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PUBLICIDADE NO DIREITO DO CONSUMIDOR CONTEXTUALIZAÇÃO • A publicidade, é uma das ferramentas mais eficientes para a circulação de bens de consumo e prestação de serviços • Pode ser vital à economia e essencial ao capitalismo, mas pode ser maléfica quando ludibria os consumidores • Prejudica a concorrência e se realiza com fins contrários à ordem pública, ao direito e à moral CONTEXTUALIZAÇÃO • Muitos profissionais da publicidade não medem esforços para o sucesso de sua campanha publicitária. São capazes de esQmular o consumismo excessivo, despreocupados com as diferenças sociais ou com os valores humanos e a cidadania • Despertar o desejo incontrolável de consumir mesmo em condições financeiras precárias CONCEITO DE PUBLICIDADE • Tornar algo público, seja um fato, uma ideia ou uma coisa. • Publicidade é toda a informação ou comunicação difundida com o fim direto ou indireto de promover junto aos consumidores a aquisição de um produto ou serviço, qualquer que seja o local ou meio de comunicação uQlizado. • A publicidade é realizada com o objeQvo de ofertar um bem ou serviço a consumo, através de um meio de comunicação capaz de aQngir, ainda potencialmente, um número indeterminado de pessoas e veiculada às expensas do fornecedor CONCEITO DE PUBLICIDADE • CaracterísQcas: a) torna conhecido um produto, um serviço ou uma empresa; b) é operada claramente, sem ocultação do nome ou intenções do anunciante; c) tem o objeQvo de esQmular nos consumidores o desejo pela coisa anunciada, ou criar pres[gio ao anunciante; d) uQliza os anúncios publicitários na forma de matérias pagas. DEVER DE INFORMAR E PUBLICIDADE • O Código de Defesa do Consumidor não obriga o fornecedor a anunciar seus produtos ou serviços, entretanto, estabelece o dever de informar(Art 31) • A publicidade não é um dever imposto ao fornecedor, mas um direito exercitável à sua conta e risco. • O legislador não sanciona a carência da publicidade, mas sim a publicidade que prejudica os consumidores • Obrigatoriedade de anunciar: art 10§ 1e 2º e a contrapropaganda(art 56 XII e 60§ 1º) PUBLICIDADE ENGANOSA • Art 37 caput e § 1º • Protege o consumidor de qualquer informação ou comunicação de caráter publicitário capaz de induzi-‐lo a erro quanto ao produto ou serviço ofertado • A publicidade que infringe essa disposição legal contraria os interesses de toda a coleQvidade e pode causar prejuízos a um número incalculável de consumidores • Considera-‐se publicidade enganosa a simples veiculação de anúncio publicitário, que seja capaz de induzir o consumidor ao erro PUBLICIDADE ENGANOSA • Apenas a potencialidade lesiva da publicidade já basta, não sendo necessário que o consumidor tenha sido efeQvamente enganado(presunção) • Não é necessário que o consumidor chegue às úlQmas conseqüências e adquira, de fato, o produto ou o serviço com base na publicidade enganosa • O erro real é um mero exaurimento quando consumado, que só tem importância para verificação do dever de indenizar o dano individual, mas é irrelevante para fins da caracterização da enganosidade. PUBLICIDADE ENGANOSA • Não se analisa a intenção do agente • Exige-‐se que a publicidade seja verdadeira, correta e pautada na honesQdade, a fim de que o consumidor possa fazer sua escolha de maneira consciente • O conteúdo deve ter o efeQvo potencial de induzir os consumidores ao erro. • A informação inverídica é totalmente ilícita? Anuncio “vc vai morar no paraíso" • A proteção contra a publicidade enganosa alcança apenas o consumidor medianamente informado e também as pessoas comuns, desprovidas de conhecimentos médios PUBLICIDADE ABUSIVA • Art 37 § 2º • É abusiva é aquela que se realiza com fins contrários à ordem pública, ao direito, à éQca e à moral • É prejudicial aos interesses dos consumidores e do meio social em que vivem • Não há, necessariamente, uma inverdade e nem sempre o consumidor é induzido ao comeQmento de erro. PUBLICIDADE ABUSIVA • Pode até ser verdadeira, mas seu conteúdo afronta a moral, a éQca e os bons costumes • Apesar de causar algum mal ou constrangimento, não tem, obrigatoriamente, relação com o produto ou serviço • O anúncio será considerado abusivo antes até de causar um prejuízo concreto • A publicidade tem que ser verdadeira e respeitar os valores sociais, morais e éQcos, vedando-‐se a difusão de mensagens publicitárias que desrespeitem o CDC PUBLICIDADE COMPARATIVA • CONAR Veda a uQlização da publicidade comparaQva como instrumento de concorrência desleal e denegrimento à imagem dos produtos ou marcas dos concorrentes • A capacidade de denegrir consiste na práQca de atos que influenciam negaQvamente os consumidores quanto aos produtos, serviços,pres[gio, marca, enfim, quanto à imagem que se tem a