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Apostila de Economia para alunos de tecnologia da informação

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faculdade metodista granbery – FMG
CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
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ECONOMIA
Prof. André Luiz de Oliveira
2018
O Problema Econômico
Introdução
	A Economia, enquanto ciência que trata das relações do ser humano com um mundo dotado de recursos escassos apresenta-se de forma extremamente simples: todos nós participarmos do sistema econômico do país, consumindo hoje produtos básicos ou poupando parte de nossos rendimentos para consumo futuro. Aprende-se a economizar nas coisas – bens e serviços – que compramos; na difícil arte da sobrevivência no mundo dos negócios vencem aqueles que aprenderam a economizar fatores utilizados na produção, melhorando sua competitividade.
Se é verdade, que a participação e a vivência levam ao conhecimento do funcionamento do sistema, também o é que, às vezes, nos defrontamos com alguns fatos econômicos cuja apreensão é mais difícil do que se imagina: o mercado de ações em baixa, o índice de preços em alta, a dificuldade em obter empréstimos bancários, a falta de certos produtos nas prateleiras dos supermercados etc.
	Para explicar estes fenômenos, os economistas devotam especial predileção por métodos quantitativos em que predominam equações diferenciais e modelos algébricos. Mas, de forma geral, os problemas econômicos não podem ser reduzidos a fórmula matemáticas. Trata-se de questões relacionadas à sociedade, instituições, história, cultura, ideologia e, o que é mais importante, referem-se ao povo, conceito que compreende o conjunto das classes e grupos sociais – patrões, empregados, profissionais liberais, assalariados – empenhados na solução objetiva das tarefas do desenvolvimento, que competem a todos, sem distinção.
	Na evolução da Ciência Econômica destaca-se o estudo de um aspecto particular da moderna teoria do desenvolvimento econômico: o resíduo, ou a parte do crescimento do Produto Nacional, que não pode ser explicada pelo incremento dos fatores capital e trabalho. Este resíduo é atribuído ao progresso técnico (que inclui a educação) e é também denominado “fator humano”. O interesse pelo “fator humano” tem contribuído para o surgimento e avanço de novas áreas de estudo, como a “Economia da Educação”, a “Economia do Trabalho”, a “Economia da Saúde”, a “Economia dos Recursos Humanos” etc.
	De forma geral, pode-se afirmar que a Economia é a ciência que trata da administração eficiente de recursos escassos com vistas à satisfação dos ilimitados desejos e necessidades humanas.
Recursos limitados e necessidades ilimitadas
	A natureza dos problemas econômicos reside na constatação de que os recursos que a coletividade dispõe para a satisfação das necessidades dos seus membros são limitados em relação a essa exigência. Os indivíduos necessitam de certos bens – roupas, alimentos, uma casa para morar, automóvel – e serviços – educação, lazer, saúde – que são escassos, isto é, existem em quantidades limitadas. As aspirações humanas são, no entanto, relativamente ilimitadas, superando o volume de bens e serviços disponíveis para a satisfação destes desejos.
	Caracteriza-se, dessa forma, o problema fundamental da Economia: a escassez.
	Se não podemos ter tudo o que desejamos, ao mesmo tempo, já que os recursos ou os fatores de produção – capital, terra, trabalho, capacidade empresarial e tecnologia – são escassos, é preciso escolher entre os bens que serão produzidos e oferecidos à coletividade.
Fatores de produção
	De forma geral, os fatores de produção compreendem, basicamente, o capital, os recursos naturais (ou simplesmente terra) e a força de trabalho (ou simplesmente trabalho).
	Acrescentam-se, nos dias de hoje, a tecnologia e a capacidade empresarial como recursos necessários à produção.
Capital
	Todo bem destinado à produção de outro bem classifica-se como recurso de capital.
	Por capital entende-se, portanto, a infra-estrutura produtiva (edifícios, por exemplo), as máquinas, as ferramentas.
	Para alguns economistas, o conceito de capital compreende o próprio fluxo de remuneração (salário) e pagamentos (de bens e serviços adquiridos das empresas).
	Para outros, compreende toda a renda que é empregada para gerar lucro.
	Nos dias de hoje, o conceito prevalecente é aquele que define o capital como um conjunto de recursos da natureza econômica, distintos e passíveis de reprodução, que possibilita a obtenção de um rendimento em períodos determinados. Encontramos presentemente classificação do capital em capital técnico, capital jurídico e capital contábil. O primeiro refere-se ao conjunto de bens materiais utilizados no processo da produção, sendo, assim, uma noção de caráter geral; o capital jurídico tem a ver com a sua relação com os titulares de direito (capital privado e capital público, por exemplo), tanto quanto o capital contábil (capital de giro, capital de empréstimo, capital de participação, capital nacional, capital estrangeiro etc).
	A formação de capital decorre da acumulação de riqueza destinada à obtenção de novas riquezas. É esta capacidade de geração de riqueza, consubstanciada nos investimentos, isto é, na capacidade de aumentar os meios de produção, que irá determinar o ritmo de desenvolvimento econômico de uma nação. Isto porque o emprego eficiente de bens de capital possibilita elevação do rendimento do trabalho humano e da produtividade real do sistema econômico.
	Os recursos necessários à formação de capital podem ser de origem interna ou externa, isto é, procedente de outros países. Os recursos internos compreendem a poupança, que nada mais é do que a parcela da renda que não é destinada ao consumo imediato. Esta poupança nem sempre é espontânea. Cogitou-se, recentemente, a formação de uma poupança compulsória – ou forçada – para fazer à necessidade tanto de investimento como de redução da demanda e, consequentemente, combate à inflação. A poupança pode ser proveniente de indivíduos, das empresas e do setor público. O recurso externo vem suprir uma carência de recursos internos, sob a forma de empréstimos, de investimentos estrangeiros, ajudas governamentais e outras.
Recursos naturais
	Do ponto de vista econômico, os recursos naturais – o fator terra – compreendem a base de um sistema sobre a qual se assentará o capital técnico. São os recursos naturais, tanto os renováveis (de natureza biológica, que compreendem os vegetais e os animais), como os irrenováveis (riquezas minerais e solo) que proporcionarão a obtenção dos bens destinados à satisfação das necessidades do ser humano, transformados e/ou in natura.
	Durante muito tempo prevaleceu a idéia, entre os precursores da análise econômica, de que a verdadeira riqueza seria aquela resultante da utilização indireta do fator terra, a produção agrícola. Os outros bens seriam derivados de uma transformação dos produtos primários, não acrescentando, portanto, mais riqueza. Este conceito modificou-se substancialmente com o avanço das tecnologias de processo e de produto, a serem tratadas mais à frente.
Força do trabalho
	Aplicando aos instrumentos, num dado espaço físico, o trabalho humano, dele resultará a transformação do meio em que habita e a produção de bens segundo suas próprias necessidades. O sistema econômico depende fundamentalmente da qualidade do trabalho humano, que é eminentemente criador. O ser humano procura criar, desenvolver e enriquecer novos meios de produção, com vistas ao progresso e evolução da técnica.
	Para alguns economistas, clássicos, o trabalho é o determinante do valor econômico. Segundo esta linha de pensamento, todos os fatores de produção, em última análise, se resumem num só: o trabalho, fonte única de todo o progresso humano.
	Para outros economistas clássicos, menos radicais, o valor advém da colaboração entre o capital e o trabalho.
Tecnologia
	Significa o estudo das técnicas. Por técnica, entende-se a maneira correta de executar qualquer tarefa. É o “saber como”, definindoformas, instrumentos, equipamentos, métodos, características físicas de materiais intermediários e outros insumos para a obtenção de um bem econômico.
	A tecnologia pode ser definida como o conhecimento humano aplicado à produção. Neste sentido, alguns autores consideram a tecnologia como uma mercadoria, com todas as suas características: tem um preço, pode ser adquirida e também se torna obsoleta. As nações subdesenvolvidas são potencialmente compradoras de tecnologia originária de nações desenvolvidas. Neste contexto, assumem papel preponderante na transferência de tecnologia as firmas estrangeiras e as licenças de produção por firmas estrangeiras e as licenças de produção por firmas nacionais, mediante o pagamento de royalties.
	Uma inovação técnica, quer seja através de descoberta de novas matérias-primas, mudança nos métodos de produção, criação de novos produtos ou substituição de equipamentos, termina por modificar a divisão social do trabalho e as técnicas de produção, elevando a produtividade do trabalho.
	Estas inovações, de grande impacto na economia, se manifestam como inovação (ou tecnologia) de processo e inovação (ou tecnologia) de produto. Uma tecnologia de produto caracteriza uma inovação que leva a um produto novo, isto é, que apresentará certas peculiaridades que qualificarão um produto diferente daquele anteriormente oferecido. Já a evolução tecnológica de processo atinge tão-somente o processo de fabricação, sem mudanças nas características do produto. Refere-se, neste caso, a diminuições no tempo de obtenção do produto, reduções no número de operações, racionalização no uso de matérias-primas etc.
Capacidade empresarial
	A função empresarial é vital para a condução da ordem capitalista.
	Nas economias onde a livre iniciativa impera, compete aos empresários explorar uma invenção ou introduzir uma inovação de produto ou de processo, de abrir nova frente de oferta de bens e serviços, novos usos para produtos conhecidos, reativação e reorganização de indústrias etc.
	O tipo empresarial é definido pela reunião de aptidões presentes em uma pequena parcela da população, que levam à descoberta de oportunidades de investimento, ao financiamento da operação, à obtenção e utilização adequada dos fatores de produção e à organização e coordenação das operações de forma eficiente.
	A capacidade empresarial se resume, portanto, em conseguir que as coisas sejam feitas.
Curva de possibilidades de produção
	A Ciência Econômica, como tantas outras, lança mão de técnicas desenvolvidas por outras áreas do conhecimento científico para auxiliar na demonstração de certos fatos econômicos. Assim, a representação gráfica em duas dimensões (um eixo dos x, considerada a 1ª variável, e um eixo dos y, a 2ª variável), utilizando dados econômicos observados ou idealizados, será um instrumento de apoio de fundamental importância na apresentação das questões econômicas.
	Vejamos como isto se relaciona com o problema das necessidades ilimitadas e recursos escassos.
	Em certa economia observou-se que a utilização dos recursos disponíveis – capital, terra, trabalho, capacidade empresarial e tecnologia – para a produção de dois bens milho e soja possibilitaria as seguintes quantidades:
	Possibilidades de Produção
	Alternativa
	soja (kg)
	milho (kg)
	A
B
C
D
E
F
	0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
	20.000
19.000
17.000
13.000
8.000
0
	Dispostos num diagrama, estes dados resultam na Curva de Possibilidades de Produção, conforme Gráfico a seguir:
Curva de Possibilidades de Produção
 
