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Tutoria - 1° Período - 3° Módulo - Metabolismo dos Lipídios

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Centro Universitário de Mineiros – UNIFIMES
Curso de Medicina
Tutoria 1ª Etapa
		 Unidade III
PROBLEMA 2
DESPORTISTA: ‘’LEVANTADOR DE COPOS”
Alunos: Ana Laura Pereira Lino/201710278 
	 Aureliano Lopez Lira de Vasconcelos/201710472	 
 Fernanda Rodrigues da Silveira/201710322	
	 Jêmina Neves Palheta/201710203
	 Kárita Ariel Vinhal/201710287
 Larissa Coelho Lessi/201710481	 
 Lucas Guerra Borges/201710226
 Mirelly Karoline Cunha/201710204
 Vitória Ribeiro Farinha/201710213
	 Vittor Zaltron Nascimento/201710275
21/05//2017
1.2 INTRODUÇÃO
Os lipídeos são biomoléculas com grande variedade estrutural, são solúveis em solventes orgânicos e insolúveis em água. São classificados em ácidos graxos, trigliceróis, ceras, fosfolipídios, esfingolipídios e isoprenoides. Dessa forma, é necessário conhecer o processo de digestão dos lipídios, desde a boca até a sua absorção pelo intestino delgado, no duodeno, uma vez que, estes são a principal fonte energética do corpo. Sendo assim, é preciso conhecer seus mecanismos de transporte, absorção e digestão através das vias sanguíneas e linfáticas e atuação das lipoproteínas. Essas por sua vez, são classificadas de acordo com sua densidade.
Além disso, há necessidade de se compreender o processo de mobilização dos lipídeos do tecido adiposo para a sua utilização, o qual requer a utilização dos triglicerídeos como fonte de energia ou o seu armazenamento nos adipócitos, além do isolamento térmico. Neste sentido, é preciso conhecer o processo de obtenção de energia pela degradação dos lipídeos através da hidrólise, obtendo ácidos graxos e glicerol por meio da oxidação destes. Outra forma de obtenção de energia é a via das pentoses, uma via alternativa de oxidação anaeróbica que não utiliza ATP e produz NADH e pentoses fosfato.
Ademais, conhecer o processo de síntese de lipídeos permite compreender o destino do excedente de energia ingerida e o seu armazenamento, principalmente no tecido adiposo. Colaborando assim, para compreensão das consequências relacionadas a falta ou excesso de lipídios à saúde do homem. Além disso, é preciso conhecer o metabolismo do colesterol, visto que a sua produção é diretamente influenciada pela quantidade deste no organismo.
1.3 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Objetivo geral: 
Compreender a importância orgânica dos lipídios e as consequências do abuso de sua ingesta.
Objetivos específicos:
Definir e classificar lipídios;
Compreender o processo de digestão e absorção dos lipídeos;
Compreender os mecanismos de transportes dos lipídios;
Caracterizar os diferentes tipos de lipoproteínas;
Conhecer o processo de mobilização dos lipídios do tecido adiposo para sua utilização;
Compreender o processo de obtenção de energia pela degradação dos lipídios;
Compreender a síntese e armazenamento dos lipídios;
Descrever a via das pentoses;
Compreender o metabolismo do colesterol;
Pontuar as consequências do excesso e falta de lipídeos para o organismo.
RESPOSTAS E DISCUSSÕES
Definir e classificar lipídeos:
Os lipídeos são moléculas compostas por ácidos graxos e álcool, sendo este último geralmente o glicerol. Além disso, são apolares, uma vez que são insolúveis em água e facilmente solúveis em solventes orgânicos, por exemplo, éter, hexano, álcool e cetona. Dessa forma, de acordo com a natureza química são classificados em simples e complexos.
• Simples:
- Glicerídeos: composto por ácido graxo e glicerol. São divididos em óleos (cadeia insaturada por possuir dupla ou tripla ligação, líquido em temperatura ambiente, baixo ponto de fusão, eleva o nível de HDL e são encontrados nos vegetais, sementes e óleos de peixes – ômega 3- e gordura (cadeia saturada por possuir somente ligações simples, sólido na temperatura ambiente, visto que estão agrupados firmemente, eleva o nível do LDL, são encontradas em animais, tecido adiposo e ovos). O glicerídeo desempenha função térmica, de proteção mecânica e principalmente energética. São divididos em monoacilglicerídeos, diacilglicerídeos e triacilglicerídeos, em que a diferença dá-se pela reação de esterificação da quantidade de ácidos graxos, 1, 2 e 3 respectivamente.
