Canteiro de Obras

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Anhanguera Educacional Ltda
Curso: Engenharia Civil
 Disciplinas Norteadoras: Desenho de Construção Civil, Eletricidade Aplicada, Fenômenos de Transporte, Geotecnia I, Resistência dos Materiais Aplicada à Construção Civil, Transportes e Logística
Alunos: Aberaldo Francisco de Melo, RA 8976182588
Eliseu Guilherme de Carvalho, RA 8979220077
Isabel Aparecida Carvalho dos Reis Santos, RA 9134259211
 Giovane Fernandes Trombetta RA 9137250379
Reginaldo Cássio dos Santos, RA 8528943451
Desafio Profissional
Canteiro de Obras
Tutor EAD: Renato Acácio Despirito
Ribeirão Preto
03/05/2016
Objetivos do desafio
Refletir sobre as várias soluções dos problemas de engenharia em uma situação real e aplicar os conhecimentos das disciplinas norteadoras, em especial as de Resistência dos Materiais Aplicada à Construção Civil e Desenho de Construção Civil.
Produção Acadêmica
Elaboração de um relatório técnico indicando as opções de soluções aos problemas de engenharia encontrados, indicando as vantagens e desvantagens de cada uma dessas soluções.
Apresentação:
Uma construtora investe em seus profissionais e os incentiva a encontrarem soluções criativas para a solução de problemas cotidianos de suas obras. Esse procedimento é praticado, inclusive, no treinamento dos estagiários que têm a oportunidade de apresentar soluções para construções de baixo comprometimento, como, por exemplo, a construção de alojamentos dos operários em um canteiro de obras. 
A construtora admitiu a estudante de engenharia Valquíria e convidou-a para auxiliar durante 15 dias o experiente engenheiro Francisco nos serviços de implantação do canteiro de obras da construção de uma indústria frigorífica em uma pequena cidade afastada a mais de 2.000 km das metrópoles. Dr. Chico, que era o tratamento dado pelos operários, de imediato relatou à estudante que seria chamada de Dra. Valquíria pelos operários, pois esses têm o hábito de diplomar como doutor a todos os profissionais da engenharia, mas alertou-a que enfrentaria dois problemas: primeiro, o fato de estar pela primeira vez em um canteiro de obras traria algumas dificuldades normais de início de carreira e, segundo, o fato de ser mulher e exercer um cargo que historicamente é preenchido por um profissional do sexo masculino. Dr. Chico tornou-se um especialista nessa fase de obra.
A implantação do canteiro consiste em alojamento para operários, cozinha, refeitório, sanitários, banheiros com chuveiro elétrico, almoxarifado, depósito de materiais de construção, escritório da administração da obra e área de lazer para os obstáculos do terreno, facilitando o trânsito de pessoas e materiais que serão operários que residirem na obra. Também serão executadas passarelas não previstas nos projetos, que terão vão de até 10 metros e deverão suportar cargas lineares de 300 kg/m, para vencer alguns utilizados na obra. De início, será construído um alambrado isolando o local e, ao final da obra, todas essas construções serão desmontadas. Há, ainda, uma preocupação com descargas atmosféricas porque o local é um campo aberto e a região tem sofrido várias descargas nos últimos anos.
Para a execução das instalações provisórias, há um projeto básico que representa apenas em planta os ambientes a serem implantados, sem maiores detalhes e especificações de materiais a serem empregados, mas ficou estabelecido que a locação dessas instalações deveria ser fiel ao projeto para o melhor aproveitamento dos espaços do canteiro.
No local, há abastecimento de água, porém há pressão para abastecer um reservatório no nível do solo na parte mais baixa do terreno e ainda não há rede de energia elétrica, que será providenciada somente depois de seis meses do início dos trabalhos. Na pequena cidade de cinco mil habitantes, que fica a 10 km do local, há fornecedores de materiais básicos de construção civil, mas alguns materiais precisam ser encomendados e demoram até 15 para a entrega. A 300 km, há uma cidade bem estruturada, com 150.000 habitantes, que tem um aeroporto e opções de voos para os grandes centros urbanos.