 Disposição dos dados 		 Traçado da Curva
	Trata-se de uma construção extremamente simples que revela as escolhas que são oferecidas à sociedade em função da limitação dos recursos. O exame atento dos pontos A, B, C, D, E e F no Gráfico da Curva de Possibilidades de Produção permite a constatação de um decréscimo na produção de soja à medida que aumenta a produção de milho. No ponto A, todos os fatores são utilizados para a produção de milho. No outro extremo, quando todos os fatores são alocados para a produção de soja, nenhuma quantidade de milho pode ser produzida. Entre estes dois extremos existem pontos intermediários que revelam a escassez dos recursos e, como conseqüência, a imperiosidade de “sacrifício” de unidades de produção de um bem quando se aumenta a produção de outro bem. 
	A curva de possibilidades de produção é uma demonstração dos limites máximos de produção possível de dois bens. Na realidade, a produção pode ficar aquém desta fronteira. É o caso do ponto U no Gráfico da Curva de Possibilidades de Produção e o Desemprego de Fatores a seguir. Neste ponto, não estão sendo empregados todos os recursos disponíveis, havendo, portanto, desemprego de fatores. Por conseguinte, o pleno-emprego se dá sobre a curva de possibilidades de produção (ou fronteiras de possibilidades de produção). Assim, os pontos localizados “dentro” da curva representam situações em que os recursos não estão sendo administrados de forma eficiente.
	Sendo a curva de possibilidades de produção uma indicação das fronteiras, isto é, da produção máxima de dois bens com dado volume de recursos, não é possível admitir pontos “fora” da curva como o ponto H. Mas o que se observa é um deslocamento da curva de possibilidades de produção para cima e para a direita, denotando crescimento da produção decorrente de alterações positivas na composição e volume dos fatores de produção. Estas alterações geralmente compreendem:
um aumento na quantidade do fator capital;
um aumento na força de trabalho;
o progresso tecnológico, responsável por novos métodos de produção.
Curva de Possibilidades de Produção e o Desemprego de Fatores
	O deslocamento da curva de possibilidades de produção é demonstrado no gráfico que representa o Deslocamento da Curva de Possibilidades de Produção a seguir. Evidentemente, uma diminuição de fatores de produção (mão-de-obra, por exemplo) pode levar a um deslocamento da curva de possibilidades de produção para a esquerda, o que constitui uma anormalidade no funcionamento de todo o sistema econômico. Uma guerra ou uma epidemia, por exemplo, podem causar grande redução na mão-de-obra.
Deslocamento da curva de Possibilidades de Produção em função de alterações nos fatores de produção.
A análise da curva de possibilidades de produção conduz a duas importantes constatações: a primeira delas diz respeito ao custo de oportunidade, isto é, à renúncia ou sacrifício de um bem em prol da obtenção de outro. Assim, o custo de oportunidade para a obtenção da 1ª unidade do bem soja é de uma unidade do bem milho conforme se pode deduzir da Tabela de Custo de Oportunidade. A obtenção da 2ª unidade de soja leva ao sacrifício de mais duas unidades de milho; a 3ª unidade de soja exige um custo de oportunidade de mais quatro unidades de milho e assim por diante. Ao final, para a produção da 5ª unidade de soja deverão ser sacrificadas mais oito unidades de milho. Este custo de oportunidade está demonstrado no de Custo de Oportunidade a seguir.
	Custo de oportunidade
	Alternativa
	soja (kg)
	... a produção de milho (kg) é:
	custo de oportunidade (em unidades de milho) é:
	A
B
C
D
E
F
	0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
	20.000
19.000
17.000
13.000
8.000
0
	0
1.000
2.000
4.000
5.000
8.000
Custo de oportunidade
A Segunda constatação leva à lei dos rendimentos decrescentes. Conforme foi visto, uma expansão dos fatores de produção leva a deslocamentos positivos da curva de possibilidades de produção. Se, no entanto, se mantiver constante um ou mais recursos físicos, os aumentos nas possibilidades de produção serãomenos que proporcionais, tornando-se decrescentes ou mesmo nulos a partir de certo nível. Em outras palavras, a lei dos rendimentos decrescentes baseia-se na impossibilidade de uma expansão de todos os fatores de produção da mesma intensidade. Se apenas um dos fatores permanecer constante, aumentando-se os demais, a produção apresentará menor taxa de crescimento a cada estágio. Suponhamos, num primeiro momento, que, como resultado da utilização de:
100 unidades do fator terra
300 unidades do fator capital 
50 unidades do fator trabalho
obtêm-se:
30 unidades do bem soja
40 unidades do bem milho
	Num segundo momento, mantendo-se a quantidade do fator terra e incrementando-se o capital e a mão-de-obra para 360 e 60 unidades, respectivamente, a possibilidade de produção passa para 35 e 45 unidades de soja e milho, respectivamente.
	Observa-se que, para um aumento de 20% nos fatores, a possibilidade de produção cresce aproximadamente 17%. Num terceiro momento, utilizando-se:
100 unidades do fator terra
430 unidades do fator capital
70 unidades do fator trabalho
a possibilidade de produção atinge:
	38 unidades do bem soja e
	48 unidades do bem milho
	Nesta simulação, a um novo aumento de 20% nos fatores capital e trabalho, mantendo constante o fator terra, as possibilidades de produção aumentam em menos de 9%.
Necessidades humanas
	Registramos anteriormente que as necessidades do homem são ilimitadas. Vamos analisar este particular aspecto da natureza de forma detalhada e sistematizada, dada a sua importância e vinculação com o próprio equacionamento do problema econômico.
	Uma primeira questão a responder diz respeito ao volume de necessidades que possamos ter. Evidentemente, um ser humano que vive numa comunidade moderna tem necessidades diversas e em maior quantidade do que alguém que vivia na Idade Média. Uma volta por uma das alas comerciais de um shopping center das grandes metrópoles ou meia hora de televisão comprovam facilmente esta afirmação. Além deste aspecto temporal, há de se considerar que, somado ao volume, também a composição das necessidades varia entre habitantes de uma metrópole e de uma cidadezinha do interior do Estado.
	Em que pese a diversidade entre volume e composição das necessidades humanas, é possível detectar várias características comuns. As necessidades podem ser coletivas ou individuais. No primeiro caso, estão enquadradas as necessidades que todo o grupo sente, tais como a necessidade de segurança, educação, saneamento básico, saúde, etc.
	Estas necessidades coletivas são satisfeitas em parte ou totalmente por ação do Estado.
	As necessidades individuais compreendem dois grupos: o de necessidades absolutas do homem, isto é, relacionadas às exigências de natureza biológica do homem, como dormir, esperar, comer, habitar, procriar, vestir, etc.
	Estas necessidades absolutas – ou, como também são conhecidas, biológicas – nem sempre tem sua satisfação associada imediatamente a uma solução econômica. Tomemos a necessidade de respirar, por exemplo: em muitas comunidades modernas, a preservação das áreas verdes e o controle da poluição do ar podem requerer grandes esforços econômicos.
	O segundo grupo compreende as necessidades relativas ou sociais. São relativas porque não são idênticas para todos os indivíduos. Compreendem o conjunto de hábitos, normas, costumes e valores (uso de talheres e pratos, cama para dormir, leitura, audiência de uma sinfonia e outros).
	As necessidades dos indivíduos, quer sejam absolutas modificam-se a cada novo dia. Alguns estados a esse respeito revelam que as necessidades são hierarquizadas, isto é, um indivíduo procura satisfazer suas necessidades em certo momento ou período de sua vida por etapas consecutivas, uma após outra. O primeiro degrau é reservado para as necessidades biológicas ou básicas. Satisfeitas estas necessidades, o indivíduo precisa de segurança, em seu mais amplo sentido: segurança no emprego, na comunidade, no lar. A etapa seguinte refere-se à necessidade que o indivíduo sente de viver em comunidade, ser aceito pelo grupo, relacionar-se. Na etapa seguinte, quer satisfazer seu ego: busca reconhecimento, status, poder. A última etapa nesta hierarquização refere-se à auto-realização: o indivíduo abre-se a novos desafios, procura a experimentação de forma decidida (motivo que leva alguns cientistas a inocularem vírus no seu próprio organismo, para testarem determinada teoria ou vacina).
	Segundo estes estudos, uma necessidade superior não poderá ser suprida sem a satisfação da necessidade imediatamente anterior. Outro aspecto revela que a posição do indivíduo na sua hierarquia de necessidades é mutável ao longo do tempo, ou seja, o indivíduo terá projetadas novas hierarquias introduzidas pelas transformações do meio, principalmente.
Bens
	A satisfação de uma necessidade no sentido aqui tratado requer a existência de um bem. Mesmo as mais elementares necessidades são satisfeitas por um certo tipo de bem. O ar, por exemplo, é o bem que satisfaz a necessidade de respirar. Em circunstâncias normais, quando se caracteriza a sua abundância, este e outros bens, como a água dos mares e a luz do sol, são considerados bens livres, não constituindo um problema cuja solução esteja no âmbito da análise econômica. A maioria das necessidades do indivíduo será satisfeitas por bens escassos, cuja obtenção irá requerer certa quantidade de trabalho. Estes bens são denominados bens econômicos e compreendem duas categorias de bens: os bens tangíveis, isto é, que se pode apalpar, que são materiais, portanto, e os bens intangíveis, que não são de natureza física, como os serviços.
	Na tentativa de melhor compreensão do fato econômico, a classificação dos bens completou-se com o enquadramento dos bens econômicos tangíveis nas seguintes categorias:
Bens de consumo, que compreendem os produtos que se destinam ao consumo. Subdividem-se em bens de consumo não duráveis (que possuem existência muito limitada no tempo e geralmente desaparecem ao satisfazer a necessidade, como os alimentos, por exemplo) e bens de consumo duráveis (cuja utilização é substancialmente prolongada, como eletrodomésticos, automóveis, etc).
Bens de capital, que compreendem os bens destinados à produção de novos bens e por isso mesmo também conhecidos por “bens de produção”. São as máquinas industriais, ferramentas, etc.
Além destas duas categorias de bens econômicos tangíveis, que poderiam ser classificadas de bens finais – porque satisfazem necessidades de consumo ou de investimento sem exigir mais nenhuma transformação –, existem os bens intermediários, como o aço, o cimento e uma infinidade de outras mercadorias que requerem transformações antes de se converterem num bem de consumo ou bem de capital.
O quadro abaixo esquematiza a classificação geral dos bens:
Questões Centrais da Economia
	O dilema traduzido pelo confronto entre recursos humanos e materiais – escassos e necessidades coletivas e individuais – ilimitadas implica a existência de três questões fundamentais:
Que e quanto produzir?
Como produzir?
Para quem produzir?
Compete à Ciência Econômica, como sua mais importante função, reunir o máximo de informações que possibilite completo diagnóstico da relevância de cada um destes problemas e suas diversas formas de solução. Esta é na realidade a própria razão de ser deste ramo de conhecimento.
	Mas se à Economia compete a elucidação ou equacionamento dos problemas, a aplicação das recomendações para a solução compete à comunidade, dado que, na maioria das vezes, intervêm fatores de natureza social, política, histórica, física, tecnológica etc., de influência decisiva sobre o resultado.
Que e quanto produzir?
	Dada a escassez dos recursos, a resposta a esta indagação deve considerar que, ao mesmo tempo em que se decide pela produção de determinadobem, se estará decidindo pela não-produção de outro bem. Assim, a terra destinada ao plantio de cana-de-açúcar não poderá ser utilizada para a produção de alimentos naquela porção de terra utilizada para o cultivo de cana-de-açúcar. A contribuição da análise econômica à questão “que e quanto produzir” localiza-se no conhecimento das máximas possibilidades econômicas de produção estabelecidas pelas curvas de possibilidades de produção.
Como produzir?
	Trata-se, aqui, de uma questão relacionada às possibilidades tecnológicas de produção. Competirá à sociedade como um todo a adoção de técnicas de produção que procurem combater, da forma mais adequada possível, seus recursos humanos e patrimoniais.
	Atenção especial deve ser dedicada à absorção de tecnologia, tal que a penetração da técnica no aparelho produtivo não implique desperdício do potencial humano e, por outro lado, a sociedade não deverá recusar o emprego de técnicas que possam significar aumento da eficiência produtiva.
Para quem produzir?
	Das três questões, esta é a que merece maior atenção por parte da Política Econômica. Consiste em decidir de que forma será distribuída, por toda a sociedade, a produção obtida. Em termos atualmente mais corriqueiros, esta questão visa solucionar o problema da distribuição da renda. A participação da sociedade na determinação do produto deve estender-se igualmente à determinação da distribuição mais justa dos bens, superando o desnível que se verifica em muitas regiões do planeta, quando uma grande escassez de bens contrata com a acumulação evidente em outros setores. É importante destacar que foi este desnível a causa que promoveu as lutas de classes sociais consubstanciadas nos acontecimentos mais importantes dos últimos tempos.
	Tem-se, portanto, que, do ponto de vista da Economia, o ideal seria a adequada combinação entre uma estrutura produtiva eficiente – obtida através de uma solução ótima às questões “que, quanto e como produzir” – e a justa e efetiva distribuição da produção – solucionando, de forma eficaz, o problema “para quem produzir”.
Mecanismo de Mercado
A Teoria Microeconômica (ou Teoria dos Preços, como também é conhecida) preocupa-se em estudar o comportamento econômico das unidades individuais, tais como consumidores, empresas e proprietários de recursos. Ela trata, basicamente, dos fluxos de bens e serviços das empresas para os consumidores, dos fluxos dos recursos produtivos (ou seus serviços) dos seus proprietários para as empresas, da composição desses fluxos e da formação dos preços dos componentes desses fluxos. Nesse sentido, um dos objetivos básicos da Teoria Microeconômica é responder questões do tipo:
O que determina o preço dos diversos tipos de bens e serviços?
O que determina a remuneração de um trabalhador?
O que determina o quanto de cada mercadoria será produzida?
O que determina a maneira pela qual um indivíduo gasta sua renda entre os mais diversos tipos de bens e serviços?