- Cerídeos: composto por ácido graxo e álcool monohidroxilado de cadeia longa, entre 18 e 30 carbonos. São produzidos tanto por animais, quanto por vegetais na forma de cera a fim de impermeabilizar a superfície, e especificando a cera do ouvido, esta protege contra a entrada de agentes externos.
 
 • Complexos:
- Fosfolipídios: formados por ácidos graxos, glicerol e grupo fosfato. São os principais componentes da membrana celular biológica, além de serem compostos anfipáticos por apresentarem parte tanto polar quanto apolar.
 
- Esfingolipídio: composto por ácido graxo, grupo fosfato e esfingosina, sendo este um álcool aminado com uma cadeia hidrocarbonada insaturada –um esqueleto de 18 átomos de carbono. A principal função é compor a membrana dos tecidos nervosos e neurônios (esfingomielina)
- Esteroides: são formados por cadeias cíclicas de hidrocarboneto compostos por 17 carbonos. Possuem função estrutural, por exemplo, o colesterol – encontrado apenas nos animais – precursor de sais biliares, vitamina D, hormônios sexuais (testosterona e estradiol) e hormônios da suprarrenal. Esse é sintetizado no fígado, quando produzido pelo organismo; e absorvido pelo intestino, quando absorvido na alimentação. O colesterol é transportado pelo sangue na forma de LDL (lipoproteína de baixa densidade), quando este encontra-se em excesso há uma oxidação e consequentemente deposita-se na parede dos vasos sanguíneos (considerando a densidade) acarretando a aterosclerose.
 
2. Compreender o processo de digestão e absorção dos lipídeos:
A grande maioria dos lipídeos da dieta são triglicerídeos. Eles são formados por três moléculas de ácidos graxos e uma de glicerol (álcool), durante a condensação três moléculas de água são liberadas. Por consequência, a digestão dos lipídeos é feita por hidrólise, ou seja, consiste na reinserção de três moléculas de água para que ocorra a separação dos ácidos graxos e glicerol. 
É na boca que a digestão de lipídeos começa, glândulas da base da língua são estimuladas a secretar a enzima digestiva lipase lingual, contudo, como o período que o alimento permanece na boca é curto, a ação dessa enzima é pequena. No estômago o PH ácido impossibilita a ação integral da lipase gástrica, a digestão é menor que 10%, havendo apenas a quebra de algumas ligações de ésteres de ácidos graxos de cadeia curta e média. Fundamentalmente, a parcela mais significativa da quebra de lipídeos ocorre no duodeno. 
A chegada do bolo alimentar acidificado no duodeno induz a liberação hormônio digestivo colecistocinina CCK (peptídeo de 33 aminoácidos, pancreozimina) que, por sua vez, promove a contração da vesícula biliar, liberando a bile para o duodeno e estimula a secreção pancreática. A bile, secreção do fígado que não contem enzimas digestivas, porém, contém sais biliares e lecitina (um fosfolipídio), é responsável pela emulsificação dos lipídeos que chegaram até o duodeno. Devido a característica anfipática da bile, em especial da lecitina, a gordura torna-se solúvel e sob agitação acaba sendo dividia em partículas menores, o que aumenta a superfície de contato (em até 1.000 vezes) e facilita a ação enzimática.
A enzima lipase pancreática é a mais importante para a digestão de triglicerídeos, está presente em grande quantidade no suco pancreático e é liberada para atuar também no duodeno. Os enterócitos do intestino delgado contêm a lipase entérica, mas esta normalmente não é necessária. 
Os ácidos graxos e monoglicerídeos livres produzidos pela digestão formam complexos chamados micelas, e são carregados para a borda em escova das células intestinais.As micelas funcionam como “carregadoras” durante a absorção de lipídeos. Posteriormente os ácidos graxos e monoglicerídeos são capturados pelo retículo endoplasmático liso onde serão transformados em novos triglicerídeos que, sob forma de quilomícrons, pelo ducto linfático torácico transferem-se para o sangue. Apenas uma pequena quantidade de ácidos graxos (de cadeia curta e média) são absorvidos diretamente pelo sangue porta. Os QM são transportados e esvaziados na corrente sanguínea, e então levados para o fígado, onde os triglicerídeos são reagrupados em lipoproteínas e transportados especialmente para o tecido adiposo, para o metabolismo e para o armazenamento. 