O engenheiro Francisco relatou à Valquíria que havia um problema na planta que seria sanado ali na obra mesmo: a planta inicialmente elaborada na escala 1:50 foi convertida para a escala 1:75. No entanto, nesse processo, houve um erro na manipulação do software de CAD (Computer Aided Design) e as cotas indicadas nos desenhos foram indevidamente alteradas e todas ficaram com valores incorretos. No entanto, a parte gráfica estava correta. Outro problema: o local estabelecido para o alojamento é um local de terreno pouco resistente que, em dias mais chuvosos fica alagado, situação não relatada nas investigações geotécnicas inicialmente realizadas. Francisco e Valquíria dispõem de um notebook com programas de CAD instalados e na cidade há uma gráfica que imprime no máximo o formato A3.
Diante dos problemas e das várias soluções possíveis e considerando as mais diversas circunstâncias, como custos, prazos, impactos ambientais, impactos sociais na comunidade local e outros fatores que podem interferir positivamente ou negativamente na imagem da construtora, o engenheiro Francisco propôs à Valquíria que o auxiliasse na elaboração de um relatório apontando as dificuldades iniciais encontradas e as possíveis soluções a serem implantadas de imediato nesta obra e soluções a serem implantadas em obras futuras e, para tanto, sugeriu o procedimento descrito a seguir:
Apontamento dos problemas encontrados:
1 – Dificuldades originadas na própria empresa;
2 – Dificuldades originadas fora da empresa.
3 – Dificuldades encontradas que dificilmente seriam previstas.
Soluções dos problemas encontrados:
1 – Soluções não recomendadas para aplicação de imediato, mas que servirão para obras futuras.
2 – Possíveis soluções para aplicação de imediato na obra corrente.
3 – Soluções que requerem a interferência de profissionais especializados e que necessitam de análises específicas A solução encontrada deverá ser utilizada na obra corrente e poderá, também, ser utilizada em obras futuras.
Elaboração do relatório:
1 – Descrição das vantagens e desvantagens de cada solução no caso da obra corrente.
2 – Recomendação de soluções com os respectivos fundamentos para a sua escolha.
3 – Apresentação das soluções elaboradas por profissionais específicos e análise de se essas soluções serão apropriadas para obras futuras.
4 – Indicação de que as soluções foram elaboradas considerando apenas a implantação do canteiro de obras e não foram pautadas na construção do frigorífico propriamente dito.
Passo 1
Apontamento dos problemas encontrados: 
– Dificuldades originadas na própria empresa.
Projeto básico, apenas em planta.
Instalações deverão ser fiéis ao projeto. 
Cotas incorretas.
Falta de detalhes e especificações de materiais a serem utilizados.
Construção de passarelas não previstas.
– Dificuldades originadas fora da empresa. 
Localização da obra, campo aberto com descargas atmosféricas.
Local do alojamento, terreno pouco resistente e propício a alagamento.
Abastecimento de água sem pressão. 
Não há energia elétrica.
Fornecedor de alguns materiais sob encomenda.
Gráfica com impressão de tamanho inadequado. 
– Dificuldades encontradas que dificilmente seriam previstas. 
Local do alojamento, terreno pouco resistente e propício a alagamento.
Local campo aberto, região com descargas atmosféricas nos últimos anos.
Falta de energia elétrica.
Abastecimento de água sem pressão.
O fato de Valquíria ser novata, primeira vez em um canteiro de obras ligado ao fato de ser do sexo feminino, uma vez que a maioria dos engenheiros é do sexo masculino. 
Passo 2
Correlação dos problemas da obra com as disciplinas norteadoras:
Problema: Cotas incorretas. Disciplina norteadora: Desenho de Construção Civil.
Problema: Terreno pouco resistente, propício a alagamento, sendo o local campo aberto, região com descargas atmosféricas nos últimosanos. Disciplina norteadora: Geotecnia I, Desenho de Construção Civil e Transporte e Logística.
Problema: Planta baixa (básica) e construção de passarelas não previstas na obra. Disciplina norteadora: Resistência dos materiais aplicados à construção civil, Desenho de Construção Civil, Transporte e Logística e Fenômenos de transporte.
Problema: Não há energia elétrica. Disciplina norteadora: Eletricidade aplicada, Transporte e Logística, Desenho de Construção Civil e Resistência de Materiais Aplicados a Construção Civil.
Problema: Abastecimento de água sem pressão. Disciplina Norteadora: Desenho de Construção Civil, Desenho de Construção Civil e Transporte e Logística.
Problema: Proteção da área, alambrado. Disciplina norteadora: Resistência dos Materiais Aplicados a Construção Civil, Desenho de Construção Civil e Transporte e Logística. 
Passo 3
Apresentação das Soluções dos problemas encontrados: 
 
	Problema: Cotas incorretas.