Iremos, então, iniciar o nosso estudo pelo modelo simples de oferta e demanda procurando mostrar como funcionam os mercados competitivos e a maneira pela qual preços e quantidades são determinados nesse tipo de mercado; em seguida, enfocaremos o conceito de elasticidade.
Demanda ou Procura
A procura ou demanda de um bem indica, dados determinados condicionantes, a quantidade que os consumidores desejam adquirir por unidade de tempo. Os fatores principais que influenciam a procura ou demanda por um bem são:
Gostos, preferências e hábitos do consumidor;
Renda do consumidor;
Preços dos bens substitutos;
Preços dos bens complementares;
Preço do bem em questão;
Propaganda;
Clima;
Tamanho da População.
Observando os determinantes de demanda, verificamos que todos variam simultaneamente, ficando difícil avaliar o efeito que cada um exerce sobre a demanda.
Para tentar contornar esse problema vamos nos valer da imposição da condição “Coeteris Paribus”, que é uma expressão latina que significa “tudo o mais permanecendo constante”. Permitiremos, por exemplo, que o preço de um produto se modifique, fazendo a suposição de que a renda do consumidor, seus hábitos e preferência, o preço dos bens relacionados e suas expectativas permaneçam inalterados. Assim procedendo, conseguiremos identificar o efeito que somente as mudanças de preço provocam nas quantidades demandadas de uma determinada mercadoria. Dizemos então que a demanda dessa mercadoria depende de seu preço, “Coeteris Paribus”.
Da mesma forma, se quisermos saber como mudanças na renda afetam a demanda fazemos a suposição de que apenas a renda varia, enquanto mantemos os outros fatores determinantes da demanda constantes. Dizemos então que a demanda depende da renda, “Coeteris Paribus”.
Naturalmente, esse procedimento pode ser estendido a todos os outros elementos que influenciam a procura.
Lei Geral da Procura
“A quantidade procurada de determinada mercadoria varia na razão inversa dos seus respectivos preços; mantidas as demais influências constantes”.
Assim, a quantidade procurada de um bem e seu preço devem se comportar inversamente: toda vez que o preço diminui a quantidade procurada deve aumentar; toda vez que o preço aumentar a quantidade procurada deve diminuir.
Função Geral da Procura
Há diversos fatores que influenciam a demanda de um bem. Pode-se associar esses fatores à quantidade de demanda do bem, utilizando a seguinte expressão matemática:
	qi = f (pi, ps , pc, R, G)
Onde: qi = quantidade do bem, pi = preço do bem, ps = preço dos bens substitutos, pe = preço dos complementares, R = renda dos consumidores e G = gasto, hábito e preferência do consumidor.
A fórmula nos diz que a quantidade demandada ao bem i depende do seu preço (pi), do preço dos outros bens consumidos (ps, pe), da renda dos consumidores (R) e de seus hábitos, gostos e preferências (G).
Representação Gráfica da Procura
A representação gráfica da função de demanda do consumidor nos dá a curva de demanda (procura). Assim, na tabela seguinte, estão relacionadas as quantidades procuradas pelos indivíduos a cada nível de preços, mantendo-se constantes os demais fatores.
	Preço (R$)
	8,00
	7,00
	6,00
	5,00
	4,00
	3,00
	2,00
	1,00
	0
	Quantidade
	0
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
A curva da procura mostra a quantidade de um bem que será consumido, a cada nível de preço, durante um determinado período de tempo. Neste caso apenas o preço varia mantidos constantes todos os outros fatores que afetam a procura.
A curva de procura convencional é portanto, negativamente inclinada; o preço é marcado no eixo vertical e a quantidade demandada ou procurada no eixo horizontal. Assim ao preço de R$ 6,00 a quantidade procurada será de 2 unidades, ao preço de R$ 4,00 a quantidade aumentará para 4 unidades e assim por diante. Qualquer ponto da curva corresponderá um preço e uma quantidade demandada à aquele preço. Ela nos dá o conjunto de combinações possíveis entre preços e quantidades.
Deve-se enfatizar ainda que, as variações no preço do bem provocam mudanças na quantidade demandada, com a curva de demanda permanecendo inalterada. Assim quando se fala em demanda estamos nos referindo a toda curva, enquanto se denomina quantidade demandada a um dado ponto dessa mesma curva.
Deslocamentos nas (das) Curvas de Demanda
Quando qualquer das condições “COETERIS PARIBUS” se modifica, toda curva de demanda se desloca. Referindo-nos a isso como uma variação de demanda ou deslocamento da curva de demanda em oposição à variação da quantidade procurada ao longo da mesma curva de demanda, mantendo-se a condição dita “COETERIS PARIBUS” (Obs.: variação da quantidade procurada: é o deslocamento desta variável ao longo dos diversos preços, mantendo-se outras condições constantes).
Variação ou deslocamento da demanda: significa o deslocamento da curva de demanda completa, em virtude de não se manterem constantesas demais condições.
Variações nos preços e as respectivas variações nas quantidades demandadas são movimentos ao longo da curva da procura. Se, no entanto, a renda ao consumidor ou ao outro fator que influencia a demanda sofrer modificações, ocorrerá um deslocamento da curva, já que movimentos ao longo da curva ocorrem quando apenas os preços do bem em questão variam. Assim ocorrerá deslocamento da curva para a direita ou para a esquerda, quando qualquer outro fator de influência na demanda, que não seja o próprio preço, variar. Tais deslocamentos representam aumentos ou quedas na procura, ao passo que movimentos ao longo da curva representam aumentos ou quedas nas quantidades procuradas. O gráfico mostra as variações na demanda ou procura.
Partindo da curva D, a curva D’ representa uma redução na demanda e D” representa um aumento na demanda. Em D, pode-se dizer que ao preço p, a demanda é q. Em D’ ao preço p, a demanda é q’, menor que q. Em D”, ao preço p, a demanda é q”, maior que q e q’.
Alguns Fatores que Influenciam a Procura
Preço do Bem: É o fator mais importante. Preço e quantidade são inversamente relacionados, ou seja, um aumento no preço corresponde a uma diminuição na quantidade procurada e uma diminuição no preço um aumento na quantidade procurada, supondo os demais fatores constantes.
Renda do Consumidor: Existe uma relação crescente e direta entre a renda e a demanda de um bem. Quando a renda cresce, a demanda do bem deve aumentar, ou seja, o indivíduo ficando mais rico vai desejar aumentar seu padrão de consumo e portanto demandará maiores quantidades de bens. Ao contrário, quando a renda diminui, a demanda deve diminuir.
Gosto, Preferências e Hábitos do Consumidor: O gosto, a preferência e hábitos do consumidor influenciam na quantidade comprada dos bens. Assim se houver uma campanha publicitária incentivando o consumo de determinado produto haverá um aumento na demanda e um deslocamento na curva para a direita. Se por qualquer motivo, ocorrer uma diminuição na preferência, ocorrerá o inverso, ou seja, diminuição na demanda e um deslocamento na curva para a esquerda.
Preço de Outros Bens Substitutos e Bens Complementares: Bens substitutos ou concorrentes são aqueles que o consumo de um bem substitui o consumo de outro bem. Bens complementares são aqueles que são consumidos conjuntamente. Bens substitutos (manteiga e margarina): Se houver um aumento do preço da manteiga, ocorrerá COETERIS PARIBUS, diminuição da quantidade o que provavelmente provocará aumento no consumo de margarina. Bens complementares (café e Açúcar): Se houver um aumento no preço do café ocorrerá, COETERIS PARIBUS, diminuição da quantidade o que provavelmente provocará diminuição no consumo de açúcar. Assim o aumento nos preços da manteiga e do café provocarão alterações na demanda de margarina e açúcar.
Curva de Procura do Mercado
Até agora sempre falamos sobre a procura individual. E a procura de mercado? A procura de mercado é a soma das procuras individuais. Suponhamos que a um dado preço o consumidor “A” deseja adquirir 10 sorvetes, o consumidor “B” deseja 7 e o “C” 5 sorvetes. Sendo o mercado constituído destas pessoas, a procura de mercado será de 22 sorvetes ao preço dado.
Em termos rigorosos, diz-se que a curva de procura de mercado é a soma horizontal das curvas de procura dos indivíduos que compõem este mercado. É chamada horizontal porque sempre se somam as quantidades e não os preços. Podemos exemplificar com uma tabela para um mercado constituído de três pessoas.
	Preço
	Consumidor
A
	Consumidor
B
	Consumidor
C
	Mercado
(A + B + C)
	3,00
	2
	3
	4
	9
	2,50
	4
	5
	12
	21
	2,00
	14
	10
	22
	46
	1,50
	24
	15
	32
	71
	1,00
	34
	20
	42
	96
	0,50
	44
	25
	52
	121
Para análise da demanda total, devemos observar que, além dos determinantes apresentados anteriormente, um outro deve ser destacado: a demanda total depende do número de indivíduos economicamente aptos a participar do mercado. Em outras palavras, a demanda total depende do tamanho da população. Exemplificando, em cidades cuja população está a crescer a demanda por alimentos também deverá aumentar.
Demanda Não Linear
Outro fator que deve ser notado é que a demanda não é, necessariamente, linear. Apresentamos a seguir, a título de exemplo, uma escala de demanda com representação gráfica não linear.
	Escala de Demanda Não Linear
	Preço
(R$ / unidade)
	Quantidade
Demandada
(em unidades / mês)
	25,00
	100
	20,00
	140
	15,00
	200
	10,00
	300
	5,00
	500
A curva de demanda mostrada a seguir foi construída a partir dos dados :
Exceções à Lei Da Procura
Há duas exceções à lei da procura: os chamados bens de Giffen e bens de Veblen. 
Os bens de Giffen são bens de pequeno valor, porém de grande importância no orçamento dos consumidores de baixa renda. Caso haja uma elevação em seus preços, seu consumo paradoxalmente tende a aumentar, uma vez que, embora seu preço tenha sido majorado, são ainda mais baratos que os demais bens; como ao consumidor após o aumento, sobre menos renda, ele não poderá adquirir outros bens (por serem mais caros) e acabará consumindo maiores quantidades do bem de Giffen.
Os bens de Veblen são bens de consumo ostentatório, tais como obras de arte, jóias, tapeçarias e automóveis de luxo. Como o objetivo de seu consumidor é mostrar aos outros que é possuidor de grande renda (e não o consumo do bem e si), quanto mais caros mais são procurados.
Tanto os bens de Giffen como os de Veblen têm curvas de demanda com inclinação positiva, ou seja, ascendentes da esquerda para a direita.
Vale dizer, ainda, que a procura por qualquer bem ou serviço pode ser uma demanda composta, isto é, constituída de uma série de usos diferentes. Exemplificando, a demanda por couro é um composto da demanda de couro para cintos, sapatos, casacos, etc.
Existe, também, a demanda conjunta, que ocorre quando os bens são complementares. Nesse caso, um produto é procurado juntamente com outros. Exemplificando, há uma demanda conjunta de raquetes e bolas de tênis, de automóveis e pneus para automóveis.
A demanda de um bem ou serviço pode, ser derivada da procura de algum bem final. Exemplificando, a demanda de mão-de-obra de pedreiro é derivada da procura por casas.
Oferta
A oferta de um bem indica, dados determinados condicionantes, a quantidade que os produtores desejam produzir e oferecer no mercado por unidade de tempo. Os principais fatores que influenciam a oferta de um bem são;
Preço do bem;
Custo de Produção;
Tecnologia;
Concorrência (nº de empresas no mercado);
Clima;
Preço de outros bens produzidos pela empresa;
Oferta de fatores de produção.
Observando os elementos que determinam a oferta, verificamos que todos variam simultaneamente, tornando difícil uma análise da influência de cada um deles sobre a oferta.
Para contornar esse problema, vamos nos valer novamente da condição “COETERIS PARIBUS”. Permitiremos, então, que o preço de um produto se modifique, fazendo a suposição de que o preço dos fatores de produção, a tecnologia, o preço dos outros bens e o clima (quando for o caso) permaneçam inalterados. Assim procedendo, conseguiremos identificar o efeito que mudanças de preço provocam nas quantidades oferecidas de uma determinada mercadoria. Dizemos, então, que a oferta dessa mercadoria depende do seu preço, “COETERIS PARIBUS”. Esse procedimento pode ser estendido a todos os elementos que influenciam a oferta.
Lei Geral da Oferta
“A oferta de um bem, em determinado período de tempo, varia na razão direta da variação de preços desse bem a partir de um nível de preços tal que seja suficiente para fazer face ao custo de produção e até o limite superior de pleno emprego dos fatores”.
Assim quanto maior for o preço do produto ou serviço em consideração, maior deverá ser a quantidade ofertada do mesmo e vice-versa.Entretanto, essa relação entre quantidades ofertadas e preço deverá possuir um limite mínimo (custo de produção) e um limite máximo (pleno emprego dos fatores).
Função Geral da Oferta
Há diversos fatores que influenciam a oferta de um bem. Pode-se associar esses fatores à quantidade do bem, utilizando a seguinte expressão matemática:
	qi = f (pi, C, T, Conc, Cli, po, Of...)
Onde:	qi = quantidade do bem, pi = preço do bem, C = custo de produção, T = tecnologia, Conc = Concorrência, Cli = clima, po = preço de outros bens e Of = oferta de fatores de produção.
A fórmula nos diz que a quantidade ofertada do bem i, depende de seu preço (pi), do custo de produção (C), da tecnologia (T), do clima (Cli), da concorrência (Conc.), do preço de outros produtos produzidos pela empresa (po), da oferta de fatores de produção (Of).
Representação Gráfica da Oferta
A representação gráfica da função oferta do produtor nos dá a curva de oferta. Assim na tabela seguinte estão relacionadas as quantidades ofertadas pelos produtores, a cada nível de preços, mantendo-se constantes os demais fatores;
	Preço (R$)
	8,00
	7,00
	6,00
	5,00
	4,00
	3,00
	2,00
	1,00
	0
	Quantidade
	6
	5
	4
	3
	2
	1
	0
	0
	0
A curva da oferta mostra a quantidade de um bem que está oferecida, a cada nível de preço, durante um determinado período de tempo. Neste caso apenas o preço varia, mantendo-se constantes todos os demais fatores que influenciam a oferta.
A curva de oferta convencional é portanto, positivamente inclinada; o preço é marcado no eixo vertical e a quantidade ofertada no eixo horizontal. Assim ao preço de R$4,00 a quantidade ofertada será de 2 unidades, ao preço de R$6,00 a quantidade aumentará para 4 unidades e assim por diante.
Qualquer ponto da curva corresponderá a um preço e uma quantidade ofertada àquele preço, ela nos dá o conjunto de combinações possíveis entre preços e quantidades ofertadas.
Deve-se enfatizar ainda que, as variações no preço do bem provoca mudanças na quantidade ofertada, com a curva de oferta permanecendo inalterada. Assim quando se fala em oferta estamos nos referindo a toda curva, enquanto se denomina quantidade ofertada a um dado ponto dessa mesma curva.
Deslocamento na (das) Curvas de Oferta
 
