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LITÍASE BILIAR Uma das patologias mais frequentes tratadas pela cirurgia geral Prevalência alta (esp. Mulher – Hormonal ? – e maior idade) Colecistectomia – Tratamento resolutivo Fatores de risco Rápida perda de peso (Ex.: Operação bariátrica) Hist. Familiar Gravidez (Papel hormonal) Obesidade Diabetes Nutrição parenteral total Terapia de reposição hormonal Uso de contraceptivos Hipertriglicerinemia Complicações da Litíase biliar (Pacientes COM SINTOMAS: 1 a 3% apresentam complicações) Colecistite aguda (inflamatório) - Tratamento: Colecisectomia de emergência + antibióticos Empiema vesícula - Pus e proliferação bacteriana Colecistite efisematosa - Com presença de ar na parede ou luz da vesícula. Associada a diabetes e sexo masculino Perfuração: isquemia e gangrena causadas pela inflamação (consequência e obstrução da vesícula) Fístula colecistoentérica => Íleo biliar (S. de Mirizzi) Câncer Coledocolitíase – Migração de microcálculos Pancreatite aguda Icterícia obstrutiva => Colangite Cálculos grandes => Colecistite aguda (Mais frequente) Cálculos pequenos => Pancreatite (obstrução proxima ao esfíncter de Oddi) Idosos e diabéticos: Maior chance de complicações Estágios Assintomáticos (10 a 30%) Descoberta em ecografia de rotina ou por outros mtivos Depois de 5 anos: 10% se torna sintomático Depois de 10 anos: 15% se torna sintomático Depois de 20 anos: 20% se torna sintomático Sintomáticos Quase todos os pacientes apresentam sintomas antes que haja complicação (crises de dor) É muito raro o paciente abrir o caso com complicação Típico: Dor em hpc direito, em cólica, de alta intensidade, associada a ingestão de alimentos (em especial, gordurosos) Pode estar associado a náuseas, vômitos e febre Com complicações Tratamento de acordo com estágio (Obs.: Ursol NÃO É UTILIZADO PARA TRATAMENTO DE LITÍASE BILIAR. Cirurgia laparoscópica é o único tratamento definitivo) Assintomático Risco de complicação é baixa (1-3% em quem tem sintomas) 10-30% se tornarão sintomáticos. A maioria permanecerá assintomático por toda vida. Quase todos apresentam sintomas antes de evoluir para a complicação Colecistectomia profilática não se relaciona com aumento da expectativa de vida ou com redução do risco de câncer (OU SEJE, desnecessário). Deve-se prosseguir com observação Importante esclarecer os riscos reais para o paciente, sendo de sua escolha a realização ou não da cirurgia Quando se deve realizar Colecistectomia profilática? Vesícula em porcelana Pólipo >10mm Crianças (sempre) Anemia falciforme Imunossupressão Candidatos a transplante Nutrição parenteral cronica Portadores de Salmonella typhosa; Junção ductal pancreatobiliar anômala Colecistectomia incidental: Aproveita-se a realização de uma cirurgia não-biliar em abdome superior (Ex.: Retirada de tumor gástrico, Cirurgia bariátrica...) para realizar a Colecistectomia no paciente assintomático. Boas condições de saúde Cirurgia primária corre bem Quando não realizar Colecistectomia incidental? Complicações cirúrgicas Muitas comorbidades Sintomático Colecistectomia obrigatória desde o PRIMEIRO sintoma (não deve permitir que chegue ao segundo) => CID R10 Aumento do risco de complicações Os sintomas podem ser vagos e atípicos (Sintomas dispépticos e dor abdominal difusa) Diag. Diferencial: Sindrome do Colon irritável; Doença ulcerosa péptica; DRGE Paciente com um episódio de dor, típica de litíase biliar. Qual procedimento? Já indica tratamento, pois: No paciente com sintoma típico de litíase biliar, a recorrência da dor abdominal é de 41% em um ano (muito alta) Após a crise dolorosa inicial: Depois de 1 ano: 50% 2 anos: 70% 29% permaneceram assintomáticos por 10 anos. Pacientes sintomáticos são mais prováveis de desenvolver complicações. Complicações anuais da litíase biliar sintomática correspondem a 3%. Em 10 a 20 anos, 25% dos pacientes desenvolvem complicações. Em 10 anos, 6,5% dos pacientes desenvolvem complicações graves (como pancreatite biliar grave). Relação entre colecistectomia (terapia definitiva) x terapia não cirúrgica: Qualquer terapia sem remoção da vesícula resulta em recidiva da litíase em 50% dos casos