qual tratamento seria indicado para essa criança? 
 
27) Um homem de 57 anos, residente em área rural próxima de Recife, apresenta tosse, 
febre baixa e a perna e o pé esquerdo bem aumentados de tamanho. O hemograma revela 
eosinofilia sanguínea pronunciada. O paciente revela que em sua casa há vários 
“pernilongos”. 
 
A) Qual a sua suspeita? Por quê? 
B) Como confirmar laboratorialmente sua suspeita? 
C) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com os mecanismos de patogênese. 
D) Como evitar esta parasitose? 
 
28) Um homem apareceu no hospital queixando-se de lacrimejamento no olho esquerdo, 
intensa fotofobia com uma pequena perda da visão. Foi observado um nódulo subcutâneo 
em seu pescoço, e durante a anamnese descobriu-se que havia estado em contato com os 
índios Yanomamis, durante o período de seis meses que trabalhou no estado de Roraima. 
 
A) Qual a sua suspeita diagnóstica? Por quê? 
B) Como confirmar laboratorialmente sua suspeita? 
C) Relacione os sintomas que o paciente apresenta com os mecanismos de patogênese. 
 
 
29) Um homem com aproximadamente 35 anos aparece em seu consultório queixando-se 
de intensa “dor na boca”. Ao examiná-lo, você observa grande destruição e perfuração do 
palato, com a presença de larvas cilíndricas, brancas, com tamanho em torno de 1 cm, 
semelhantes a larvas de insetos. 
 
A) Que doença este paciente está apresentando? 
B) Qual o provável agente etiológico? 
C) Como deve ser feito o tratamento? 
D) Como esse paciente pode ter adquirido essa doença? 
 
30) Uma criança da área rural aparece no pronto socorro com um nódulo na cabeça de 
aproximadamente 2 cm. Ela informa que sente movimento no interior do nódulo e dor ao 
pressioná-lo. A observação do couro cabeludo mostra que a região está avermelhada e com 
um ponto no centro do nódulo. 
 
A) Qual seria o provável diagnóstico? 
B) Qual o agente etiológico? 
C) Como deve ser feito o tratamento? 
 
 
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Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
10 
31) F.B., 14 anos, demente é levado por uma senhora do serviço social ao posto, pois após 
vistoria na casa foi observado que o menino ficava confinado em um quarto com chão de 
terra batida nos fundos da casa. Ao analisar o menino notou-se que o mesmo apresentava 
nódulos esbranquiçados de 1 cm na solar do pé, entre os dedos e, nos calcanhares. No 
centro de cada nódulo havia um ponto preto. Foi observado que durante o atendimento que 
o adolescente coçava os pés. 
 
A) Qual sua suspeita diagnóstica? 
B) Qual seria o prognóstico desse paciente? 
C) Qual tratamento você indicaria para essa parasitose? 
 
32) Um acrobata de 40 anos vai à clínica de doenças sexualmente transmissíveis 
queixando-se de intenso prurido, que piora especialmente à noite. Além disso, está 
preocupado com algumas pequenas manchas que apareceram em seu pênis. Ao exame 
físico, haviam algumas pápulas eritematosas e áreas escoriadas na glande do pênis. 
 
A) Quais seriam as suas suspeitas diagnósticas? 
B) Que investigações ajudariam a confirmar seu diagnóstico? 
C) Quais seriam os métodos profiláticos recomendados? 
 
 
33) Você está participando de um estágio na área de medicina da família visitando casas em 
Itapoã, Paranoá. Em uma das casas encontra duas crianças com prurido intenso, uma de 2 
anos e outra de 4 anos. O prurido é mais intenso entre os dedos, nádegas e axilas. O exame 
evidencia inflamação, edema, eritema, feridas e crostas na pele. A mãe diz que o prurido é 
mais intenso à noite e que os sintomas apareceram há mais de duas semanas. Você percebe 
que ela também apresenta os mesmo sinais entre os dedos das mãos. 
 
A) Qual a sua suspeita diagnóstica? 
B) Qual exame pode ser realizado para confirmaro diagnóstico? 
C) Qual o tratamento indicado para este paciente? 
D) Quais seriam os métodos profiláticos recomendados? 
 