Quando os fatores que se mantiveram constantes ao definirmos a curva da oferta sofrem uma variação (elimina a condição COETERIS PARIBUS), toda a curva de oferta sofre uma variação ou um deslocamento para cima ou para baixo. Isto é chamado variação ou deslocamento da oferta e deve ser claramente distinguida na quantidade ofertada (que é movimento ao longo da mesma curva de oferta). Variações nos preços e as respectivas variações nas quantidades ofertadas são movimentos ao longo da curva de oferta. Se no entanto o custo de produção ou outro fator que influencia a oferta sofrer modificações, ocorrerá um deslocamento da curva, já que movimentos ao longo da curva ocorrem quando apenas os preços do bem em questão variam.
Assim ocorrerá deslocamento da curva, para a direita ou para a esquerda, quando qualquer outro fator de influência na oferta, que não seja o próprio preço, variar. Tais deslocamentos representam aumentos ou quedas na oferta, ao passo que movimentos ao longo da curva representam aumentos ou queda nas quantidades ofertadas. O gráfico mostra as variações na oferta:
Partindo da curva S, a curva S’ representa uma redução na oferta e S” representa um aumento na oferta. Em S, pode-se dizer que ao preço p , a oferta é q. Em S’, ao preço p, a oferta é q’ menor que q. Em S”, ao preço p, a oferta é q”, maior que q e q’.
Alguns Fatores que Influenciam a Oferta
Preço do Bem: É o fator mais importante. Preço e quantidade são diretamente relacionados. Se o preço for alto os empresários tendem a ofertar uma maior quantidade, ao contrário se o preço for baixo a quantidade será menor.
Custo de Produção: O custo de produção ao ser modificado provoca um deslocamento da curva de oferta. Se houver um aumento no custo de produção a curva de oferta se deslocará para cima e para esquerda (redução na oferta). Ao contrário se houver uma diminuição no custo de produção, a curva de oferta se deslocará para a direita (aumento na oferta).
Concorrência (Nº de empresas no mercado). O número de empresas no mercado influência na oferta porque quanto maior o número de empresas no mercado maior será a oferta de produtos. Assim na medida que novas empresas entram no mercado a curva de oferta se desloca para a direita e a preços constantes a quantidade que será ofertada será maior. Com a saída de empresas ocorrerá o contrário; diminuição na oferta e deslocamento da curva para a esquerda.
Tecnologia: A possibilidade de se adotar uma tecnologia mais aprimorada gera um aumento na oferta. Quando se troca equipamentos antigos por outros mais modernos e sofisticados, no mesmo período de tempo, a produção aumentará. Por outro lado quando os equipamentos se tornarem obsoletos e desgastados a produção tende a diminuir.
2.2.6	Curva de Oferta de Mercado
Tal como fizemos com a demanda, podemos determinar a oferta de mercado através da soma horizontal das quantidade ofertadas pelos produtos individuais a cada preço.
Suponhamos então um mercado hipotético composto por apenas 2 produtores, cujas escalas de oferta são dadas a seguir:
	Escala de Oferta de Mercado
	Preço por unidade (R$)
	Quantidade Ofertada (camisas / mês)
	