dentro de 5 anos. Terapia com ácidos biliares, litotripsia com ondas de choque extracorpórea e terapia de dissolução tópica são alternativas em determinados pacientes. Não são usados na prática clínica O tratamento usual é a colecistectomia. A colecistectomia laparoscópica (tratamento padrão ouro) é a de escolha, apesar de, hoje em dia, ocorrer mais colecistectomias abertas (apesar de n ter mais pq se indicar). Vantagens da colecistectomia laparoscópica: Redução da dor pós-operatória Redução da permanência hospitalar 1 a 2 dias Procedimento seguro e efetivo Retorno precoce à atividade normal 1 a 2 semanas Melhor resultado estético Custo semelhante à colecistectomia aberta Remoção da VESÍCULA (não só dos cálculos; a não remoção da vesícula resulta em recidiva em 50% dos cálculos) A Colecistectomia laparoscópica é muito mais eficiente, mais segura e menos invasiva. Desvantagem: aumenta o número de lesões em vias biliares (pode levar à cirrose biliar secundária); o índice de ocorrência é baixo, mas como são realizadas muitas dessas cirurgias, o número de pacientes acometidos é grande Colangiografia intraoperatória de rotina: Injeção de contraste. Identifica problemas não localizados no pré-operatório com tratamento na mesma hora. Aumenta a eficiência do procedimento e reduz a ocorrência de lesão e fístula Procedimento: 4 trocartes Umbilical: injeta CO2 Vídeo pelo umbilical 4 incisões: umbilical, xifoide e duas subcostais Com complicações Gravidez Evita-se ao máximo qualquer procedimento invasivo Os procedimentos biliares invasivos devem ser feitos preferencialmente no 2º trimestre. Isso porque no primeiro pode dar efeito teratogênico e aborto e no terceiro pode causar parto prematuro e lesão uterina. Deve-se preferencialmente deixar para depois da gravidez. Se for necessário, escolhe-se a via laparoscópica. Colecistite aguda na gestação: tem que operar A cintilografia HIDA é procedimento diagnóstico contra-indicado. No 1º e 3º trimestres, a conduta preferencialmente conservadora com antibióticos (pelo risco de infecção local) e analgesia. Contudo, sabe-se que a taxa de recorrência pode ser tão alta quanto 50 a 70%. Contudo, se a paciente tiver agravamento dos sintomas: a operação deve ser de urgência, independentemente da idade gestacional. O diagnóstico é basicamente feito por exame físico e ultrassom. Coledocolitiase – colangite Abordagem multidisciplinar é útil. CPRE com papilotomia tem sido um procedimento seguro e efetivo. Se não for possível fazer a CPRE, pode ser colocada uma prótese na via biliar, para evitar obstrução biliar recorrente. CPRE (Colangopancreatografia Retrógrada): Duodenoscópio: Visão lateral Cateterização da via biliar: injeção de contraste por via retrógrada Era usada pra diagnóstico de colédoco litíase, mas devido à possíveis complicações, tem sido usado como tratamento Quando a coledocolitíase é diagnosticada no pré-operatório, quais pacientes devem ser submetidos a CPRE? Ictericia clinica Dilatação de colédoco (USG ou TC) Aumento de bilirrubinas, fosfatase alcalina e trasaminase (Tres valores do perfil hepático) Alteração importante da fnção pancreática Nesses casos, há três tipos principais de tratamento: CPRE + papilotomia endoscópica, seguido da colecistectomia laparoscópica (mais usual, principalmente qndo já se tem diagnóstico) Colecistectomia + exploração das vias biliares por laparoscopia Colecistectomia + exploração das vias biliares por laparotomia Quando a coledocolitíase é identificada no intraoperatório: Exploração ductal sob orientação laparoscópica Conversão para operação aberta e exploração das vias biliares Realização da colecistectomia laparoscópica e esfincterotomia endoscópica pós-operatória Fatores que influenciam na decisão sobre a conduta: Número e localização dos cálculoscoledocianos Patologia ductal associada Dilatação do colédoco Experiência e habilidade do cirurgião Perícia do endoscopias em papilotomia A papilotomia endoscópica: Incapacidade de realizar a papilotomia em 5 a 10% dos casos Clareamento completo dos cálculos em 70 a 80% dos casos Taxa de complicação de 7-11% e a taxa de mortalidade de 0,6-1,5%
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