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ECONOMIA MONETARIA resumo

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EC. MONETÁRIA / MODELO ISLM 
A moeda e o sistema monetário – Cap. 01
Função da Moeda
A moeda é um bem econômico útil, capaz de atender as necessidades como a INTERMEDIAÇÃO DE TROCAS, e, de aceitação geral para obter-se um bem ou serviço. Outras funções como a UNIDADE DE CONTA e RESERVA DE VALOR, são características deste bem útil, além de exercer função como MEIO DE PAGAMENTO , este último responsável por eliminar as restrições advindas das sociedades rudimentares em relação a troca de bens e serviços. A moeda aprimorou-se, de trocas diretas (escambo) fluiu para trocas indiretas (intermediação monetária). Vale lembrar que nas trocas diretas nem todo bem era de aceitação geral, enquanto que as trocas indiretas proporcionam uma aceitação generalizada.
Os substitutos perfeitos da moeda são os depósitos a vista, estes capazes também de liquidar as dividas contratuais (utilização da moeda como unidade de conta), logo, sendo considerados como moeda também. 
Características físicas e econômicas da moeda
Tais são essenciais a fim de desempenhar as funções de intermediação de trocas, unidade de conta e reserva de valor. As características físicas dizem respeito a divisibilidade, ou seja, há a necessidade do bem ser fracionado em múltiplos e submúltiplos; a durabilidade, ou seja, com a intenção de não prejudicar o utilizador futuro do bem mantendo então suas características físicas; a homogeneidade, ou seja, o bem tem que ser único e difícil de falsificar proporcionando a confiança do público tornando então sua aceitação generalizada; além de manuseável e transportável a fim de proporcionar a intermediação de trocas, ou seja, sua transferibilidade. 
Ao possuir tais características finda-se a habilidade de desempenhar as funções econômicas da moeda, porém em períodos inflacionários, perde-se algumas características da moeda, como a reserva de valor que oscila freqüentemente em tais períodos de elevação de preços. 
A criação de meios de pagamento e o sistema monetário
Os meios de pagamento (MP) englobam o PMPP (papel-moeda em poder do público) e os depósitos a vista nos bancos comerciais (DV). Logo:
MP = PMPP (moeda manual) + DV (moeda escritural) 
O Banco Central é o emissor de papel-moeda, porém, nem todo papel-moeda emitido (PME) é transformado em PMPP, parte fica no caixa do banco central (CBacen). A diferença entre a emissão de papel moeda e o caixa do BACEN nos dá a quantidade de papel-moeda posto em circulação no mercado (PMC). Logo:
PMC = PME – Cbacen (Parte da moeda emitida fica no BACEN, parte é posta em circulação)
Os bancos comerciais retém parte da moeda em circulação para fazer seus encaixes técnicos (Et) (medida de segurança para os bancos quando é necessário a compensação dos fluxos de retiradas e saídas) e o restante é direcionado ao público (PMPP) em papel-moeda. 
Logo: 
PMC = PMPP + Et 
PMC = PME – Cbacen
Resolvendo para PME, obtemos que: PME = PMPP + Et + CBacen
O sistema formado pelas instituições que criam moeda denomina-se sistema monetário, no caso do Brasil, é formado pelo Banco Central e pelos Bancos Comerciais, último este criador da moeda escritural, sendo que o BACEN é responsável pela criação da moeda manual. 
Agregados Monetários e o conceito de Liquidez
As moedas retidas no BACEN não constituem-se em papel-moeda, pois, não foram transferidos aos bancos ou aos agentes não-bancários, logo, não são considerados emissão monetária. A soma da quantidade manual de moeda com a quantidade escritural nos dá a capacidade de demanda agregada de bens e serviços na economia. 
Os meios de pagamento (PMPP + DV) são ativos com plena liquidez, ou seja, possuem reserva de valor e podem, a qualquer momento, liquidar dívidas à vista. Logo, todo ativo que possui tais características é considerado moeda, define-se então liquidez como o atributo ao ativo de conservar valor ao longo do tempo e ser capaz de liquidar dívidas. 