3. Compreender os mecanismos de transportes dos lipídios:
Devido ao caráter apolar dos lipídeos, é necessário para que ocorra seu transporte a sua conjugação com determinadas proteínas. Essa conjugação é denominada lipoproteína. As lipoproteínas são constituídas por uma parte hidrofílica, mais externa, e uma parte hidrofóbica, mais interna. A sua parte hidrofílica é composta por colesterol livre, fosfolipídios e apolipoproteínas. Já a sua parte hidrofóbica é composta por colesterol e ésteres.
Dessa forma, quando ocorre absorção do lipídeo pelo duodeno, este se liga a proteína albumina objetivando o seu transporte na corrente sanguínea. A Albumina é uma proteína produzida pelo nosso organismo, no fígado, e é constituinte principal de cerca de 70 % do material sólido presente no plasma sanguíneo. Assim, ela se liga aos lipídeos possibilitando o seu transporte através da corrente sanguínea e através dos tecidos. 
Em situações normais de nutrição, cada molécula de albumina é responsável pelo transporte de três moléculas de ácido graxo, entretanto, quando existe uma maior necessidade energética causada pela falta de ingestão de carboidratos a albumina pode carregar até trinta moléculas de ácido graxo. Quando a albumina encontra – se em baixa concentração no organismo, existe a extrapolação de plasma sanguíneo do sangue para as células, ocasionando edemas.
Os lipídeos são quebrados pela lipase no intestino dividindo-se em monoglicerídeos e ácidos graxos. Eles passam pelo epitélio intestinal chegando a linfa ressintetizados em triglicerídeos em forma de quilomícrons, uma pequena quantidade de apoproteínas -B se ligam a camada externa dos quilomícrons os tornando mais estáveis possibilitando o melhor transporte. A medida que o sangue passa pelos capilares, os lipídeos são liberados especialmente no tecido adiposo, músculos esqueléticos e no coração, com o auxílio da lípase proteica que hidrolisa os triglicerídeos presentes nos quilomícrons liberando ácidos graxos e glicerol.
4. Caracterizar os diferentes tipos de lipoproteínas:
Lipoproteínas são aglomerados de lipídios anfipáticos, triglicerídeos, colesteróis, ácidos graxos e proteínas especiais chamadas apolipoproteínas. Sua função é solubilizar no plasma sanguíneo o interior de suas cápsulas, que deve ser entregue em regiões distintas do corpo. Para que essa entrega seja feita de modo certo, existem receptores nas apolipoproteínas que definem o lugar específico de “entrega” dos conteúdos das lipoproteínas. As lipoproteínas possuem classificação definida quanto a sua densidade e função. Há 5 tipos diferentes que numa ordem crescente de densidade são os quilomícrons, VLDL, IDL, LDL e HDL. Quanto menor a densidade, maior o tamanho dessas partículas. 
Os quilomícrons são muito ricos em triglicerídeos pois partem diretamente do intestino, transportando componentes exógenos, adquiridos na alimentação. O VLDL tem ação paralela aos quilomícrons e transportam componentes endógenos, sintetizados no fígado, às outras partes do corpo. Eles dão origem ao LDL e ao IDL. Ambos são compostos principalmente de colesterol, transportando-o para várias partes do corpo a partir do fígado, com destaque para o LDL, de grande atuação nessa função. Finalizando, o HDL tem função contrária ao LDL. Ele transporta, em direção ao fígado, o colesterol vindo de várias partes do corpo.
5. Conhecer o processo de mobilização dos lipídios do tecido adiposo para sua utilização:
Mobilização e circulação:
A mobilização da gordura começa com a quebra de sua molécula no tecido adiposo pela enzima lipase e pela lipase hormônio-sensível. Além do tecido adiposo também há gordura intramuscular. Ao ser quebrada, libera uma molécula de glicerol e três de ácido graxo. O glicerol é conduzido ao fígado e fosforilado pela glicerol-cinase. Dependendo de vários fatores ele pode ser metabolizado ou usado na síntese de outros lipídeos ou glicose. Se for metabolizado será convertido em glicerol-3P, consequentemente em diidroxiacetona- P e enfim em gliceraldeído 3-P.