		Disciplina norteadora: Desenho de Construção Civil. 
		Solução 1: orientar o mestre de obras a ignorar todas as cotas e utilizar o escalímetro na escala 1:75. 
		Vantagens: solução rápida; sem custo.
		Desvantagens: suscetível a erros; imprecisão. 
		Solução 2: Corrigir todas as cotas manualmente, rasurando as existentes, e colocando as corretas ao lado. 
		Vantagens: precisão; baixo custo; consumo de pouco tempo. 
		Desvantagens: aparência desorganizada; possibilidade de leitura incorreta. 
		Solução 3: Refazer o desenho com as cotas corretas 
		Vantagens: maior precisão; resultado desejável. 
		Desvantagens: consumo de tempo maior; dificuldades gráficas no local; custo maior. 
		Recomendações para obras futuras: identificar o procedimento que provocou os erros nas cotas, repassando-os aos demais operadores do software; conferir algumas cotas após a impressão de projetos antes do encaminhamento para a obra. 
	Problema: Terreno pouco resistente, propício a alagamento, sendo o local campo aberto, região com descargas atmosféricas nos últimos anos.
	Disciplina norteadora: Geotecnia I, Desenho de Construção Civil e Transporte e Logística.
	Solução 1: orientar o mestre de obras no aterramento do terreno deixando-o em leve desnível, inclinado para facilitar o escoamento da água e, contratar profissional capacitado para a instalação de um sistema de proteção contra relâmpagos, ou seja, um captador de descargas elétricas do tipo “Flanklin”, conhecido como para-raios.
	Vantagem: resultado desejado. Menor custo.
	Desvantagem: Maior custo e maior consumo de tempo. 
	Solução 2: Drenagem da água da chuva e instalação de caixa subterrânea para a coleta dessa água com sistema de reutilização da água coletada. Instalação de um sistema de proteção contra relâmpagos, ou seja um captador de descargas elétricas do tipo “gaiola”, que deverá ser construído em cima de uma estrutura pronta.
	Vantagem: Consumo de pouco tempo, reutilização da água coletada na construção. Resultado desejado.
	Desvantagem: Perigo de contaminação tóxica, erosão e necessidade de manutenção. Maior custo.
	Solução 3: Contratar profissional capacitado para fazer a sondagem e levantamento planialtimétrico: conhecer o terreno e o tipo de solo para em seguida, tomar as providencias cabíveis.
	Vantagem: Maior precisão, resultado desejável.
	Desvantagem: Maior custo, dificuldade de contratação de profissional capacitado, maior consumo de tempo.
	Recomendações para obras futuras: Contratar profissional capacitado para estudos, sondagem e levantamento planialtimétrico para conhecimento do terreno e do tipo de solo, antes do planejamento da obra para facilitar a sua implantação.
	Problema: Planta baixa (básica) e construção de passarelas não previstas na obra.
	Disciplina norteadora: Resistência dos materiais aplicados à construção civil, Desenho de Construção Civil, Transporte e Logística e Fenômenos de transporte.
	Solução 1: Orientar o mestre de obras na construção das passarelas, que deve ser de madeira de boa qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições. Sólida com corrimão e rodapé; Os apoios das extremidades das passarelas devem ser dimensionados em função do comprimento total das mesmas e das cargas a que estarão submetidas.
	Vantagem: Resultado desejado, atende NR 18 (Norma regulamentadora 18) CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO.
	Desvantagem: Suscetível a erro de localização.
	Solução 2: Desenhar o croqui da obra, utilizando a planta baixa existente necessária para o perfeito entendimento das construções a serem executadas, nesse croqui deve ser desenhado pelo menos os seguintes itens:
(a) definição aproximada do perímetro dos pavimentos, diferenciando áreas fechadas e abertas;
(b) localização de pilares e outras estruturas que interfiram na circulação
de materiais ou pessoas;
(c) portões de entrada no canteiro (pessoas e veículos) e acesso coberto;
(d) localização de árvores que restrinjam ou interfiram na circulação
de materiais ou pessoas;
(e) localização das instalações provisórias (banheiros, escritório, refeitório, etc.);
(f) todos os locais de armazenamento de materiais, inclusive depósito de entulho (containers);
(g) localização da betoneira, grua, guincho e guincheiro, incluindo a especificação do(s) lado(s) pelo(s) qual(is) se fazem as cargas no guincho;
(h) localização das centrais de carpintaria e aço;
(i) localização de passarelas, rampas e/ou escadas provisórias com indicação aproximada do desnível; e linhas de fluxo principais.