	Produtor A
	Produtor B
	Mercado (A+B)
	100,00
	400
	600
	1000
	80,00
	300
	500
	800
	60,00
	200
	400
	600
	40,00
	100
	300
	400
A escala de oferta de mercado será dada pela soma das quantidades oferecidas pelos produtores A e B a cada preço. Verificamos então que ao preço de R$ 80,00. O produtor A estará disposto a oferecer 300 camisas enquanto que, a esse preço, o produtor B oferecerá 500 camisas / mês. Assim, ao preço de R$ 80,00 a quantidade ofertada de mercado será de 800 camisas / mês. O mesmo raciocínio aplica-se aos demais preços.
Devemos observar que, na discussão sobre oferta total, além dos determinantes da oferta já observados, há mais um elemento a ser considerado: a oferta total também irá depender do número de produtores existentes no mercado.
Assim, quanto mais empresas existirem no mercado oferecendo determinado produto, mais curvas de oferta haverá para serem somadas. Como conseqüência, mais para a direita a curva de oferta se encontrará. Exemplificando, a curva de oferta total de computadores se deslocou para a direita a partir do surgimento de mais empresas que passaram a produzi-los.
Oferta Não Linear
A oferta não é, necessariamente, linear. A título de exemplo apresentamos a seguir uma escala de oferta com representação gráfica não linear.
	Escala de Demanda Não Linear
	Preço
(R$ / unidade)
	Quantidade
Demandada
(em unidades / mês)
	25,00
	100
	20,00
	140
	15,00
	200
	10,00
	300
	5,00
	500
Equilíbrio entre Demanda e Oferta
O equilíbrio se refere às condições do mercado, as quais, uma vez atingidas, tendem a persistir. Em Economia isto ocorre quando a quantidade demanda de um bem no mercado, na unidade de tempo, iguala a quantidade ofertada do bem ao mercado nessa mesma unidade de tempo. Geometricamente, o equilíbrio ocorre na interseção das curvas de demanda e oferta do mercado. O preço e a quantidade para os quais existe equilíbrio são conhecidos, respectivamente como preço e quantidade de equilíbrio. A partir das curvas de demanda e de oferta, vistas anteriormente pode-se determinar o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio para o bem em questão.
	Preço
	Quantidade Demandada
	Quantidade Ofertada
	8,00
	0
	6
	7,00
	1
	5
	6,00
	2
	4
	5,00
	3
	3
	4,00
	4
	2
	3,00
	5
	1
	2,00
	6
	0
	1,00
	7
	0
	0
	8
	0
No ponto de equilíbrio, não existe nem excesso nem escassez do bem e o mercado é normal. COETERISPARIBUS, o preço e a quantidade de equilíbrio tendem a persistir ao longo do tempo.
O mercado está em equilíbrio ao nível de preço R$5,00 e com a quantidade 3 unidades. Suponha que o preço se eleve para R$7,00; se isto ocorre a quantidade ofertada será 5 unidades e a quantidade procurada será 1 unidade. Conseqüentemente, há um excesso de oferta de produto de 4 unidades, dado pela diferença 5 – 1 unidades.
A quantidade 5 – 3 unidades é parte do excesso de oferta devido ao aumento de quantidade ofertada e 3 – 1 unidades é a parte do excesso de oferta provocada pela diminuição na quantidade demandada. Suponha que, ao invés de uma alta, tenha ocorrido uma baixa no preço de R$5,00 para R$3,00. Portanto passou a ocorrer um déficit de mercadoria, pois os consumidores desejam adquirir a quantidade 5 unidades e os produtores desejam oferecer a quantidade 1unidade. A quantidade 5 – 3 unidades é a parte do excesso de demanda devido ao aumento da quantidade demandada 3 – 1 unidades é parte do excesso de demanda provocada pela diminuição na quantidade ofertada.
Variações no Preço de Equilíbrio
Mesmo que se admita que a maioria dos equilíbrios são estáveis não haverá razão para acreditar que o preço e a quantidade de equilíbrio permanecem invariáveis.
Tão logo varie alguma das condições COETERIS PARIBUS da oferta, da procura ou de ambas haverá deslocamento de uma ou de ambas as curvas. Quando o deslocamento ocorre, um ou ambos valores de equilíbrio (preço e quantidade) devem variar.
Deslocamentos na Demanda
Mudanças na procura de um produto, sendo dada sua curva de oferta provocarão alterações no seu preço e na quantidade transacionada.
O aumento na procura, de DD para D1D1, na figura acima, elevará o preço de p para p1. Quando a procura aumenta, há escassez no antigo preço p. Portanto, os consumidores ofertarão preço maior, até alcançar p1. Os vendedores são induzidos a ofertar maior quantidade de produto e as transações crescem até x1.
Assim o aumento na procura provocou mudanças no ponto de equilíbrio: de E para E1; ocorrendo aumento na quantidade (de q para q1) e no preço (de p para p1).
Suponha agora que inicialmente D1D1 é a curva de procura, p1 o preço e x1 a quantidade. Uma diminuição na procura, de D1D1 para DD, provoca um excedente, ao preço inicial p1. Este excedente induz cada vendedor a cotar o produto a preços inferiores aos de seus concorrentes, o que força o preço para baixo, até p, e reduz a quantidade transacionada até x.
Da mesma forma, uma diminuição na procura provocou uma mudança no ponto de equilíbrio: de E1 para E; ocorrendo diminuição na quantidade (de q1 para q) e no preço (de p1 para p).
Fatores Causadores de Deslocamentos para Direita: (Aumento na Demanda)
Mudança no hábito do consumidor;
Aumento na renda;
Aumento dos preços de bens substitutos;
Redução dos preços de bens complementares.
Fatores Causadores de Deslocamentos para Esquerda (Redução na Demanda)
Mudança no hábito do consumidor;
Redução da Renda;
Redução de preços de bens sucedâneos;
Aumento de preço de bens complementares.
Deslocamento na Oferta
Igualmente, mudanças na oferta, sendo dada a curva de procura, provocarão alterações no preço e na quantidade negociada. Suponha que uma nova técnica de produção aumente a oferta, de SS para S1S1 no gráfico a seguir:
Verifica-se então um excedente, ao antigo preço p. Cada vendedor cotará o produto a preços inferiores aos de seus concorrentes, a fim de livrar-se do excedente e o preço cairá a p1. A quantidade negociada irá elevar-se a x1.
Assim o aumento na oferta provocou mudança no ponto de equilíbrio: de E para E1; ocorrendo aumento na quantidade (de q para q1) e se considerarmos, agora, S1S1 a curva de oferta inicial, p1 o preço e q1 a quantidade inicial, podemos observar os efeitos de uma redução da oferta. Suponhamos que o aumento no preço dos recursos reduza a oferta de S1S1 para SS. Depois que a oferta diminui, verifica-se uma escassez ao preço inicial p1. Os consumidores oferecerão maior preço, elevando-se até p. A quantidade transacionada decrescerá para x.
Da mesma forma, uma diminuição na oferta provoca uma mudança no ponto de equilíbrio: de E1 para E; ocorre diminuição na quantidade (de q1 para q) e aumento no preço (de p1 para p).
Fatores Causadores de Deslocamento para Direita: (Aumento na Oferta)
Aperfeiçoamento das Técnicas de Produção;
Redução dos custos de produção;
Clima favorável;
Entrada de empresas do mercado.
Fatores Causadores de Deslocamento para Esquerda: (Redução na Oferta)
Elevação dos custos de produção;
Clima desfavorável;
Saída de empresas do mercado.
Incidência Tributária
O conhecimento da incidência de um imposto, isto é, sobre quem efetivamente recai o ônus do imposto, consumidores ou vendedores é importante para determinar os aspectos econômicos e sociais da tributação.
O imposto sobre vendas normalmente influencia a produção provocando deslocamento na curva de oferta. Isto provocará então uma alteração no equilíbrio (alteração no preço e na quantidade de equilíbrio).
Nem sempre quem recolhe um imposto, arca com todo o seu custo. Muitas vezes, o imposto pago por um agente econômico é repassado por outros agentes, de forma que o ônus da tributação pode ser distribuído entre vários participantes do mercado, ou seja, a INCIDÊNCIA DO TRIBUTO não recai necessariamente sobre quem o paga. Suponha-se inicialmente, como no gráfico abaixo, que DD seja a curva da demanda por um produto qualquer, SS a curva de oferta, e p e q o preço e a quantidade do produto sendo transacionado no mercado.
Suponha, agora, que o Governo estabeleça um imposto fixo por unidade transacionada igual a “T” reais. A curva de demanda não será deslocada pela fixação do imposto; já a curva de oferta será deslocada paralelamente em T reais, para S1. Isto porque, além do preço exigido pelos produtores para a cobertura dos custos e a geração dos lucros, o preço da mercadoria deverá também gerar “T” reais por unidade vendida, que serão arrecadados pelo Governo. Assim, o novo ponto de equilíbrio se deslocará de E para E´, onde a quantidade transacionada será q1 e o preço que o consumidor pagará será p1. Os produtores absorverão a receita equivalente a 0q1E”p2 e o governo coletará “T” reais para cada uma das 0q1 unidades transacionadas, arrecadando portanto p2E”E’p1. A soma desses dois montantes é o dispêndio total dos consumidores 0q1E’p1.
Comparando a situação anterior à fixação do imposto com o novo ponto de equilíbrio em E’, nota-se, um primeiro lugar, que a quantidade transacionada foi reduzida de q para q1, já que a preços mais elevados, a quantidade demandada se retrai (movimento ao longo da curva). Com relação ao preço, no entanto, nota-se que o imposto não foi totalmente repassado para o preço final da mercadoria.
Antes do imposto, o preço era p, e, com a arrecadação do tributo, o preço aumentou para p1 como pp1 < p1p2 = T, vê-se que uma parte do imposto é paga pelo consumidor pp1 e que outra parte é absorvida pelo produto pp2.
Assim, se:	p = preço de equilíbrio, antes do imposto (T)
			p1 = preço pago pelo consumidor, após o imposto (T)
			p2 = preço recebido pelo produtor, após o imposto (T)
	p2 = p1 –T
Se q e q1 = quantidades de equilíbrio, antes e depois do imposto. Segue-se então que:
A parcela do imposto paga pelo consumidor é a diferença entre o que paga com o imposto (p1), menos o que pagaria sem o imposto (p);
A parcela do imposto paga pelo vendedor é a diferença entre o que receberia sem o imposto (p1) e o que recebe após o imposto (p2);
A arrecadação do governo é a soma das duas parcelas ou seja p1p2, por unidade.
A determinação da parte do imposto que será repassada ao consumidor (C) e da que será absorvida pelo produtor (P) depende da inclinação da curva de procura e da curva de oferta.
Quanto mais elástica (horizontal) a curva da demanda, a incidência deimpostos sobre o produtor será maior e, quanto menos elástica (vertical), maior será a incidência sobre os consumidores:
Demanda Elástica
Demanda Inelástica
Quanto mais elástica (horizontal) a curva de oferta, maior a incidência de impostos sobre o consumidor e quanto menos elástica (vertical), maior será a incidência sobre os produtores.
Oferta Elástica 
Oferta Inelástica
Exemplo:
	Preço
	Quantidade Demandada
	Quantidade Ofertada (S)
	Quantidade Ofertada (S1)
	8,00
	0
	8
	10
	7,00
	1
	7
	9
	6,00
	2
	6
	8
	5,00
	3
	5
	7
	4,00
	4
	4
	6
	3,00
	5
	3
	5
	2,00
	6
	2
	4
	1,00
	7
	1
	3
	0
	8
	0
	2
Elasticidades
Vimos que demanda e oferta são sensíveis ao preço. Em um mercado de concorrência, qualquer alteração no preço de um determinado bem ou serviço levará a alterações tanto na quantidade demandada quanto na quantidade ofertada. A quantidade demandada variará em sentido contrário à variação no preço, enquanto a quantidade ofertada variará no mesmo sentido da variação do preço. No entanto, os bens e serviços respondem de forma diferente às alterações dos preços. Alguns são mais sensíveis, uma variação do preço pode levar a uma grande variação da quantidade demandada ou ofertada. Outros são menos sensíveis, uma grande variação do preço pode levar a uma pequena variação da quantidade demandada ou ofertada.Para descrever essas variações, criou-se, o conceito de elasticidade.
A elasticidade é a relação existente entre a variação da quantidade demandada ou ofertada de um determinado bem ou serviço e a variação do seu preço. Ela demonstra a sensibilidade da quantidade demandada ou da ofertada em relação a variações no preço.
1 - Elasticidade-preço da demanda
O coeficiente de elasticidade-preço da demanda (E) mede a variação percentual da quantidade demandada de um bem por unidade de tempo, resultante de uma variação percentual no preço deste bem. Como preço e quantidade são inversamente relacionados, o coeficiente de elasticidade-preço da demanda é um número negativo. 
E = - ∆Q / Q 
 ∆P / P
E = - ∆Q . P
 ∆P . Q
Tipos de elasticidade-preço da demanda
Existem cinco tipos de elasticidade-preço da demanda.
Demanda Elástica
Ocorre quando a variação da quantidade demandada for percentualmente maior do que a variação do preço. Nesse tipo de elasticidade o valor numérico é maior do que a unidade. (E >1).
Demanda Inelástica
Ocorre quando a variação da quantidade demandada for percentualmente menor do que a variação do preço. Nesse tipo de elasticidade o valor numérico é menor do que a unidade. (E <1).
Demanda de elasticidade unitária
Ocorre quando a variação percentual da quantidade demandada for exatamente igual á variação percentual do preço. Nesse tipo de elasticidade o valor numérico é igual á unidade (E = 1).
Demanda perfeitamente elástica
Ocorre quando a variação da quantidade demandada é muito alta em resposta a pequenas variações no preço. Também trata-se de uma situação extrema, onde a curva de demanda se posiciona paralelamente ao eixo horizontal e a elasticidade tende para o infinito.(E = ∞) 
Demanda perfeitamente inelástica
Ocorre quando ao variar o preço não ocorre nenhuma variação da quantidade demandada. A sua elasticidade é zero. Essa é uma situação extrema, onde a curva de demanda posiciona-se perpendicular ao eixo horizontal.(E = 0). 
2 - Elasticidade-renda da demanda
A elasticidade-renda da demanda demonstra a relação existente entre a variação da quantidade demandada e a variação da renda do consumidor.
Er = ∆Q / Q
 ∆R / R
Er = ∆Q . R
 ∆P . Q
O aumento da renda normalmente leva ao aumento da demanda, exceto em casos em que os bens são inferiores. Quando o resultado do cálculo da elasticidade-renda da demanda for positivo, a mercadoria é considerada um bem normal (Er>o). Se o resultado for negativo, trata-se de um bem inferior (Er<0). Quando for zero, o consumo do bem não depende do nível de renda do consumidor (Er=0). Quando a elasticidade renda for positiva e maior do que 1 o bem normal será supérfluo ou de luxo (Er>1).
3 - Elasticidade-preço cruzada da demanda
O coeficiente de elasticidade preço cruzada da demanda do bem X com relação ao bem Y (Exy) mede a variação percentual da quantidade de X comparada na unidade de tempo, resultante da variação no preço de Y.
Exy = ∆Qx / Qx
 ∆Py / Py
Exy = ∆Qx . Py
 ∆Py . Qx
Se Exy é positiva os bens são substitutos, se Exy é negativa os bens são complementares e se Exy é igual a zero os bens são independentes.
4 - Elasticidade-preço da oferta
Da mesma forma como ocorre com a demanda, a oferta também sofre influência das variações dos preços. As respostas dos vendedores a modificações nos preços dos produtos podem ser verificadas através da elasticidade-preço da oferta.
A elasticidade preço da oferta é a relação existente entre a variação percentual da quantidade ofertada e variação percentual do preço.
Es = ∆Q / Q
 ∆P / P
Es= ∆Q . P
 ∆P . Q
Tipos de elasticidade-preço da oferta
Existem cinco tipos de elasticidade-preço da oferta: oferta elástica, inelástica, de elasticidade unitária, perfeitamente inelástica e perfeitamente elástica.
Oferta elástica
A oferta será elástica quando a variação percentual da quantidade ofertada for maior que a variação percentual do preço. Nessa situação a Es será maior que a unidade.(Es>1)
Oferta inelástica
A oferta será inelástica quando a variação percentual da quantidade ofertada for menor que a variação percentual do preço. Nessa situação, a Es será menor que a unidade.(Es<1)
Oferta de elasticidade unitária
A oferta será de elasticidade unitária quando a variação percentual da quantidade ofertada for igual à variação percentual do preço. Nessa situação, Es será igual à unidade.(Es=1)
Oferta perfeitamente elástica
A oferta será perfeitamente elástica quando apenas a quantidade ofertada varia, permanecendo inalterado o preço. Nessa situação, Es será infinita, os ofertantes se dispõem a vender toda a quantidade que se demanda.(Es = ∞)
Oferta perfeitamente inelástica
A oferta será perfeitamente inelástica quando varia apenas o preço, permanecendo inalterada a quantidade ofertada. Nessa situação, Es será igual a zero.(Es = 0)
5 - Elasticidade no ponto e gastos totais
Uma curva de demanda em linha reta (ligando os dois eixos) é elástica acima do seu ponto médio, tem elasticidade unitária no ponto médio e é inelástica abaixo do seu ponto médio.
Independente da forma da curva de demanda, à medida que o preço de uma mercadoria cai os gastos totais do consumidor com a mercadoria (P.Q) sobem quando E>1, permanecem constante quando E=1 e caem quando E<1.
TEORIA DO CONSUMIDOR
A Microeconomia é o ramo da Economia que trata do comportamento das unidades individuais no processo de tomada de decisões. O consumidor é considerado como sendo a família em seu conjunto e não um único indivíduo.
A Natureza das Preferências do Consumidor
O principal determinante do comportamento do consumidor é seus gostos e preferências. As diferenças de gostos resultam em decisões diferentes sobre o que comprar. Suporemos que dados duas cestas de consumo quaisquer, (X1, X2) e (Y1, Y2), o consumidor pode classificá-las segundo os seus níveis de desejabilidade, ou seja, poderá determinar que uma das cestas é melhor que a outra ou que é indiferente entre as duas.
estritamente preferida a uma outra
Então: Se (X1, X2) > (Y1, Y2) significa que o consumidor prefere a cesta X à cesta Y.
Sempre que for chamado a escolher entre as duas cestas ele escolherá a X. Se o consumidor é indiferente entre duas cestas de bens usaremos o símbolo (~), logo (X1, X2) ~ (Y1, Y2).
Indiferença significa que dadas as suas preferências o consumidor estariaigualmente satisfeito consumindo a cesta (X1, X2) ou a cesta (Y1, Y2).
Hipóteses sobre Preferências
Completa: Dada qualquer cesta X e qualquer cesta Y suporemos que (X1, X2) > (Y1, Y2), ou (Y1, Y2) > (X1, X2), caso no qual o consumidor é indiferente entre as duas cestas.
Reflexiva: Suporemos que qualquer cesta é ao menos tão boa quanto ela própria, ou seja, (X1, X2) > (X1, X2).
Transitiva: Se (X1,X2) > (Y1,Y2) e (Y1,Y2) > (Z1,Z2) então (X1,X2) > (Z1,Z2).
1 - CURVAS DE INDIFERENÇA
De acordo com as hipóteses anteriores podemos representar os gostos e preferências do consumidor por um conjunto de curvas de indiferença.
Curvas de indiferenças representando níveis de preferência não podem cruzar-se.
	