Já as moléculas de ácido graxos por serem insolúveis no sangue precisam de uma proteína transportadora, a albumina. Ao chegar no músculo ela se liga ao seu receptor.
Ativação e translocação:
Agora o metabolismo é, portanto, intracelular. A gordura entrou na célula muscular (no citoplasma). Antes de ser oxidada ocorre sua ligação com CoA formando acil-coa, que para entrar na mitocôndria, onde será oxidada, é necessário um novo carreador, chamado L-carnitina.
Beta-oxidação: 
Na matriz da mitocôndria ocorre a beta-oxidação. A molécula acil-coa é degradada para acetilcoa (ciclo de Lynen). Nesse processo há a formação de FADH2 e NADH. A acetilcoa, entra no ciclo de Krebs e o FADH e NAH na cadeia de transporte de elétrons.
Cada tipo de ácido graxo livre vai produzir uma pequena diferença no número de ATPs por acrescentar ou reduzir um processo enzimático. O exemplo do ácido palmítico, que é um ácido graxo abundante. 
Computando quantos ATPs ele produz:
Cada volta do ciclo de Lynen há a produção de 1 FADH2 e 1 NADH, 1 acetil-coA e 1 acil-coA com dois átomos de carbono a menos que o ácido graxo original. O ácido palmítico por ter 16 átomos de carbono dá sete voltas nesse ciclo para ser totalmente oxidado. Como o número de átomos de carbono é par, na última volta inicia-se com uma acil-CoA de quatro carbonos e são produzidas 2 acetil-CoA. No total são produzidos 8 acetil-CoA. A oxidação de cada acetil-CoA no ciclo de Krebs origina 3 NADH, 1 FADH2 e 1 GTP. Pela fosforilação oxidativa formam 3 e 2 ATPs, respectivamente. No total são formados 131 ATPs, que descontando o gasto inicial na reação de ativação do ácido graxo com a quebra de 2 ATPs, são gerados 129 ATPs
6. Compreender o processo de obtenção de energia pela degradação dos lipídios:
A primeira etapa na utilização de triglicerídeos, como fonte de energia, é a sua hidrólise em ácidos graxos e glicerol. Então, tanto os ácidos graxos como o glicerol são transportados no sangue para os tecidos ativos, onde vão ser oxidados para liberar energia. Quase todas as células, com algumas exceções, tais como o tecido cerebral e as hemácias, podem usar ácidos graxos como fonte de energia. O glicerol, quando penetra no tecido ativo é, imediatamente, modificado pelas enzimas intracelulares em glicerol-3-fosfato que entra na via glicolítica para a metabolização da glicose e então, é utilizado como fonte de energia. Antes que os ácidos graxos possam ser empregados como energia, eles devem ser processados, a partir da entrada dos ácidos graxos nas mitocôndrias. 
Entrada dos ácidos graxos nas mitocôndrias:
 A degradação e a oxidação dos ácidos graxos só ocorrem nas mitocôndrias. Logo, a primeira etapa para a utilização dos ácidos graxos é seu transporte para as mitocôndrias. Esse é processo mediado por transportadores que usam a carnitína como substância carreadora. Uma vez que, na mitocôndria, os ácidos graxos se separam da carnitina e são degradados e oxidados.
A degradação dos ácidos Graxos em acetilcoenzima A pela betaoxidação: 
A molécula dos ácidos graxos é degradada, nas mitocôndrias por meio da liberação progressiva de dois segmentos de carbono, sob a forma de acetilcoenzima A (acetil-CoA). Esse processo, mostrado na figura 68-2, é chamado de processo de betaoxidação para a degradação dos ácidosgraxos. Observe que, na equação l, a primeira etapa é a combinação da molécula de ácido graxo com a coenzima A (CoA) para formar o acil-CoA graxo. Nas equações 2, 3 e 4, o carbono beta, o segundo carbono à direita, do acil-CoA graxo se liga a uma molécula de oxigênio, ou seja, o carbono beta se torna oxidado. 