As estatísticas monetárias incorrem em quatro meios de pagamentos:
M1 = PMPP + DV
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias
M3 = M2 + quotas de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
A base monetária, os encaixes e o redesconto bancário
Como consideramos que o caixa em banco central não faz parte da emissão monetária, temos uma nova equação referente a base monetária (B) que é a soma do PMPP e ETotal, que diz respeito ao montante colocado em circulação pelo Banco Central. 
B = PMPP + ETotal = PMC , em estatística monetária considera-se como M0. 
Os bancos comerciais mantém reservas para suprir seu compromisso com o público em relação aos saques, e, também mantém reservas às autoridades monetárias (BACEN) com o intuito de evitar a quebra da instituição . Tais encaixes são denominados compulsórios, se for obrigado, e voluntário, se decidido internamente. 
Os encaixes compulsórios (Ec) dizem respeito à taxa referente ao montante de depósitos à vista realizados a fim de enviar uma porcentagem em moeda ao BACEN. 
Os encaixes voluntários (Ev) denotam a função de evitar diferenças entre os cheques emitidos a favor e contra o banco. Logo o encaixe total dos bancos são representados por:
ETotal = Et + Ev + Ec , substituindo em B = PMPP + ETotal, obtemos: B = PMPP + Et + Ec + Ev.
O redesconto bancário, momento no qual os bancos comerciais requerem auxílio do BACEN para aumentar a proporção entre os encaixes técnicos/depósitos à vista, diz respeito a um empréstimo fornecido pelo BACEN aos Bancos Comerciais no qual é cobrado uma taxa, chamada de redesconto. 
O Banco Central e o Sistema Monetário – Cap. 02
O Banco Central e suas funções típicas:
Emissor de papel-moeda e controlador de liquidez, ou seja, controla a emissão de papel-moeda além de decidir a quantidade de papel-moeda em circulação, isto é, o tamanho da base monetária. Pode contudo inibir a criação de moeda pelos bancos comerciais.
Regulador do sistema monetário e financeiro diz respeito a regulação das transações comerciais entre bancos e instituições financeiras (banco de investimento). Seu intuito é evitar crises sistêmicas entre tais órgãos.
É considerado o banqueiro dos bancos, sua função é auxiliar o sistema bancário comercial através de compensações de cheques, taxas de redesconto, emprestador de última estância, ou seja, propicia a saúde do sistema financeiro. Sua função é socorrer tais agentes em épocas de dificuldades, concedendo liquidez através de empréstimos ou redescontando títulos.
Depositário de reservas internacionais, detendo grande parte das reservas internacionais do país possibilitando o atendimento a demanda daqueles que tem compromissos a saldar no exterior, além de controlar as taxas de câmbio no mercado. 
O Multiplicador Monetário
A quantidade ofertada de moeda é estabelecida pelo BACEN, a quantidade demanda de moeda é realizada pelo público (meios de pagamento) e pelos bancos(reservas), porém a quantidade de vezes que a moeda é transacionada é o tema relevante. A quantidade total de tais meios de pagamento é um múltiplo da base monetária. A mensuração total se dá devido ao fato dos bancos comerciais também criarem moeda, porém de maneira escritural, através dos depósitos à vista. 
Temos a relação que:
B = PMPP + Etotal ( PMPP = B – ETotal (I)
M = PMPP + DV ( PMPP = M – DV (II)
Sabemos que o consumidor ou manterá moeda manual ou fará depósitos à vista, então vale dizer que para existe uma proporção entre PMPP/M e DV/M , onde podemos denominar PMPP/M = c e DV/M = (1-c).
“c” é uma expressão que define a proporção de moeda manual que o indivíduo terá consigo, e “(1-c)” é uma expressão que define a proporção de depósitos à vista que o indivíduo irá realizar. 
Isolando os termos obtemos:
PMPP = cM e DV = (1-c)M, onde c+(1-c) = 1.
O BACEN exige uma proporção em relação aos depósitos à vista dos bancos comerciais, que pode ser expressa por ET/DV= θ, resolvendo para ET, obtemos : ET = θ.DV e, por fim, ET = θ.(1-c)M.