(j) central de montagem de estruturas pré-moldadas de concreto.
 Especificar todos os materiais a serem utilizados na construção das instalações provisórias, bem como das passarelas que poderão ser construídas de estruturas pré-moldadas de concreto que suportem as cargas a que serão submetidas. Fazer a definição geral e detalhamento do lay-out. Na primeira delas trabalha-se com estimativas mais globais, enquanto na segunda se detalha cada uma das partes do canteiro fazendo a logística dos prazos e dos recursos que serão utilizados na obra: humanos e materiais.
	Vantagem: Resultado desejado, maior precisão.
	Desvantagem: Maior consumo de tempo.
	Solução 3: No planejamento da obra, junto ao projeto arquitetônico, fazer o diagnóstico do local da construção, desenhando o croqui da planta de layout, contendo todos os itens necessários a sua perfeita compreensão usando folha A4 e escala 1: 200. Detectando possíveis problemas e dando soluções de fácil aplicação, de acordo com outros canteiros de obras, de preferência da própria construtora, prevendo a logística de prazos, recursos humanos e materiais.
	Vantagem: Maior precisão, resultado desejado. 
	Desvantagem: Maior consumo de tempo.
	Recomendações para obras futuras: Orientar o profissional capacitado a fazer o diagnóstico do local da construção do canteiro de obras, observando possíveis problemas encontrados em outros canteiros de obras da construtora, verificando as soluções aplicadas, utilizando-as como argumento e parâmetro para a elaboração do novo canteiro de obras. Utilizar além da planta baixa, a NR 18 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, desenhar o seu croqui, em papel A4, na escala 1:200, com todas as especificações necessárias para a sua perfeita compreensão, inclusive a logística de materiais a serem utilizados. Definição geral e detalhamento do layout. Na primeira delas trabalha-se com estimativas mais globais, enquanto na segunda se detalha cada uma das partes do canteiro, dando importância logística (prazos e recursos humanos e materiais) a treze itens que merecem mais atenção por serem tradicionais focos de problemas, são os itens listados abaixo: 
(a) armazenamento de areia;
(b) armazenamento de tijolos;
(c) armazenamento de cimento;
(d) entulho (emdepósito ou não);
(e) condições do terreno por onde circulam caminhões;
(f) refeitório, vestiários e banheiros com as respectivas instalações;
(g) detalhamento do sistema construtivo das instalações provisórias;
(h) fechamento de poços de elevadores;
(i) corrimãos provisórios de escadas;
(j) sistema de fixação das treliças das bandejas salva-vidas na edificação;
(l) acesso ao guincho nos pavimentos;
(m) proteção contra quedas no perímetro dos pavimentos; e
(n) sistema de drenagem.
	Problema: Não há energia elétrica.
	Disciplina norteadora: Eletricidade aplicada, Transporte e Logística, Desenho de Construção Civil e Resistência de Materiais Aplicados a Construção Civil.
	Solução 1: Solicitar junto a Concessionária de energia elétrica as instalações elétricas e em Regime de Urgência para o início da obra. Contratar profissional capacitado para a execução interna das instalações.
	Vantagem: Resultado desejado, menor custo/benefício.
	Desvantagem: Consumo maior de tempo.
	Solução 2: Instalação de um conjunto gerador, de capacidade compatível com a
necessidade de carga, para operação dos equipamentos durante a execução da obra. Na saída do dispositivo de medição ou do gerador, deve ser instalada uma chave geral, em
caixa blindada, com acionamento externo, a qual serve para desenergizar as linhas em caso de acidente. Toda fiação das instalações deve ter isolamento compatível com a classe de tensão, não sendo admitida a utilização de fios nus. A fiação deve ser aérea ou enterrada no solo, caso em que deve ser tubulada em mangueiras plásticas, de bitola compatível às dos cabos passantes. Quando a fiação for aérea, deve ser distribuída em postes de madeira com altura mínima de 7,00 m, devendo a fiação ficar no mínimo a 5,50 m do solo. As chaves de operação dos equipamentos elétricos devem ser blindadas, com componentes de acionamento externo, instaladas entre 1,20 m e 1,60 m do solo. Todas as conexões da fiação com os equipamentos elétricos devem ser feitos com conectores terminais e isoladas com fita de alta tensão (autofusão), por mão de obra especializada, utilizando-se equipamentos de segurança e ferramentas adequadas, estando a rede elétrica alimentadora desenergizada. Não são permitidas emendas em fiação submersa. Todo equipamento deve ter sinalização com placas ou lâmpadas indicando que está em operação. Os acionamentos das chaves de operação devem ter sinalizadas as posições: "ligado" e "desligado", e possibilitar manobras rápidas em caso de emergência. Os locais onde estão instaladas as chaves devem ser de fácil acesso, não podendo ser obstruídos por equipamentos, materiais ou entulhos de qualquer natureza. Equipamentos especiais de grande porte devem possuir alarmes sonoros (sirene), que alertem quando do início de operação dos mesmos.