respeito do fornecedor. • Ex. Propagada Zeca Pagodinho; Pepsi; teste cego das cervejas • Proteger o consumidor contra mensagens enganosas e simultaneamente proteger o direito à concorrência leal e éQca entre os parQcipantes do mercado. DEMONSTRAÇÃO ISOLADA • ConsQtuem uma espécie de publicidade enganosa por omissão, na medida em que não se informa ao consumidor que as informações que lhe estão sendo apresentadas trata-‐se na realidade de imitações de testes realizados em laboratórios, sob determinadas condições especiais, capazes de proporcionar os resultados verificados. • EX creme de barbear que amolecia uma lixa(base de acrilico com areia) DANO PUBLICITÁRIO • Divulga mensagem que denigre o concorrente. • Uso de inverdades, deturpando o entendimento do desQnatário/receptor. • Não compreende a publicidade fantasiosa • Avaliar a capacidade de indução ao erro como elemento caracterizador da publicidade enganosa • UQlizar-‐se de conteúdo afrontante à moral, ilícito ou discriminatório(abusiva) • Incitação à violência, ao racismo, ao ilícito em geral, ou ainda que explore deficiência psíquica ou ignorância do receptor RESPONSABILIDADE CIVIL DO ANUNCIANTE • Quem causar a terceiros um dano ou ao menos um perigo potencial de dano será responsabilizado civilmente • responsabilidade objeQva para o anunciante que veiculou publicidade enganosa ou abusiva(Art 30 CDC) • Mesmo que o anunciante não tenha agido com a intenção de enganar os consumidores, a tese da responsabilidade civil objeQva exige o reparo do dano • Prova-‐se o dano publicitário e o nexo causal entre esses elementos, não se discuQrá se houve dolo ou culpa RC AGÊNCIA E DO VEÍCULO DE INFORMAÇÃO • Independentemente do contrato que o anunciante tenha celebrado com a agência ou com o veículo de comunicação, todos respondem solidariamente pela veiculação da publicidade ilícita • Os agentes publicitários têm o dever éQco de recusarem tais trabalhos, inibindo, desse modo, a enganosidade ou abusividade • Se fornecedores e agentes são coniventes com o desvio publicitário, os meios de comunicação estão eQcamente impedidos de veicular tais trabalhos RC AGÊNCIA E DO VEÍCULO DE INFORMAÇÃO • Situação de exceção: não tem condições reais de saber do caráter ilícito da publicidade. • Ex fornecedor solicita que a agencia divulge promoção de 50% e o desconto direto com o consumidor é de 20% • Pensamento contrário de alguns doutrinadores: a responsabilidade objeQva é apenas do anunciante. Em relação à agência e ao veículo de comunicação a responsabilidade é subjeQva, pois é necessário analisar se ambos agiram com dolo ou culpa RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA • A conseqüência nociva da publicidade enganosa é muito grande e não está restrita ao período de sua veiculação porque produz efeitos na memória das pessoas. • Sanção administraQva: contrapropraganda(art 56 XII) • Impõe a veiculação de uma publicidade com o objeQvo de anular ou desmenQr uma anterior publicidade enganosa ou abusiva. • DesQna a desfazer efeitos perniciosos detectados da divulgação publicitária RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA • Deverá ser custeada pelo infrator • Seu objeQvo é ‘lavar’ a informação inadequada da percepção do consumidor, restaurando, dessa forma, a realidade dos fatos. • Tem que ser veiculada da mesma forma, dimensão e freqüência que a publicidade enganosa ou abusiva, nos mesmos veículos, espaço, local e horário. • A contrapropaganda é a sanção imposta ao fornecedor que veiculou a publicidade enganosa, por anunciar uma falsa informação em relação ao preço dos produtos. RESPONSABILIDADE PENAL • Fazer afirmação falsa e enganosa ou omiQr informação sobre a natureza do produto ou serviço( art 66) • Fazer promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva( art 67) • Induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde e segurança( art 68) CONCLUSÃO • Trata-‐se de um instrumento de promoção de venda mais eficaz do comércio • Consumismo e diferença de classe • Consumismo de forma inconseqüente e irresponsável • Seu objeQvo foi anular os efeitos danosos ao consumidor, tendo em foco as conseqüências nefastas que a publicidade pode acarretar à parte vulnerável dessa relação jurídica • Publicidade enganosa, que atenta contra o direito consumerista de informação clara, adequada e precisa CONCLUSÃO • O CDC também proíbe a veiculação da publicidade abusiva, que afronta a éQca, a moral e os bons costumes • Quando constatada a enganosidade ou a abusividade, o fornecedor é obrigado a divulgar uma contrapropaganda • A contrapropaganda nem sempre é um instrumento eficaz de sanção, pois ela pode oferecer à publicidade abusiva a oportunidadepara maior divulgação de sua marca
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