Substituindo as proporções na equação da base monetária, obtemos:
B = cM + (1-c)θM
B = [c + (1-c) θ]M
Resolvendo para M:
M = 1/[c + (1-c) θ].B (III)
Onde: B = Base Monetária; M = Meios de Pagamento e α = 1/[c + (1-c) θ]
Uma variação na base monetária multiplicada por 1/[c + (1-c) θ] é igual à variação nos meios de pagamentos. Vale lembrar que tal expressão [c + (1-c) θ] < 0. 
Observações: 
O multiplicador é em função de duas variáveis c e θ, assim, quando c assume valores maiores 
o multiplicador assume valores menores, mantendo-se θ, e vice-versa.
Quando θ assume valores maiores reduz o multiplicador, sendo “c” mantido, e vice-versa.
Ao assumir um c maior, indica que as pessoas estão com maior quantidade de moeda em mãos, e, portanto os bancos retêm uma menor quantidade de depósitos para criar moeda escritural, fazendo com que os meios de pagamentos se reduzam. 
A teoria quantitativa da moeda – Cap.03
Teoria Quantitativa: Versão de Transações de Fisher
Tal teoria estabelece que os preços variem diretamente com a quantidade de moeda em circulação, considerando a velocidade de circulação e o volume de transações constantes, ou seja, o valor da moeda ou poder de compra variam inversamente ao nível de preços. 
A teoria de Simon Newcomb foi popularizada por Fischer em 1911, o qual utilizou como ponto de partida a identidade entre o total de pagamentos em moeda e o total de bens e serviços transacionados, ou seja, a cada situação de compra/venda de bens e serviços, há recebimento de moeda cujo valor é idêntico ao dos bens e serviços transacionados. 
Fischer formulou uma equação de trocas cuja expressão é: MV = Py, onde:
M = oferta de moeda
V = velocidade renda da moeda (representam quantas vezes a moeda é transacionada)
P = nível de preços
y = PIB real
Resolvendo para V, obtemos: V = Py/M. 
Neste caso os preços devem variar proporcionalmente com a quantidade de moeda ofertada (M) e com a velocidade de circulação (V) e inversamente com as quantidades de bens trocados (y) de uma maneira que a igualdade seja preservada. 
Em suma, a TQM afirma que – uma vez que a velocidade de circulação (V) e o volume de transações (y) sejam constantes – um aumento em M gera um aumento proporcional em P. 
Teoria Quantitativa na versão dos saldos monetários de Cambridge 
Esta abordagem representa a moeda como uma reserva temporária para o poder de compra, ou seja, ela é utilizada para transportar o poder de compra da data que recebemos a moeda, para o dia em que iremos gasta-la.
Cambridge formulou tal expressão: M = kPy
k = razão do estoque de moeda em relação à renda nominal, onde k = 1/V e (0≤k≤1).
Nota-se que M é tido como estoque, enquanto Py é mantido como fluxo. Na teoria de Cambridge a expressão denota a demanda por moeda como uma proporção k do nível de renda, onde P e y são duas variáveis que a demanda por moeda depende e k simbolizando todas as outras variáveis. 
Como k é constante, temos o mesmo resultado entre a relação proporcional entre oferta de moeda e nível de preços, sendo que y deverá estar em equilíbrio. 
M = kPy, nos diz que a oferta de moeda deveria crescer de modo suave ao longo do tempo, para satisfazer as necessidades básicas da economia representada pelo crescimento da renda real. Sendo assim, qualquer aumento em maior proporção na oferta de moeda do que aquele previsto pelo crescimento real acarretaria em um aumento correspondente no nível de preços. 
A teoria quantitativa da moeda e seus postulados básicos
Equiproporcionalidade entre moeda e preços
Como V e y são independentes da oferta de moeda no longo prazo, quaisquer variações na quantidade ofertada afetarão proporcionalmente o nível de preços. 