Vamos escolher três cestas de bens X, Y e Z de forma que X esteja somente em uma curva de indiferença, Y esteja na outra curva de indiferença e Z esteja na intercessão das duas. Por definição as curvas de indiferença representam distintos níveis de preferência, daí uma das cestas, por exemplo, X é estritamente preferida à outra cesta Y. (X>Y).
Se X~Z e Z~Y logo pela transitividade X~Y. Se isso ocorre não poderiam se localizar sobre curvas de indiferença distintas.
Substitutos Perfeitos
Dois bens são substitutos perfeitos se o consumidor está disposto a substituir um bem pelo outro a uma taxa constante. O caso mais simples de substitutos perfeitos ocorre quando o consumidor está disposto a substituir os bens a uma taxa de 1:1.
Vamos supor, por exemplo, que estejamos considerando uma escolha entre lápis vermelhos e lápis azuis, e que o consumidor considerado gosta de lápis, porém não se importa com a cor.
Tomemos como exemplo a cesta (10,10). Qualquer cesta de consumo (X1,X2) tal que X1+X2=20 estará na curva de indiferença para este consumidor.
As curvas de indiferença par este consumidor são todas linhas retas e paralelas, com uma declividade –1.
Cestas com um total de lápis maior são preferidas às cestas menores, logo a direção das preferências em aumento é para cima e para a direita.
Se estivermos na cesta (10,10) e aumentamos a quantidade do primeiro bem em 1(uma) unidade devemos diminuir o segundo bem em 1(uma) unidade para trazer o consumidor de volta a sua curva de indiferença original.
A curva de indiferença dos substitutos perfeitos possui declividade constante.
Ex: Considerando a preferência do consumidor, se este estiver disposto a trocar 1 lápis vermelho por dois azuis a declividade das curvas de indiferença será –2.
Complementares Perfeitos
São bens sempre consumidos juntos, em proporções fixas, ou sejam se completam. (Ex: sapato direito e esquerdo)
Suponha que temos a cesta (10,10), adicionando um sapato direito teremos (11,10), isso deixa o consumidor indiferente em relação à posição original, pois o sapato que é acrescentado não faz bem nenhum ao consumidor.
Logo nos bens complementares o consumidor prefere consumir os bens em proporções fixas.
Males
Um mal é uma mercadoria da qual o consumidor não gosta.
Neutros
Um bem é neutro se o consumidor não se interessa por ele de nenhuma forma.
Se o consumidor fosse neutro em relação ao bem Y suas curvas de indiferença seriam linhas verticais.
 
