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semiologia roteiros

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Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos 
Faculdade de Medicina
Semiologia 1
Profa. Thays Resende Damião
“Prometo que, ao exercer a arte de curar, me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra; nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir esse juramento com fidelidade, goze eu a minha vida e minha boa reputação entre os homens e para sempre. Se eu dele me afastar ou infringí-lo, suceda-me o contrário.”
Juramento de Hipócrates
Qualidades de um bom médico:
simpatia
discrição
humanidade
pensamento sistemático
compreensão
observação
bom raciocínio lógico
reconhecimento de suas limitações
gentileza
segurança
competência
prestatividade
Condições essenciais para um bom exame clínico:
performance de médico (trajes e comportamento)
espaço adequado e suficiente
tempo e concentração
suporte operacional adequado
equipamentos médicos
posicionamento adequado do paciente e do examinador
exploração adequada dos seus sentidos (visão, audição, olfato e tato)
eficiência do examinador e conforto do paciente
Habilidades a serem desenvolvidas durante o curso: 
Entrevistar e obter história clínica completa e detalhada num período razoável de tempo
Realizar exame físico completo de um paciente adulto seguindo sempre uma mesma sequência, para evitar omissão de alguma etapa
identificar os achados patológicos mais óbvios
elaborar uma lista de problemas por ordem de importância e traçar uma estratégia diagnóstica, terapêutica e educacional
Discussão de caso clínico
Lidar com o indivíduo como um todo (interação corpo, mente, meio ambiente)
Estudar o caso do paciente
Saber lidar com as incapacidades e limites médicos dentro do âmbito de cada doença
Príncpios básicos do método clínico:
Desenvolvimento do seu banco de dados: história, exame físico e exames complementares
Elaboração de uma lista de problemas
seleção de dados significativos
agrupemento de dados quando possível em síndromes
Formulação de hipóteses diagnósticas : testar e validar essa hipóteses
Evolução clínica SOAP (subjetivo, objetivo, análise, planos)
A entrevista:
Roupas adequadas (branco ou jaleco)
Apresente-se nominalmente
Cumprimente o paciente com um aperto de mão
Assegure-se privacidade e sossego
Linguagem adequada
Organização cronológica dos fatos
Sínteses
Contatos oculares e físicos com naturalidade
Senso de humor e demonstração de interesse
Preferência pelo silêncio em questões polêmicas
Fechamento da entrevista com esclarecimentos e orientações apropriadas
Perfil do paciente:
Todo paciente ao ser consultado fica estressado
Ter paciência com respostas pouco claras
É um paciente casual? Agudo ou crônico?
Tem experiência com doenças prévias?
Tem medo de doença?
Adpatar o nível da entrevista de acordo com o perfil cultural e educacional do paciente
Estrutura formal da anamnese:
Lembrarque o comportamento médico, assim como a forma de condução da entrevista, têm efeitos diretos sobre a relação médico-paciente
Não se esquecer de que a maioria dos diagnósticos só é obtida quando se obtém uma descrição precisa e detalhada das queixas referidas pelo paciente.
Toda anamnese tem dois componentes: um cognitivo e outro afetivo ou emocional. É importante perceber e levar em consideração ambos.
Avaliar o contexto não verbal: qualidade e ênfase da voz do paciente, da expressão facial, da postura corporal, do cenário, das roupas, da idade. Tentar somar aos dados coletados objetivamente.
A única forma de se certificar a compreensão precisa de informações do paciente é conferindo os dados com o próprio paciente. O uso de resumos e confirmações periódicos é uma técnica eficaz para assegurar que o paciente está sendo adequadamente compreendido.
O objetivo final é reunir dados sobre o paciente que nos levarão a compreender o processo patológico subjacente. Para tal, é importante estabelecer um relacionamento aberto com o paciente. Permitir perguntas, esclarecer dúvidas e chamar o paciente para participar ativamente do processo patológico.
Estar preparado para ouvir revelações de pessoas, muitas vezes nunca ouvidas anteriormente por você. Lembrar-se do sigilo médico e de saber calar-se diante de situações polêmicas, sem deixar de exercer seu papel de orientador e modificador do processo saúde-doença
A entrevista também é arte e não só ciência
O primeiro contato precisa de uma dose adicional de simpatia
Nos primeiros minutos do contato pessoal, as informações visuais dominam a consciência de ambos os lados da relação médico – paciente. Portanto, da mesma forma que o médico já é capaz de elabora alguns conceitos sobre o paciente, ele faz o mesmo em relação ao médico.
Início da entrevista: apresentação do médico. Identificação do paciente. Depois seguir perguntando o motivo da consulta. (“O que traz o senhor aqui?”). A partir deste sintoma principal, vai-se destrinchando os demais dados da história clínica do paciente. Detalhar sempre cada sintoma, Fecha-se cada tópico com um comentário e afirmações resumidas, tentando sempre repetir este processo durante toda a entrevista. É sempre importante definir o sintoma principal para que possamos a analisar aquilo que é relevante e pode estar associado a este sintoma.
Ao final de cada anamnese, tente formular uma lista de problemas. Resuma esta lista em sídromes, para que possamos pensar nos possíveis diagnósticos diferenciais, pois a partir deles traçamos a conduta de exames e tratamentos.
A eficácia de uma boa entrevista:
Saber ouvir, calar e falar
Preocupar-se menos em anotar e mais em prestar atenção ao que o paciente fala e a forma como o faz.

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