 
34) Um paciente adulto foi vítima de acidente há cerca de 4 horas por uma aranha. O 
paciente reclama de muita dor no local da picada. A aranha foi trazida viva, medindo 
aproximadamente 15 cm de envergadura entre as pernas; ao se aproximar um pedaço de 
madeira ela levanta os dois primeiros pares de pernas e evidencia as quelíceras, numa 
posição de ataque. 
 
A) Qual foi a aranha responsável por esse acidente? 
B) Quais sintomas poderiam ser observados ao acompanhar o paciente? 
C) Qual seria sua conduta terapêutica em caso de aparecimento de sintomas graves? 
 
 
 
 
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Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
11 
35) Você acaba de chegar numa comunidade no entorno de Curitiba para cumprir um 
estágio. É lhe trazida um garota de 7 anos que chora muito devido a picada de uma aranha. 
Ela apresenta uma área abaixo do braço muito edemaciada e vermelha. É possível perceber 
uma área central necrosada. O pai traz a aranha que tem uma coloração marrom e mede 
cerca de 3 cm de envergadura. 
 
A) Explique porque a criança apresenta a pele edemaciada e vermelha. 
B) Qual seria sua conduta terapêutica em caso de aparecimento de sintomas graves? 
C) O que acontecerá se não houver tratamento? 
 
 
 
Essa apostila foi modificada da versão elaborada pelos professores e monitores da 
disciplina Parasitologia da Universidade Federal de Juiz de Fora em 2004. A nova 
versão incluiu novos casos elaborados pelos professores da disciplina Parasitologia da 
Universidade de Brasília em 2015. 
 
BIBLIOGRAFIAS DA DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA 
 
BÁSICA: 
 
CIMERMAN B & CIMERMAN S. 1999. Parasitologia Humana e Seus Fundamentos 
Gerais. 1ª edição. Editora Atheneu, 375 pp. 
NEVES DP, MELO AL, LINARDI PM, VITOR RWA. 2011. Parasitologia Humana. 12ª 
edição. Editora Atheneu, 546pp. 
PESSOA SB & MARTINS AV. 1982. Parasitologia Médica. 11ª edição. Editora 
Guanabara Koogan, 872 pp. 
REY L. 2010. Parasitologia. 4ª edição. Editora Guanabara Koogan, 930 pp. 
VERONESI R. 1991. Doenças Infecciosas e Parasitárias. 8ª edição. Editora Guanabara 
Koogan, 1.082 pp. 
 
COMPLEMENTAR: 
OMS – Pranchas para o diagnóstico de parasitas intestinais – Livraria Editora Santos, 
2000. 
FERREIRA MU, FORONDA AS, SCHUMACHER TTS. 2003. Fundamentos Biológicos 
da Parasitologia Humana, Ed. Manole., 156p. 
MARCONDES CB. 2001. Entomologia Médica e Veterinária, Ed. Atheneu, 432p. 
VALLADA E P. 1977. Manual de Exame de Fezes: Coprologia e Parasitologia. Ed. 
Atheneu, 201 pp. 
 
SITES DE INTERESSE EM PARASITOLOGIA 
http://www.parasitology.com/ 
http://atlas.or.kr/about/index.html 
 
______________________________________________________________________ 
Apostila de Casos Clínicos em Parasitologia 
12 
http://parasites-world.com/ 
 
Informações sobre a Parasitologia e referências bibliográficas 
Center for disease Control and Prevention (CDC – Atlanta) - www.dpd.cdc.gov 
Fundação Nacional de saúde (FUNASA) - www.funasa.gov.br 
NCBI National Library of Medicine (PubMed) - www.ncbi.nim.nih.gov/entrez/query.fcgi 
Periódicos CAPES - www.periodicos.capes.gov 
Organização Mundial da Saúde - www.who.int/en/ 
Entomologia forense- http://www.entomologiaforense.unq.edu.ar/intro_es.htm 
Boletim da OMS - http://www.who.int/bulletin/en/ 
The Scientific Electronic Library Online - http://www.scielo.br/

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