Então, na equação 5, os dois carbonos do lado direito da molécula se separam para liberar a acetil-CoA no líquido celular. Ao mesmo tempo, outra molécula de CoA se liga à extremidade da porção restante da molécula de ácido graxo, formando, assim, nova molécula de acil-CoA graxo; desta vez, no entanto, a molécula apresenta menos dois átomos de carbono, devido à perda da primeira acetil-CoA de sua extremidade terminal. 
Sendo assim, essa molécula mais curta de acil-CoA graxo entra na equação 2 e passa pelas equações 3, 4 e 5 para liberar outra molécula de acetil-CoA, diminuindo assim, a molécula de ácido graxo original por menos dois carbonos. Além das moléculas liberadas de acetil-CoA, quatro átomos de carbono são liberados da molécula de ácido graxo, ao mesmo tempo, inteiramente distintos da acetil-CoA.
As moléculas de acetil-CoA, formadas pela betaoxidação de ácidos graxos nas mitocôndrias penetram, imediatamente, no ciclo do ácido Krebs, associando-se, em primeiro lugar, ao ácido oxaloacético para formar ácido cítrico que é então degradado em dióxido de carbono e átomos de hidrogênio. E os átomos de hidrogênio excedentes são também oxidados pelo mesmo sistema quimo osmótico oxidativo das mitocôndrias, utilizado na oxidação de carboidratos, liberando grande quantidade de trifosfato de adenosina –ATP.
7. Compreender a síntese e armazenamento dos lipídios:
 A lipogênese permite que o excedente de energia ingerida, principalmente os carboidratos, seja armazenado sob a forma de trigliceróis no tecido adiposo. Quantidades significativas de ácidos graxos podem ser sintetizadas a partir da glicose, do piruvato, do lactato e de certos aminoácidos. Todos esses substratos podem dar origem ao piruvato, que, na mitocôndria, é transformado em acetil-CoA pela ação da enzima piruvato desidrogenase.
 A acetil-CoA liga-se oxaloacetato, por ação da enzima citrato sintetase, dando origem ao citrato. Em situações de aumento na relação NADH-NAD+ e ATP-ADP, o citrato não continuará no ciclo de Krebs e sairá da mitocôndria para ser transformado em ácidos graxos. No citoplasma da célula, o citrato sofrerá ação da enzima ATP citrato liase e será transformado em acetil-CoA e oxaloacetato. Essa é a maneira pela qual a célula consegue transferir acetil-CoA da mitocôndria para o citoplasma.
 O acetil-CoA dará origem ao malonil-CoA, por meio da reação catalisada pela enzima acetil-CoA carboxilase. A partir da ação do complexo enzimático ácido graxo sintease, várias moléculas de malonil-CoA são agrupadas, formando ácidos graxos de cadeia longa. No tecido adiposo branco, os ácidos graxos sintetizados são estocados, como triglicerol. Já o fígado, após sintetizá-los, libera-os na circulação no modo de VLDL.
A taxa de lipogênese in vivo sofre alterações em resposta a diversos estímulos relacionados ao estado nutricional, tais como jejum e dietas com alta proporção de carboidratos. A expressão gênica das enzimas lipogênicas -- acetil-CoA carboxilase, ácido graxo sintease, ATP citrato liase, enzima málica e glicose-6-fosfato desidrogenase -- aumenta com a realimentação pós-jejum no fígado e tecido adiposo.
 Para que o organismo possa armazenar os lipídeos provenientes da dieta ou sintetizados in situ, é necessário que os ácidos graxos sejam esterificados a triacilgliceróis ou a fosfolipídios. A via de esterificação consiste na acilação dos dois grupos hidroxila livres do glicerol-3-fosfato por duas moléculas de acil-CoA-graxo, formando o diacilglicerol-3-fosfato (fosfatidato), um intermediário na biossíntese dos lipídeos. Para a formação dos triacilgliceróis, é necessária a transesterificação com um terceiro acil-CoA-graxo.
 A membrana tem como principais lipídeos estruturais os glicerofosfolipídeos. Para a síntese desses lipídeos, na posição n-3 do grupo hidroxílico do diacilglicerol-3-fosfato, ocorre a ligação do ácido fosfórico. Dependendo do tipo do grupo polar que se liga ao ácido fosfórico presente, o fosfolipídio recebe o nome de fosfatidilcolina ou fosfatidiletanolamina.