 Y
 X
Taxa Marginal de Substituição (TMS)
A declividade de uma curva de indiferença é chamada taxa marginal de substituição (TMS). Ela mede a taxa exata que o consumidor está disposto a substituir um bem por outro. Vamos supor que tiramos do consumidor um pouco de bem 1, (X1 e então lhe damos (X2, uma quantidade do outro bem exatamente suficiente para ele voltar a sua curva de indiferença.
Após a substituição o consumidor fica tão bem quanto antes. Então podemos considerar que (X2 / (X1 é a taxa à qual o consumidor está disposto a substituir o bem 1 pelo bem 2.
2 - RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
O consumidor escolhe a melhor cesta de bens que eles podem adquirir.
Suponha alguns bens entre os quais o consumidor pode escolher. Vamos considerar apenas dois bens X1 e X2 da cesta X: cesta de consumo.
Suporemos que (P1,P2) são os preços dos bens e a quantidade de dinheiro que o consumidor tem a gastar “m”.
Então a restrição orçamentária do consumidor pode ser escrita na forma:
 P1.X1 + P2.X2 ( m
P1X1: quantidade de dinheiro gasta no bem 1.
P2X2: quantidade de dinheiro gasta no bem 2.
Esse conjunto de cestas que podem ser adquiridas pelo consumidor aos preços (P1,P2) e renda m é denominado conjunto orçamentário do consumidor.
Propriedades do Conjunto Orçamentário
A reta orçamentária é o conjunto de cestas que custam exatamente “m”.
 P1.X1 + P2.X2 = m (esgotam a renda do consumidor)
 X2
 