	Vantagem: Resultado desejado, consumo de pouco tempo, maior precisão.
	Desvantagem: Maior custo.
	Solução 3: Solicitar antecipadamente a instalação de energia elétrica pela Concessionária local responsável pelo serviço.
	Vantagem: Menor custo, resultado desejado, maior precisão.
	Desvantagem: Consumo maior de tempo.
	Recomendações para obras futuras: Solicitar junto a Concessionária de energia elétrica as instalações elétricas antes do início da obra. Contratar profissional capacitado para a execução interna das instalações. Na saída do dispositivo de medição deverá ser instalada uma chave geral, em caixa blindada, com acionamento externo, a qual serve para desenergizar as linhas em caso de acidente. Toda fiação das instalações deve ter isolamento compatível com a classe de tensão, não sendo admitida a utilização de fios nus. A fiação deve ser aérea ou enterrada no solo, caso em que deve ser tubulada em mangueiras plásticas, de bitola compatível às dos cabos passantes. Quando a fiação for aérea, deve ser distribuída em postes de madeira com altura mínima de 7,00 m, devendo a fiação ficar no mínimo a 5,50 m do solo. As chaves de operação dos equipamentos elétricos devem ser blindadas, com componentes de acionamento externo, instaladas entre 1,20 m e 1,60 m do solo. Todas as conexões da fiação com os equipamentos elétricos devem ser feitos com conectores terminais e isoladas com fita de alta tensão (autofusão), por mão de obra especializada, utilizando-se equipamentos de segurança e ferramentas adequadas, estando a rede elétrica alimentadora des energizada. Não são permitidas emendas em fiação submersa. Todo equipamento deve ter sinalização com placas ou lâmpadas indicando que está em operação. Os acionamentos das chaves de operação devem ter sinalizadas as posições: "ligado" e "desligado", e possibilitar manobras rápidas em caso de emergência. Os locais onde estão instaladas as chaves devem ser de fácil acesso, não podendo ser obstruídos por equipamentos, materiais ou entulhos de qualquer natureza. Equipamentos especiais de grande porte devem possuir alarmes sonoros (sirene), que alertem quando do início de operação dos mesmos.
	Problema: Abastecimento de água sem pressão.
		Disciplina Norteadora: Desenho de Construção Civil, Desenho de Construção Civil e Transporte e Logística. 
		Solução 1: Fazer contato com a concessionária de água e esgotos para verificação da vazão da água e se for baixa a possibilidade da concessionária resolver o problema. 
		Vantagens: Sem custo, resultado desejado.
		Desvantagens: Maior consumo de tempo.
		Solução 2: Contratar profissional capacitado (encanador) para fazer a instalação de reservatórios de água com bombeamento e através destes a distribuição da água por toda a área destinada ao canteiro de obras, onde se fizer necessário. 
		Vantagens: Maior vazão, resultado desejado, resultado desejado. 
		Desvantagens: Consumo maior de tempo. 
		Solução 3: O armazenamento e a distribuição de água devem ser dimensionados levando-se em conta a execução simultânea de operações que envolvam seu uso, as quantidades necessárias para consumo e os períodos mais desfavoráveis do seu abastecimento.
A entrada provisória de água deve ser executada dentro dos padrões estabelecidos, cabendo à empresa tomar todas as providências necessárias ao fornecimento de água. Nos locais onde não houver serviços de abastecimento de água, a empresa deve executar um poço freático para suprir a necessidade da obra, localizado, no mínimo, a 30,00 m das demais
instalações do canteiro. A escavação deve ser manual com diâmetro de 1,30m e profundidade variável em função do nível do lençol freático. O material escavado deve ser depositado a uma distância mínima de 15,00 m do poço. Quando a parede do poço se apresentar muito instável deve ser revestida com tijolos em meia vez sem rejuntamento. Na parte superior correspondente à rocha alterada, ou ao solo decomposto, a alvenaria deve ser rejuntada com
argamassa de cimento e areia, traço 1:1 em volume, com o objetivo de evitar a contaminação do poço por águas superficiais.
