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Parasitologia Tricomoníase Diogo Araujo Med 92

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Diogo Araujo – Med 92 
Tricomoníase 
Parasito 
 Reino: Protozoa 
 Filo: Sarcomastigophora (porque possui flagelo) 
 Ordem: Trichomonadida 
Família: Trichomonadidae 
 Gênero: Trichomonas 
Espécie: Trichomonas vaginalis 
- Apresenta apenas uma forma evolutiva: trofozoíto. 
 
 
- Multiforme (oval, elíptico, amebóide), com 4 flagelos anteriores ancorados em estrutura 
rígida (pelta). O quinto flagelo percorre todo o corpo e promove a locomoção (membrana 
ondulante). O axóstilo forma o endoesqueleto e a fita parabasal ancora o complexo de Golgi. 
- Hidrogenossomos são finos grânulos que produzem ATP. 
Diogo Araujo – Med 92 
- É anaeróbio facultativo (prefere via anaeróbia, mas usa O2 se precisar). Prefere ambientes 
com pH entre 5 e 7,5 (ácido a neutro). 
- Armazena energia como glicogênio para sobreviver aos períodos inóspitos durante o ciclo 
menstrual. 
- É monoxênico (completa o seu ciclo de vida parasitando apenas o homem). Habita vagina, 
vulva e útero na mulher; uretra e próstata no homem. 
- Reprodução por divisão binária longitudinal. 
- Vive na superfície peniana por até 1 semana. Homens, geralmente, são assintomáticos. 
 
Ciclo de vida 
 
 
 
Transmissão 
- Via de transmissão sexual (venérea) e não sexual (compartilhamento de sabonetes e roupas 
íntimas). 
Diogo Araujo – Med 92 
- Geralmente, o homem é o transmissor da doença. 
- Recém nascidos também podem se infectar (a partir da mãe, durante o parto). 
- São fatores que facilitam transmissão: 
 - Vagina e colo do útero são órgãos internos, regiões anaeróbias; 
- pH neutro vaginal: durante o ciclo menstrual, o pH vaginal varia. Quando está neutro, 
há queda dos lactobacilos acidófilos (microbiota de Döderlein), o que facilita infecção 
pelo Trichomonas; 
- O T. vaginalis pode se revestir de proteínas do hospedeiro, o que diminui o seu 
reconhecimento pelo sistema imune; 
- Maiores níveis de ferro na vagina facilitam a infecção. Isso porque o ferro modula a 
expressão de fatores de virulência do parasito (relacionados com aderência e 
toxicidade). São eles: adesinas, cisteíno-proteases (que degradam imunoglobulinas e 
C3 [complemento]) e glicosidases. 
 
Evolução 
- DST não-viral mais comum no mundo. 
- Não leva à imunidade protetora. Ou seja, sempre que o indivíduo se infectar, ele evoluirá 
como se nunca tivesse pego antes. 
- 90% dos casos em mulheres. 
- Na fase inicial, são assintomáticas. 50% possuem lesões discretas. 
- Em 6 meses, 1/3 passam a ser sintomáticas (forma aguda). Possui curta duração. O fluido 
vaginal é abundante, com leucócitos e trofozoítos. Não há sangue. A microbiota de Döderlein 
se encontra diminuída. 
- 20% dessas mulheres apresentam corrimento amarelado, abundante, espumoso, 
mucopurulento, de odor vulvar fétido e pútrido. 
Diogo Araujo – Med 92 
 
- 2% apresentam colo (uterino) em morango ou em framboesa. Ou seja, pontos 
hemorrágicos na parede cervical. 
 
- Mulheres assintomáticas e sintomáticas não tratadas evoluem para a fase crônica. É uma 
forma prolongada, com poucos parasitas (formas de resistência). A secreção vaginal é atípica. 
Há sintomatologia variada de acordo com o ciclo menstrual. Pode haver modificação de células 
epiteliais (investigação: está relacionado com câncer?). 
- Homem: infecção auto-limitada. Podem ser assintomáticos (maioria) ou agudos (uretrite 
purulenta, disúria, ulceração peniana, queimação após o ato sexual, prurido). 
- Tricomoníase na gravidez: parto prematuro, recém nascido com baixo peso e morte neonatal 
(se houver infecção durante o parto). 
 - Homens e mulheres com tricomoníase têm risco 2 vezes maior de infertilidade. 
- Risco 8 vezes maior de transmissão do vírus HIV (se houver colo em morango, com pontos 
hemorrágicos). 
- Contraceptivos (camisinha) possuem substâncias com atividade tricomonicida. 
 
Diagnóstico 
- Diagnóstico clínico é confuso, inespecífico; 
Diogo Araujo – Med 92 
- Diagnóstico parasitológico: coleta de corrimento (mulheres); secreção prostática ou urina 
(homens). Encontro do trofozoíto. 
- Imunológico: imunofluorescência indireta, ELISA. Pacientes que já foram curados 
apresentarão falso positivo. 
- PCR (em pesquisas laboratoriais). 
 
Tratamento 
- Medicamentoso, com azomicina e metronidazol. Formam radicais livres tóxicos para os 
parasitos (de preferência aqueles que são anaeróbios). 
- Administração local e oral. 
- Tratamento da mulher e do parceiro. 
- Pode haver resistência a medicamentos. 
- Não podem ser dados para gestantes (só usam o creme vaginal). 
 
Profilaxia 
- Uso de preservativos. 
- Evitar compartilhar roupas e objetos íntimos. 
- Monogamia/redução do número de parceiros.

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