Aula 04

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Seminários Integrados
Ester Juer
AULA 04
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Objetivos da aula:
Distinguir gênero de sexo
Conhecer a atuação da mulher na história das relações de trabalho
Identificar as Redes Sociais no fortalecimento dos movimentos sociais
Aula 4 - As relações de gênero
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A antropóloga norte americana MARGARET MEAD (1901 -1978) teve como interesse cientifico a seguinte questão:
As diferenças entre o homem e a mulher seriam meramente biológicas?
Desta maneira ela desafia as teorias do 
Determinismo Biológico que estabelecia desde 
o século XIX que as diferenças comportamentais e de personalidade dos sexos seriam sua razão de ser nas diferenças fisiológicas.
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Em 1935 publica o livro ”Sexo e Temperamento” que estuda os
conceitos tradicionais sobre masculino e feminino em três sociedades 
Primitivas na Nova Guiné.
1 - Nos Tchambuli os homens dedicavam-se 
a atividades de ornamentação e de embelezamento 
corporal, enquanto que as mulheres possuíam um
caráter mais prático e virado para o trabalho. 
2 - Nos Arapesh ambos os sexos demonstravam 
um comportamento pacífico.
3 - Já para os Mundugomor ambos aparecem como tendencialmente
 bélicos .
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Simone de Beauvoir 
“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.”
Em 1949 a filósofa francesa, no seu livro “O segundo sexo” tal como M. Mead contesta o pensamento determinista do século XIX ao defender que o comportamento e a personalidade de homens e mulheres são construções sociais. Explica que nas sociedades ocidentais estas construções são realizadas a partir de valores patriarcais, criando as assimetrias entre os homens e mulheres.
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Identidade sexual:
É composta pelo(a):
Sexo 
Gênero 
Orientação sexual
Identidade de gênero
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Sexo
É o aspecto biológico da identidade sexual 
É determinado pelas características físicas 
que diferenciam homens e mulheres,
desde os órgãos do sistema reprodutor 
até as características sexuais secundárias,
como barba e seios.
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Gênero
É uma construção social. 
Para tornar-se homem ou mulher 
é preciso submeter-se a um processo 
que chamamos de socialização de gênero,
 baseado nas expectativas que a cultura de uma sociedade tem em relação a cada sexo. 
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Desde a infância, as pessoas são ensinadas sobre uma série de valores e hábitos de acordo com seu sexo biológico: meninos brincam de bola, meninas, de boneca, rosa é cor de menina e azul de menino, por exemplo. Os papéis sociais de gênero refletem os valores da sociedade e são transmitidos de geração em geração. 
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A sociedade diz que:
Meninas sentam de pernas fechadas.
Não devem sair sozinhas à noite. 
Não falam palavrão. 
São simpáticas até com quem as desrespeita.
Devem buscar um homem para estar segura.
Deve entender que homens traem, que faz parte dos hormônios deles, mas se elas tiverem uma relação extraconjugal elas não merecem respeito. 
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Orientação sexual
É o aspecto psicológico e diz 
respeito à atração sexual e 
afetiva em relação a outras pessoas.
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Identidade de gênero. 
É a sensação de pertencimento ao gênero masculino ou feminino percebida pelas pessoas durante a vida, Ela é definida tendo como base o sexo pelo qual o indivíduo sente desejo. 
A pessoa cisgênera: Sexo igual gênero.
Já a transgênera: Sexo diferente do gênero. 
Exemplos: transexuais e transgêneros.
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Sociedade Patriarcal 
Característica das sociedades contemporâneas.
Organizada por uma autoridade, do homem sobre mulheres e filhos no ambiente familiar imposta institucionalmente e baseada na 
 reprodução sócio biológica da espécie.
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Sociedade Patriarcal 
Permeada pela dominação dos valores masculinos em toda organização da sociedade, da produção e do consumo, da política, à legislação e à cultura 
Onde os relacionamentos interpessoais e personalidade são marcados pela desigualdade e pela violência.
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Desta maneira criamos na sociedade a desigualdade entre homens e mulheres: na família, nos direitos sociais, nos altos índices de violência, na educação, no mercado de trabalho, entre outros.
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Machismo e Feminismo
Machismo significa a concepção de 
que mulheres são subordinadas 
aos homens.
O feminismo não é o contrário de 
machismo. O feminismo não supõe
que homens são subordinados às mulheres, mas que homens e mulheres são iguais.
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A mulher no mercado de trabalho
No Brasil, de todas as pessoas que recebem o salário mínimo, 53% são mulheres; 
o preço da hora de trabalho de uma mulher chega, em média, a custar 14,3% a menos do que aquela paga a um homem; 
As mulheres representam a maioria dos trabalhadores em tempo parcial e do setor informal e têm uma taxa de desemprego maior que o setor masculino.
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Divisão sexual do trabalho.
Em todas as sociedades a maneira básica de divisão do trabalho refere-se à diferenciação das
atividades que são desenvolvidas pelos
homens e pelas mulheres. 
Na Grécia e Roma Antiga. Trabalho 
escravo. Tal como os homens, 
as mulheres trabalhavam em produções de sapatos, escudos, cerâmica ou couro . As atividades estritamente femininas eram a tecelagem, auxílio com doentes, babás, limpeza ou cozinheiras. 
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Idade Média Trabalho: Servidão.
As camponesas eram geralmente empregadas em trabalho servil fora de casa, bem como elevar a sua própria família, cuidando de sua própria 
horta. Meninas podiam trabalhar para 
Um vizinho, parente ou estar envolvida 
em trabalho doméstico na cidade 
mais próxima. O trabalho da mulher 
era realizado também no próprio lar ou em atividades artesanais. 
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Na Idade Contemporânea, houve o 
desenvolvimento industrial de trabalho 
assalariado. A mulher assume as 
mesmas antes ocupadas pelo homem. 
A Revolução Industrial, trouxe a disputa do trabalho entre o homem e a mulher. A mulher possuía mão-de-obra mais barata que o homem, porém, produzia menos em virtude de suas ocupações domésticas. 
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As Redes Sociais
Redes Sociais na web são as páginas/canais que propiciam a interação entre pessoas de diferentes regiões, oferecendo diversos recursos para que a mesma aconteça. Ex: Facebook, WhatsApp, Youtube, Twitter, etc. 
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Os movimentos sociais tem utilizado bastante as redes sociais para debater ideias e mobilizar para ações. Como exemplos da utilização das redes sociais pelo movimento feminista: #AgoraÉqueSãoElas. #PrimeiroAssédio, #meuamigosecreto além de mobilização para passeadas como a “Marcha Mundial das Mulheres”, “Marcha das Vadias” entre outros.
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Ester Juer
É professora da Universidade Estácio de Sá. Graduada (UFRJ), Mestre e Doutora (UERJ) em Ciências Social.  Tem experiência na área de Ciências Sociais, nos temas de corpo, emoções, estudos de gênero, turismo e lazer.
Lattes https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=F2A832311532F740EF30FA19FD6273F4
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Obrigada!