Acima da superfície, no perímetro do poço, deve ser executado um anel de proteção em alvenaria de tijolos de meia vez, rejuntado com argamassa de cimento e areia, traço 1:1 em volume, sem revestimento, com altura de 0,50m.
O poço deve ser fechado com tampa de concreto ou madeira de modo a garantir segurança e proteção sanitária.
Antes da utilização do poço, deve ser executada a limpeza do mesmo, que compreende:
a) esgotamento total da água;
b) recuperação da água;
c) aplicação de uma solução de hipoclorito de sódio a 12%, com dosagem de 1 ppm.
A partir do dispositivo de medição ou do poço freático, deve ser assentada a rede de distribuição de água, que alimenta as diversas unidades componentes do canteiro. O dimensionamento desta rede depende das necessidades de cada obra. Deve ser executada em material compatível com a situação do canteiro.
Após a conclusão da obra e quando não estiver prevista a utilização do poço de forma definitiva, o mesmo deve ser devidamente reaterrado.Será necessário a instalação de bomba para recalcara água.
		Vantagens: Maior precisão, resultado desejado. 
		Desvantagens: Consumo maior de tempo. 
		Recomendações para obras futuras: A instalação da rede externa de água é executada pela Concessionária de água e esgotos, que coloca o kit de cavalete e hidrômetro – medição de consumo, já a instalação e distribuição interna de água é executada pela empresa e fica toda dentro da edificação e poderá ser feita a distribuição da água de três maneiras: Distribuição Direta, Indireta ou Mista, de acordo com as necessidades detectadas por profissional capacitado para a instalação e distribuição da água nas áreas onde se fizer necessário. 
	Problema: Proteção da área, alambrado.
		Disciplina norteadora: Resistência dos Materiais Aplicados a Construção Civil, Desenho de Construção Civil e Transporte e Logística. 
		Solução 1: Cerca provisória de arame farpado. Deve ser executada de acordo com o desenho projetado, considerando-se todas as dimensões e detalhes. Os palanques devem ser de madeira roliça com diâmetro de 10 cm, e o arame farpado com bitola de 16 BWG, fixado com grampos galvanizados 1x 9. Os palanques devem ser pintados com uma demão de tinta branca. 
		Vantagens: Menor custo, maior resistência a ação do clima.
		Desvantagens: Propício a roubo, maior visibilidade dos equipamentos usados, menor segurança. 
		Solução 2: Tapume de chapa de madeira compensada. Deve ser executado conforme os detalhes e dimensões do desenho projetado. As chapas devem ser de madeira compensada resinada com altura mínima de 2,00 m, com espessura de 10 mm. Os palanques podem ser de madeira roliça com diâmetro de 10 cm e as travessas devem ser de madeira com seção retangular de 2,5 cm x 7 cm. O tapume deve ser pintado com uma demão de tinta branca. 
		Vantagens: Resultado desejado, menor visibilidade dos equipamentos da obra para estranhos, maior segurança, reutilizável. 
		Desvantagens: Maior consumo de tempo. 
		Solução 3: Tapume de tábuas contínuas. Deve ser executado conforme o desenho projetado, considerando-se todas as dimensões e detalhes. As tábuas devem ser de madeira com 2,5 x 25 cm, e comprimento mínimo de 2,00m. Os palanques podem ser de madeira roliça com diâmetro de 10 cm e as travessas devem ser de madeira com seção retangular de 2,5 x 7 cm. O tapume deve ser pintado com uma demão de tinta branca. 
		Vantagens: Melhor resistência à ação do clima.
		Desvantagens: Maior custo e maior visibilidade dos equipamentos da obra a estranhos, propício a roubos. 
		Recomendações para obras futuras: Projetar antecipadamente o tapume de chapa de madeira compensada. Deve ser executado conforme os detalhes e dimensões do desenho projetado. As chapas devem ser de madeira compensada resinada com altura mínima de 2,00 m, com espessura de 10 mm. Os palanques podem ser de madeira roliça com diâmetro de 10 cm e as travessas devem ser de madeira com seção retangular de 2,5 cm x 7 cm. O tapume deve ser pintado com uma demão de tinta branca. Fazer a logística de recursos humanos, materiais e prazos. 