8. Descrever a via das pentoses:
O ciclo das pentoses fosfato é uma rota alternativa para a oxidação da glicose-6P, no citosol, sem gerar ATP. Esta rota corresponde a um processo multicíclico onde:
Seis moléculas de glicose-6P entram no ciclo;
Seis moléculas de CO2 são liberadas;
Seis moléculas de pentose-5P são formadas;
Estas pentoses-5P se reorganizam, regenerando 5 moléculas de glicose-6P.
 
Essa via é dividida em duas fases: oxidativa e não oxidativa. Sendo na fase oxidativa, onde a glicose-6P é oxidada a 6P-gliconato com redução NADP+. O NADPH tem como função combater efeitos prejudiciais das espécies reativas de oxigênio e radicais livres, participar da síntese de ácidos graxos e compostos esteroides. A oxidação de 6P-gliconato com liberação de dióxido de carbono e geração de ribuloses 5-fosfato e NADPH é a etapa seguinte. Posteriormente, a Ribulose-5-fosfato se transforma em ribose 5-fosfato. Os NADPH formados na fase oxidativa são usados para produzir glutationa reduzida a partir de glutationa oxidada e para participar das biossínteses redutoras. As riboses 5-fosfato são precursoras de nucleotídeos, coenzimas e ácidos nucleicos.
Já na fase não oxidativa, ocorre em tecidos que requerem, fundamentalmente, NADPH. Portanto, as ribuloses-5-fosfato, produzidas na fase oxidativa, são transformadas em ribose-5-fosfato por uma isomerase ou em xilulose-5-fosfato por uma epimerase. Estas pentoses-5-fosfato são recicladas mediante a atividade de transcetolases e transaldolases, regenerando glicoses 6-fosfato, que podem seguir novamente a fase oxidativa, permitindo a formação contínua de NADPH.
Significado Fisiológico da via das pentoses: 
O NADPH+ H + não é utilizado na cadeia Respiratória, mas sim empregado em inúmeros processos biossintéticos, como na formação de lipídeos, esteroides, aminoácidos entre outros. A ribose gerada como intermediário nas reações é utilizada na síntese dos ácidos nucléicos, enquanto a eritrose-P, eritrosefosfato, é precursora, via ácido chiquímico, da produção de aminoácidos, reguladores do crescimento, compostos fenólicos, lignina e outros, especialmente em plantas superiores. No que se refere a tecidos animais, a via das pentoses é particularmente ativa nas glândulas mamárias, córtex suprarrenal e fígado onde fornece o poder redutor para as biossínteses de triglicerídeos, esteroides e alguns aminoácidos. No tecido muscular, com pouca atividade biosintética de lipídeos, mas com grande exigência de ATP para a realização de trabalho fisiológico, contração, predomina a via glicolítica na degradação da glicose.
9. Compreender o metabolismo do colesterol:
O colesterol presente no organismo dos mamíferos é proveniente da dieta e da síntese endógena. Na fase de desenvolvimento intrauterino, além do colesterol por si sintetizado, o feto tem também à disposição uma fonte de colesterol materno. Apesar de o organismo ter a capacidade de sintetizar toda a quantidade necessária para as diversas funções, assume-se que um pouco mais de 50% do colesterol presente no organismo é proveniente de síntese endógena, sendo o restante proveniente da dieta. 
O colesterol encontra-se em todos os alimentos de origem animal, em quantidades variáveis. A maioria do colesterol nos alimentos está presente na sua forma não esterificada, sendo a proporção de ésteres de colesterol inferior a 15%. A sua absorção é feita na mucosa intestinal, em conjunto com os demais lipídeos, exigindo a sua emulsificação e incorporação em micelas, processo desempenhado pelos ácidos biliares. Como apenas o colesterol na sua forma não-esterificada tem a capacidade de incorporar as micelas formadas pela ação dos sais biliares, ahidrólise dos ésteres de colesterol dos enterócitos converte os ésteres de colesterol presentes no lúmen intestinal em colesterol na sua forma livre, de modo a que o fenômeno se processe.
 Após a digestão enzimática pela lipase pancreática, as micelas formadas por colesterol na sua forma livre e os demais lipídeos, são absorvidas pelos enterócitos e estes produtos são incorporados nos quilomícrons, para serem utilizados pelo organismo. 