Causalidade da moeda para preços
A causalidade da moeda para preços é assegurada à medida que nenhuma das variáveis (V e y) absorve permanentemente o efeito de um aumento em M, transferindo então seu efeito completo aos preços.
Não-neutralidade de curto prazo e neutralidade da moeda no longo prazo
Um aumento na oferta de moeda não pode afetar permanentemente o produto haja vista que o mesmo depende de fatores de produção, não podendo influenciar permanentemente a atividade real.
Independência entre oferta e demanda por moeda na versão Fisher
A oferta é considerada uma variável exógena, não dependendo da demanda por moeda.
Dicotomia preços relativos/preços absolutos
Mudanças nos preços relativos ocasionavam modificações nas variáveis reais (PIB, por exemplo), enquanto mudanças nos preços absolutos eram atribuídas a causas monetárias. 
A preferência pela Liquidez por Keynes – Cap. 04
A Economia Monetária de Keynes
O insight do novo paradigma de Keynes é de que a moeda torna-se um ativo com um duplo papel: meio de pagamento e forma de riqueza. Desta maneira, a moeda é o ativo com maior liquidez no mercado sendo então o retido no mercado a fim de combater as imprevisibilidades futuras dos agentes econômicos. 
Ou seja, quando as expectativas dos agentes econômicos são pessimistas, eles podem demandar segurança e flexibilidade no presente para enfrentar o futuro, representadas por um ativo seguro (moeda). 
Sua teoria de preferência por liquidez propõe que reter moeda e ativos não reprodutíveis são formas alternativas de acumular-se riqueza ao invés de bens de capital, atitude racional em momentos de incerteza afirma Keynes. Para Keynes a taxa de juros (i) é uma recompensa das aplicações da poupança em outros ativos (financeiros) que não a moeda, desta maneira, a taxa de juros é um fenômeno eminentemente monetário e determinado pelas preferências pela liquidez dos agentes e pelas políticas das autoridades monetárias. Então, a preferência pela liquidez nos dirá quanto será retido de moeda a uma dada taxa de juros. 
Em suma, a moeda para Keynes é uma forma de riqueza e a taxa de juros define se tal riqueza será convertida em forma de moeda ou títulos (ativos financeiros). 
Demanda por Moeda e preferência pela liquidez 
Motivos para demandar moeda
Transação: a moeda é necessária para que se façam compras e vendas de bens e serviços, sendo a demanda por moeda para tais fins uma fração da renda, haja vista, que a retenção de moeda depende da quantidade de renda.
Precaução: para atender as contingências inesperadas e às oportunidades imprevistas, já que a moeda é um ativo seguro que serve para atravessar futuros incertos. 
Especulação: está relacionado ao comportamento futuro da taxa de juros. O indivíduo pode optar a reter moeda, ou dependendo de suas previsões sobre a taxa de juros (não necessariamente corretas), pode optar por reter títulos. Os juros não passam de um custo de oportunidade de se reter moeda. 
MODELO IS-LM – Dornbusch/Fischer – Cap. 10
Começamos a análise partindo de uma economia simples, sem governo e fechada, ou seja, sem relações internacionais, depois partiremos para uma economia simples com governo, porém fechada, e por fim uma economia aberta e com governo no qual poderemos verificar a relação entre o mercado de bens e o mercado monetário (ISLM). 
ECONOMIA SIMPLES
Y = Yd = C + S, C = consumo; S = poupança das famílias; Yd = renda disponível. (I) 
Y = C + I, C = consumo; I = investimento das empresas. (II)
Igualando-se as equações (I) e (II) obtemos que C + S = C + I, e então: S = I.
A identidade demonstra nesta economia simples que o investimento é igual à poupança.
Nesta economia a renda é igual à renda disponível sob a ótica da poupança, visto que não há governo.
O Consumo, variável comportamental, pode ser desagregado em:
C = Č + c(Yd), Č = consumo autônomo; c = propensão marginal a consumir.
S = Š + s(Yd), Š = poupança autônoma; s = propensão marginal a poupar.
Como o indivíduo ao não consumir, opta em poupar, fica subentendido que c + s = 1
ou seja, o tanto consumido + o tanto poupado equivale a 100% da renda. 
