UNIDADE IV FGTS

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APOSTILA V – FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO - FGTS
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, criado pela Lei nº 5.107, de 13 de setembro de 1966, vigente a partir de 01 de janeiro de 1967, atualmente regido pela Lei 8.036, de 11 de maio de 1990, é gerido e administrado por um Conselho Curador.
A Caixa Econômica Federal é o Agente Operador do FGTS. A ela cabe centralizar todos os recolhimentos, manter controlar as contas vinculadas em nome dos trabalhadores e estabelecer procedimentos, tanto administrativos quanto operacionais, dos bancos depositários, dos agentes financeiros, dos empregados, e dos trabalhadores que integram o sistema FGTS. 
A Caixa emite os Certificados de Regularidade do FGTS - CRF, que atestam se os empregadores e tomadores de recurso estão em dia com suas obrigações perante o Fundo, e também define procedimentos operacionais que serão necessários à execução dos programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana estabelecidos pelo Conselho Curador e financiados com recursos do FGTS, e ainda:
Emite regularmente extratos individuais correspondente às contas vinculadas e participa da rede arrecadadora e pagadora do FGTS;
Elabora as análises jurídicas e econômico-financeira dos projetos de habitação popular, infraestrutura urbana, saneamento básico a serem financiados com recurso do FGTS;
Elabora as contas do FGTS, encaminhando-as ao Ministério das Cidades;
Implementa os atos emanados do Ministério das Cidades relativos à alocação e aplicação dos recursos do FGTS de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Curador;
Atua como agente financeiro no repasse de recursos do Fundo aos beneficiários dos programas sociais do FGTS;
A contribuição do FGTS constitui-se em um dos maiores ônus tributário da folha de pagamento de qualquer empresa.
A contribuição, têm em sua formação valores que devem ser somados considerando todos os rendimentos da folha de pagamento, como salários, férias, horas extras e 13o salário.
O FGTS, é um dos principais componentes tributários do custo da mão de obra.
Uma auditagem nos procedimentos de formação do cálculo do FGTS pode resultar em redução desta contribuição, atendendo aos requisitos legais.
O § 6º do artigo 15 da Lei do FGTS (Lei 8036/90 - parágrafo acrescentado pela Lei 9.711, de 20.11.1998) determina que não se incluem na remuneração, para os fins de base de cálculo do FGTS, as parcelas elencadas no § 9º do artigo 28 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991.
Desta forma, não integram a remuneração, para efeito de recolhimento do FGTS, as seguintes parcelas, dentre outras:
Participações do empregado nos lucros, quando pagas de acordo com a legislação de regência.
Abono pecuniário de conversão 1/3 das férias em pecúnia (art. 143 CLT) e o adicional respectivo.
Valor correspondente á dobra de remuneração de férias.
Importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional.
Indenização por tempo de serviço, anterior a 05.10.88, do empregado não optante pelo FGTS.
Indenização relativa á dispensa no período de 30 dias que antecede a data-base (Lei 7.238/84).
Indenização de que trata o art. 479 da CLT (contratos por prazo determinado).
Ajuda de custo, em parcela única, recebida por mudança do local de trabalho (art. 470 CLT).
Diárias de viagem, desde que não excedam a 50% da remuneração recebida.
Indenização recebida a título de incentivo á demissão.
Salário-família e os demais benefícios pagos pela Previdência Social, salvo o salário maternidade.
Parcela recebida de vale transporte, nos termos e limites legais.
Licença-prêmio indenizada.
Importâncias recebidas a títulos de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do salário.
Valor da contribuição relativo a programa de previdência complementar, desde que disponível a totalidade de seus empregados e dirigentes.
Ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado.
Valores decorrentes de cessão de direitos autorais.
Valor do prêmio de seguro de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho e disponível a totalidade de seus empregados e dirigentes.
Cálculo do FGTS
Como se sabe, todo empregador tem, por obrigação, o depósito do FGTS do 8% do valor do salário pago de cada funcionário seu até o sétimo dia útil de cada mês. 
Cálculo em atraso do FGTS
Atualização Monetária De acordo com Tabela divulgada pela CEF. 
Juros 0,5% ao mês ou fração. 
Multa: 5%, quando pago no mês do vencimento e 10%, quando pago após o mês do vencimento. 
1º Verificar a competência de pagamento (ex. R$ 120,00 em março/2011)
2º Verificar a tabela própria com a informação da correção monetária (1,3063739241)
3º Proceder à multiplicação do valor não pago pelo indicador de correção monetária
	R$ 120,00 x 1,3063739241 = R$ 156,76
4º Calcular os juros (0,5% am x 50meses) = 25%
	R$ 156,76 x 25% = R$ 39,19
	R$ 156,76 + R$ 39,19 = R$ 195,96
	R$ 195,96 x 10% (multa) = R$ 19,59
	R$ 195,96 + R$ 19,59 = R$ 215,55 (valor da parcela atualizada para maio/2015)
REFERÊNCIAS
BORGES, Humberto Bonavides. Auditoria de tributos: IPI, ICMS e ISS. 14ª ed. São Paulo: Atlas, 2015
CHAVES, Francisco Coutinho; MUNIZ, Érika Gadêlha. Contabilidade tributária na prática. 2ª. ed., São Paulo: Atlas, 2015.
FABRETTI, Láudio Camargo et al. Contabilidade tributária. 16a ed., São Paulo: Atlas, 2017.
NEPOMUCENO, F. Contabilização de tributos e contribuições sociais. São Paulo: IOB, 2004
OLIVEIRA, Luís Martins; CHIEREGATO, Renato; PEREZ JUNIOR, José Hernandez; GOMES, Marliete Bezerra. Manual de contabilidade tributária. 11ª ed. São Paulo: Atlas, 2012
OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade tributária. 4a ed., São Paulo: Saraiva, 2013.
PEGAS, Paulo Henrique. Manual de contabilidade tributária. 8a ed., Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2014.
PERES JUNIOR, José Hernandez et al. Manual de contabilidade tributária. 14ª. ed., São Paulo: Atlas, 2015.
REIS, Luciano Gomes dos; GALLO, Mauro Fernando; PEREIRA, Carlos Alberto. Manual de contabilização de tributos e contribuições sociais. 2ª. ed. São Paulo: Atlas, 2012.