Síntese de colesterol:
A síntese de colesterol ocorre no citosol e no retículo endoplasmático de todas as células nucleadas do organismo a partir da acetil-CoA. Em teoria, todas as células dos mamíferos, exceto os eritrócitos maduros, têm a capacidade de sintetizar colesterol. Contudo, a síntese endógena ocorre primariamente, em mamíferos, no fígado e intestino, cerca de 10% do total do colesterol sintetizado no organismo, sendo que os tecidos extra-hepáticos contribuem com uma fração menor.
 A via da biossíntese do colesterol se processa em quatro fases: 
Na primeira, acontece a conversão do acetilcoenzima A - acetil-coA, em mevalonato, um composto com seis carbonos (C-6), em três passos: sendo primeiro passo quando, duas moléculas de acetil-coA condensam, por ação da enzima tiolase, formando acetoacetil-coA. O segundo passo é a condensação de uma terceira molécula de acetil-CoA, para formar o β-hidroxi-β-metilglutaril-CoA - HMG-CoA, reação catalisada pela HMG-CoA sintetase. O HMG-CoA é depois reduzido a mevalonato pela HMG-CoA redutase, e este é o terceiro passo. 
Na segunda fase, ocorre a conversão do mevalonato em unidades isoprenoides ativadas através da adição de três grupos fosfato ao mevalonato, provenientes de três moléculas de ATP, em três passos sucessivos. Na terceira fase, forma-se o esqualeno (C-30), através da condensação de seis unidades isoprenoides (C-5). E por fim, ocorre a ciclização do esqualeno para formar os quatro anéis do núcleo esteroide do colesterol, ao nível do retículo endoplasmático. Nos animais, esta ciclização origina o lanosterol, que é convertido em colesterol, em cerca de 20 reações sucessivas, que ocorrem no retículo endoplasmático.
10. Pontuar as consequências do excesso e falta de lipídeos para o organismo:
O excesso de lipídios que o ser humano ingere pode causar obesidade, nível de colesterol elevado, complicações cardiovasculares, doenças degenerativas, como a esclerose múltipla. Já a falta deles no organismo pode causar a dermatite- eczema, uma sensação de frio acentuada, a diminuição na produção de alguns hormônios, o comprometimento no revestimento da célula nervosa, bainhas de mielina, e a diminuição na produção de vitaminas lipossolúveis.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, percebe-se que os lipídeos exercem uma grande função energética e ainda fornecem ácidos graxos e glicerol, que são essenciais para o organismo. Neste sentido, analisar o processo de digestão e absorção, bem como os mecanismos de transporte, síntese e armazenamento, é indispensável para a compreensão do funcionamento do corpo humano.
Outros fatores relevantes relacionados aos lipídios, é a compreensão do metabolismo do colesterol por este fazer parte de membranas biológicas, sendo transportado por lipoproteínas para outros tecidos. Além de exercer diversas funções, tais como, precursor de sais biliares, produtor de hormônios esteroides, precursor da vitamina D e auxiliar no metabolismo de vitaminas lipossolúveis.
Além disso, percebe-se que além da degradação de lipídeos para obtenção de energia, há a via das pentoses, que é uma alternativa anaeróbica que não é produtora de ATP, mas é fonte de NADPH, que é usado em diferentes biossínteses, tais como a dos ácidos graxos, compostos esteroides e no combate a efeitos prejudiciais das espécies reativas de oxigênio. Além da produção de pentoses fosfato, usado na síntese de ácidos nucleicos e outros compostos.
1.6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
[1] NELSON, David L.; COX, Michael M. Lehninger: Princípios de Bioquímica. 5
ed. São Paulo. Editora Sarvier. 2011
[2] GUYTON, A.C. Tratado de fisiologia médica 11 eds. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
[3] SANCHES, J.A.G; NARDY, M.B.C.N; STELLA, M.B. Bases da bioquímica e tópicos de biofísica. 1 ed. Rio de Janeiro Guanabara Koogan 2012
[4] Acessos online:
-http://entendendofisiologiadoexercicio.blogspot.com.br/2013/03/metabolismo-de-gordura.html
- http://adm.online.unip.br/img_ead_dp/36252.PDF
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