Neste modelo, trataremos o investimento comovariável exógena, ou seja, também, autônoma. I = Ī
Substituindo tais expressões em (II), obtemos:
Y = Č + c(Yd) + Ī 
Como Y = Yd, neste modelo, a expressão fica:
Y – cY = Č + Ī
Y (1-c) = Č + Ī
Y = 1/(1-c) [Č + Ī]
Onde 1/(1-c) é o multiplicador de gastos. 
ECONOMIA SIMPLES COM GOVERNO
Y = C + I + G, C = consumo; I = investimento; G = gastos do governo (I)
Y = Yd = C + S, C = consumo; S = poupança (II)
Porém, Yd = Y – Ta + Tr, Y = renda; Ta = impostos; TR = transferências (III)
Aplicando (III) em (II), obtemos:
Y – Ta + TR = C + S (IV) 
Aplicando (I) em (IV), obtemos:
C + I + G – Ta + TR = C + S (V) 
Resolvendo para o investimento e sabendo que (Ta – G) = Receita Líquida do Governo (RLG), obtemos:
I = S + (RLG – Tr), S = poupança privada; (RLG – Tr) = Sg = poupança pública.
Obtemos então que:
(S – I) = (G + Tr – Ta), onde variações no orçamento público ocasionam em mudanças na relação poupança x investimento.
Partiremos da mesma análise anterior em relação às variáveis da demanda agregada, desagregando elas obtemos:
C = Č + c(Yd), Č = consumo autônomo; c = propensão marginal a consumir.
Ta = t.Y, Y = renda, t = alíquota de imposto sobre a renda
Tr = Tř, as transferências são exógenas também, ou seja, autônomas. 
I = Ī, o investimento será exógeno também, ou seja, autônomo. 
G = Ĝ, os gastos do governo também são exógenos, ou seja, autônomos. 
Partindo destas considerações, obtemos novas expressões:
Yd = Y + Tř - t.Y
C = Č + c(Y + Tř - t.Y)
Substituindo na função produção, obtemos:
Y = Č + c(Y + Tř - t.Y) + Ī + Ĝ
Y = Č + cY + c Tř – ctY + Ī + Ĝ
Y – cY + ctY = Č + c Tř + Ī + Ĝ
Y (1-c+ct) = Č + c Tř + Ī + Ĝ
Y = 1/(1-c+ct) [Č + c Tř + Ī + Ĝ]
Onde 1/(1-c+ct) é o novo multiplicador de gastos.
ECONOMIA ABERTA E COM GOVERNO
Y = C + I + G + (X – M), C = consumo; I = investimento; G = gastos do governo; (X – M) = exportações líquidas (Nx). (I)
Obs: Vale lembrar que tal identidade representa os componentes agregados do PIB, no caso a produção (Y) é igual à demanda agregada (C + I + G + (X – M)). Quando Y > DA, a economia precisa entrar em recessão, quando Y < DA, a economia precisa inflacionar-se. 
Yd = C + S, onde Yd = Y – Ta + Tr, logo:
Y – Ta + Tr = C + S (II)
Substituindo (I) em (II), obtemos:
C + I + G + (X – M) – Ta + Tr = C + S
Resolvendo para (S-I), obtemos:
(S – I) = (G + Tr – Ta) + (X – M) 
Partiremos da mesma análise anterior em relação às variáveis da demanda agregada, desagregando elas obtemos:
C = Č + c(Yd), Č = consumo autônomo; c = propensão marginal a consumir.
Ta = t.Y, Y = renda, t = alíquota de imposto sobre a renda
Tr = Tř, as transferências são exógenas também, ou seja, autônomas. 
I = Ī, o investimento será exógeno também, ou seja, autônomo. 
G = Ĝ, os gastos do governo também são exógenos, ou seja, autônomos. 
X = X, onde as exportações são autônomas, ou seja, variável exógena
M = M + mY, M = importação autônoma; m = propensão marginal a importar .