 m/P2
 reta orçamentária declividade = - P1
 P2
 conjunto
 orçamentário
 m/P1 X1
 logo teremos:
 X2 = (m/P2) - (P1/P2) X1
Equação da linha reta com intercepto vertical igual a m/P2 e declividade –P1/P2.
Indica quantas unidades do bem 2 o consumidor necessita consumir para satisfazer a restrição orçamentária se ele estiver consumindo X1 unidades do bem 1.
A declividade da reta mede a taxa à qual o mercado está disposto a substituir o bem 1 pelo 2.
Ex: Suponha que o consumidor aumente o consumo do bem 1 na quantidade (X1. Quanto será a variação no bem 2 para satisfazer a restrição orçamentária.
P1.X1 + P2. X2 = m P1.X1 + P2. X2 = 0
P1(X1+(X1) + P2(X2+(X2) = m (X2/ (X1= -P1/P2 
Variação na Reta orçamentária
Quando os preços e a renda variam o conjunto de bens que o consumidor pode adquirir varia.
Variação na renda
Um aumento na renda causará um deslocamento para cima de reta orçamentária, assim como uma diminuição da renda causará um deslocamento paralelo e para baixo da reta orçamentária.
 X2
 
 m’/P2
 m/P2
 
 m/P1 m’/P1 X1
Variação no preço
Quando o preço 1 aumenta enquanto o preço 2 e a renda permanecem fixos.
Com o aumento de P1 o intercepto vertical não varia, mas a reta orçamentária torna-se mais inclinada já que a razão P1/P2 torna-se maior.
Quando o preço dos bens 1 e 2 aumentam e a renda permanece fixa.
 P1X1+P2X2 = m
Suponha que os preços sejam multiplicados por t.
 
 t P1X1+t P2X2 = m
Assim multiplicar ambos os preços por uma constante t equivale a dividir a renda pela mesma quantidade t.
 P1X1+P2X2 = m/t
Quando os preços e a renda variam ao mesmo tempo.
Se ambos os preços aumentam e a renda diminui, os interceptos m/P1 e m/P2 devem ambos diminuir. Isto significa que a reta orçamentária se deslocará para dentro. 
Quanto à declividade se o preço 2 aumenta mais que 1, -P1/P2 diminui de valor e a reta orçamentária ficará menos inclinada, se o preço 2 aumenta menos que 1 a reta ficará mais inclinada.
3 - ESCOLHA
À medida que nos movemos ao longo da reta orçamentária, notamos que estamos atingindocurvas de indiferença cada vez mais altas, até chegarmos à mais alta curva de indiferença que ainda toca a reta orçamentária, no caso (x1, x2).
A escolha (x1, x2) é uma escolha ótima para o consumidor, pois o conjunto de cestas que ele prefere a (x1, x2), ou seja, o conjunto de cestas acima da sua curva de indiferença não está incluído nas cestas que pode consumir por estar acima da sua reta orçamentária.
Demanda do consumidor
A escolha ótima dos bens 1 e 2, para um conjunto de preços e renda é chamada cesta demandada do consumidor. Em geral, quando os preços e a renda variam, a escolha ótima do consumidor variará.
Logo as funções de demanda são representadas da seguinte forma:
X1 (P1, P2, m) e X2 (P1, P2, m).
EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR
O consumidor está em equilíbrio quando, limitados renda e preço, ele maximiza a utilidade ou satisfação totais com seus gastos.
O consumidor está em equilíbrio quando, dada a sua reta orçamentária, ele atinge a curva de indiferença mais alta possível.
O consumidor deseja atingir a curva de indiferença III, entretanto sua renda não o permite. Poderá consumir na faixa entre N e R na curva I, mas se desejar maximizar a satisfação, procurará a curva II.
TEORIA DA PRODUÇÃO
A função produção para qualquer mercadoria é uma equação, mostrando a quantidade máxima da mercadoria que pode ser produzida num dado período de tempo para cada conjunto de insumos alternativos, quando se utiliza a melhor técnica de produção disponível.
O produto médio do trabalho (PMeL) é assim definido como o produto total (PT) dividido pelo número de unidades de mão de obra utilizado.
O produto marginal do trabalho (PMgL) é dado pela variação no produto total, devido à variação de uma unidade na quantidade de mão de obra utilizada.
Exemplo: As três primeiras colunas da tabela abaixo dão uma função produção hipotética de curto prazo para o trigo.
	Terra
	Mão de obra
	PT
	PMeL
	PMgL
	1
	0
	0
	
	
	1
	1
	3
	
	
	1
	2
	8
	
	
	1
	3
	12
	
	
	1
	4
	15
	
	
	1
	5
	17
	
	
	1
	6
	17
	
	
	1
	7
	16
	
	
	1
	8
	13
	
	
Lei dos Rendimentos Decrescentes
É a quantidade decrescente de produção extra que obtemos quando adicionamos sucessivamente unidades extras iguais de um fator variável a uma quantidade fixa de um outro fator.
Produção com dois insumos variáveis: Isoquantas
Vamos supor que a empresa possua apenas dois fatores de produção, trabalho (L) e capital (K), sendo ambos variáveis.
Uma isoquanta mostra as diferentes combinações de trabalho (L) e capital (K) com as quais uma empresa pode produzir determinada quantidade de produtos.
Se a isoquanta for alta refere-se a maior quantidade de produção e se for baixa a uma menor produção.
Taxa Marginal de Substituição Técnica
A taxa marginal de substituição técnica de L por K (TMST lk) refere-se à quantidade de K de que a empresa deve desistir, aumentando a quantidade de L usada para uma unidade do produto e ainda permanecer na mesma isoquanta.
TMST lk = PMgl / PMgk
Características das isoquantas
Tem as mesmas características que as curvas de indiferença:
tem inclinação
são convexas com relação à origem
nunca se cruzam
Isocustos
Mostra todas as combinações diferentes de trabalho e capital que uma empresa pode comprar, dados o dispêndio total (DT) da empresa e o preço dos fatores de produção. A inclinação é dada por –Pl/Pk onde Pl é o preço da mão de obra e Pk o do capital.
Exemplo: Se uma empresa gasta tudo em capital pode comprar DT/Pk unidades de capital. Se gastar com trabalho pode comprar DT/Pl unidades de trabalho. Juntando os dois pontos por uma linha reta teremos a isocusto da empresa.
Equilíbrio do produtor
Um produtor está em equilíbrio quando maximiza a sua produção para um gasto total dado, ou seja quando atinge a mais alta isoquanta.
Isto ocorre quando uma isoquanta é tangente à isocusto.
Trajetória de expansão
Se a firma varia suas despesas totais a sua isocusto se desloca paralelamente a si mesma.
Se DT aumenta esta se desloca para cima.
Se DT decresce esta se desloca para baixo.
A medida que a isocusto se desloca, ela atinge várias isoquantas, definindo assim vários pontos de equilíbrio. Juntando esses pontos de equilíbrio teremos a trajetória de expansão da empresa.
Milho
20
15
10
5
Milho
20
15
10
5
 F
 0 1 2 3 4 5 Soja 0 1 2 3 4 5 Soja
A
 . B
 . C
 
 .D
 
 . E
 
 
 
 Milho
 20
 15 . H
 10 . U
 5
0 1 2 3 4 5 Soja
 Milho
 20
 15 
 10 
 5
0 1 2 3 4 5 Soja
 Milho
 20 
 1
 2
 15 4 
 
 10 5
 
 5
 8
0 1 2 3 4 5 Soja
Bens
Intangíveis
Bens
Livres
Bens Econômicos
Bens Tangíveis
Bens de
Consumo
não Duráveis
Bens de 
Consumo
Duráveis
Bens de
Capital
Bens de Consumo
Bens Finais
Bens
Intermediários
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