Passo 4
Apresentação de um relatório com as soluções definitivas para a obra corrente:
A definição de Canteiro de trabalho segundo Norma Regulamentadora 18 NR18 do Ministério do Trabalho e Emprego é “a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra.”
E o Canteiro de obras segundo NBR12.284 Área de vivência em canteiros é o “Conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência.”
Na implantação do canteiro de obras da construção de uma indústria frigorífica em uma pequena cidade afastada a mais de 2.000 km das metrópoles foram observados, os problemas relacionados abaixo, e em seguida apresentadas, após estudos minuciosos, as propostas de solução que corrigem os erros encontrados da melhor forma possível: 
1º Problema: Cotas incorretas. A solução 2, constante no passo 3, “Corrigir todas as cotas manualmente, rasurando as existentes, e colocando as corretas ao lado.” Possui as seguintes vantagens: precisão; baixo custo; consumo de pouco tempo, mas apresenta as seguintes desvantagens: aparência desorganizada e a possibilidade de leitura incorreta. Esta solução é a melhor opção para esse problema e prevê a utilização do Desenho de Construção Civil e a Logística de recursos humanos, materiais, levando-se em conta o prazo para conclusão da obra. 
2º Problema: Terreno pouco resistente, propício a alagamento, sendo o local campo aberto, região com descargas atmosféricas nos últimos anos. A Solução 2, constante no passo 3, “Drenagem da água da chuva e instalação de caixa subterrânea para a coleta dessa água com sistema de reutilização da água coletada e instalação de um sistema de proteção contra relâmpagos, ou seja um captador de descargas elétricas do tipo “gaiola”, que deverá ser construído em cima de uma estrutura” pronta, apresenta a seguinte vantagem, o resultado desejado, mas possui duas desvantagens, maior custo e maior consumo de tempo. Essa solução é a melhor para esse problema e está relacionada a Geotecnia I, Desenho de Construção Civil e Transporte e Logística.
3º Problema: Planta baixa (básica) e construção de passarelas não previstas na obra. A Solução 2, apresentada no passo 3, “Desenhar o croqui da obra, utilizando a planta baixa existente necessária para o perfeito entendimento das construções a serem executadas, nesse croqui deve ser desenhado pelo menos os seguintes itens:
(a) definição aproximada do perímetro dos pavimentos, diferenciando áreas fechadas e abertas;
(b) localização de pilares e outras estruturas que interfiram na circulação
de materiais ou pessoas;
(c) portões de entrada no canteiro (pessoas e veículos) e acesso coberto;
(d) localização de árvores que restrinjam ou interfiram na circulação
de materiais ou pessoas;
(e) localização das instalações provisórias (banheiros, escritório, refeitório, etc.);
(f) todos os locais de armazenamento de materiais, inclusive depósito de entulho (containers);
(g) localização da betoneira, grua, guincho e guincheiro, incluindo a especificação do(s) lado(s) pelo(s) qual(is) se fazem as cargas no guincho;
(h) localização das centrais de carpintaria e aço;
(i) localização de passarelas, rampas e/ou escadas provisórias com indicação aproximada do desnível; e linhas de fluxo principais.
(j) central de montagem de estruturas pré-moldadas de concreto.
 Especificar todos os materiais a serem utilizados na construção das instalações provisórias, bem como das passarelas que poderão ser construídas de estruturas pré-moldadas de concreto que suportem as cargas a que serão submetidas. Fazer a definição geral e detalhamento do lay-out. Na primeira delas trabalha-se com estimativas mais globais, enquanto na segunda se detalha cada uma das partes do canteiro fazendo a logística dos prazos e dos recursos que serão utilizados na obra: humanos e materiais.
Essa solução apresenta as seguintes vantagens: Resultado desejado e maior precisão, mas também possui uma desvantagem que é um maior consumo de tempo. Se relaciona com Resistência dos materiais aplicados à construção civil, Desenho de Construção Civil, Transporte e Logística e Fenômenos de transporte.