Substituindo tais expressões na função produção, obtemos: 
Y = Č + cY + c Tř – ctY + Ī + Ĝ + X - M – mY
Y – cY + ctY + mY = Č + c Tř + Ī + Ĝ + X - M
Y. (1-c+ct+m) = Č + c Tř + Ī + Ĝ + X – M
Y = 1/ (1-c+ct+m). [Č + c Tř + Ī + Ĝ + X – M]
Onde [1/ (1-c+ct+m)] é o novo multiplicador de gastos. 
Como o mercado de bens avalia as combinações de taxas de juros e níveis de produto nos quais o gasto planejado é igual à renda, vale analisar a variável investimento (I), sabem-se que o investimento foi tratado como exógeno até agora, porém ele é em função da taxa de juros. 
I = Ī – bi, Ī = investimento autônomo; b = resposta de gasto com investimento; i = tx. juros Substituindo na função produção, obtemos:
Y = 1/ (1-c+ct+m). [(Č + c Tř + Ī + Ĝ + X – M) - bi]
Podemos simplificar as expressões:
Ā = (Č + c Tř + Ī + Ĝ + X – M) – Refere-se aos gastos autônomos.
α = 1/ (1-c+ct+m) – Refere-se ao multiplicador de gastos.
Logo Y = α (Ā – bi) – Equilíbrio no mercado de bens (IS).
MODELO LM – Equilíbrio no Mercado Monetário 
Este modelo demonstra as combinações de taxas de juros e níveis de produto nas quais a demanda por moeda é igual à oferta por moeda. 
Primeiramente temos que avaliar a demanda por moeda e oferta de moeda para então atingir o equilíbrio, que decorre em uma taxa de juros. 
Demanda por Moeda
A demanda por moeda é uma demanda por saldos monetários reais, pois as pessoas demandam com a finalidade de reter moeda para aquilo que pretendem comprar. Tal demanda por saldos reais depende do nível de renda, pois é necessária uma renda para se reter e então comprar aquilo que se almeja e a taxa de juros é o custo de oportunidade de se reter moeda, pois a pessoa poderia estar retendo outros ativos financeiros (títulos). 
A taxa de juros é um meio de decidir qual será a opção do consumidor em reter moeda ou reter títulos, com uma taxa elevada é mais viável reter-se títulos, há uma taxa menor, o consumidor opta por reter moeda manual. 
Sua expressão de demanda por moeda é L = f(Y, i), onde δf/ δy > 0 e δf/ δi <0. 
L = kY – hi, k,h >0; 
k = sensibilidade da demanda por moeda em relação ao nível de renda;
h = sensibilidade da demanda por moeda em relação ao nível da taxa de juros;
Oferta de moeda
A oferta real de moeda é determinada pelo BACEN, (M/P), onde M é o nível de moeda ofertada e P é o nível de preços da economia. 
Como vimos o equilíbrio é atingido quando a oferta e a demanda por moeda são iguais, no caso L = M/P. 
Obtemos então:
M/P = kY – hi – Equilíbrio no mercado monetário (LM). 
Resolvendo para a taxa de juros obtemos que:
i = 1/h (kY – M/P)
O modelo ISLM é aquele em que os mercados de bens e serviços e monetário estão em equilíbrio dado um nível de produto e uma taxa de juros. Sua expressão pode ser composta inserindo (i) em (y).
Y = α (Ā – bi) e i = 1/h (kY – M/P), substituindo obtemos que:
 Y = hα(Ā) / h+kbα + bα (M/P)/ h+kbα (Modelo ISLM) 
Onde na expressão o termo multiplicando os gastos autônomos diz respeito à sensibilidade em relação às variações ficais, enquanto o termo multiplicando a oferta real de moeda, diz respeito, à sensibilidade em relação às variações das políticas monetárias. 
O multiplicador fiscal demonstra quanto um aumento no gasto publico altera o nível de equilíbrio da renda, mantendo a oferta real constante. 
O multiplicador monetário demonstra quanto um aumento da oferta de moeda real eleva o nível de equilíbrio da renda, mantendo a política fiscal inalterada.

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