4º Problema: Não há energia elétrica. A Solução 2, é a melhor opção, ou seja, a instalação de um conjunto gerador, de capacidade compatível com a necessidade de carga, para operação dos equipamentos durante a execução da obra. Na saída do dispositivo de medição ou do gerador, deve ser instalada uma chave geral, em caixa blindada, com acionamento externo, a qual serve para desenergizar as linhas em caso de acidente. Toda fiação das instalações deve ter isolamento compatível com a classe de tensão, não sendo admitida a utilização de fios nus. A fiação deve ser aérea ou enterrada no solo, caso em que deve ser tubulada em mangueirasplásticas, de bitola compatível às dos cabos passantes. Quando a fiação for aérea, deve ser distribuída em postes de madeira com altura mínima de 7,00 m, devendo a fiação ficar no mínimo a 5,50 m do solo. As chaves de operação dos equipamentos elétricos devem ser blindadas, com componentes de acionamento externo, instaladas entre 1,20 m e 1,60 m do solo. Todas as conexões da fiação com os equipamentos elétricos devem ser feitos com conectores terminais e isoladas com fita de alta tensão (autofusão), por mão de obra especializada, utilizando-se equipamentos de segurança e ferramentas adequadas, estando a rede elétrica alimentadora desenergizada. Não são permitidas emendas em fiação submersa. Todo equipamento deve ter sinalização com placas ou lâmpadas indicando que está em operação. Os acionamentos das chaves de operação devem ter sinalizadas as posições: "ligado" e "desligado", e possibilitar manobras rápidas em caso de emergência. Os locais onde estão instaladas as chaves devem ser de fácil acesso, não podendo ser obstruídos por equipamentos, materiais ou entulhos de qualquer natureza. Equipamentos especiais de grande porte devem possuir alarmes sonoros (sirene), que alertem quando do início de operação dos mesmos. Essa proposta de solução apresenta as seguintes vantagens: Resultado desejado, consumo de pouco tempo e maior precisão, mas possui a seguinte desvantagem, um custo maior. Está relacionada à Eletricidade aplicada, Transporte e Logística, Desenho de Construção Civil e Resistência de Materiais Aplicados a Construção Civil.
5º Problema: Abastecimento de água sem pressão. A Solução 2 apresentada no passo 3 é a melhor opção para a obra corrente, que é contratar profissional capacitado (encanador) para fazer a instalação de reservatórios de água com bombeamento e através destes a distribuição da água por toda a área destinada ao canteiro de obras, onde se fizer necessário. Possui as seguintes vantagens: Maior vazão, resultado desejado e resultado desejado, mas também apresenta a desvantagem de um consumo maior de tempo. Está relacionado ao Desenho de Construção Civil, Desenho de Construção Civil e Transporte e Logística.
6º Problema: Proteção da área, alambrado. A melhor solução é a 2, apresentada no passo 3, que é o Tapume de chapa de madeira compensada. Deve ser executado conforme os detalhes e dimensões do desenho projetado. As chapas devem ser de madeira compensada resinada com altura mínima de 2,00 m, com espessura de 10 mm. Os palanques podem ser de madeira roliça com diâmetro de 10 cm e as travessas devem ser de madeira com seção retangular de 2,5 cm x 7 cm. O tapume deve ser pintado com uma demão de tinta branca. Possui as seguintes vantagens: Resultado desejado, menor visibilidade dos equipamentos da obra para estranhos, maior segurança e é reutilizável, mas apresenta a Desvantagem de um maior consumo de tempo. 
As inúmeras soluções obtidas para o canteiro de obra, levaram a construtora a estudar, projetar e implantar o canteiro para atender o desenvolvimento pleno da obra. 
Imagens do Google de um Canteiro de Obras:
 
BIBLIOGRAFIA:
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YAZIGI, Walid. A Técnica de Edificar. 13. ed. São Paulo/SP: Pini: Sinduscon, 2013.
Proteção contra descargas atmosféricas. Acesso dia 26/05/2016.
Disponível em: http://fisica.icen.ufpa.br/aplicada/protec.htm
SOUZA, Ubiraci E. Lemes. Projeto e implantação do canteiro. São Paulo: Editora O Nome da Rosa. 2ª Edição. Coleção Primeiros passos da qualidade no canteiro de obras. 2002. 96p.
SOUZA, Ubiraci E. Lemes; FRANCO, L. S. Definição do layout do canteiro de obras. São Paulo, Boletim Técnico o Departamento de Engenharia de Construção Civil da EPUSP, 1997. BT/PCC/177, 16p.
FERRO, Sérgio. O desenho e o canteiro. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda. 2ª Edição, 1982. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Área de vivência em canteiros de obras. NBR 12.284. Rio de Janeiro: ABNT, Set 1991, 12p.
Resíduos sólidos na construção civil – áreas de reciclagem – diretrizes para projeto, implantação e operação. NBR 15.114. Rio de Janeiro: ABNT, junho 2004, 7p.